Medicina diagnóstica: o que é, como funciona, exemplos e desafios
A medicina diagnóstica ocupa um papel importante na atenção à saúde.
E a tendência é que ela tenha um protagonismo cada vez maior para médicos e pacientes.
Isso porque o avanço da tecnologia e a transformação digital na saúde garantem exames e análises cada vez mais precisos e eficientes.
Nesse contexto, a integração entre ferramentas e sistemas e frentes de intervenção confere mais assertividade, humanização e viabilidade para demandas de tratamentos.
Na medida em que os diagnósticos se modernizam e se aprimoram, toda a medicina e áreas correlacionadas também avançam.
A seguir, explico em detalhes o que é medicina diagnóstica, seu papel na área da saúde, histórico, desafios e tendências.
Mostro também como a telemedicina contribui para diferentes diagnósticos.
O que é medicina diagnóstica?
Medicina diagnóstica é a área médica que emprega análises e exames para detectar doenças.
Ou seja, com base nos sintomas descritos pelos pacientes ou notados pelos médicos, são solicitados procedimentos para obter o diagnóstico de problemas de saúde.
Uma vez que diferentes patologias podem ter sintomas semelhantes, a área diagnóstica também serve para dar mais precisão às conclusões clínicas.
Os exames podem servir tanto para identificar doenças, quanto para confirmar uma hipótese diagnóstica ou avaliar o tipo de manifestação e nível com que as patologias acometem o organismo.
Nesse sentido, a necessidade de novas investigações pode surgir a partir dos resultados e conclusões de determinado exame.
Inúmeros procedimentos fazem parte da medicina diagnóstica, desde análises clínicas até procedimentos de diagnóstico por imagem.
Qual a importância da medicina diagnóstica?
Toda assistência médica deve ter foco na experiência do paciente, para que ela seja a melhor possível.
A medicina diagnóstica ocupa um papel de suma importância nesse contexto, já que dá base para as decisões de tratamento e intervenções junto aos indivíduos.
Como citei na introdução, a tecnologia garantiu avanços para os diagnósticos, lhes dando um nível de precisão e assertividade nunca antes vistos.
Afinal, o uso de sistemas, análises e imagens mais minuciosos, inteligência artificial, entre inúmeros outros recursos, tornam os exames mais avançados e capazes de revelar detalhes importantes para um diagnóstico adequado.
Contudo, mesmo com tantas possibilidades, a eficiência e correta aplicação da medicina diagnóstica dependem da capacitação da equipe médica e demais profissionais de saúde.
De nada adianta contar com recursos de ponta se os responsáveis pela jornada dos pacientes não acompanharem esse nível de aprimoramento, não é mesmo?
Portanto, a adesão à tecnologia na saúde deve acompanhar a aprendizagem contínua de médicos e técnicos, bem como a humanização nos atendimentos.
Nesse ponto, saber como acolher, compreender e auxiliar os pacientes é tão importante quanto saber utilizar as principais inovações da área.
Isso porque a medicina diagnóstica é o ponto de partida para diversas intervenções em saúde.
No entanto, o foco dos profissionais deve se voltar ao bem-estar, segurança do paciente e qualidade de vida.
Como funciona a medicina diagnóstica?
A medicina diagnóstica funciona a partir de sinais que direcionam a investigação de uma patologia ou condição de saúde.
Em outras palavras, é necessário utilizar técnicas de entrevista e de avaliação física para identificar anormalidades que auxiliam na formação de um diagnóstico clínico.
Dependendo do cenário, a investigação pode se limitar ao exame clínico e avaliação do histórico do paciente, ou incluir exames complementares.
Detalhes sobre a queixa principal, seu início e intensidade são fornecidos durante a anamnese médica, que é a primeira etapa do atendimento.
Além da história da doença atual, o profissional coleta relatos sobre o estilo de vida, comorbidades, cirurgias prévias, tratamentos em curso etc.
A próxima etapa acrescenta achados do exame físico, a partir de inspeção, palpação e outras técnicas às informações iniciais.
