Especialização médica: quais são as áreas principais e como escolher

A escolha da especialização médica é uma tarefa importante e que tem grande impacto no futuro.

Depois de passar no concorrido vestibular de medicina e encerrar a graduação, é hora de tomar uma decisão consciente sobre essa questão.

Afinal, ela será determinante para a sua carreira médica.

Vale avaliar seu gosto pessoal e afinidade com as diferentes áreas, junto a fatores como as principais rotinas e os tipos de formação disponíveis.

Você encontra essas e outras informações ao longo do artigo, incluindo dicas sobre o que colocar na balança e de que forma se beneficiar com inovações como a telemedicina.

Especialização médica: por que cursar?

Qualificação técnica, aprofundamento numa área da medicina e aumento da remuneração estão entre os principais motivos para realizar uma especialização.

Além, é claro, do acesso ao título de especialista, que confere um status diferenciado ao profissional e amplia suas oportunidades de carreira.

Isso porque, ao ser aprovado na graduação em medicina, já se pode conseguir o registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) e atuar como clínico geral — que é o médico generalista.

Contudo, quem deseja avançar na formação precisa ir atrás do título, adquirindo o conhecimento necessário por meio de uma pós-graduação médica.

Nesse cenário, tanto a especialização quanto a residência médica oferecem programas de capacitação para que o médico se torne especialista.

Com a diferença de que a residência tem quantidade inferior de vagas, deve obedecer a critérios rígidos determinados pelo Ministério da Educação e confere acesso direto ao título para quem passar pelo programa.

Enquanto a especialização médica apresenta mais vagas, o que resulta em maiores chances para aprofundar os saberes e receber a titulação.

Em contrapartida, será preciso receber aprovação na prova de título realizada pela sociedade médica responsável.

Principais especialidades médicas

Devido à complexidade da medicina, com o passar dos anos, a profissão foi se subdividindo.

Assim, os profissionais foram se especializando em determinada área para atender melhor aos seus pacientes.

Atualmente, 55 áreas da medicina são reconhecidas pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

A seguir, falo sobre algumas das especialidades médicas mais interessantes.

Cardiologia

Considero a cardiologia uma das áreas mais abrangentes, pois dá suporte a diversas rotinas médicas, por exemplo:

1. Para o cirurgião operar, precisa de avaliação cardiológica
2. O endocrinologista que trata de diabético precisa saber se o coração do paciente está bem
3. O psiquiatra, para receitar algum medicamento, precisa antes saber se não afetará o sistema cardiovascular
4. Se o clínico geral não conseguir controlar a pressão alta do seu paciente, terá de encaminhá-lo ao cardiologista
5. Quando o ortopedista quer prescrever um anti-inflamatório e o paciente tem pressão alta, consulta o cardiologista.

A cardiologia é a especialização médica que faz o diagnóstico e tratamento de agravos e doenças cardiovasculares.

Para cursar essa especialização, o médico precisa ter uma formação anterior em clínica médica, e terá oportunidades excelentes de trabalho no Brasil.

A especialização apresenta um alto grau de complexidade, exigência e responsabilidades, pois o cardiologista deve desenvolver habilidades como semiologia cardíaca, exame físico cardiovascular e saber interpretar um eletrocardiograma. 

Ele ainda poderá evoluir na sua área de atuação em cardiologia, adquirindo capacitação para:

• Cateterismo cardíaco
• Holter cardíaco 
• Ecocardiografia com doppler e fluxo em cores
• Cardiologia pediátrica
• Loop de ECG
• Mapa de pressão arterial
• Teste ergométrico
• Tomografia cardiovascular
• Ressonância do coração
• Tilt test.

Com os avanços da tecnologia na área, a cardiologia está pronta para se tornar uma das especialidades médicas do futuro.

Foi uma das primeiras a entrar no universo da telemedicina, através da telecardiologia e, sem dúvidas, tem colaborado para o progresso do atendimento a distância.

Dermatologia

Cuidando do tratamento e prevenção de doenças de pele, a dermatologia é um campo de atuação amplo, com formação multidisciplinar e vasto número de procedimentos e técnicas, incluindo os estéticos.

No Brasil, esse mercado é muito favorável e bem remunerado.

Como possibilidade, você pode fazer mais especializações em ramificações da dermatologia, como a cosmetologia e cirurgia dermatológica.

Também poderá atuar em teledermatologia, prestando assistência remota.

Endocrinologia

A endocrinologia é a especialidade que faz o acompanhamento de doenças que atingem as glândulas do corpo e suas consequentes disfunções hormonais.

A área é essencialmente ambulatorial e compreende o atendimento de todas as faixas etárias, cuidando do organismo do indivíduo como um todo.

Um endocrinologista deve ter uma boa visão diagnóstica e raciocínio fisiopatológico.

