Como funciona a telemedicina no Brasil e quais serviços oferece

Por Dr. José Aldair Morsch, 1 de julho de 2022
Como funciona a telemedicina

Entender como funciona a telemedicina é fundamental para equipes de saúde, gestores e pacientes.

Afinal, a tecnologia envolvida nesse processo vem revolucionando a assistência médica.

Hoje, mudou muito a forma como exames são interpretados e até mesmo a consulta com especialistas ficou mais acessível.

Neste texto, explico como funciona a telemedicina, suas vantagens e os serviços disponíveis nas redes pública e privada.

Acompanhe até o final e entenda por que você também deve investir nessa solução.

Como funciona a telemedicina no Brasil

A telemedicina existe para conectar profissionais de saúde e pacientes em localidades distintas.

Para isso, são utilizadas tecnologias da informação e comunicação (TIC), com destaque para a internet.

Nesse contexto, é natural que os serviços remotos de medicina tenham avançado com a popularização da rede mundial de computadores no país, a partir dos anos 1990.

As primeiras iniciativas permitiram a troca de informações entre redes hospitalares, a fim de tirar dúvidas sobre diagnósticos complexos.

Logo, porém, se expandiram para otimizar processos como a interpretação e emissão de laudos, triagem e monitoramento de pacientes.

A seguir, veja dados sobre as vantagens e impactos gerados pela telemedicina no Brasil.

No SUS

Uma das iniciativas mais reconhecidas de uso da telemedicina no SUS é o Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, que funciona por meio de núcleos instalados em universidades e outros locais.

Seu projeto piloto foi criado em 2007 e expandido em 2011, com a oficialização do programa em âmbito nacional.

Em 2011, o Telessaúde Brasil Redes havia alcançado 937 municípios brasileiros, que receberam 1171 pontos de comunicação disponíveis em Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Entre janeiro de 2008 e março de 2011, a iniciativa havia acumulado 56.075 teleconsultorias, 419.691 laudos online e 643 segundas opiniões formativas.

Mais recentemente, vale ressaltar o apoio à identificação e monitoramento de casos suspeitos de Covid-19 utilizando o TeleSUS.

Aplicativo e chat online no site do Ministério da Saúde viabilizaram a triagem, acompanhamento e encaminhamento à consulta online, quando necessário.

Cerca de 73,3 milhões de indivíduos foram atendidos pelo sistema entre abril e junho de 2020, sendo que 1,8 milhão deles realizaram teleconsulta.

Na rede privada

A pandemia pelo coronavírus também aumentou a adesão à telemedicina e outras tecnologias relacionadas à saúde digital no setor privado.

Segundo nota divulgada pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), o uso de ferramentas tecnológicas melhorou a performance de 77,8% das unidades de saúde durante o isolamento social, em 2020.

A otimização promovida pela tecnologia faz com que 75% dos hospitais particulares utilizem serviços à distância.

Além disso, 69% dos gestores consideram a telemedicina uma importante fonte de receitas.

Nesse cenário, não é à toa que o Brasil registrou 7,1 milhões de teleconsultas entre 2020 e 2021, segundo cita artigo da Federação Brasileira de Hospitais (FBH).

Ainda que 87% delas tenham correspondido a primeiros atendimentos, o índice de resolutividade chegou a 91%.

Grande parte das consultas à distância foram realizadas mediante encaminhamento por planos de saúde.

Para se ter uma ideia, a modalidade online representou 15% do total de consultas da Amil em 2021, ultrapassando 1,5 milhão de atendimentos.

Como funcionam 6 serviços de telemedicina

Os serviços de telemedicina são fornecidos dentro de um sistema seguro, protegido por senhas e criptografia.

O software de telemedicina ainda obedece às exigências de autoridades de saúde, como CFM e Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), atendendo a padrões de qualidade de som e imagem.

Saiba mais sobre as opções de procedimentos via telemedicina a seguir.

Como é a telemedicina

Na consulta remota, o médico pode preencher prontuários digitais, emitir atestados, encaminhamentos e receitas

1. Consulta remota

A teleconsulta é semelhante ao atendimento médico convencional, incluindo anamnese e exame clínico.

Ela ocorre por videoconferência, dentro de uma sala virtual reservada para a assistência e permite o compartilhamento de documentos médicos.

Além de possibilitar o preenchimento do prontuário digital, atestados, encaminhamentos e receitas.

2. Emissão de laudos online

A interpretação à distância de exames de suporte diagnóstico começa com o envio dos registros do teste pelo software de telemedicina.

Em seguida, um especialista de plantão inicia a avaliação das imagens ou gráficos à luz da suspeita clínica e histórico do paciente.

Ele elabora o laudo online, assinado digitalmente para garantir a autenticidade.

3. Segunda opinião médica

A segunda opinião médica contribui para qualificar o diagnóstico, esclarecendo dúvidas dos médicos in loco.

Basta que acessem o sistema de telemedicina e solicitem uma segunda opinião, dada por profissionais experientes.

4. Teleconsultoria

A teleconsultoria consiste na consulta realizada entre profissionais de saúde com diversas finalidades.

Encaminhamento para alguma especialidade, orientações de conduta diante de urgências e emergências e solicitação de material de referência estão entre os principais motivos para essa dinâmica.

Dentro da plataforma de telemedicina, as recomendações são compartilhadas com agilidade e permanecem à disposição das equipes de saúde para consultas futuras.

5. Telemonitoramento

O monitoramento remoto permite que pacientes recebam assistência periódica sem sair de casa.

Pessoas acamadas, idosos, gestantes e doentes crônicos se beneficiam desse acompanhamento.

6. Emissão de documentos ocupacionais

Recentemente, a transformação digital alcançou as áreas trabalhista e previdenciária, consolidando a entrega de arquivos pela internet.

E a telemedicina passou a integrar a opção de assinatura digital para laudos ocupacionais, conferindo praticidade ao trabalho do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT).

Médicos do trabalho, engenheiros de segurança e outros especialistas de segurança e saúde do trabalho podem emitir e assinar documentos à distância.

A exemplo do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) e Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

Conclusão

Ao final deste artigo, espero ter te ajudado a entender como funciona a telemedicina.

Clínicas, hospitais, consultórios, órgãos públicos e empresas podem aproveitar as vantagens de plataformas completas, como a Telemedicina Morsch.

Referência em serviços de saúde remotos desde 2005, nossa equipe tem mais de 300 especialistas focados na avaliação de testes, segunda opinião e teleconsultoria.

Já superamos as marcas de 2 mil clientes em todo o Brasil e 1,5 milhão de exames interpretados com agilidade e qualidade.  

Nossa plataforma ainda oferece opções de prontuário eletrônico com teleconsulta, assinatura de documentos de saúde ocupacional, parcerias com planos de saúde e empresas.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin