Densitometria óssea: o que é, quando é indicado e como interpretar o exame

A densitometria óssea é um importante instrumento de detecção precoce da perda de massa óssea.
Simples e rápida, a técnica DXA empregada no exame permite o cálculo da densidade mineral óssea, revelando até mesmo microfraturas que não podem ser vistas em um raio-X.
Nas próximas linhas, você vai entender melhor as aplicações, como é feita a densitometria óssea e como interpretar os registros gerados.
Acompanhe até o fim para conhecer, também, soluções de telediagnóstico que aceleram a entrega de laudos online com qualidade.
Boa leitura!

O que é densitometria óssea?
Densitometria óssea (DO) é um exame que usa radiação ionizante para gerar imagens dos ossos.
Por meio da técnica DXA (Dual-Energy X-Ray Absorptiometry), o aparelho de densitometria ou densitômetro viabiliza a observação detalhada do tecido ósseo, possibilitando a identificação de áreas porosas e frágeis.
Daí a importância desse método para condições que enfraquecem os ossos, como a osteoporose.
Segundo descreve o estudo “Análise da nova classificação de laudos de densitometria óssea”:
“A densitometria óssea realizada por raios-X de dupla-energia é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 1994, como padrão ouro para o diagnóstico de osteoporose e, desde então, o número de densitometrias tem crescido consideravelmente.”
Para que serve o exame de densitometria óssea?
A densitometria óssea avalia resistência da densidade mineral óssea e detecta perdas ósseas.
Ela utiliza baixa radiação para fornecer um diagnóstico preciso da saúde óssea.
É assim que auxilia na prevenção e no acompanhamento de alterações que possam comprometer a estrutura e a funcionalidade do esqueleto.
Podemos resumir como principais funções desse exame:
- Medir a densidade mineral óssea, que mostra a perda de cálcio
- Avaliar fraturas de colo de fêmur
- Detectar perda de massa óssea
- Estabelecer o diagnóstico de osteoporose ou osteopenia
- Avaliar o tratamento de osteopenia
- Avaliar o tratamento de osteoporose
- Avaliar o risco de fraturas
- Avaliar fraturas vertebrais.
Atualmente, tecnologias na medicina como o densitômetro vêm evoluindo, culminando em novas aplicações como a medição da composição corporal do paciente.
Nesse cenário, o objetivo da densitometria óssea com DXA é medir separadamente a massa gordurosa e a massa magra – termo usado para descrever a massa muscular – e, por fim, a densidade mineral óssea.
Vale lembrar que o índice de massa corpórea (IMC) e medidas das pregas cutâneas não são exames precisos, pois não conseguem separar a massa gordurosa da massa magra.
Quando a densitometria óssea é indicada?
A densitometria óssea é indicada para avaliar a saúde óssea e identificar a perda de massa óssea.
Dessa forma, auxilia no diagnóstico e monitoramento da osteoporose e outras condições.
O exame permite intervenções precoces para prevenir fraturas e otimizar tratamentos, sendo essencial para grupos de risco e acompanhamento médico em casos específicos.

De acordo com a National Osteoporosis Foundation, ligada à OMS (Organização Mundial da Saúde), a densitometria é indicada para:
- Mulheres de 65 anos ou mais ou homens de 70 anos ou mais, independentemente de outros fatores
- Mulheres maiores de 50 anos com fatores de risco para fratura (um fator de causa secundária ou dois fatores relacionados ao estilo de vida. Detalho os fatores abaixo)
- Fratura em indivíduos com mais de 50 anos, para determinar a gravidade da doença
- Acompanhamento da eficácia do tratamento da osteoporose, a cada 2 anos
- Adultos com comorbidades ou em uso crônico de medicamentos que podem estar associados à perda de massa óssea
- Avaliação da possibilidade de suspensão de terapia de reposição hormonal em mulheres menopausadas
- Monitoramento de pacientes em uso crônico de corticoide a cada 6 meses no 1º ano e, após, a cada 12 meses, quando a densidade óssea estiver estabilizada
- Evidência de osteoporose em radiografia simples.
Os principais fatores de risco para osteoporose e fraturas são:
- Idade
- Gênero feminino e estatura
- Artrite reumatoide
- História familiar de fratura de quadril
- Baixo índice de massa corporal
- Consumo de álcool igual ou maior que 3 doses/dia
- Fratura prévia por osteoporose
- Osteoporose secundária
- Osteoporose evidenciada em densitometria óssea
- Tabagismo
- Uso de glicocorticoide maior ou igual a 5mg por dia, por 3 meses ou mais.
A seguir, esclareço a diferença entre exames com nomes semelhantes.
Qual é a diferença entre cintilografia óssea e densitometria óssea?
A cintilografia óssea e a densitometria óssea são exames distintos com finalidades diferentes.
A cintilografia óssea é um exame funcional que utiliza um radiofármaco para detectar alterações no metabolismo ósseo, como inflamações, fraturas ocultas, metástases e infecções.
Já a densitometria óssea, como vimos até aqui, é um exame estrutural que mede a densidade mineral dos ossos para avaliar o risco de osteoporose e fraturas.
Enquanto a cintilografia investiga processos anormais no esqueleto, a densitometria monitora a saúde óssea e a perda de massa óssea ao longo do tempo.
Ambos são exames não invasivos, mas utilizam técnicas e propósitos diferentes.

A densitometria óssea é indicada para avaliar a saúde dos ossos e identificar a perda de massa óssea
Onde fazer densitometria óssea?
Hospitais e clínicas equipados com um densitômetro e que disponham de profissionais treinados oferecem a densitometria óssea.
É possível encontrar estabelecimentos de saúde pública e privada que ofertam esse exame de imagem, que pode ser feito via SUS, convênio médico ou na rede particular.
Para tanto, eles devem investir numa sala de densitometria, adaptada com itens de proteção radiológica e restrição a pessoas não autorizadas.
Afinal, o procedimento utiliza uma pequena quantidade de radiação ionizante, que possui efeito cumulativo no organismo.
Ou seja, quanto maior a exposição aos raios X, maior o risco de câncer e outros agravos à saúde.
Operadores de densitômetro devem utilizar equipamentos de proteção individual (EPI), a fim de diminuir os impactos da exposição ocupacional em longo prazo.
Como é feito o exame de densitometria óssea?
O exame não exige jejum, entretanto, é indicado suspender o consumo de suplementos de cálcio nas 24 horas que antecedem a densitometria.
Produtos contendo outros minerais também não devem ser tomados na data do procedimento.
Outro cuidado referente ao preparo está na garantia de que o paciente não tenha ingerido contraste empregado em exames radiológicos nas 72 horas anteriores ao exame.
No dia agendado, ele deve comparecer ao serviço de saúde usando roupas leves, e retirar objetos metálicos antes de entrar na sala de DO.
Em seguida, o médico ou técnico em radiologia responsável pelo procedimento posiciona o paciente sobre a maca do aparelho de densitometria, de acordo com as recomendações do pedido do exame e seu objetivo.
Ele liga o densitômetro, que ativa um feixe de raios X sobre o corpo do paciente, fazendo uma varredura para permitir o cálculo da densidade mineral.

Geralmente, a avaliação foca no colo do fêmur, quadril e vértebras lombares, mas áreas como o antebraço também podem ser analisadas.
Parte da radiação é absorvida pelas estruturas anatômicas, enquanto os raios X restantes atravessam os ossos e chegam até uma placa instalada na maca do equipamento de DO.
É a partir da captação deles que as imagens internas serão formadas, posteriormente, interpretadas por um médico qualificado.
Rápido, indolor e não invasivo, o exame dura entre 10 e 15 minutos.
Após a aquisição das imagens, o paciente é liberado para suas atividades de rotina.
Quem interpreta os exames de densitometria óssea?
A DO deve ser interpretada por um médico radiologista capacitado na área do exame.
Responsável pela produção do laudo de densitometria óssea, esse especialista possui o conhecimento necessário para o diagnóstico de perda de cálcio no esqueleto, que se traduz em osteopenia e osteoporose.
Para os demais diagnósticos de composição corporal de massa gordurosa e massa magra, o médico deve realizar um curso voltado a esses quesitos.