Como as doenças endocrinológicas não param de aumentar no Brasil, a exemplo do diabetes, as projeções para aqueles que se especializam na área são muito positivas.

Ginecologia e Obstetrícia

Ginecologia é a área que cuida da saúde da mulher, enquanto a obstetrícia é mais voltada para a reprodução.

Cabe ao profissional especializado tratar e prevenir doenças que atingem o aparelho reprodutor feminino, assim como acompanhar todo o período de gestação, por meio do pré-natal, e realizar partos.

Trata-se de uma área que não para de evoluir, sendo necessário, portanto, acompanhar os avanços por meio de cursos e congressos.

O profissional tem a possibilidade de trabalhar em consultório médico, hospitais e maternidades.

Neurologia

Essa é a área da medicina dedicada ao estudo de doenças do sistema nervoso.

Inclui, portanto, órgãos como cérebro, medula espinhal e nervos, assim como componentes da junção neuromuscular.

Trata-se de uma especialidade ampla e de altíssima complexidade, com ligação direta com outras áreas médicas, como psiquiatria, oftalmologia e otorrinolaringologia.

A remuneração é proporcional à dificuldade do curso: o salário dos neurologistas é um dos mais altos entre os médicos.

É uma especialidade que atua também no atendimento a distância, por meio da teleneurologia.

Para quem deseja atender crianças, poderá fazer a subespecialização em neurologia pediátrica.

Pneumologia

Especialidade médica dedicada ao estudo das vias aéreas inferiores. 

Ela tem papel importante na detecção e abordagem terapêutica de diferentes doenças respiratórias.

Asma, doença pulmonar obstrutiva (DPOC), pneumonia e bronquite estão entre as patologias tratadas pelo pneumologista, que geralmente atende em consultório.

A assistência pode ser prestada presencialmente ou virtualmente, utilizando a telepneumologia.

O profissional pode complementar a formação com treinamentos sobre espirometria, raio-X de tórax, tomografia computadorizada e outros exames que permitem analisar os pulmões, brônquios, mediastino e traqueia.

Radiologia

O profissional que se especializa em radiologia médica pode escolher entre duas subáreas, ambas focadas em exames e procedimentos.

Se optar pelo diagnóstico por imagem, fará a análise crítica de pedidos de exames radiológicos, interpretação das imagens e conclusões, auxiliando uma série de outras especialidades de forma presencial ou através da telerradiologia.

Diversos tipos de raio-X, mamografia, densitometria óssea, tomografia e ressonância são exemplos de exames comumente avaliados por esse especialista.

Já a rotina em radiologia intervencionista é voltada a procedimentos minimamente invasivos, que podem ter finalidade diagnóstica ou terapêutica, como a arteriografia e a biópsia.

Ortopedia

Dedicada ao diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças relacionadas à locomoção, a ortopedia envolve o estudo de estruturas como os ossos, articulações, músculos, nervos, ligamentos e tendões.

O campo de atuação do ortopedista é extremamente amplo.

Além de incluir consultórios médicos, hospitais e emergências, apresenta vagas em associações e clubes para cuidados com os profissionais esportistas.

Pediatria

A pediatria é uma das especializações mais procuradas pelos recém-formados em medicina no Brasil. 

A área é voltada para os cuidados necessários durante as primeiras fases da vida: a infância e a adolescência.

No consultório médico, o papel do pediatra inclui a atenção com aleitamento, alimentação, vacinação e prevenção de acidentes domésticos com crianças.

Psiquiatria

Prevenção, diagnóstico, acompanhamento e reabilitação dos mais diversos tipos de doenças mentais são feitos pelo profissional especializado em psiquiatria.

Sua atuação é basicamente ambulatorial, mas o médico também pode trabalhar em enfermarias, emergências psiquiátricas e centros de reabilitação, assim como exercer atividade pericial.

Entre as características do psiquiatra estão a empatia, paciência, vasto conhecimento em clínica médica e psicofarmacologia, agilidade de diagnóstico e boa capacidade de trabalhar em grupo.

Afinal, um tratamento psicológico inclui uma equipe multidisciplinar.

Devido à preocupação crescente da população com questões relacionadas à saúde mental e qualidade de vida, o mercado de trabalho apresenta boas perspectivas.

Esta é sem dúvida outra especialidade que casa muito bem com o atendimento utilizando a teleconsulta, que chamamos de telepsiquiatria.

Nefrologia

Uma área muito importante da medicina que se encarrega de avaliar e acompanhar a função renal dos pacientes.

O nefrologista pode atuar em serviços de hemodiálise, atendendo pacientes que têm seus rins paralisados e aguardam na fila de transplante.

O grande desafio dessa especialização médica é prevenir a perda da função renal, evitando com isso a hemodiálise.

