Eletrocardiógrafo: o que é, como funciona e dicas para escolher o melhor aparelho

O eletrocardiógrafo viabiliza um dos principais exames cardiológicos da atualidade.
Falo do eletrocardiograma, procedimento simples, rápido, indolor e não invasivo.
O exame faz parte tanto do check up cardiológico quanto da investigação e acompanhamento de doenças cardiovasculares.
Daí a importância de dispor de um equipamento que permita executar o ECG de um jeito prático, mas sem deixar a qualidade de lado.
Nas próximas linhas, você vai entender melhor o funcionamento do eletrocardiógrafo, quais pontos considerar na escolha do seu aparelho e como se beneficiar com a telemedicina e laudos a distância.

O que é um eletrocardiógrafo?
Eletrocardiógrafo é o aparelho com o qual se realiza o eletrocardiograma (ECG) – exame que monitora a atividade elétrica do coração.
Esse equipamento médico é composto, basicamente, por eletrodos conectados a um monitor por cabos.
Dispositivos antigos possuem tecnologia analógica, ou seja, imprimem os gráficos gerados durante o exame em um papel especial para o eletrocardiógrafo.
Já os aparelhos modernos contam com tecnologia digital que, além de dispensar o uso de papel, possibilitam vantagens no armazenamento, conservação e compartilhamento dos resultados do ECG.
Vou explicar melhor como funciona cada modalidade de eletrocardiógrafo nos próximos tópicos.

Antes, cabe destacar que o primeiro aparelho de eletrocardiograma surgiu pouco depois da invenção do equipamento de raio-X, e ambos inauguraram uma nova era na medicina mundial.
O eletrocardiógrafo foi criado pelo fisiologista holandês Willem Einthoven, que inventou o instrumento responsável pelo registro fiel dos gráficos do ECG, chamado galvanômetro de corda.
Por volta de 1903, Einthoven construiu um equipamento imenso, que pesava mais de 250kg e era capaz de expressar os impulsos elétricos cardíacos através de gráficos em papel.
O fisiologista também leva crédito pela descoberta das três primeiras derivações (bipolares), ou seja, as posições em que os eletrodos precisam estar durante o exame de ECG.

O equipamento médico é composto, basicamente, por eletrodos conectados a um monitor por cabos
Para que serve o eletrocardiógrafo?
O equipamento de ECG serve para evidenciar o funcionamento do coração, sinalizando anormalidades na frequência e no trajeto dos impulsos elétricos responsáveis pelos movimentos do órgão.
Cada batida do coração só ocorre porque um impulso elétrico (que nasce no nó sinusal, localizado no ponto mais alto do átrio direito) percorre os nervos cardíacos continuamente.
Ao passar por alguns pontos do músculo, o impulso provoca contrações, permitindo o bombeamento do sangue por todo o corpo.
Quando o impulso elétrico não segue o trajeto e a ordem normal de condução, pode causar problemas, impedindo que o sangue circule pelo organismo e nutra as células.
Muitas dessas alterações podem ser observadas avaliando o traçado produzido pelo eletrocardiógrafo, que servirá de base para um laudo completo e diagnósticos certeiros.
Através do ECG, especialistas podem identificar alterações na frequência cardíaca (arritmias), no trajeto percorrido pelos impulsos elétricos e redução do fluxo sanguíneo (isquemia) na área cardíaca.

O ECG auxilia, ainda, na avaliação dos impactos após um infarto do miocárdio (IAM), evento agudo que causa danos ou a morte de parte do músculo cardíaco.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia indica a realização do eletrocardiograma para a investigação de:
- Dor no peito
- Doença nas artérias coronárias, a exemplo da aterosclerose
- Avaliação pós IAM
- Suspeita ou avaliação de arritmias, como bradicardia e taquicardia
- Cardiopatias congênitas
- Insuficiência cardíaca
- Cardiomiopatia
- Síncope.
Na sequência, entenda como é o funcionamento do aparelho.
Como funciona o eletrocardiógrafo?
O eletrocardiógrafo funciona a partir da medição do potencial elétrico pelo galvanômetro, em diferentes pontos do corpo.
Para tanto, é feita a avaliação dos impulsos elétricos cardíacos, coletados através de eletrodos fixados na pele do paciente, em pontos específicos.
O sinal gerado pela eletricidade é transportado por meio de cabos até o monitor do aparelho de ECG, que os converte em gráficos de linha.
Esses gráficos são gerados a partir de diferentes ângulos de visão ou derivações, capazes de revelar o impacto da passagem do impulso elétrico pelas paredes do ECG.
Como é feito o eletrocardiograma?
O eletrocardiograma pode ser de rotina, de esforço (teste ergométrico) ou estendido (holter).
Para exemplificar, comentarei sobre o exame mais comum, chamado ECG de repouso ou de rotina, feito com 12 derivações.
Inicialmente, são colocados quatro eletrodos periféricos no paciente, seguindo a ordem: vermelho (braço direito), amarelo (braço esquerdo), verde (perna esquerda) e preto (perna direita).
Depois, um gel condutor de eletricidade é aplicado no tórax, a fim de ajudar a fixar os demais seis eletrodos (precordiais).
Após essa preparação, o médico ou técnico em enfermagem liga o eletrocardiógrafo, que começa a captar registros dos impulsos que movimentam o coração.
Depois de poucos minutos, a avaliação está completa.
Caso o equipamento seja analógico, ele imprime o gráfico que mostra as ondas do eletrocardiograma.
Já o aparelho de eletrocardiograma digital registra dados em pixels, que são enviados a um computador com software específico, capaz de transformá-los em imagens.
Por fim, o eletrocardiógrafo é desligado, os eletrodos são removidos e o paciente, liberado.
Chega, então, a hora de um cardiologista analisar os achados e compor o laudo médico do ECG.
Como escolher o melhor eletrocardiógrafo?
Existem alguns quesitos básicos para escolher o eletrocardiógrafo ideal.
Antes de conferir peças e tecnologias, é preciso se certificar de que o equipamento está devidamente registrado na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Isso significa que ele obedece a padrões mínimos de qualidade e confiabilidade, sendo apto para a realização de eletrocardiogramas precisos.

Além do monitor, cabos e eletrodos, todo eletrocardiógrafo deve possuir proteção de desfibrilador e ventosas adequados.
A proteção de desfibrilador garante segurança no uso durante uma parada cardiorrespiratória, preservando o paciente e o aparelho de qualquer acidente elétrico.
Contar com ventosas que aceitem garras ou pinos permite a escolha do cabo apropriado, sem que seja necessário trocar objetos para se encaixarem nos eletrodos.
Além das peças básicas, vale observar se o equipamento de ECG tem outras características desejáveis, dentre as quais destaco:
Ser portátil
Aparelhos digitais modernos costumam ser leves e compactos, o que possibilita que seu transporte com facilidade.
Essa característica é relevante por permitir a realização de eletrocardiogramas em diferentes locais em hospital ou clínica, e até mesmo no atendimento domiciliar de pacientes acamados.
Ter conexão com entradas USB
Essa qualidade confere ainda mais mobilidade e autonomia ao dispositivo, que nem precisa de energia elétrica para funcionar.
Basta conectá-lo a um notebook e fazer o ECG.
Os dados ficam armazenados e podem ser compartilhados mais tarde, quando houver acesso ao carregamento do computador e internet.
Contar com um software intuitivo
Em outras palavras, o sistema que coleta e transforma os dados do ECG digital em imagens precisa ser simples.
Afinal, de nada adianta ter à mão um sistema de última geração, se a maioria da equipe de saúde não souber como utilizá-lo, concorda?
O que significa eletrocardiógrafo com laudo?
Um eletrocardiógrafo com laudo é uma versão do aparelho que emite um relatório automaticamente após a realização do ECG.
Embora possa auxiliar na avaliação cardiológica, é importante dizer que esse relatório não substitui o laudo do eletrocardiograma, elaborado por um cardiologista qualificado.
Os aparelhos mais modernos são digitais, compactos, portáteis, com conexão para entradas USB e software intuitivo.

O equipamento de ECG serve para evidenciar o funcionamento do coração, sinalizando anormalidades
Quais as vantagens do eletrocardiógrafo com laudo?
Eletrocardiógrafos modernos agregam uma série de vantagens, começando pela facilidade de uso do aparelho e do software onde são gerados os gráficos do ECG.
A seguir, falo sobre outros benefícios:
Integração simplificada
Equipamentos digitais podem ser integrados a diferentes sistemas, como o prontuário eletrônico do paciente (PEP) e a plataforma de telemedicina, possibilitando emissão de laudos médicos a distância.
Os laudos online têm o mesmo efeito de documentos impressos, porém, permitem maior compartilhamento através de plataformas ou sistemas específicos.
Armazenamento de laudos em nuvem
Documentos digitais gerados pelo eletrocardiógrafo não ocupam espaço para arquivamento, pois são armazenados em espaços na nuvem – um local seguro na internet.
Ali, eles ficam protegidos por protocolos de segurança para evitar a quebra do sigilo médico, garantindo o acesso apenas por pessoas autorizadas.

Agilidade
Graças aos laudos a distância, clínicas e consultórios de regiões remotas podem levar o eletrocardiograma à população local, que não precisa se deslocar até um centro de referência ou aguardar dias pelo resultado do exame.
Empresas completas como a Telemedicina Morsch liberam os laudos em minutos, enquanto pedidos urgentes são disponibilizados em tempo real.
Assim, os médicos da clínica ou consultório podem tomar decisões ágeis sobre o melhor tratamento, diminuindo as chances de óbito e sequelas nos pacientes.

O eletrocardiograma pode ser de rotina, de esforço (teste ergométrico) ou estendido (holter)
Benefícios do comodato de eletrocardiógrafo
O comodato de equipamentos médicos é um tipo de empréstimo condicionado à contratação de um pacote de laudos a distância.
Pagando apenas por esses documentos, clínicas, consultórios e hospitais recebem o direito de utilizar aparelhos de ECG enquanto durar a parceria.
Essa alternativa soluciona a falta de dispositivos modernos, sem exigir qualquer investimento adicional, tendo como principais vantagens:
- Economia na aquisição do eletrocardiógrafo
- Suprimento de demandas sazonais
- Suporte para instalação e manutenção do equipamento
- Treinamento online para utilizar o aparelho, disponível 24 horas por dia no sistema de telemedicina
- Acesso a resultados de exames online
- Opção para ampliar o portfólio de exames e até as especialidades atendidas, a partir da maior disponibilidade de equipamentos.
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Sobre a Telemedicina Morsch
A Telemedicina Morsch tem duas décadas de experiência em soluções de telemedicina para unidades de saúde que realizam exames complementares.
Combinando um time completo de especialistas a uma plataforma intuitiva, a empresa otimiza a emissão de laudos de estabelecimentos por todo o Brasil, que ganham agilidade através dos resultados a distância.
Os clientes contam, ainda, com todo o suporte na segunda opinião médica, capacitação de funcionários para o manuseio de aparelhos digitais e comodato de equipamentos médicos.
A segunda opinião pode ser solicitada no próprio portal de telemedicina, onde também fica disponível 24 horas por dia o treinamento para técnicos em radiologia ou enfermagem, com boas práticas na condução de exames utilizando dispositivos digitais.
Conclusão
Abordei, neste artigo, as características, funcionamento e benefícios do eletrocardiógrafo.
Ficou claro que os benefícios se multiplicam quando o equipamento escolhido é moderno e permite a integração com serviços digitais, como a telemedicina.
Deixe que a Morsch seja sua parceira na ampliação do portfólio ou da capacidade de realização de ECG, deixando sua interpretação a cargo dos nossos cardiologistas.
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