O aparelho de densitometria ou densitômetro viabiliza a observação detalhada do tecido ósseo
Como interpretar a densitometria óssea?
A interpretação da densitometria deve considerar achados como fraturas e microfraturas, além de possíveis áreas fragilizadas.
Além, é claro, de calcular a densidade mineral dos ossos, classificando-a na conclusão do laudo médico.
Geralmente, são utilizados critérios como os do T-score para identificar desvios em relação ao adulto jovem, e Z-score para analisar desvios em relação a pessoas da mesma faixa etária.
Assim, o resultado da densitometria pode ser:
- Normal, caso o desvio-padrão seja de até – 1,00 em relação ao adulto jovem (T-score). Nessa classificação, há baixo risco de fratura
- Osteopenia: desvio-padrão compreendido entre – 1,00 e – 2,50. Revela perda óssea menor que 30%, com risco aumentado para fraturas
- Osteoporose: desvio-padrão menor ou igual a – 2,50, sinalizando a perda de mais de 30% da massa óssea, culminando em alto risco de fraturas.
Trago mais detalhes sobre os dois critérios utilizados na sequência.
Entendendo os critérios T-score e Z-score
Como comentei antes, a densitometria óssea utiliza dois critérios principais para interpretar os resultados: T-score e Z-score.
O T-score compara a densidade mineral óssea (DMO) do paciente com a de um adulto jovem saudável do mesmo sexo.
Ele é o principal critério para diagnosticar osteoporose e osteopenia.
Já o Z-score compara a DMO do paciente com a média de indivíduos da mesma idade, sexo e etnia.
É mais utilizado em crianças, jovens e adultos abaixo dos 50 anos, pois ajuda a identificar causas secundárias de perda óssea.
Um Z-score abaixo de -2,0 sugere que a densidade óssea está abaixo do esperado para a idade, podendo indicar fatores além do envelhecimento natural.
Resumindo, então: enquanto o T-score é fundamental para diagnóstico e decisão terapêutica em idosos e mulheres pós-menopausa, o Z-score auxilia na investigação de condições metabólicas e doenças que afetam os ossos em pessoas mais jovens.

Vantagens do telediagnóstico na densitometria óssea
Mencionei, mais acima, que a densitometria deve ser interpretada por radiologistas.
No entanto, o Conselho Federal de Medicina permite que o exame seja feito por outros profissionais treinados, como o técnico em radiologia.
Esse fator viabiliza a oferta da DO em locais distantes dos centros urbanos, que não tenham especialistas em radiologia presentes em tempo integral.
Basta contar com a telemedicina e laudo a distância.
Funciona assim: através de uma plataforma de telemedicina, o técnico que realizou o exame envia os registros usando a internet.
Assim que as imagens ficam disponíveis, um especialista da equipe de médicos da Telemedicina Morsch que esteja online acessa esses arquivos, interpreta e finaliza o documento com sua assinatura digital.
Dessa forma, o telelaudo é entregue em minutos, com toda a comodidade para a equipe médica local e o paciente.
Isso porque o cliente tem acesso imediato ao laudo digital, podendo imprimir, salvar no prontuário digital ou enviar por e-mail para o médico que pediu o exame.
Dentro do software de telemedicina em nuvem, seu time ainda pode solicitar uma teleinterconsulta para discutir casos complexos ou teleconsultoria para esclarecer questões amplas de saúde.
Ou, ainda, utilizar a teleconsulta integrada ao prontuário eletrônico para oferecer atendimento médico online, reforçando a estratégia de captação de pacientes.
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Conclusão
Abordei, neste conteúdo, a finalidade e principais aspectos da densitometria óssea.
É inegável a contribuição desse exame para detectar a osteopenia, evitando sua evolução para quadros de osteoporose.
Também apresentei serviços de telemedicina que apoiam a maior oferta da DO e outros exames de diagnóstico por imagem, delegando a interpretação a médicos online.
A Telemedicina Morsch é sua parceira nessa empreitada, disponibilizando laudos a distância com agilidade, sem deixar a qualidade de lado!
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