É sabido que vários medicamentos a afetam e devem ser evitados ou usados com cautela, com o suporte do nefrologista.

Também existe uma subespecialidade da nefrologia que é o nefrologista pediátrico.

Residência médica X pós-graduação

Mencionei, mais acima, que existem duas formas de aprender uma especialidade médica, ambas reconhecidas pelo Ministério da Educação: a residência médica e a pós-graduação.

Na hora de escolher um curso, muitos médicos formados confundem esses conceitos que, embora relacionados, tratam-se de coisas diferentes.

Residência médica

A residência é o curso que forma o especialista por meio de treinamento prático e intensivo, realizado de forma integral em âmbito hospitalar.

No Brasil, o médico é obrigado a prestar provas para ser selecionado.

A residência só tem validade nos conselhos médicos se a instituição de ensino tem reconhecimento pelo MEC.

Sua duração mínima é de dois a três anos, período no qual o médico ganha uma bolsa de estudos como remuneração.

Somadas à realidade aprendida na prática, o médico residente também vai passar por algumas disciplinas básicas, como metodologia científica, estatística e ética, e outras disciplinas específicas do curso.

Com o passar do tempo, o grau de complexidade dos conteúdos e atendimento, assim como a responsabilidade do residente, aumentam.

Assim, no final, ele estará apto a atender pacientes que procuram pela especialidade.

Esse formato de especialização já habilita o médico a se inscrever no seu Conselho Regional de Medicina e automaticamente no Conselho Federal de Medicina como especialista, recebendo seu RQE — Registro de qualificação de especialista.

No entanto, exige muita dedicação e estudo dos médicos recém-formados.

O número de vagas oferecidas pelas instituições é cada vez menor em comparação ao número de graduados.

Isso faz com que ingressar em uma boa instituição seja algo bem difícil — porém, nada que você não possa encarar.

Pós-graduação não é especialização médica

O curso de pós-graduação para médicos oferece grande conhecimento técnico e teórico sobre uma especialidade em questão.

Contudo, não é tão intenso quanto a residência médica e apresenta uma carga horária bem inferior, em torno de 360 horas.

Como consequência disso, a pós-graduação é procurada por aqueles que desejam um caminho mais curto para conquistar a especialização médica.

Todavia, ao final do curso, o aluno deve passar por uma prova de título de especialista, aplicada pela sociedade médica da área em questão.

Caso opte por fazer uma pós-graduação, você já terá uma boa bagagem se pensar em tentar uma residência médica no futuro.

Nada impede que você curse ambas, o que garante um aprendizado mais amplo e completo.

O que não pode acontecer é ficar estagnado após finalizar a graduação: cada uma das modalidades tem seu valor, ganhando maior ou menor destaque de acordo com o contexto e objetivo do profissional.

Como escolher a especialização médica

Agora que você sabe quais as principais alternativas de especialidade médica e as duas modalidades aceitas pelo Ministério da Educação, chegou a hora de conferir dicas para acertar na escolha.

Confira!

1. Pesquise sobre o mercado de trabalho

Ter uma visão geral do mercado que você vai atender e quais são as especialidades com maior demanda por médicos é uma das questões mais importantes na hora de escolher a sua área de especialização.

Para isso, você pode utilizar dados da internet ou conversar com profissionais da área para saber como está a demanda por profissionais de determinada especialidade.

Essa também é uma ótima oportunidade para tirar dúvidas sobre a profissão.

Ao fazer esse tipo de pesquisa, você consegue ter uma noção do que aguarda você no futuro, aumentando as chances de ter uma carreira bem sucedida.

2. Pense no perfil de paciente que pretende atender

Os pacientes são os agentes principais em uma consulta médica.

Um atendimento eficaz envolve solucionar os problemas e prestar o melhor serviço possível para promover a satisfação de pacientes, a fim de que eles voltem a procurar por você no futuro.

Por isso, é preciso saber qual perfil você atenderá mais frequentemente.

No ramo da cirurgia plástica, por exemplo, os pacientes costumam ser muito exigentes com a estética e aparência, enquanto as preocupações e necessidades do paciente oncológico são outras.

Para oferecer o melhor atendimento possível, o seu comportamento deve ser compatível com as necessidades e expectativas do paciente.

Isso deve ser levado em consideração na hora de escolher a sua especialidade médica.

3. Avalie o ganho financeiro da especialização médica

Saber qual é a remuneração média de uma especialidade, tanto no começo quanto no decorrer da sua carreira, é um fator determinante para o seu sucesso e satisfação profissional.

As especialidades apresentam demandas financeiras diferentes.

Por exemplo, a radiologia médica oferece uma remuneração muito boa no começo da carreira, mas não tende a progredir com o passar dos anos.

Então, é preciso definir o que é mais importante para você.

