Especialização em radiologia: entenda a jornada de formação e desenvolvimento na área
Cursar especialização em radiologia aumenta as oportunidades de crescimento profissional.
Seja para quem está trilhando a carreira médica, técnica ou como tecnólogo, apostar na educação continuada é essencial para manter a empregabilidade.
Afinal, é preciso cultivar competências atraentes aos possíveis empregadores, acompanhando a evolução da tecnologia na saúde.
Neste artigo, discorro sobre os caminhos, formação e tipos de especializações disponíveis.
Explico ainda a contribuição da telemedicina radiológica para essa área.
Qual a importância da especialização em radiologia?
Diante das mudanças cada vez mais velozes em todos os setores, incluindo o mercado de saúde, faz sentido investir em uma especialização.
Essa demanda ganha ainda mais relevância para profissionais de radiologia, uma vez que esse segmento requer o contato com inovações tecnológicas diariamente.
Sejam profissionais de nível médio ou superior, é necessário compreender como funcionam equipamentos complexos e quais as propriedades das imagens radiológicas.
Caso contrário, aumentam as chances de ter o currículo desatualizado, enfrentando maior dificuldade para conseguir trabalho.
Mesmo para conduzir as tarefas laborais com qualidade e eficiência, uma vez que a transformação digital na saúde vem impulsionando a inclusão de cada vez mais dispositivos e softwares.
Além do mais, a especialização permite o aprofundamento dos conhecimentos sobre temas mais complexos, possibilitando que o profissional ocupe posições mais altas no mercado.
Por consequência, vai ampliar sua rede de contatos, assumir novas responsabilidades, exercer liderança e ganhar autoridade em sua área de atuação.
Obviamente, há impactos também na vida pessoal, com o aumento da remuneração e acesso a benefícios corporativos, contribuindo para ter mais qualidade de vida.
Veja que não são poucos os motivos para buscar uma especialização em radiologia.
Como é a formação de um profissional da radiologia?
A formação do profissional de radiologia depende do curso escolhido para iniciar a carreira.
Pode ser um tecnólogo ou técnico em radiologia ou mesmo um médico radiologista.
Apresento a trajetória de cada um abaixo.
Técnico em radiologia
Começando pelo profissional de nível médio, é necessário estudar por cerca de dois anos para obter o registro no Conselho Regional de Técnicos em Radiologia (CRTR) de seu estado.
O curso de formação engloba temas como anatomia, posicionamento radiológico, física das radiações, ética profissional e proteção radiológica.
Segundo a Lei nº 7.394/1985, que regulamenta a profissão, após concluir o curso, o profissional é qualificado para executar técnicas:
- Radiológicas, no setor de diagnóstico
- Radioterápicas, no setor de terapia
- Radioisotópicas, no setor de radioisótopos
- Industriais, no setor industrial
- De medicina nuclear.
Em seguida, o técnico pode escolher se especializar, estudando por mais 360 horas numa instituição de ensino credenciada pelo Ministério da Educação (MEC).
Tecnólogo em radiologia
Passando para o nível superior, dá para optar por um tecnólogo em radiologia.
Geralmente, o curso superior em tecnologia voltado à radiologia tem duração de três anos, e aborda temas práticos relacionados à área.
Saúde pública, radioterapia, anatomia, psicologia e gestão em saúde estão entre as disciplinas estudadas pelo tecnólogo, que pode assumir cargos de liderança nas empresas.
Assim como o técnico, ele pode adicionar uma ou mais especializações ao currículo.
Claro que também existem médicos especializados em radiologia, como explico a seguir.
Especialização em radiologia para médicos
O caminho para se tornar um médico radiologista é mais longo.
Primeiro, o profissional deve cursar normalmente uma graduação em medicina, com duração de seis anos.
A faculdade cobre uma série de temas, incluindo na grade curricular assuntos relacionados à anatomia, química, física, farmacologia, bioquímica, medicina clínica e outros.
Para concluir a formação, os alunos ainda fazem estágio em regime de internato, a fim de colocar o aprendizado em prática.
No final da graduação, o estudante é um médico generalista ou clínico geral, e deve solicitar seu registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) de sua região.
Para se tornar radiologista, o médico deve cursar uma especialização com duração média de três anos, adicionando saberes específicos ao currículo.
Depois, o profissional precisa ser aprovado nas provas teóricas e práticas do exame de suficiência do CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem).
É essa entidade que lhe confere o título de especialista em radiologia médica.
Quais as especializações em radiologia?
Existem diversas áreas da radiologia disponíveis para cursar a especialização.
Embora a radiologia médica seja a mais conhecida, os usos dessa ciência alcançam o contexto odontológico, veterinário e até industrial.
Confira detalhes sobre os cinco segmentos mais populares abaixo.
1. Radiologia médica
Bastante conhecida, é a especialidade que emprega métodos de diagnóstico por imagem.
Existente desde a invenção da radiografia, a radiologia médica revolucionou o estudo de órgãos e sistemas do organismo, permitindo uma abordagem não invasiva.
Ou seja, que dispensa cirurgias para visualizar as estruturas, reduzindo a morbidade e mortalidade relacionadas aos procedimentos médicos.
Conforme relata o artigo “O Radiodiagnóstico na Saúde Pública”:
“Até o final do século XIX, a única forma de visualizar o interior do corpo humano era através de incisões, geralmente em cadáveres. Já o funcionamento dos órgãos e sistemas do corpo ficava por conta da imaginação. A descoberta de Röntgen, em 1895, possibilitou a realização destes estudos (anatômicos (radiografia) e fisiológicos (fluoroscopia))”.
Além de auxiliar no diagnóstico de várias doenças e anormalidades, os exames radiológicos podem ser usados para dar suporte à radiologia intervencionista.
Conheça os principais procedimentos a seguir.
Raio X
O raio x é um exame que utiliza radiação ionizante para revelar imagens internas do corpo.
Simples, rápida, indolor e versátil, a radiografia mostra os registros como num filme analógico, retratando tecidos de maior densidade em branco.
Já o ar aparece em preto e as partes moles, em tons de cinza.
Por isso, o procedimento costuma ser solicitado para verificar ossos e massas contidas em órgãos, a exemplo de cálculos renais.
Existem muitos tipos de raio X, sendo os mais comuns:
- Rx de tórax
- Rx do abdome
- Rx da coluna
- Rx do ombro
- Rx do joelho
- Rx da face
- Rx da bacia
- Rx renal
- Rx do crânio.
O raio x é o exame mais utilizado em radiologia médica, mas não é o único.
Tomografia computadorizada
Criado a partir da evolução do equipamento de raio X, o aparelho de tomografia oferece imagens de qualidade superior a partir da emissão de menos radiação ionizante.
A tomografia computadorizada emprega um feixe de raios X combinado a um tubo giratório para coletar cortes transversais da parte do corpo estudada.
Cada um desses cortes corresponde a uma radiografia, permitindo inclusive a formação de imagens em 3D.
Pneumonia, acidente vascular cerebral (AVC) e anomalias nas artérias são algumas das condições identificadas por essa técnica.
Ressonância magnética
Falando em inovações, a ressonância magnética não emprega radiação ionizante para formar os registros.
É usado um campo magnético aliado a ondas de rádio, ou seja, energias que oferecem risco baixíssimo aos profissionais de saúde e pacientes.
Atualmente, a RM é o melhor exame de imagem disponível, pois oferece registros de alta resolução e pode ser feita mesmo em gestantes.
Mamografia
Consiste em uma radiografia mamária.
A partir da aplicação de pressão em cada mama, o mamógrafo usa raios X para retratar detalhes do tecido.
Dessa forma, é possível visualizar massas como nódulos, cistos e tumores, o que faz deste o exame padrão ouro no rastreamento do câncer de mama.
Densitometria óssea
É outra variação da radiografia, mas que utiliza quantidade reduzida de radiação ionizante para estudar o tecido ósseo.
Através de uma técnica chamada DXA (Dual-Energy X-Ray Absorptiometry), a densitometria óssea possibilita a identificação da perda de massa óssea (osteopenia), antes que o quadro avance para osteoporose.
Medicina nuclear
Essa é a especialidade que usa radiofármacos para procedimentos de finalidade diagnóstica e terapêutica.
Cintilografia e tomografia por emissão de pósitrons (PET) são alguns exames empregados na avaliação de patologias da tireoide, infecções, doenças cardíacas, entre outras.
Radiologia intervencionista
A radiologia intervencionista se dedica a tratamentos pouco invasivos, guiados por exames de imagem.
Por meio de técnicas percutâneas ou endovasculares, ela permite o tratamento de tumores, isquemia cerebral, aneurismas e outras doenças.
2. Radiologia odontológica
Essa especialidade usa exames de imagem para auxiliar o trabalho do cirurgião-dentista, fornecendo registros por meio de radiografias, tomografias, etc.
A radiologia odontológica é útil para uma série de tarefas, como no planejamento de implantes dentários.
