Radiologia digital: o que é, tipos, exemplos de exames e quais as vantagens

É muito interessante entender como funciona a radiologia digital, por tudo aquilo que ela representa na atenção à saúde.
Estamos falando de uma tecnologia avançada para o diagnóstico e monitoramento de uma série de doenças e outras condições, incluindo lesões e tumores.
O que um registro obtido através de exames de imagem revela, portanto, pode tanto prevenir patologias quanto salvar vidas.
Foi pensando nisso que escrevi este artigo, no qual vou apresentar informações úteis sobre a radiologia digital e suas diferenças em relação aos procedimentos analógicos.
Também comento os exames mais comuns que se favorecem da imagem digital e o papel da telemedicina para qualificar os resultados.

O que é a radiologia digital?
A radiologia digital é uma área da medicina responsável pelo diagnóstico por imagens.
Ela é utilizada na investigação e monitoramento da saúde de órgãos, músculos e tecidos, utilizando diferentes tipos de tecnologia na medicina.
Diferentemente da radiologia convencional, que entrega os registros em um filme radiológico, a versão digital utiliza sensores que formam as imagens diretamente no computador.
É ali que elas são processadas e direcionadas para análise e interpretação do médico radiologista.
Essa é a diferença básica entre a radiologia digital e convencional, que vem sendo utilizada desde a virada do século 19 para o século 20, após a descoberta do raio-X pelo físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen.

Embora seja indiscutível a sua contribuição, a radiologia convencional tem limitações ao diagnóstico, sobretudo de tempo.
Após a realização do exame, o filme utilizado precisa ser revelado para só então chegar às mãos do especialista que emitirá o laudo.
Isso implica em maior tempo para a emissão de laudos, inclusive em urgências e emergências – quando alguns minutos fazem toda a diferença.
Já na radiologia digital, entram em cena equipamentos sofisticados, que fazem a captura das imagens de forma direta ou indireta.
Mais à frente, trago mais detalhes sobre o seu modo de operação.
Para que serve a radiologia digital?
A radiologia digital viabiliza o estudo não invasivo de órgãos e tecidos internos, dispensando cirurgias.
E, por consequência, colabora para a redução da morbidade e mortalidade relacionada aos procedimentos invasivos.
Embora os exames radiológicos que utilizam tecnologia analógica já contribuíssem para essa questão, é fato que a tecnologia digital ampliou seus benefícios.
A partir de recursos inovadores, ela possibilita identificar mesmo pequenas anormalidades, apoiando o diagnóstico precoce de doenças como pneumonia e câncer.
A digitalização ainda viabilizou maior organização e facilidade de atualização do histórico do paciente, por meio do prontuário eletrônico.

Esse é um software completo que simplifica os registros e a busca por dados históricos, com a vantagem de poder ser integrado ao sistema PACS para preservar o material gerado por exames de diagnóstico por imagem.
Assim, é possível consultar e comparar registros atuais aos antigos e encontrar correspondências com rapidez, o que ajuda a qualificar o diagnóstico e a abordagem terapêutica.
Quando surgiu a radiologia digital?
A radiologia digital não é exatamente nova.
No final da década de 70, foi descrita a primeira angiografia de subtração digital experimental.
Já em 1980, ocorreu a introdução do primeiro sistema de imagem digital em radiologia para uso clínico.
Obviamente, a tecnologia evoluiu bastante de lá para cá, promovendo avanços relevantes.
Boa parte deles se deve justamente à introdução do computador nesse processo, já que ele depende de imagens digitalizadas para oferecer resultados cada vez mais nítidos e acurados.
Mais recentemente, outro avanço significativo se deu com a computação em nuvem, que eliminou a necessidade antes existente de compactar as imagens para poupar espaço físico na máquina.
Hoje, portanto, não só as imagens podem ser preservadas em alta resolução, como podem ser acessadas remotamente de qualquer dispositivo conectado à internet.

A radiologia convencional tem limitações ao diagnóstico, sobretudo de tempo
Qual a diferença entre a radiologia convencional e a digital?
Como mencionei anteriormente, podemos resumir a diferença entre a radiologia convencional e a digital quanto ao método de captação e formação de imagens.
Mas vale pontuar de forma mais clara essas diferenças para compreender melhor como funciona a radiologia digital.
Observe, então, a tabela abaixo:
Processo | Convencional | Digital |
Meio de detecção | Filme radiológico | Detectores digitais |
Meio de armazenamento | Filme radiológico | Arquivo digital |
Etapas | Captação e revelação do filme | Geração, processamento, arquivamento e apresentação da imagem |
Portanto, na radiologia convencional, tudo se relaciona ao filme, que é o instrumento de detecção e também de armazenamento das imagens.
Já na radiologia digital, há elementos próprios para cada uma das etapas.
Ou seja, os detectores são utilizados tão somente para isso, já que o armazenamento ocorre no computador a partir de uma imagem digitalizada.
A seguir, trago mais detalhes sobre esse processo.
Como funciona a radiologia digital?
A radiografia digital faz uso de detectores que transmitem as imagens obtidas para um computador, onde são processadas.
Mas, na prática, como isso acontece?
Há um procedimento técnico por trás disso, mas vou resumi-lo da forma mais didática possível.
Vamos pensar no exame que inaugurou a era da radiologia: o raio-X.

Em sua versão digital, o detector digital é exposto à radiação, gerada a partir de um tubo ou peça do equipamento utilizado para o exame.
Então, a energia que ele absorve se transforma em carga elétrica, que passa pelo registro, digitalização e quantificação em escala de cinza.
O próximo passo compete ao computador, já que é o software nele instalado que processa os dados brutos obtidos para transformá-los em uma imagem que possa ser utilizada para fins clínicos.
Na sequência, essa imagem é armazenada digitalmente junto aos dados do paciente.
Ela pode ser impressa como na radiografia tradicional, mas seu principal uso é mesmo na tela do computador.
Ali, o especialista não só visualiza como pode manipular as imagens, o que inclui ajustes de zoom, medições e até inversão da escala de cinza.
É a partir dessa análise detalhada que o laudo é emitido, trazendo as conclusões do médico quanto aos resultados do exame.
Entendido o básico sobre como funciona a radiologia digital, vamos avançar para os seus diferentes formatos.
Quais os tipos de radiologia digital?
Existem duas modalidades de aquisição de imagens em radiologia digital.
São elas:
Radiologia computadorizada (CR)
A radiologia computadorizada marca a primeira versão do que se conhece como digital, sendo também a antecessora da tecnologia predominante atualmente.
Introduzida no início dos anos 80 e aperfeiçoada ao longo da década de 90, ela tem como principal característica o uso de chassis com placas de fósforo em vez do filme radiológico.
Para a realização do procedimento, o chassi é exposto à radiação e, em seguida, passa pela digitalização em um aparelho de scanner.
É nesse momento que é gerada a imagem na tela do computador, a qual ainda pode sofrer ajustes relacionados ao tamanho, brilho e contraste, entre outros.
Importante destacar que a radiologia computadorizada (CR) é também chamada de radiologia indireta.
Radiologia digital (DR)
Mais ao final da década de 90, entrou em cena a radiologia digital, que passou a utilizar detectores em substituição aos chassis eletrônicos.
Com eles, as informações não mais passavam por um scanner, sendo transmitidas para um computador, onde o sistema dá origem a uma imagem para diagnóstico.
Em razão de suas características, a radiologia digital (DR) é também conhecida como radiologia direta.
Principais vantagens da radiologia digital
Nos tópicos acima, comentei algumas das vantagens de escolher a radiologia digital.
Confira, abaixo, mais detalhes sobre as principais:

Agilidade na formação de imagens
Certamente, um dos benefícios mais relevantes está na agilidade para disponibilização de imagens com potencial diagnóstico.
Ainda que a revelação do filme radiológico, no processo tradicional, possa ser feita em até uma hora, é incomparável com o resultado da imagem digitalizada, obtida em segundos.
Considere, então, uma situação de urgência em uma unidade hospitalar e perceba que esse tempo pode ser decisivo para salvar vidas.
Ampla acessibilidade
Outro aspecto de menção obrigatória se relaciona com a acessibilidade da imagem digital.
Com armazenamento eletrônico ou em nuvem, qualquer pessoa em rede que tenha login e senha pode visualizar facilmente o conteúdo, seja dentro do hospital ou a distância, usando a internet e um servidor PACS.
Em uma unidade de saúde, com diferentes frentes de atendimento, esse é um ponto fundamental, novamente emprestando brevidade às ações médicas.
Armazenamento seguro
Utilizando a radiologia digital, é possível eliminar o risco de perda de imagens, que infelizmente existe no processo convencional.
Afinal, todo o arquivamento segue protocolos rígidos de segurança, evitando também o acesso por pessoas não autorizadas.
Maior produtividade do paciente
Vale citar, ainda, o que se chama de maior produtividade do paciente.
Ou seja, não é necessário que ele se submeta ao exame mais de uma vez.
Sobre esse aspecto, cabe lembrar que, na radiologia tradicional, o nível de radiação empregado no exame é específico.
Ou seja, os técnicos tentam submeter o paciente ao menor nível possível.
Contudo, se for abaixo do recomendado, o exame precisa ser repetido.
É por isso que a redução da exposição do paciente à radiação aparece entre os ganhos da radiologia digital.
Quais os exames mais comuns da radiologia digital?
A radiologia médica digital é uma área da medicina bastante ampla, que inclui exames gerais e especializados.
Isso inclui procedimentos como:
- Raio-X digital: emprega radiação ionizante para o diagnóstico de fraturas e cálculos renais, por exemplo
- Tomografia computadorizada: também utiliza raios X, mas junto a um tubo giratório que capta centenas de radiografias num só exame
- Ressonância magnética: combina um campo magnético a ondas de radiofrequência para formar imagens de alta resolução dos tecidos, inclusive de partes moles
- Mamografia digital: usa um aparelho semelhante ao equipamento de raio-X – o mamógrafo – para observar detalhes do tecido mamário, sendo especialmente útil no rastreamento do câncer de mama
- Densitometria óssea: exame que utiliza a tecnologia DXA (Dual-energy X-ray Absorptiometry), com múltiplos tubos de raios X para determinar a densidade mineral óssea
- Cintilografia: procedimento de medicina nuclear que usa radiação para avaliar o fluxo sanguíneo em diferentes partes do organismo
- Ultrassonografia: por meio de um transdutor, o exame ecoa ondas sonoras para mostrar imagens dinâmicas de vários órgãos.
Em todos esses exames, a qualidade de imagem evoluiu muito com o avanço da tecnologia, como explico a seguir.
Qualidade da imagem na radiologia digital
Devido aos avanços na tecnologia empregada tanto nos equipamentos quanto nos softwares envolvidos na composição das imagens digitais, esses registros têm extrema qualidade.
Eles se destacam pela nitidez e diferenciação de densidade, além de permitirem o uso de recursos como o zoom para observação de achados.
Esse fator dá suporte à interpretação dos exames, conferindo maior acurácia diagnóstica e apoiando a escolha do tratamento adequado.