Caso seja necessário, o médico faz a solicitação de exames complementares para embasar sua suspeita e chegar a um diagnóstico definitivo.
Exemplos de exames usados na medicina diagnóstica
Além da avaliação clínica que descrevi acima, existe uma série de exames complementares que compõem o universo da medicina diagnóstica.
Conheça alguns deles a seguir.
Exames laboratoriais
Hemograma, glicemia, creatinina e ácido úrico são exemplos de procedimentos de análises clínicas.
Eles permitem o estudo dos componentes de materiais biológicos do paciente, como sangue e urina.
Eletrocardiograma
O eletrocardiograma utiliza eletrodos conectados a um monitor para registrar a atividade elétrica do coração.
Cada batimento é traduzido em ondas do ECG, que formam um gráfico em linha.
Teste ergométrico
Trata-se de um eletrocardiograma dinâmico, realizado enquanto o paciente se exercita na esteira ou bicicleta ergométrica.
O teste ergométrico é útil no diagnóstico de patologias que só se manifestam sob esforço, como a angina.
Holter 24 horas
Também chamado eletrocardiograma de longa duração, monitora os batimentos cardíacos durante ciclos de 24 horas ou de até 7 dias.
O holter serve para verificar a ocorrência de anormalidades que não seriam identificadas durante os poucos minutos de um ECG de rotina, como arritmias silenciosas.
Eletroencefalograma
EEG é o exame que permite o estudo dos impulsos elétricos cerebrais.
Epilepsia e quadros infecciosos são algumas condições diagnosticadas através desse procedimento.
Espirometria
Teste do sopro ou espirometria é um exame que mede a capacidade respiratória do paciente.
Como o nome sugere, é feito a partir de sopros longos num bocal, auxiliando na detecção de doenças respiratórias como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Raio X
Emprega radiação ionizante para produzir uma fotografia interna do organismo, mostrando desordens como fraturas e cálculo renal.
O raio X foi o primeiro exame de imagem desenvolvido, que deu base para métodos ainda mais modernos.
Tomografia computadorizada
É uma evolução da radiografia capaz de produzir diversos cortes transversais retratando a parte interna do corpo.
A tomografia viabiliza a detecção de pneumonia, hemorragias, acidente vascular cerebral (AVC), entre outras condições.
Ressonância magnética
Considerado o melhor exame de imagem disponível atualmente, capta registros internos a partir de um campo magnético e ondas de rádio.
A ressonância magnética revela tumores, lesões articulares, aneurismas, etc.
Desafios da medicina diagnóstica no Brasil
Um dos grandes desafios para a prática da medicina diagnóstica no Brasil está nos elevados custos para a prestação desse tipo de serviço.
A aquisição dos equipamentos hospitalares para a realização de exames é difícil, devido aos valores elevados de compra e tributos que incidem sobre eles, e até sobre a importação de insumos.
Além das dificuldades de orçamento para clínicas e prestadores de serviços de diagnóstico, existe o cenário econômico desafiador após anos de recessão e pandemia pelo coronavírus.
A queda no poder de compra dos brasileiros faz com que cada vez menos pessoas possam arcar com planos de saúde, exames e outros procedimentos, especialmente aqueles relacionados à medicina preventiva.
Para se ter uma ideia, a inflação acumulada entre 2020 e 2022 derrubou o poder aquisitivo da população em 21%.
Por fim, a própria legislação também traz seus entraves.
Além dos impostos, que já citei, há um excesso de regulamentações que criam empecilhos burocráticos para os prestadores de serviços de medicina diagnóstica, tanto em relação à infraestrutura quanto administrativamente.
Como a telemedicina amplia o alcance da medicina diagnóstica?
A telemedicina rompe a barreira geográfica, democratizando o acesso a serviços diagnósticos de qualidade.
Isso porque ela conecta pacientes, médicos e outros profissionais de saúde com agilidade, dentro de um sistema seguro e intuitivo.
