Rivastigmina: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 31 de maio de 2024
Rivastigmina

Medicamentos à base de rivastigmina têm papel importante para pacientes com Alzheimer ou doença de Parkinson.

Eles estão disponíveis em cápsulas duras de 1,5 mg, 3,0 mg, 4,5 mg e 6,0 mg.

Nas próximas linhas, apresento as principais indicações, a posologia e como conseguir a receita médica online para essa medicação.

O que é rivastigmina?

Rivastigmina é um fármaco antidemencial que pertence à classe dos inibidores da colinesterase.

Tem poucas contraindicações, no entanto, deve ser utilizado conforme a prescrição médica para diminuir as chances e a intensidade dos efeitos colaterais.

Para que serve rivastigmina

O medicamento serve para tratar a demência associada a transtornos neurológicos degenerativos.

Seu princípio ativo, hemitartarato de rivastigmina, aumenta a disponibilidade de acetilcolina no cérebro, substância que é necessária para um bom funcionamento cognitivo.

Por consequência, o paciente apresenta melhora no aprendizado, memória, compreensão e orientação, bem como na habilidade de lidar com situações cotidianas.

Principais indicações

De acordo com a bula, a rivastigmina é indicada para o tratamento de problemas de memória e demência em pacientes com doença de Alzheimer ou doença de Parkinson.

Segundo informações do Ministério da Saúde, os sintomas de Alzheimer incluem:

  • Falta de memória para acontecimentos recentes
  • Repetição da mesma pergunta várias vezes
  • Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos
  • Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas
  • Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos
  • Dificuldade para encontrar palavras que exprimem ideias ou sentimentos pessoais
  • Irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.

Outras indicações dependem de avaliação médica.

Como tomar hemitartarato de rivastigmina

As cápsulas de 1,5, 3, 4,5 e 6 mg devem ser engolidas inteiras, sem abrir ou mastigar.

Tome o remédio por via oral, com a ajuda de um copo d’água, na quantidade e horários recomendados pelo médico.

O período de tratamento e dosagem são definidos de maneira individualizada, considerando a condição clínica do paciente.

Trago informações sobre o esquema terapêutico usual a seguir, detalhado na bula do remédio.

Para maiores esclarecimentos, consulte o médico e o farmacêutico.

  • Tratamento da demência: é indicado tomar o hemitartarato de rivastigmina duas vezes ao dia, uma vez no café da manhã e outra no jantar. Procure tomar o remédio no mesmo horário diariamente, a fim de evitar esquecimentos. Seu médico irá indicar a dose que você deverá tomar, começando com uma dose baixa e aumentando gradualmente, dependendo da sua resposta ao tratamento. A dose máxima permitida é de 6 mg, duas vezes ao dia.

Caso esteja sem tomar rivastigmina por mais de três dias seguidos, informe ao seu médico ou cuidador e só retome o tratamento após liberação do médico.

É necessário que o paciente tenha aconselhamento especializado antes do início do tratamento, passe por avaliação periódica dos benefícios terapêuticos e monitoramento do peso enquanto estiver utilizando o fármaco.

Receita de rivastigmina

O documento que permite a liberação deste fármaco é a receita C1.

Falo da receita de controle especial, composta por duas vias iguais.

A primeira via atende à exigência de venda com retenção de receita da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, enquanto a segunda é devolvida ao paciente ou cuidador.

Nela, consta a orientação médica sobre a dose, vias e horários de administração, além de outras medidas não medicamentosas importantes para o sucesso do tratamento.

As normas da Anvisa têm por objetivo evitar o uso indiscriminado da rivastigmina, que faz parte da lista C1 da Portaria SVS/MS nº 344/1998.

Ao instituir o regulamento de remédios controlados no Brasil, a legislação inseriu nesse grupo outros antidemenciais, antidepressivos, ansiolíticos, anticonvulsivantes, antiparkinsonianos e antipsicóticos.

Eles são monitorados pela Anvisa, obedecendo a regras mais restritivas na comparação com Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP).

Para tanto, são dispensados via receita branca especial, com validade de 30 dias e que pode dar acesso a remédio suficiente para até dois meses de tratamento.

Dúvidas frequentes sobre rivastigmina

Neste espaço, apresento respostas diretas para questões populares entre pacientes e cuidadores.

Acompanhe.

Qual o efeito colateral de rivastigmina?

Como todo remédio, podem ocorrer reações adversas, especialmente no começo do tratamento ou em períodos de ajuste da dose.

As mais comuns são:

  • Náusea
  • Vômito
  • Diarreia
  • Tontura
  • Perda de apetite
  • Agitação
  • Confusão
  • Pesadelos
  • Ansiedade
  • Dor de cabeça
  • Sonolência
  • Dor no estômago
  • Desconforto no estômago após as refeições
  • Fraqueza
  • Sensação de mal-estar
  • Fadiga
  • Transpiração excessiva
  • Perda de peso
  • Tremor.

Em casos raros, podem ocorrer desmaios, convulsões, dor no peito, arritmias, vômito ou fezes com sangue.

Diante de sintomas graves ou intensos, vá ao pronto-socorro o mais rapidamente possível.

Qual o melhor horário para tomar rivastigmina?

Mencionei anteriormente que as doses diárias costumam ser divididas entre o período da manhã e da noite, sempre junto às refeições.

Contudo, o ideal é sempre seguir a orientação médica, que é personalizada conforme as necessidades do paciente.

Qual a diferença entre rivastigmina e galantamina?

Ambas as substâncias pertencem à classe de inibidores da colinesterase, sendo utilizadas no tratamento do Alzheimer.

Ou seja, ambas inibem a degradação da molécula de acetilcolina, o neurotransmissor associado à função de memória, por bloquear a enzima acetilcolinesterase.

Porém, a rivastigmina e galantamina têm propriedades farmacológicas diferentes, o que torna seu mecanismo de ação levemente distinto.

Enquanto a rivastigmina bloqueia a atividade de uma enzima relacionada à degradação da acetilcolina, a galantamina parece agir estimulando a liberação de acetilcolina.

Conclusão

Gostou de saber mais sobre a rivastigmina?

Ressalto que esse remédio deve ser usado com cautela, sem recorrer à automedicação e outras práticas perigosas para a saúde.

Dúvidas e sintomas devem ser avaliados por um médico, a fim de ter acesso ao diagnóstico e tratamento adequados.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin