Mpox: o que é, sintomas, transmissão, vacina e tratamento
Depois de colocar diversos países em alerta em 2022 como varíola dos macacos, os casos de mpox voltaram a aumentar recentemente.
Tanto que a doença foi classificada como emergência de saúde pública de importância internacional (ESPII) pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
Neste artigo, trago informações sobre o cenário no Brasil, além de sintomas, diagnóstico, tratamento e como prevenir novas contaminações pela mpox.
Também explico como marcar uma teleconsulta e receber atendimento médico sem sair de casa.
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O que é mpox?
Mpox é uma doença viral causada pelo mpox vírus (MPXV).
Trata-se de uma zoonose, ou seja, que pode ser transmitida de animais para seres humanos, tendo os primeiros casos identificados no continente africano.
A mpox é endêmica na África Central e Ocidental, principalmente nas regiões de florestas, onde animais têm contato com pessoas que vivem nos arredores.
Anteriormente, a condição era conhecida como varíola dos macacos, pois foi identificada pela primeira vez em macacos cativos na década de 1970.
No entanto, a OMS mudou a nomenclatura em 2022, a fim de evitar a estigmatização dos primatas, uma vez que animais de outras espécies, como roedores, também transmitem a mpox.
Casos de mpox no Brasil
O primeiro grande surto de mpox em território nacional foi registrado em 2022, quando ocorreram 10.648 casos da doença, provocando 14 mortes.
No ano seguinte, a tendência era de desaceleração das infecções, com a confirmação de 853 casos e 2 óbitos.
Contudo, o número voltou a crescer em 2024, com a contabilização de 836 casos confirmados ou prováveis de mpox na última semana de agosto, motivando 61 hospitalizações e 5 internações em unidade de terapia intensiva (UTI).
Mais da metade deles ocorreu no estado de São Paulo, que registrou 427 casos ou 51,5%.
Outros locais com quantidades expressivas foram Rio de Janeiro (194), Minas Gerais (50) e Bahia (35).
Quais os sintomas da mpox?
O sintoma mais característico são as erupções ou feridas na pele, que contêm um líquido claro ou amarelado, provocam dor e coceira e evoluem para a formação de crostas.
Geralmente, elas surgem no rosto e se espalham para outras partes do corpo, principalmente as palmas das mãos e plantas dos pés.
Em casos mais graves, elas podem aparecer na boca, olhos e região genital.
A seguir, veja a lista completa de sintomas da mpox:
- Febre
- Erupções cutâneas
- Dor de cabeça intensa
- Dores musculares
- Dor nas costas
- Fraqueza
- Calafrios
- Gânglios linfáticos inchados (ínguas).
Lembrando que, se você estiver em dúvida sobre os sintomas e desejar falar com um médico agora, pode acessar o plantão 24 horas da Telemedicina Morsch.
Como ocorre a transmissão da mpox?
A via de transmissão mais comum se dá a partir do contato próximo com pessoas infectadas durante a fase sintomática da doença, como manter relações sexuais, beijar ou conversar muito próximo à pessoa.
Tocar nas feridas, fluidos ou crostas é especialmente perigoso, pois são áreas de grande contaminação, mas outros fluidos corporais como sangue e saliva podem transmitir o vírus.
Daí a indicação para que o doente se isole, evitando compartilhar objetos pessoais para impedir a disseminação da mpox.
Pratos, talheres, escovas de dente, roupas, toalhas e roupas de cama também podem estar infectados, o que pede cautela durante e após seu manuseio.
O ideal é usar luvas descartáveis e lavar as mãos com sabão ou aplicar álcool em gel após o contato com esses utensílios.
A ingestão de carne de animais contaminados, arranhões ou mordidas também podem resultar na transmissão da mpox para humanos.
Período de incubação do vírus da mpox
Período de incubação é o tempo entre o contato com o vírus e a manifestação de sintomas.
No caso da mpox, o tempo médio fica entre 2 e 16 dias, porém, pode chegar a 21 dias.
Frequentemente, a pessoa infectada apresenta inicialmente febre, seguida por lesões na pele após 1 a 3 dias.
Como é feito o diagnóstico da mpox?
O diagnóstico é feito a partir do histórico do paciente, sintomas e testes de laboratório como o PCR em tempo real (reação em cadeia da polimerase).
Esse procedimento é feito por meio da análise da secreção das lesões apresentadas pelo paciente, ou de sua crosta, caso não haja mais fluido.
A presença do vírus é constatada através de seu DNA.
Existe vacina para a mpox?
Como o vírus da mpox pertence à mesma família da varíola, imunizantes produzidos para prevenir a varíola comum podem proteger contra a mpox.
Braço da OMS nas Américas, a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) cita três tipos de vacina produzidas com essa finalidade:
- Dryvax, licenciada na década de 1930 pela Administração de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA)
- ACAM2000, licenciada em 2007
- MVA-BN, aprovada pelas Autoridades Reguladoras Nacionais da União Europeia, Canadá e Estados Unidos.
A entidade ainda recomenda que os imunizantes sejam destinados a pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença.
No Brasil, essa estratégia de vacinação prioriza homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais com mais de 18 anos e imunossuprimidos vivendo com Aids, além de profissionais que atuam nos laboratórios em contato com o vírus.
Existe ainda a recomendação de vacina pós-exposição para quem teve contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, com exposição de alto ou médio risco.
Qual o tratamento para a mpox?
Ainda não existe tratamento específico para a doença. Ela é autolimitada, ou seja, seus sintomas desaparecem espontaneamente após 2 a 4 semanas.
Recomenda-se utilizar técnicas para aliviar esses incômodos, como repousar, cobrir as feridas com curativos e higienizá-las com água fervida ou antisséptico.
Aplicar lidocaína ajuda a aliviar a coceira e dor nas feridas da boca e próximas ao ânus.
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Conclusão
Reuni, neste texto, as principais recomendações sobre a mpox.
Aplique no seu dia a dia as dicas que acabou de ler e mantenha-se seguro de mais essa doença viral.
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