Falo do software de telemedicina em nuvem, que permite o login de pessoas autorizadas a partir de qualquer dispositivo conectado à internet.
Plataformas de telemedicina completas, como a Morsch, são protegidas por mecanismos de autenticação e criptografia, preservando o sigilo médico das informações.
Também são integradas a recursos de áudio, vídeo, chat e outros para viabilizar serviços de:
- Teleconsulta com prontuário eletrônico integrado
- Segunda opinião médica para discutir casos complexos
- Teleconsultoria para esclarecer perguntas amplas de saúde
- Telediagnóstico, que oferece a interpretação e laudo a distância para exames complementares
- Aluguel em comodato, que permite o uso de equipamentos modernos a custo zero para quem contrata pacotes de laudos online.
Tudo isso com a vantagem de economizar tempo e dinheiro que seriam gastos com deslocamentos.
Tendências na medicina diagnóstica
Muitas tendências tecnológicas já transformam a medicina diagnóstica e ampliam suas possibilidades.
Aquelas que mais ganham espaço na área e prometem pautar a medicina do futuro são:
Machine learning e big data
Por meio do aprendizado de máquina, os algoritmos presentes nos sistemas clínicos reconhecem padrões de diagnósticos, conferindo mais assertividade aos exames.
A base do machine learning está no big data, em que todos os dados nas mais diversas frentes de atendimento ajudam o software a identificar doenças e se tornar ainda mais avançado a cada diagnóstico.
Por sua vez, essas informações se processam nos próprios resultados de exames, nos registros clínicos, laudos, prontuários, triagens e assim por diante.
Laudos a distância
O telediagnóstico e os laudos online vêm ganhando espaço em muitas clínicas ao redor do Brasil e do mundo.
Com plataformas integradas em nuvem, centrais de telemedicina podem receber automaticamente os registros dos exames, elaborar os laudos e encaminhá-los novamente para a unidade do procedimento.
Assim, o corpo clínico não precisa necessariamente estar no mesmo espaço físico dos equipamentos para realizar os laudos.
Isso gera mais flexibilidade e viabilidade para os serviços prestados.
Como se elabora os laudos em poucos minutos (ou imediatamente, em urgências), tudo também se torna mais célere e prático.
Graças à comunicação em tempo real, a troca das informações independe de barreiras geográficas.
Dessa forma, as pessoas podem retirar exames online sem precisar se deslocar.
Especialistas podem conduzir intervenções a distância, realizadas em locais sem acesso aos seus serviços.
Ainda que médicos estejam distantes uns dos outros, podem oferecer auxílio mútuo para conduzir casos complicados.
RIS e PACS
Os sistemas RIS e PACS são, simultaneamente, softwares médicos de gestão para centros de diagnóstico, arquivamento e comunicação de imagens.
Eles são usados de maneira integrada para aprimorar a capacidade de análise de exames, a fim de tornar sua emissão e todos os processos nas clínicas menos suscetíveis a erros.
Enquanto o RIS engloba todas as demandas organizacionais da unidade, delimitando atividades, controlando agendamentos e centralizando laudos e histórico dos pacientes, o PACS gera, resguarda e distribui as imagens coletadas.
4 benefícios da medicina diagnóstica integrada
Seja na integração de sistemas RIS e PACS, no uso de telelaudos ou no emprego de machine learning e big data para aprimorar os exames, uma série de benefícios são garantidos aos médicos e pacientes.
Destaco os principais agora.
Diminuição de erros
O processamento inteligente de dados no aprendizado de máquina é capaz de agregar conhecimento com base em experiências passadas.
Tudo isso para gerar o mais elevado nível de precisão durante a interpretação dos exames.
Evidentemente, a qualidade de um diagnóstico depende da atuação do médico, mas o machine learning e o big data conferem os melhores meios para que isso ocorra com a máxima qualidade possível.
O mesmo vale para os laudos eletrônicos, que são emitidos por especialistas experientes, mesmos em locais onde eles não podem estar disponíveis presencialmente, enriquecendo muito a excelência das análises.
Em relação aos RIS e PACS, a vantagem está na centralização dos dados.
Isso porque o cadastro do paciente é único e contínuo, garantindo que os responsáveis pelo atendimento acessem todas as informações do seu histórico e que nada se perca.
Ganho de precisão
Na medida em que diminui a incidência de erros, a tecnologia também confere mais precisão para a medicina diagnóstica.
Enquanto o machine learning aprimora as análises, os sistemas de telemedicina ou os RIS e PACS integram as informações das pessoas atendidas, como exames, prontuário eletrônico e outros dados que aumentam a produtividade e melhoram a tomada de decisão dos médicos.
Com a digitalização, recursos como filmes de raio X também se tornam cada vez mais obsoletos.
Agora, é possível analisar tudo em alta definição e com precisão de detalhes na própria tela do computador.
Segurança para as informações
As informações dos pacientes são privativas e sensíveis, e é responsabilidade de todo médico garantir um bom armazenamento, com toda a proteção necessária.
Com os antigos registros em papel, existia o risco de acesso desautorizado por terceiros, eventual perda de dados e ainda a deterioração causada pelo tempo.
Bastava que alguém tivesse os papéis em mãos para comprometer sua privacidade.
Da mesma forma, dados importantes podiam se perder em reformas ou ainda situações como incêndios e alagamentos.
Nos sistemas de medicina diagnóstica integrada, essas informações ficam seguras devido à criptografia de ponta e protocolos de acesso.
Assim, apenas os médicos responsáveis e os pacientes acessam o que lhes é de interesse.
Além disso, backups automáticos são feitos continuamente para que nada se perca.
Como os registros ficam armazenados na nuvem, nem mesmo eventuais danos às máquinas são capazes de comprometer os dados dos pacientes.
Base de conhecimento
Graças à interação entre diferentes ferramentas, a medicina diagnóstica integrada confere uma maior base de conhecimento aos médicos.
As possibilidades são muitas, como consultas de outros laudos e conclusões sobre a mesma doença no software para aprimorar seu entendimento.
Assim, é possível compreender melhor o quadro em questão, tirar dúvidas e até mesmo manter um padrão de escrita para o laudo médico.
Também é possível comparar o laudo atual dos pacientes com outras análises anteriores, compreendendo melhor o histórico, necessidades de saúde, possíveis agravamentos, entre outros pontos.
Telemedicina Morsch impulsiona a medicina diagnóstica
A Telemedicina Morsch é uma empresa que, desde o início do século, oferece o que há de mais moderno em termos de tecnologia para impulsionar os resultados dos profissionais de saúde.
Em nossa plataforma, você conta com recursos inteligentes para organizar suas rotinas de atendimento, facilitar a jornada dos pacientes, controlar suas demandas financeiras e outras funcionalidades que dão mais qualidade à atuação médica.
É possível utilizar recursos de teleconsulta e telemonitoramento e prontuário eletrônico em nuvem com poucos cliques.
Também disponibilizamos centenas de especialistas de diversas áreas da medicina em nossa central, para realizar o telediagnóstico.
Ainda há a possibilidade de comodato de equipamentos, em que você fecha um pacote de laudos e recebe os equipamentos para exames sem custos.
Se você quer desfrutar de todas as possibilidades da medicina diagnóstica integrada e aproveitar os benefícios que a tecnologia pode oferecer, saiba mais sobre nossas soluções.
Conclusão
Encerro este artigo lembrando que a medicina diagnóstica é o ponto de partida na atenção à saúde.
Por isso, a sua qualidade determina o quão bem-sucedidas são as intervenções junto aos pacientes.
É responsabilidade dos médicos e demais profissionais da área agregar o máximo de excelência em suas práticas, por meio da adesão a novas tecnologias e da qualificação e treinamento para um atendimento humanizado.
Se gostou deste texto, não deixe de acompanhar mais conteúdos sobre telemedicina que publico aqui no blog.