Entenda para que serve o Rx de Tórax com laudo

Por Dr. José Aldair Morsch, 10 de abril de 2019
Raio x Tórax com Laudo: entenda para que serve, indicação e resultados

Das mais simples às mais complexas condições de saúdes variadas podem ser detectadas a partir de um raio x tórax com laudo.

Por isso, o exame é um dos mais requisitados no dia a dia de clínicos, traumatologias, radiologistas, pneumologistas e cardiologistas.

Para obter diagnósticos assertivos, esses profissionais devem investir na orientação do paciente, técnicas adequadas e na interpretação de qualidade.

Neste artigo, apresento um panorama completo com indicação, realização e emissão eficiente de laudos médicos para o raio x torácico.

A partir de tecnologias digitais, como a telemedicina, é possível ganhar em agilidade, aumentar o portfólio e ainda reduzir custos.

Quer saber mais? Então, continue lendo.

Raio x tórax com laudo: para que serve?

Um raio x de tórax com laudo serve para estudar a anatomia de uma ou mais estruturas presentes na região torácica, a exemplo do coração, costelas e pulmões  e investigar possíveis patologias.

Enquanto o exame em si colhe registros internos do tórax, o laudo médico revela se existe alguma anormalidade nas imagens.

Para explicar melhor, vamos dar um passo para trás e falar sobre a radiografia, que é um teste de diagnóstico por imagem.

Através da incidência de radiação ionizante direcionada a um tecido ou área específica, a radiografia resulta em um tipo de fotografia interna, mostrando as estruturas em tons de cinza.

Isso porque, ao atravessar o corpo humano, parte da radiação é absorvida, enquanto o restante forma os registros do exame.

Quanto mais denso for o tecido, mais ele absorve os raios X.

Os ossos, portanto, aparecem brancos nas imagens, pois são muito densos. Já partes moles, como órgãos, são mostradas mais escuras.

Analisando os registros obtidos, radiologistas podem observar anomalias, que serão descritas no laudo e servirão para apoiar a escolha do melhor tratamento.

Evidentemente, há casos em que o raio x de tórax não é suficiente para um diagnóstico completo.

Ainda assim, o exame representa o ponto de partida, sendo capaz de sinalizar alterações para uma investigação mais aprofundada.

Anatomia da radiografia de tórax: o que devemos analisar

Anatomia da radiografia de tórax: o que devemos analisar

Anatomia da radiografia de tórax: o que devemos analisar

A região torácica é formada por diversas estruturas, como ossos, órgãos e vasos sanguíneos.

Essas estruturas não permanecem iguais durante toda a vida, portanto, existe uma faixa de normalidade para as imagens obtidas.

Um exemplo são as cartilagens costais, que ligam as costelas ao esterno; elas não são visíveis em pacientes jovens.

Porém, com a idade, se tornam mais rígidas e podem aparecer no exame de raio x.

As principais estruturas anatômicas avaliadas em uma radiografia torácica são:

  • Arcabouço ósseo
  • Partes moles
  • Estrutura dos pulmões
  • Mediastino
  • Linhas ou bordas cardíacas
  • Vasos sanguíneos, tanto veias como artérias

O arcabouço ósseo é composto pelas costelas, clavículas, esterno e escápulas, que devem ser avaliados para verificar a ocorrência de fraturas, luxações ou outros males que afetam os ossos.

As partes moles localizadas fora da caixa torácica, como tecidos dos braços, são distinguíveis no exame de raio x.

Além delas, órgãos que ficam abaixo dos pulmões e coração, a exemplo do diafragma e estômago, devem ser avaliados.

Nas imagens, especialistas estudam as partes dos pulmões e vasos sanguíneos pulmonares, separando-as do coração – evidenciado pelas linhas cardíacas.

Vale lembrar que estruturas são mais ou menos visíveis de acordo com sua densidade e a densidade dos tecidos em redor.

Se elas forem semelhantes – como o coração e o diafragma -, não é possível ver a linha de separação entre eles.

Porém, se forem diferentes, como partes moles e o ar, fica mais fácil enxergar a separação entre eles.

Incidências básicas e especiais do raio x de tórax

Embora a relevância da radiografia torácica seja incontestável, o exame apresenta limitações.

Representação de estruturas tridimensionais em duas dimensões e sobreposição de imagens são algumas características que impactam o registro e interpretação do teste.

Assim, médicos podem recomendar duas ou mais incidências, de forma que os resultados mostrem perspectivas diferentes dos mesmos tecidos.

Incidência é o nome dado à trajetória percorrida pelo feixe de raios X durante o exame, indicando por onde a radiação penetra no corpo e por onde ela sai.

Se a ideia é examinar o coração, por exemplo, é comum que o pedido de exame exija incidência PA (póstero-anterior, quando os raios entram pela região posterior, das costas, e saem pela anterior) e lateral esquerda (radiação sai pelo lado esquerdo, evidenciando estruturas posicionadas desse lado).

Essas duas incidências são básicas quando se trata de raio x do tórax.

Veja, a seguir, incidências especiais:

Incidência ântero-posterior (AP)

Indica que a radiação entra pela porção anterior e sai pela posterior.

Incidência AP lordótica (ápico lordótica)

Indica que o paciente deve ser posicionado de pé e de costas, reclinado para trás, encostando os ombros, pescoço e parte da cabeça na mesa do equipamento de raio x.

Incidências oblíquas anteriores

Servem para evidenciar um dos lados da porção anterior (frente) do tórax.

Caso o pedido médico mencione incidência oblíqua anterior esquerda (OAE), significa que a parte anterior esquerda deve ser colocada mais próxima à mesa do equipamento de raio x.

Se o pedido citar incidência oblíqua anterior direita (OAD), é a face direita que precisa ser evidenciada no exame.

Incidências das vias aéreas superiores

De pé, o paciente é orientado a encostar ombros, cabeça e pescoço na mesa do aparelho de raio x, para que sejam registradas imagens das vias aéreas.

Incidência lateral de vias aéreas superiores

Revela detalhes da porção lateral esquerda ou direita da área entre os ombros e a porção inferior da cabeça.

Indicações do raio x tórax com laudo

Indicações do raio x tórax com laudo

Indicações do raio x tórax com laudo

A radiografia torácica costuma ser indicada para investigar sintomas como dor no peito, falta de ar e tosse, além da avaliação de traumas e possíveis fraturas ósseas.

Em caso de suspeita de males no coração, como a cardiomegalia, câncer na área do tórax ou doenças que afetam os pulmões – inflamação (pneumonia), tuberculose, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), pneumotórax ou derrame pleural – o exame também é recomendado.

Como é feita a radiografia do tórax?

Primeiro, o paciente é orientado e retira roupas e outros objetos que possam atrapalhar o exame, vestindo apenas o avental.

Na maioria das vezes, ele precisará encher os pulmões e segurar o ar durante o teste, mantendo-se parado.

O médico ou técnico em radiologia o posiciona conforme solicitado, seja em pé ou deitado, de forma que a área a ser examinada fique próxima à mesa do equipamento de raio x, que possui uma placa sensível à radiação.

Quando o aparelho é ligado, emite um feixe de partículas de radiação ionizante que atravessam o tórax.

Parte delas é absorvida nesse processo.

As partículas não absorvidas se chocam contra a placa fotossensível, produzindo as imagens radiográficas.

Caso o médico solicitante peça duas ou mais incidências, o paciente é posicionado novamente, a fim de que as imagens sejam registradas.

Geralmente, o equipamento de raio x fica ligado por alguns segundos, e o exame tem duração média de cinco minutos.

Doses de radiação em pacientes no raio x de tórax

Para captar as imagens internas do organismo, a radiografia utiliza radiação ionizante, que é formada por partículas capazes de penetrar o tórax.

Durante esse processo, o feixe de raios tem potencial para modificar o DNA das células, provocando doenças, como o câncer.

Embora a exposição do paciente submetido a uma radiografia seja baixa, ela tem efeito cumulativo, podendo levar ao adoecimento depois de alguns testes.

Por isso, entidades nacionais e internacionais, têm se unido para disseminar programas de redução da exposição aos raios X.

Técnicas de manuseio correto dos equipamentos e posicionamento eficaz do paciente estão entre as principais práticas para diminuir a dose de radiação, pois evitam que o exame tenha que ser repetido.

Quem pode realizar o exame de raio x do tórax?

O teste é rápido, indolor, não invasivo e menos custoso que outros exames radiológicos, como tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Também é bastante popular por envolver poucas contraindicações, normalmente é indicado para todos, com exceção apenas para mulheres grávidas e crianças.

A ideia é preservar a saúde do feto e de crianças pequenas, evitando a exposição à radiação ionizante.

Resultados do exame raio x tórax com laudo

Após o exame, o médico ou técnico em radiologia que realizou o procedimento faz uma avaliação prévia das imagens, verificando se estão suficientemente nítidas.

Esse passo é importante, pois registros borrados ou distorcidos podem levar a interpretações equivocadas.

Em seguida, as imagens são enviadas a um especialista em radiologia e alguma outra especialidade, quando necessário.

Isso porque o Conselho Federal de Medicina exige que apenas especialistas na área do exame podem emitir o laudo médico.

Eles, então, analisam as imagens e classificam o raio x torácico como normal ou anormal.

Se o resultado for anormal, significa que há alterações nos tecidos examinados.

Dependendo de sua complexidade, o médico solicitante pode chegar a um diagnóstico a partir da radiografia.

Outros casos vão exigir que exames mais detalhados sejam feitos para confirmar os resultados.

Exemplos de rx de tórax com laudo

1. Rx do tórax com laudo alterado

Tecidos moles sem anormalidades.

Alterações degenerativas da coluna dorsal.

Seios costofrênicos livres.

Hiperinsuflação pulmonar difusa.

Circulação pulmonar anatômica.

Mediastino centrado.

Aumento do volume cardíaco.

Aorta torácica alongada, ectasiada e ateromatosa.

Conclusão: Espondilose torácica, Aorta alongada, enfisema pulmonar, sinais de insuficiência cardíaca, aterosclerose insipiente.

2. Rx de tórax com laudo normal

Tecidos moles sem anormalidades.
Estruturas ósseas íntegras.
Transparência pulmonar normal.
Seios costo-frênicos livres.
Circulação pulmonar anatômica.
Mediastino centrado.
Volume e configuração cardíacas dentro dos limites da normalidade.
Aorta torácica com aspecto radiográfico normal.
Conclusão: Raio X de tórax dentro dos limites da normalidade.

Laudos de Raio x do tórax digital

Laudos de Raio x do tórax digital

Laudos de Raio x do tórax digital

Há algumas décadas, a maior parte dos equipamentos de raio x era analógica, ou seja, dependia de filmes para registrar as imagens.

Esses filmes demandavam o uso de produtos químicos na revelação, cuidados especiais e área física destinada ao armazenamento.

Para produzir o laudo, especialistas precisavam ir até o local onde o filme estivesse arquivado para ter acesso às imagens.

Atualmente, os filmes radiológicos são cada vez menos utilizados, abrindo espaço para equipamentos digitais de raio x.

Esses aparelhos captam os dados do exame e os transmitem para um software específico capaz de transformar os sinais em imagens digitais.

Assim, elas podem ser compartilhadas via e-mail, plataformas na nuvem ou aplicativos, permitindo a emissão de laudos digitais a distância.

Como funciona o laudo a distância do raio x de tórax?

Com o apoio de uma empresa de telemedicina, o processo é simples e rápido.

Primeiro, um técnico em radiologia ou médico realizam a radiografia do tórax com um aparelho digital.

Esse equipamento transforma os sinais em pixels – os menores pontos de uma imagem digital -, e os envia a um computador.

De lá, os registros são compartilhados através de uma plataforma na nuvem, acessível mediante login e senha.

Dessa maneira, as imagens ficam disponíveis para interpretação, realizada a distância por um especialista qualificado.

Ele produz e assina digitalmente o laudo médico, compartilhando o documento via plataforma de telemedicina.

Vantagens no laudo de raio x do tórax a distância

Essa opção reúne uma série de benefícios para pacientes, clínicas, consultórios e hospitais.

Veja um resumo dos principais:

  • Armazenamento dos resultados do raio x na nuvem, o que possibilita que sejam acessados a qualquer momento, de qualquer dispositivo com acesso a internet
  • Possibilidade de compartilhar e imprimir os exames
  • Redução nos custos decorrentes da contratação de especialistas alocados nas unidades de saúde
  • Agilidade nos resultados das radiografias
  • Ampliação no portfólio de serviços nas clínicas médicas, que podem delegar a interpretação dos testes aos especialistas da empresa de telemedicina.

Telemedicina Morsch como parceira na emissão de laudo radiológico a distância

Telemedicina Morsch como parceira na emissão de laudo radiológico a distância

Telemedicina Morsch como parceira na emissão de laudo radiológico a distância

Comentei, acima, sobre as vantagens de contratar um serviço de laudos a distância.

Além de ampliar os exames ofertados no seu estabelecimento, os resultados saem rapidamente, acabando com filas de espera e reclamações dos pacientes.

Em locais remotos, o uso da telerradiologia (união entre radiologia e telemedicina) democratiza o acesso a diversos exames, pois as pessoas não precisam percorrer longas distância em busca de centros de referência.

Com o auxílio da Telemedicina Morsch, pequenas clínicas e consultórios proporcionam laudos com segurança e agilidade, sendo que pedidos urgentes ficam prontos em tempo real.

Os demais laudos são liberados em minutos, agregando ainda mais valor ao serviço.

Conclusão

No decorrer deste texto, apresentei detalhes sobre o raio x de tórax com laudo.

Ficou claro que o uso de tecnologias, como equipamentos digitais e telemedicina, tornam esses processos mais rápidos e vantajosos, tanto para pacientes quanto para profissionais e unidades de saúde.

Conte com a parceria da Morsch para modernizar a sua clínica ou hospital, oferecendo laudos médicos a distância com qualidade.

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Referências Bibliográficas

COSTA, Jezreel Correa. Raio-X de Tórax: Anatomia Radiológica . Dr.Pixel. Campinas. 2015.

MEIRELLES, Gustavo de Souza Portes. Radiografia simples do tórax: noções de anatomia.Curso PneumoAtual de Radiologia . Aula 2.

SANTOS, Marinei do Rocio Pacheco. Exames radiográficos de tórax: abordagem, incidências e posicionamentos do usuário.

Folha informativa: Câncer – Organização Pan-Americana da Saúde. Set. 2018.

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin