Como diagnosticar pneumonia pelos sintomas

Conhecer o que é e quais os sintomas de pneumonia é importante porque permite que o paciente busque ajuda médica de forma precoce, evitando maiores prejuízos a sua saúde.
Mas o que é pneumonia? É um tipo de inflamação que acomete os pulmões e que costuma estar relacionado a uma infecção.
Geralmente, o que causa pneumonia é uma gripe ou resfriado que não é tratado adequadamente, levando a uma queda da imunidade.
Com as defesas do corpo debilitadas, o pulmão e seus alvéolos ficam mais suscetíveis a invasores, sejam eles bactérias, fungos ou agentes químicos diversos.
Consequentemente, os riscos de ocorrerem uma inflamação aumentam, sendo necessário realizar diversas manobras terapêuticas para que o paciente não tenha sua qualidade de vida ainda mais prejudicada.

Neste artigo, mostrarei quais são os sintomas de pneumonia mais comuns, o que causa a doença e quais os seus tipos principais.
Abordarei também sobre o diagnóstico e como pode ser realizado o tratamento para pneumonia.
O que é pneumonia?
É uma reação inflamatória nos pulmões que pode acometer a região dos alvéolos pulmonares.
Ela pode ser causada por uma série de micro-organismos, incluindo:
- Bactérias;
- Fungos;
- Vírus;
- Substâncias químicas.
Basicamente, um desses agentes infecciosos penetram o espaço alveolar, onde ocorre um processo importante de troca gasosa.
Diferentemente do vírus da gripe, a pneumonia não é contagiosa e não costuma ser transmitida facilmente.
Mesmo se um portador da doença tossir na sua frente, você apenas irá contraí-la caso os mecanismos de defesa do seu corpo estejam debilitados – comum em pessoas com câncer, desnutrição ou com outra doença prévia.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela é a segunda doença respiratória mais frequente no Brasil – números que por si só demonstram a importância de saber o que é pneumonia.
Por que é importante diagnosticar a infecção pulmonar de forma precoce?
A pneumonia pode começar de forma silenciosa, apresentar alguns sintomas característicos e avançar rapidamente para um quadro grave.
Logo, o diagnóstico adequado e precoce é essencial, especialmente para evitar complicações que podem surgir a partir dela. Um exemplo é a bacteremia, quando as bactérias atingem a corrente sanguínea, espalhando-se para outros órgãos.
Outros problemas concomitantes são:
- Dificuldade para respirar a ponto de ser necessário utilizar algum tipo de dispositivo respiratório;
- Acúmulo de líquido em torno dos pulmões, conhecido como derrame pleural, que requer a realização de drenagem;
- Abscesso pulmonar, que é a formação de pus em uma cavidade do órgão.
Além disso, o diagnóstico ágil reduz a incidência de sintomas que podem fazer com que o paciente não consiga desempenhar suas atividades rotineiras normalmente.
Abordarei sobre os sintomas de pneumonia mais para frente neste artigo!

A pneumonia pode ser causada por diversos fatores, desde uma gripe não total curada até poluição e fumaça de cigarro.
Quais são os tipos de pneumonia mais conhecidos?
Existem diversos tipos de pneumonia, variando conforme o agente causador e levando a ocorrência de sintomas distintos.
A única constante entre eles é que o órgão afetado pela condição é o pulmão.

Os tipos de pneumonia mais frequentes são:
Bacteriana
A pneumonia bacteriana é o tipo mais comum, sendo também chamada de comunitária, uma vez que pode afetar a população em geral.
Ela costuma ser causada por bactérias que habitam naturalmente outros órgãos do corpo.
Algumas bactérias estão presentes na garganta, em nosso nariz, boca e sistema digestivo, levando à ocorrência da doença quando a imunidade cai.
Viral
É a infecção causada por um vírus que invade a região dos alvéolos pulmonares, onde desembocam as ramificações dos brônquios e ocorrem as trocas gasosas.
Esse local precisa estar sempre muito limpo, para evitar que esse ar contaminado chegue até o sangue e, posteriormente, outros órgãos.
Fúngica
É o tipo de pneumonia causado por fungos, considerado o mais raro e também mais agressivo.
Ele é comum de acometer pessoas com doenças crônicas ou imunodeprimidas, como é o caso de pacientes oncológicos e soropositivos.
Química
Também conhecido como pneumonite química, esse tipo de pneumonia é causado pela inalação de substâncias agressivas ao pulmão, como:
- Poluição;
- Fumaça de cigarro;
- Agrotóxicos;
- Outros produtos químico.
Quando elas são aspiradas, vão diretamente para os pulmões, podendo inflamar a via aérea dos alvéolos – que transportam o oxigênio para o sangue.
Essa inflamação acaba facilitando o aparecimento de bactérias, podendo desencadear em uma pneumonia bacteriana.
O que causa pneumonia?
Como mencionei no tópico acima sobre os tipos de pneumonia, a doença é causada por micro-organismos, como vírus, bactérias ou fungos, ou devido à inalação de produtos tóxicos.
A contaminação pode ocorrer pelo ar, saliva, secreções, transfusão de sangue ou mudanças bruscas de temperatura – o que justifica o fato de, no inverno, os casos serem maiores.
Essas mudanças comprometem a atuação dos pelos do nariz, responsáveis por filtrar o ar que é aspirado.
Logo, a pessoa fica mais suscetível a ação dos agentes externos, especialmente se o seu sistema imunológico estiver enfraquecido.
É possível determinar causas específicas conforme o tipo de micro-organismo causador e ambiente ao qual a pessoa se expôs.
A pneumonia bacteriana adquirida na comunidade, por exemplo, costuma ocorrer depois de uma gripe ou resfriado ou devido à inalação do agente no ar.
Já aquela adquirida no hospital, geralmente as bactérias são presentes no próprio ar ou nas máquinas de respiração.
Neste caso, a pneumonia adquirida pode ter caráter mais sério, pois as bactérias podem ser mais resistentes aos antibióticos, sem falar que as pessoas que a contrai já estão com algum tipo de doença.
Quais os fatores de risco para os sintomas da pneumonia?
Após entender o que causa pneumonia, é possível traçar mais facilmente uma série de fatores de risco para a doença.

Os principais fatores são:
- Gripes e resfriados não curados;
- Mudanças bruscas de temperatura;
- Baixa imunidade;
- Uso constante de ar-condicionado, especialmente sem a devida limpeza do filtro;
- Tabagismo, uma vez que o cigarro provoca uma reação inflamatória que facilita a ação de agentes infecciosos;
- Excesso de álcool, pois ele interfere no sistema imunológico e na capacidade que o aparelho respiratório tem de se defender.
Além disso, a idade pode ser considerado um fator de risco importante.
Crianças e pessoas acima de 50 anos são mais propensas a contrair a doença, tendo em vista que em ambas as situações o sistema imunológico é mais debilitado.
Estima-se que 50% de todas as internações hospitalares por pneumonia no país ocorrem nessa faixa etária.
Segundo a Unicef, a doença levou à óbito 800 mil crianças apenas em 2019, o que equivale a uma a cada 39 segundos.
E mais: estimativas mostram que, sem o cuidado necessário, poderão ocorrer mais 6,3 milhões óbitos em menores de cinco anos entre 2020 e 2030.
A única forma de evitar isso é conhecer os sintomas da pneumonia para, assim, promover o diagnóstico preciso e iniciar a terapia adequada o mais rápido possível.
Quais os sintomas de pneumonia mais comuns?
Os sintomas mais frequentes são os seguintes:
- Tosse seca ou com secreção;
- Febre alta (acima de 37,5°C);
- Calafrios ou sudorese intensa, especialmente à noite;
- Falta de ar ou dor no peito durante a respiração;
- Mal-estar generalizado.
Apesar de serem os mais característicos, os sintomas de pneumonia infantil e em idosos podem variar um pouco.
Sintomas de pneumonia em bebê e crianças
No caso da pneumonia bacteriana, além dos indícios que pontuei, eles podem apresentar:
- Respiração acelerada e ruidosa;
- Dor abdominal;
- Perda de apetite e recusa alimentar sem causa aparente.
Os sintomas podem ocorrer de forma isolada, ou seja, apenas febre e tosse ou a ocorrência de respiração acelerada.
Quando a pneumonia é viral, surgida geralmente após uma gripe comum, podem ocorrer outros sintomas como:
- Dor de garganta e/ou ouvido;
- Dor de cabeça;
- Coriza;
- Dores no corpo;
- Espirro.
Neste caso, o quadro costuma se resolver sozinho entre 3 e 5 dias.
Sintomas de pneumonia em idosos
Idosos saudáveis não possuem sintomas distintos aos que já apresentei, entretanto, no caso de terem outro problema de saúde associado, eles podem variar um pouco.
É comum a ocorrência de alguns sintomas comportamentais, como:
- Perda de memória;
- Desorientação;
- Confusão mental.
Por serem sinais que dificilmente são vinculados a problemas pulmonares, acabam atrasando o diagnóstico da doença.

Conheça os principais exames, como raio-x e espirometria, e as possibilidades de tratamento.
Como é feito o diagnóstico da pneumonia?
O primeiro passo para a realização do diagnóstico é procurar um pneumologista, o especialista em pulmão.
Em consultório, ele fará algumas perguntas sobre o histórico do paciente, incluindo a ocorrência anterior de outras doenças relacionadas ao trato respiratório.
Nesta etapa é realizado o chamado exame clínico, que consiste em ouvir o pulmão com um estetoscópio, para verificar se há algum ruído que sugira a incidência de pneumonia.
Caso haja suspeita da doença, podem ser solicitados alguns exames complementares, que não apenas irão confirmar ou não a ocorrência de pneumonia, mas mostrar o seu agente causador.

Os exames mais comuns são:
Raio-X de tórax
Permite diagnosticar a pneumonia e determinar o local e a extensão da infecção.
Através dele, porém, não é possível visualizar o tipo de micro-organismo causador da doença.
Oximetria de pulso
Mede o nível de oxigênio presente no sangue.
Como a pneumonia faz com que o pulmão não consiga movimentar oxigênio suficiente para a corrente sanguínea, esse indício pode demonstrar que algo está errado com o órgão.
Espirometria
Mede a quantidade de ar que uma pessoa é capaz de inspirar ou expirar em cada respiração.
Com isso, é capaz de avaliar se existe alguma anormalidade na ventilação pulmonar, o que pode sugerir a presença de alguma doença.
Exame de sangue
São indicados para confirmar uma infecção e tentar determinar o micro-organismo que está a causando.
Porém, nem sempre é possível identificar com precisão o agente.
Teste de escarro
É retirada uma amostra de fluído dos pulmões após uma tosse profunda para que seja analisada em laboratório, permitindo identificar a causa da pneumonia.
Pacientes com 65 anos ou mais, que estejam em ambiente hospitalar ou então que apresentam condições de saúde graves podem ter que ser submetidos a outros testes, incluindo:
- Tomografia computadorizada, para obter uma imagem detalhada dos pulmões;
- Cultura de fluido pleural, para uma análise mais precisa do tipo de infecção.
Quais os tratamentos mais indicados para a pneumonia?
O tratamento realizado depende do tipo de micro-organismo causador da doença. Nas pneumonias bacterianas, é preciso administrar antibiótico, como amoxicilina e azitromicina.
Quando a doença é causada por vírus, geralmente o tratamento inclui apenas antitérmicos e analgésicos, para minimizar os sintomas.
Isso porque o vírus costuma ter um ciclo de cerca de 5 dias, sendo curado ao natural. Apenas em casos mais graves é que pode ser necessário recomendar antivirais.
Já no tratamento de pneumonia por fungos, são utilizados medicamentos específicos para eliminá-los do organismo.
É importante que, seja qual for o tratamento recomendado, ele seja seguido à risca, pois a doença pode evoluir para um quadro mais grave, desencadeando inclusive em morte.
É preciso ter cuidados após a pneumonia?
Além de seguir o tratamento proposto pelo pneumologista, é preciso adotar outros cuidados para que a recuperação seja o mais breve possível.
A principal indicação é o repouso, uma vez que o paciente se encontra com a imunidade baixa e é importante que o organismo se recomponha.
Algumas pessoas costumam se sentir melhor em até uma semana, enquanto outras podem demorar um mês ou mais para retornar às suas atividades normais, devido à fadiga.
É importante destacar que é possível prevenir a doença – o que é essencial especialmente para portadores de doenças crônicas e idosos.

As recomendações são simples:
- Lavar as mãos;
- Evitar aglomerações e ambientes fechados;
- Não fumar;
- Realizar a vacina anual da gripe.
Qual o papel da teleconsulta na prevenção da pneumonia?
A teleconsulta pode servir como uma aliada para prevenir a ocorrência da doença, tendo em vista que evita que o paciente tenha que se deslocar a clínicas e hospitais, correndo risco de contrair bactérias que piorem o seu quadro.
Mas o que é teleconsulta? Nada mais é do que a consulta online, realizada através de uma plataforma de telemedicina.
Através dela, médicos e pacientes não precisam estar fisicamente no mesmo local, promovendo um diagnóstico rápido, seguro e preciso de forma remota.
A Telemedicina Morsch é uma plataforma segura e confiável para quem deseja se consultar com um pneumologista à distância.
Nela, é possível ter acesso a especialistas 24 horas por dia, sem falar que funciona com hora marcada.
Conclusão
Saber o que é e quais são os sintomas de pneumonia é importante para a realização de um diagnóstico precoce – agilizando o processo de cura.
Além dessas informações, mostrei neste conteúdo o que causa pneumonia, as formas de diagnóstico e, ainda, como pode ser realizado o tratamento.
Abordei, ainda, o papel da teleconsulta, uma vez que, ao realizar a consulta online, o paciente não se expõe a micro-organismos infecciosos, comuns em ambientes hospitalares.
Se você está com sintomas de pneumonia e deseja obter um diagnóstico eficaz, marque uma consulta online agora mesmo com um especialista.