Raio-x do tórax: tudo que você precisa saber sobre essa radiografia
O raio-X de tórax é um dos exames mais requisitados no dia a dia de clínicos, traumatologias, radiologistas, pneumologistas e cardiologistas.
Afinal, falamos de um exame de imagem que dá suporte à investigação de uma série de condições, de fraturas a pneumonia.
Contudo, para obter diagnósticos precisos, é necessário investir na orientação do paciente, técnicas adequadas e na interpretação de qualidade.
Neste artigo, apresento um panorama completo com indicações, realização e emissão de laudos com eficiência para o raio-X torácico.
A partir de tecnologias digitais, como a telemedicina, é possível ganhar em agilidade, aumentar o portfólio e ainda reduzir custos.
O que é o raio-X do tórax?
Raio-X de tórax é um exame que usa radiação ionizante para gerar uma fotografia interna torácica.
Utilizando a tecnologia do equipamento de raio-X, esse método permite o estudo não invasivo das estruturas presentes na área torácica, apoiando o diagnóstico de doenças e agravos à saúde.
Indolor, rápido e com alta disponibilidade, o RX torácico apresenta poucos riscos, podendo ser solicitado para a maioria dos pacientes.
Para que serve o RX de tórax?
O exame serve para estudar a anatomia de uma ou mais estruturas presentes no tórax, a exemplo do coração, costelas e pulmões e investigar possíveis patologias.
Também conhecido como radiografia, esse método diagnóstico por imagem oferece registros internos úteis para a identificação de anormalidades.
Eles aparecem em preto, branco e tons de cinza, conforme a densidade dos tecidos representados.
Analisando os registros obtidos, radiologistas podem observar anomalias, que serão descritas no laudo e servirão para apoiar a escolha do melhor tratamento.
Evidentemente, há casos em que o raio-x de tórax não é suficiente para um diagnóstico completo. Ainda assim, o exame representa o ponto de partida, sendo capaz de sinalizar alterações para uma investigação mais aprofundada.
Indicações do raio-x de tórax com laudo
A radiografia torácica costuma ser indicada para investigar sintomas como dor no peito, falta de ar e tosse persistente.
Além desses sintomas, o exame pode ser solicitado para avaliação ou diagnóstico de diversas condições, como:
- Traumas e possíveis fraturas ósseas
- Cardiomegalia e outras doenças cardíacas
- Tumores malignos (câncer) e benignos na área do tórax
- Diferentes tipos de pneumonia
- Tuberculose
- Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
- Enfisema pulmonar
- Pneumotórax ou derrame pleural
- Doenças ocupacionais que afetam a região, como as pneumoconioses.
A seguir, trago mais detalhes sobre o seu uso em medicina ocupacional.
O raio-X de tórax na saúde ocupacional
Como mencionei acima, a radiografia torácica tem papel importante para a saúde ocupacional.
Em especial quando o exame segue uma convenção internacional do trabalho, utilizando técnicas padronizadas para o monitoramento de empregados expostos a riscos químicos como poeiras minerais.
Essa versão é chamada RX de tórax OIT, em referência aos padrões estabelecidos pela Organização Internacional do Trabalho, e está presente no PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) de diversas empresas.
Ela permite diagnosticar patologias específicas que acometem o sistema respiratório, como a silicose (um tipo de pneumoconiose provocado pelo acúmulo de sílica nos pulmões).
Como é feita a radiografia do tórax?
Primeiro, o paciente é orientado e retira roupas e outros objetos que possam atrapalhar o exame, vestindo apenas o avental.
Na maioria das vezes, ele precisará encher os pulmões e segurar o ar durante o procedimento, mantendo-se parado.
O médico ou técnico em radiologia o posiciona conforme solicitado, seja em pé ou em decúbito dorsal, de forma que a área a ser examinada fique próxima à mesa do equipamento de raio-X, que possui uma placa sensível à radiação.
Quando o aparelho é ligado, emite um feixe de raios-X que atravessam o tórax.
Parte delas é absorvida nesse processo.
As partículas não absorvidas se chocam contra a placa fotossensível, produzindo as imagens radiográficas.
Caso o médico solicitante peça duas ou mais incidências, o paciente é posicionado novamente, a fim de que as imagens sejam registradas.
Geralmente, o exame tem duração média de 5 minutos.
Vale ressaltar que as imagens radiográficas mostram um tipo de fotografia interna, retratando as estruturas em preto, branco e tons de cinza.
Isso porque, ao atravessar o corpo humano, parte da radiação é absorvida, enquanto o restante forma os registros do exame.
Quanto mais denso for o tecido, mais ele absorve os raios-X.
Portanto, os ossos aparecem brancos nas imagens, pois são muito densos. Já partes moles, como órgãos, são mostradas mais escuras.
Doses de radiação em pacientes no raio-x de tórax
Para captar as imagens internas do organismo, a radiografia utiliza radiação ionizante, que é formada por partículas capazes de penetrar o tórax.
Durante esse processo, o feixe de raios tem potencial para modificar o DNA das células, provocando doenças como o câncer.
Embora a exposição do paciente submetido a uma radiografia seja baixa, ela tem efeito cumulativo, podendo levar ao adoecimento depois de muitos exames.
Por isso, entidades nacionais e internacionais têm se unido para disseminar programas de redução da exposição aos raios-X.
Técnicas de manuseio correto dos equipamentos e posicionamento radiológico eficaz do paciente estão entre as principais práticas para diminuir a dose de radiação, pois evitam que o exame tenha que ser repetido.
Quem pode realizar o exame de raio-x do tórax?
O procedimento é rápido, indolor, não invasivo e menos custoso que outros exames radiológicos, como tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Também é bastante popular por envolver poucas contraindicações, a exemplo de mulheres grávidas e crianças.
A ideia é preservar a saúde do feto e de crianças pequenas, evitando a exposição à radiação ionizante.
Anatomia da radiografia de tórax: o que devemos analisar
A região torácica é formada por diversas estruturas, como ossos, órgãos e vasos sanguíneos.
Essas estruturas não permanecem iguais durante toda a vida, portanto, existe uma faixa de normalidade para as imagens obtidas.
Um exemplo são as cartilagens costais, que ligam as costelas ao esterno; elas não são visíveis em pacientes jovens.
Porém, com o avanço da idade, se tornam mais rígidas e podem aparecer no exame de raio-X.
As principais estruturas anatômicas de uma radiografia torácica são:
- Arcabouço ósseo
- Partes moles
- Estrutura dos pulmões
- Mediastino
- Linhas ou bordas cardíacas
- Vasos sanguíneos, tanto veias como artérias.
O arcabouço ósseo é composto pelas costelas, clavículas, esterno e escápulas, que devem ser avaliados para verificar a ocorrência de fraturas, luxações ou outros males que afetam os ossos.
As partes moles localizadas fora da caixa torácica, como tecidos dos braços, são distinguíveis no exame de raio-x.
Além delas, órgãos que ficam abaixo dos pulmões e coração, a exemplo do diafragma e estômago, devem ser avaliados.
Nas imagens, especialistas estudam as partes dos pulmões e vasos sanguíneos pulmonares, separando-as do coração – evidenciado pelas linhas cardíacas.
Vale lembrar que estruturas são mais ou menos visíveis de acordo com sua densidade e a densidade dos tecidos em redor.
Se forem semelhantes – como o coração e o diafragma -, não é possível ver a linha de separação entre elas.
Porém, se forem diferentes, como partes moles e o ar, fica mais fácil enxergar os limites entre eles.
Incidências básicas e especiais do raio-x de tórax
Embora a relevância da radiografia torácica seja incontestável, o exame apresenta limitações.
Representação de estruturas tridimensionais em duas dimensões e sobreposição de imagens são algumas características que impactam o registro e interpretação do raio-X.
Assim, médicos podem recomendar duas ou mais incidências, de forma que os resultados mostrem perspectivas diferentes dos mesmos tecidos.
Incidência é o nome dado à trajetória percorrida pelo feixe de raios-X durante o exame, indicando por onde a radiação penetra no corpo e por onde ela sai.
Se a ideia é examinar o coração, por exemplo, é comum que a solicitação do exame exija incidência PA (póstero-anterior, quando os raios entram pela região posterior, das costas, e saem pela anterior).
As imagens são complementadas por registros de incidência lateral esquerda (radiação sai pelo lado esquerdo, evidenciando estruturas posicionadas desse lado).
Essas duas incidências são básicas quando se trata de raio-X do tórax.
Veja, a seguir, incidências especiais:
Incidência ântero-posterior (AP)
Indica que a radiação entra pela porção anterior e sai pela posterior.
Incidência AP lordótica (ápico lordótica)
Indica que o paciente deve ser posicionado de pé e de costas, reclinado para trás, encostando os ombros, pescoço e parte da cabeça na mesa do equipamento de raio-X.
Incidências oblíquas anteriores
Servem para evidenciar um dos lados da porção anterior (frente) do tórax.
Caso o pedido médico mencione incidência oblíqua anterior esquerda (OAE), significa que a parte anterior esquerda deve ser colocada mais próxima à mesa do equipamento de raio-X.
Se o pedido citar incidência oblíqua anterior direita (OAD), é a face direita que precisa ser evidenciada no exame.
Incidências das vias aéreas superiores
De pé, o paciente é orientado a encostar ombros, cabeça e pescoço na mesa do aparelho de raio-X, para que sejam registradas imagens das vias aéreas.
Incidência lateral de vias aéreas superiores
Revela detalhes da porção lateral esquerda ou direita da área entre os ombros e a porção inferior da cabeça.
Resultados do exame raio-x de tórax com laudo
Após o exame, o médico ou técnico em radiologia que realizou o procedimento faz uma avaliação prévia das imagens, verificando se estão suficientemente nítidas.
Esse passo é importante, pois registros borrados ou distorcidos podem levar a interpretações equivocadas.
Em seguida, as imagens são enviadas a um médico especialista em radiologia e alguma outra especialidade, quando necessário.
Isso porque o Conselho Federal de Medicina exige que apenas especialistas na área do exame emitam o laudo médico.
Eles, então, analisam as imagens e classificam o raio-X torácico como normal ou alterado.
Se o resultado for alterado, significa que há anormalidades nos tecidos examinados.
Dependendo de sua complexidade, o médico solicitante pode confirmar a hipótese diagnóstica a partir da radiografia.
Outros casos vão exigir que exames mais detalhados sejam feitos para aprofundar a investigação e chegar a um diagnóstico preciso.
Exemplos de rx de tórax com laudo
Confira, neste tópico, dois exemplos de avaliação das estruturas torácicas através da radiografia:
1. Rx do tórax com laudo alterado
- Tecidos moles sem anormalidades
- Alterações degenerativas da coluna dorsal
- Seios costofrênicos livres
- Hiperinsuflação pulmonar difusa
- Circulação pulmonar anatômica
- Mediastino centrado
- Aumento do volume cardíaco
- Aorta torácica alongada, ectasiada e ateromatosa.
Conclusão: Espondilose torácica, aorta alongada, enfisema pulmonar, sinais de insuficiência cardíaca, aterosclerose incipiente.
2. Rx de tórax com laudo normal
- Tecidos moles sem anormalidades
- Estruturas ósseas íntegras
- Transparência pulmonar normal
- Seios costo-frênicos livres
- Circulação pulmonar anatômica
- Mediastino centrado
- Volume e configuração cardíacas dentro dos limites da normalidade
- Aorta torácica com aspecto radiográfico normal.
Conclusão: Raio-x de tórax dentro dos limites da normalidade.
Laudos de raio-X do tórax digital
Há algumas décadas, era comum encontrar equipamentos de raio-X analógicos, que dependiam de filmes para registrar as imagens.
Esses filmes demandavam o uso de produtos químicos na revelação, cuidados especiais e área física destinada ao armazenamento.
Para produzir o laudo, especialistas precisavam ir até o local onde o filme estivesse arquivado para ter acesso às imagens.
Atualmente, os filmes radiológicos são cada vez menos utilizados, abrindo espaço para equipamentos de RX digital.
Esses aparelhos captam os dados do exame e os transmitem para um software específico capaz de transformar os sinais em imagens digitais.
Assim, elas podem ser compartilhadas via e-mail, plataformas na nuvem ou aplicativos, permitindo a emissão de laudos online.
Como funciona o laudo a distância do raio-X de tórax?
Com o apoio de uma empresa de telemedicina, o processo é simples e rápido.
Primeiro, um técnico em radiologia ou médico realiza a radiografia do tórax com um aparelho digital.
Esse equipamento transforma os sinais em pixels – os menores pontos de uma imagem digital -, e os envia a um computador.
De lá, os registros são compartilhados através de um software de telemedicina em nuvem, acessível mediante login e senha.
Sistemas completos como o da Telemedicina Morsch permitem a configuração do equipamento, a fim de que envie automaticamente os registros ao PACS.
Assim, as imagens ficam disponíveis para interpretação a distância por um radiologista qualificado.
Ele produz e assina digitalmente o laudo médico, compartilhando o documento via plataforma de telemedicina.
Vantagens no laudo de raio-X do tórax a distância
Essa opção reúne uma série de benefícios para pacientes, profissionais e estabelecimentos de saúde.
Vale destacar:
- Armazenamento dos resultados na nuvem, o que possibilita que sejam acessados a qualquer momento, de qualquer dispositivo com acesso a internet
- Possibilidade de compartilhar e imprimir os exames
- Redução nos custos decorrentes da contratação de especialistas alocados nas unidades de saúde
- Agilidade na liberação dos laudos online, entregues em minutos
- Ampliação do portfólio de serviços nas clínicas médicas, que podem delegar a interpretação dos exames aos especialistas da empresa de telemedicina.
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Telemedicina Morsch como parceira na emissão de laudo radiológico a distância
Comentei, acima, as vantagens de contratar um serviço de telediagnóstico.
Além de ampliar os exames ofertados no seu estabelecimento, os resultados saem rapidamente, acabando com filas de espera e reclamações dos pacientes.
Em locais remotos, o uso da telerradiologia (união entre radiologia e telemedicina) democratiza o acesso a diversos exames, pois as pessoas não precisam percorrer longas distâncias em busca de centros de referência.
Com o auxílio da Telemedicina Morsch, pequenas clínicas e consultórios proporcionam laudos com segurança e agilidade, sendo que pedidos urgentes ficam prontos em tempo real.
Os demais laudos são liberados em minutos, agregando ainda mais valor ao serviço.
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Conclusão
No decorrer deste texto, apresentei detalhes sobre o raio-x de tórax.
Ficou claro que o uso de tecnologias, como equipamentos de radiologia digital e telemedicina, tornam esses processos mais rápidos e vantajosos, tanto para pacientes quanto para profissionais e unidades de saúde.
Conte com a parceria da Morsch para modernizar a sua clínica ou hospital, oferecendo laudos médicos a distância com qualidade.
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