Nesse caso, a dica é: não escolha uma especialidade apenas pela remuneração se você não gosta muito da área.

A probabilidade de essa decisão não fazer você feliz no futuro é grande.

É mais inteligente definir a melhor especialidade considerando sua afinidade, perspectiva de futuro e vocação.

4. Considere as suas preferências de estudo

A maioria dos estudantes de medicina define as suas preferências quanto a conteúdos e matérias específicas ainda durante a graduação.

Esse é um bom indicador do caminho que você deve seguir.

No entanto, isso não significa que você deve se dedicar apenas aos assuntos que têm maior preferência e afinidade. Lembre-se: as suas prioridades podem mudar ao longo dos anos.

Além disso, todos os conteúdos da faculdade de medicina são igualmente importantes para tornar você um profissional completo.

Por isso, faça uma lista com as suas matérias preferidas para ter uma ideia de que ramo seguir, mas não restrinja seus estudos a elas. 

Isso é essencial para que você se torne um médico de excelência.

5. Conheça a rotina da especialidade médica

A rotina de uma especialidade é outro fator que deve ser lembrado na hora de decidir por uma opção ou outra.

Alguns especialistas, por exemplo, não podem contar com horário fixo na agenda e precisam dar plantão durante a noite.

Você está disposto a encarar essa rotina pesada, como a de médicos obstetras e ortopedistas de emergência, ou prefere uma especialidade para trabalhar em consultório, como a endocrinologia? 

Não deixe de pensar nesse quesito antes de tomar uma decisão.

6. Analise o impacto da tecnologia sobre a medicina

Outro ponto a se considerar são os avanços da tecnologia na medicina, que produzem efeitos sobre a rotina das especialidades.

Embora a transformação digital na saúde incorpore as diferentes áreas médicas, é importante lembrar que algumas sofrem mudanças mais velozes.

É o caso da radiologia, que lida com inovações tecnológicas referentes aos exames, e da dermatologia, que já conta com análises qualificadas por inteligência artificial para identificar lesões, por exemplo.

Há ainda os dispositivos vestíveis, como os relógios inteligentes, que oferecem parâmetros sobre os sinais vitais, contribuindo para o trabalho de cardiologistas, pneumologistas, cirurgiões e outros.

Conhecer os possíveis impactos dessas e outras ferramentas da medicina do futuro é relevante não apenas para tomar uma decisão adequada, mas também para que você se mantenha atualizado.

Onde fazer a especialização médica?

Depois de escolhida qual especialidade você pretende seguir, chegou a hora de pensar na instituição em que você fará o curso.

Algumas especialidades médicas precisam de grandes centros hospitalares para que o aprendizado seja completo, como cirurgia cardíaca, pediátrica e oncológica.

Enquanto isso, outras podem ser feitas em instituições menores, como uma clínica médica, a exemplo da endocrinologia e psiquiatria.

No entanto, se você quiser fazer a sua especialização em um hospital universitário, fica a seu critério.

Na hora de avaliar a instituição, analise toda a estrutura, equipamentos, profissionais, se a preceptoria é bem conceituada e se a qualidade de pesquisas desenvolvidas no local é elevada.

Afinal, participar da ciência é importante para o seu currículo.

Outro fator que pesa bastante na sua decisão é o local.

Muitas vezes, você vai criar raízes na cidade ou estado em que foi fazer a especialização devido às oportunidades que podem surgir, como mestrado ou vaga de emprego no hospital. 

Por último, não deixe de conferir como é a rotina da especialização médica na instituição.

Nesse caso, conversar com outros residentes é uma ótima estratégia para conhecer mais sobre o assunto.

Telemedicina e o futuro da especialização médica

Ao longo do texto, comentei sobre diferentes especialidades médicas atendidas via telemedicina.

Essa oferta de serviços médicos a distância otimiza uma série de atividades, proporcionando maior agilidade e praticidade ao dia a dia.

Um exemplo é o telediagnóstico, que viabiliza a interpretação de exames e a entrega de laudos online em minutos!

Basta realizar exames complementares utilizando equipamentos digitais e compartilhar os registros na plataforma de telemedicina.

Em seguida, um médico especialista com CRM e RQE ativos analisa os achados sob a luz da hipótese diagnóstica e dados do histórico do paciente.

Ele produz o laudo, assinado digitalmente para garantir a autenticidade e liberado no sistema de telemedicina online.

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Conclusão

Finalizando o artigo, você está por dentro das principais informações sobre especialidade médica.

Também conhece a diferença entre residência e pós-graduação, além de dicas para escolher a sua área e a instituição em que o curso será realizado.

Independentemente da especialização médica que você decida seguir, não deixe de considerar todos os aspectos aqui citados, como o mercado de trabalho, remuneração e rotina da especialidade.

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