Tipos de convulsão: conheça os principais e saiba como agir
Você sabia que existem vários tipos de convulsão e que nem todos eles são sintomas de epilepsia?
Quando se pensa no assunto, é natural lembrar de episódios em que o indivíduo perde a consciência e se movimenta de forma descontrolada.
Mas a crise convulsiva pode fazer com que a pessoa fique “fora do ar”, se desligando do ambiente em redor por alguns instantes.
Tudo depende da área do cérebro atingida.
Quer saber mais sobre os tipos de crises, suas manifestações e doenças relacionadas?
Então, este texto é para você.
Leia até o final e confira dicas sobre como agir durante a convulsão e conheça tecnologias que facilitam o acompanhamento do paciente, como a teleconsulta.
Quantos tipos de convulsão existem?
A resposta para essa questão depende da classificação que queremos considerar.
De acordo com a diretriz atual da Liga Internacional Contra a Epilepsia (ILAE), podemos considerar 3 grandes grupos de crise convulsiva:
- Crises focais
- Crises generalizadas
- Crises de origem desconhecida.
Somando as subdivisões de cada grupo, temos um total de 27 tipos de convulsão.
As crises se dividem, ainda, entre as que têm início motor ou não motor.
Veja uma lista com as crises focais de início motor:
- Automatismos
- Atônica
- Clônica
- Espasmos epiléticos
- Hipercinética
- Mioclônica
- Tônica.
As crises focais de início não motor são:
- Autonômica
- Paragem de atividade
- Cognitiva
- Emocional
- Sensorial.
Acompanhe, agora, crises generalizadas motoras:
- Tônico-clônica
- Clônica
- Tônica
- Mioclônica
- Mioclônica-tônica-clônica
- Atônica
- Espasmos epiléticos.
Veja, agora, as crises generalizadas não motoras:
- Típica
- Atípica
- Mioclônica
- Mioclonia palpebral.
E, por fim, as crises de início desconhecido:
- Tônico-clônica
- Espasmos epiléticos
- Paragem de atividade
- Não classificável.
Quais os tipos de convulsão mais conhecidos?
Os tipos mais conhecidos são as crises focais e as generalizadas.
A crise convulsiva focal recebe esse nome porque afeta uma parte específica do cérebro.
Já a convulsão generalizada acomete mais de uma área cerebral ao mesmo tempo.
Ambas desencadeiam o aumento da atividade elétrica cerebral por alguns momentos, resultando em movimentos não intencionais e/ou perda de consciência.
A seguir, trago detalhes sobre algumas subdivisões das crises convulsivas.
Crise Generalizada Tônico-clônica
É a convulsão mais conhecida, aquela que combina perda de consciência, quedas, salivação exacerbada e emissão de gemidos.
A crise tônico-clônica tende a durar alguns minutos e requer auxílio de quem estiver por perto para evitar que a vítima se machuque.
Ela começa com a rigidez dos músculos das pernas e braços, seguida pela queda e por contrações involuntárias.
Crise Atônica
Ocorre diante da perda súbita do tônus muscular, de origem focal ou generalizada.
Costuma levar à perda dos sentidos, queda e acidentes, uma vez que o paciente não consegue se manter de pé ou sentado.
Crise Generalizada de Ausência
Também chamada de crise generalizada não motora típica, corresponde a um desligamento em relação ao ambiente externo, provocado pela perda de consciência.
Algumas vezes, ela vem acompanhada de sinais motores como piscadelas seguidas.
A crise de ausência costuma durar poucos segundos, nos quais o indivíduo não responde a qualquer estímulo exterior.
Ele retorna ao que estava fazendo assim que o episódio termina.
Crise Mioclônica
Se refere a um tipo de convulsão leve, parecida com um choque, que afeta a parte superior do corpo e os braços, desencadeando movimentos involuntários.
Espasmos epiléticos
A crise por espasmos epiléticos se manifesta por meio de flexões e/ou extensões involuntárias dos músculos, que duram entre 1 e 2 segundos cada.
Elas costumam se repetir, formando séries de movimentos, e são mais comuns ao acordar.
Como agir em cada tipo de convulsão
A recomendação mais importante para quem identifica uma convulsão é manter a calma.
Especialmente perante os tipos de crise que se manifestam com movimentos bruscos, como a tônico-clônica.
Lembre-se que toda convulsão dura, no máximo, alguns minutos, e que logo a vítima vai recobrar a consciência.
Se ela estiver se movendo, aproxime-se com cuidado para retirar qualquer móvel ou objeto que possa provocar ferimentos.
Eleve o queixo, liberando a passagem de ar.
Se houver salivação, tente virar o rosto do indivíduo para prevenir que engasgue, e limpe as secreções com um pano ou papel.
Afrouxe também as roupas da pessoa para evitar que se enrosquem ou atrapalhem a respiração.
Nunca tente conter os movimentos, nem coloque a mão na boca do paciente.
Caso seja possível, diminua qualquer estímulo visual ou sonoro, deixando o ambiente tranquilo para reduzir a resposta cerebral.
Durante as crises de ausência, apenas deixe que a pessoa volte à consciência, sem se aproximar ou tentar avisá-la sobre o problema.
Você pode perguntar se ela se lembra da convulsão depois que o episódio terminar.
Mesmo as crises simples podem ocasionar danos ao cérebro, exigindo avaliação médica.
Médico online para casos de convulsão
O neurologista é o especialista apto a fazer um exame minucioso e descobrir as causas da convulsão, que podem estar ligadas a uma série de fatores.
Epilepsia, meningite, febre alta em crianças e até a queda da taxa de açúcar no sangue são capazes de provocar uma crise convulsiva.
Portanto, é inteligente conversar com um médico de confiança para ter acesso ao diagnóstico e tratamento adequados.
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Conclusão
Conhecer os tipos de convulsão é importante para socorrer o paciente e informar detalhes que auxiliem no diagnóstico.
Após os primeiros socorros, vale pedir avaliação a um neurologista ou clínico geral para iniciar o melhor tratamento.
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Gostou de saber mais sobre as crises convulsivas?
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