O que é PACS na radiologia digital?
Não é possível compartilhar registros de exames digitais com segurança sem um PACS.
A sigla para Picture Archiving and Communication System significa Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens.
O que ele faz, portanto, é armazenar as imagens digitais de modo simples e econômico, garantindo ainda o acesso seguro às informações por pessoas autorizadas
É o PACS, por exemplo, que assegura que o médico especialista terá as imagens em seus dispositivos como tablet, notebook e até smartphones para interpretar os resultados e laudar o exame.
Ele substitui a necessidade de cópias impressas das imagens, como ocorria no processo da radiologia convencional.
Pela mesma razão, o paciente não precisa mais levar o exame para casa e retornar com ele na próxima consulta, o que envolve o risco de perda do documento.
O paciente pode imprimir o resultado do seu exame através do seu próprio computador em casa, sem perder tempo em ir buscar o resultado na clínica radiológica.
Basta usar a internet e acessar o PACS com login e senha fornecidos.
Resumidamente, então, podemos entender o PACS como a plataforma online que centraliza as informações de saúde.
Desde a realização do exame, passando pela análise dos arquivos digitais, até o diagnóstico a partir do laudo digital que será entregue para o médico assistente, todo o fluxo do exame digital passa pelo PACS.
É uma mudança significativa, que organiza melhor os processos e otimiza a gestão em saúde.

A radiologia médica digital é uma área da medicina bastante ampla, que inclui exames gerais
Segurança e privacidade na radiologia digital
Outro benefício do sistema PACS é a proteção dos arquivos, guardados por mecanismos de autenticação e criptografia de ponta a ponta.
Afinal, as informações de saúde pertencem ao paciente, devendo atender às legislações em vigor para preservar sua privacidade.
Uma das principais é a LGPD, que tem papel essencial na garantia do sigilo médico e também é exigida para outros softwares médicos – incluindo o software de telemedicina em nuvem.
Como a telemedicina auxilia na realização da radiografia digital?
Se você observou com atenção tudo o que foi colocado até aqui, deve estar se perguntando: mas não há nenhuma desvantagem na radiologia digital?
De fato, há um aspecto que costuma pesar negativamente, sim. E ele se refere ao preço.
Em geral, os equipamentos necessários para a realização do processo digital são mais caros.
Além disso, demandam uma maior necessidade de treinamento dos seus operadores.
Mas saiba que a telemedicina radiológica pode ser a chave para enxugar as despesas e se manter dentro do planejamento financeiro.
Quando você recorre à Telemedicina Morsch, tem a opção de reduzir em mais de 50% o preço dos laudos médicos.

Esse benefício a médio prazo vai compensar o investimento em radiologia digital.
Da mesma forma, fornecemos treinamento a distância para os funcionários que vão lidar no dia a dia com os equipamentos.
Esses são dois benefícios extras que você conta ao contratar uma solução em telemedicina.
O principal deles, é claro, está na possibilidade de obter laudos online.
Seja para uma segunda opinião ou para cobrir férias ou a ausência de um radiologista, você pode contar com um especialista que vai acessar as imagens pelo computador, remotamente, interpretar os resultados e inserir sua assinatura digital.
Em nossa plataforma de telemedicina, sua equipe ainda poderá contar com médicos que combinam especialidades, a exemplo do neurorradiologista e neuropediatra.
Imagine a economia e vantagem sobre os concorrentes em oferecer exames de ponta sem precisar contratar mais especialistas para a sua clínica?
Perceba, portanto, que a telemedicina representa uma oportunidade real de qualificar seu serviço de radiologia digital economizando tempo e dinheiro.
Clique aqui e leve essa inovação hoje mesmo para sua clínica!
Conclusão
Neste artigo, expliquei como funciona a radiologia digital, suas diferenças e vantagens em relação ao processo convencional.
Se você ainda não implantou aderiu a essa tecnologia, saiba que está perdendo uma boa oportunidade de agregar valor aos seus serviços, qualificá-los e cortar custos.
Se gostou do artigo, compartilhe com a sua rede!
Acompanhe outras novidades sobre radiologia aqui no blog.