3. Radiologia veterinária
Equipamentos similares aos empregados em radiologia médica também viabilizam exames radiológicos em animais.
Como resultado, o campo da radiologia veterinária vem se expandindo junto a outros serviços para pets nos últimos anos.
4. Radiologia forense
Dedicada à resolução de crimes e elucidação de fatos históricos, a radiologia forense oferece atividades diferenciadas.
Começando pelo estudo de cadáveres através da radiação, o que fornece detalhes para sua identificação, época em que viveram, entre outros.
5. Radiologia industrial
Medição nuclear, tratamento de esgoto e controle de qualidade de produtos estão entre as atividades realizadas por técnicos especializados em radiologia industrial.
Existem oportunidades para quem deseja atuar em:
- Radiografia industrial
- Irradiação de alimentos e produtos
- Radioinspeção de segurança
- Perfilagem de poços
- Medidores nucleares.
A seguir, explico como encontrar uma instituição para cursar a especialização em radiologia.
Onde fazer uma especialização em radiologia?
Existem diversas opções para quem deseja se especializar em radiologia, sendo que a maioria é ofertada por instituições de ensino privadas.
Essas faculdades, universidades e institutos são mais numerosos que as instituições públicas no Brasil.
Contudo, o ensino superior público oferece formação em entidades de renome como a Universidade de São Paulo (USP), que realiza, por exemplo, a especialização em Radioterapia para Tecnólogos em Radiologia.
Ou a Universidade Federal Fluminense (UFF), que possui especialização lato sensu em Radiologia para médicos.
Mas, como eu dizia, há muitas oportunidades no ensino particular, como a especialização em Radiologia e Diagnóstico por Imagem da PUCRS, também destinada a médicos.
Na plataforma online do Instituto Albert Einstein, também dá para visualizar especializações pensadas para diferentes categorias profissionais.
Dentistas estão contemplados por formações como a especialização em Radiologia Odontológica e Imaginologia da Associação Brasileira de Odontologia (ABO).
Como a telemedicina ajuda a radiologia?
Ao viabilizar a entrega de serviços médicos a distância, a telemedicina otimiza a interpretação de exames radiológicos.
Por meio do telediagnóstico, as imagens são avaliadas remotamente e entregues em minutos via plataforma de telemedicina.
Esse é um software em nuvem que permite acesso a partir de qualquer dispositivo conectado à internet, desde que o usuário insira login e senha.
Em seguida, basta compartilhar os registros de exames complementares para que um radiologista online analise os achados.
O especialista anota detalhes da interpretação e conclusão no laudo online, assinado digitalmente para garantir a autenticidade.
Nesse contexto, o resultado fica pronto em minutos, podendo ser discutido em tempo real diante de urgências como o AVC.
Sistemas completos como a Telemedicina Morsch permitem a integração ao PACS, possibilitando que as imagens sejam enviadas automaticamente, o que acelera sua análise.
Nossa plataforma ainda fornece segunda opinião médica para esclarecer casos complexos, solicitada em poucos cliques, além da teleconsultoria com orientações sobre gestão e outras questões amplas.
Conheça as vantagens do laudo eletrônico para sua clínica ou hospital.
Especialização em telemedicina
Outra área de estudos em alta nos dias de hoje é a própria telemedicina, que avança conforme a expansão de inovações na saúde.
Médicos radiologistas, técnicos e tecnólogos em radiologia têm lidado cada vez mais com rotinas que incluem essa disciplina.
E a razão é simples: soluções de telemedicina online agregam benefícios como redução de custos com deslocamentos, suporte para a equipe médica local e agilidade na entrega de laudos.
O aumento da demanda por esses serviços pede, também, especialistas capazes de dar suporte desde a montagem até a operação dos equipamentos empregados.
Por isso, fazer especialização em telemedicina também é uma boa pedida para profissionais como técnicos em radiologia.
Na plataforma Morsch, disponibilizamos treinamentos que auxiliam nessa dinâmica, incluindo conteúdos com boas práticas na condução dos exames radiológicos.
Aproveite nossas soluções em telerradiologia.
Conclusão
Apresentei neste artigo um panorama sobre os tipos de especialização em radiologia.
Espero ter ajudado na escolha do curso certo para sua qualificação profissional.
Conte com o time de radiologistas Morsch para reforçar sua equipe e ampliar o portfólio de exames atendidos sem abrir mão da qualidade!
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Se achou o texto útil, compartilhe!
Aproveite para conferir mais artigos sobre telemedicina que publico aqui no blog.