Principais funções e vantagens do formato DICOM na radiologia
Os exames por imagem estão entre os procedimentos de atenção à saúde com mais benefícios pelos avanços da tecnologia. E a adoção do formato DICOM representa um importante salto em termos de padronização e qualidade das análises.
Se a radiologia faz parte da sua rotina clínica, você certamente já ouviu falar no conceito. Mas será que realmente conhece todas as suas particularidades, vantagens e possibilidades?
A seguir, explico melhor o que é DICOM, quais suas finalidades, aplicações, relação com outras inovações médicas, importância e oportunidades por meio da Telemedicina.
O que é formato DICOM?
O formato DICOM na radiologia se refere à sigla em inglês Digital Imaging and Communications in Medicine. Ou seja, Comunicação de Imagens Digitais na Medicina.
Ele é um conjunto de normas e padrões para arquivamento e comunicação de exames de imagem, como ultrassonografia, raio-X digital, tomografia, ressonância magnética, entre outros.
A ideia é garantir que os dados dos equipamentos se armazenem e apresentem em um formato eletrônico padrão, independentemente do fabricante do aparelho.
Graças a essa unificação, todas as informações inerentes às imagens digitais se compartilham sem inconformidades, perda de qualidade ou incompatibilidades. Assim, não importa onde ou com qual tecnologia se realizou o procedimento.
Com aplicação na medicina brasileira e em todo o mundo, o formato DICOM se criou nos Estados Unidos em 1983 por meio dos órgãos National Eletrical Manufacturers Association (NEMA) e do American College of Radiology (ACR).
Quais são as funções do formato DICOM?
A criação do formato DICOM na radiologia se deu para eliminar os recorrentes casos de falta de nitidez entre as imagens, que afetava a avaliação dos exames e o diagnóstico dos pacientes.
Até então, uma mesma imagem poderia apresentar variações bem marcantes em sua qualidade. Porém, isso não só prejudicava sua análise e legibilidade, como também comprometia a atuação conjunta das diversas frentes da cadeia de atenção à saúde.
Quando os arquivos se padronizam em um único formato, com parâmetros que favorecem as análises clínicas e radiológicas, se sentem os benefícios nas rotinas médicas, assim como na segurança dos laudos.
Para garantir alinhamento às constantes inovações da tecnologia, o formato DICOM também passou por evoluções para aprimorar sua eficiência.
Atualmente, o padrão já está na sua terceira versão, o DICOM 3.0. Ele é compatível com as versões anteriores e garante novas melhorias para os sistemas de imagem.
Todos os aparelhos seguem o formato DICOM?
Como o formato DICOM confere a padronização necessária para os procedimentos de radiologia, é necessário que todas as unidades de saúde se adequem a ele. Isso não só em âmbito nacional, mas também mundial.
Contudo, em algumas situações, a clínica ou hospital pode ter equipamentos antigos, já que a compra ocorreu antes da popularização do DICOM no país.
Por mais que muitos desses aparelhos ainda estejam em uso, com as manutenções em dia e em pleno funcionamento, é importante investir na sua atualização para que a comunicação das imagens siga os protocolos.
No mesmo sentido, alguns sistemas organizacionais gratuitos ou desatualizados podem não contemplar o formato em suas ferramentas, o que também exige readequação.
Quando o formato DICOM deve ser usado na radiologia?
Conforme mencionei acima, o formato DICOM na radiologia é fundamental para todas as unidades de saúde que trabalham com medicina diagnóstica.
Afinal, é só com a padronização que o envio e o armazenamento dos arquivos ocorre sem perdas de qualidade e nitidez das imagens.
Do contrário, os processos de diagnóstico perdem sua precisão e capacidade de integração entre equipamentos ou pontos de atendimento. O que vai na contramão dos principais avanços da radiologia, que cada vez se une mais.
Para ampliar as possibilidades do formato DICOM, atualmente os melhores sistemas permitem adaptá-lo para visualizar os exames na tela de diferentes dispositivos móveis. Ou ainda salvar em JPEG e até imprimir em alta qualidade.
Radiologia: formato DICOM x PACS
Se você acompanhou os conteúdos anteriores aqui do blog, provavelmente sabe o que é um sistema PACS.
Em resumo, sua sigla significa Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens. Além disso, ele serve para armazenar e compartilhar as informações de exames radiológicos e integrar as demandas dos centros de diagnóstico.
Além de proporcionar segurança e acessibilidade para as imagens de diferentes procedimentos da radiologia, esse software se integra com os RIS. Isso porque eles conferem funcionalidades gerenciais para as principais demandas das unidades da área.
O formato DICOM é de suma importância para o uso dessas ferramentas, já que ele unifica e padroniza todas as extensões de arquivos nos sistemas.
Agregando todas as funcionalidades dessas soluções, os benefícios são muitos! E vão desde o acesso ao histórico completo do paciente em um único ambiente até a eliminação do risco de extravios ou perdas, algo comum nos exames impressos.
Quais são as vantagens de adotar o formato DICOM?
A partir de todos os pontos que levantei até aqui, é evidente como o formato DICOM na radiologia beneficia médicos, pacientes e unidades de saúde.
Ao aderir à extensão e padronizar os arquivos das imagens de exames, você pode agregar vantagens como:
Fácil acesso
Com a padronização para a troca e armazenagem dos dados, você pode acessar as imagens e seus respectivos laudos de qualquer dispositivo com autorização de acesso.
Isso significa que basta ter internet e seu login para garantir mais eficiência à sua rotina de atendimento e agilidade na prestação de serviços aos pacientes.
Ganho de qualidade
A finalidade do formato DICOM é garantir que a qualidade das imagens não se perca no armazenamento ou envio para outros dispositivos.
Soma-se isso ao fato de que as imagens digitais têm uma qualidade muito maior do que as convencionais, e a precisão dos laudos se torna melhor.
Outro ponto importante é que os médicos podem detalhar ainda mais suas análises no ambiente digital, com ferramentas de zoom, ajuste de nitidez ou mudança de contraste para facilitar a visualização.
Padronização de protocolos
Evidentemente, a extensão DICOM faz com que todos os arquivos se padronizem e fiquem em conformidade com os protocolos clínicos internos ou compartilhados.
O melhor é que seu padrão de armazenamento permite guardar inúmeros dados sobre doenças e condições de saúde. Isso contribui para futuros diagnósticos, a produção científica e o próprio avanço da área médica.
Precisão diagnóstica
Uma vez que o acesso aos exames se torna mais simples, a qualidade para a análise das imagens aumenta e diversas informações sobre as patologias se difundem. Além disso, o resultado direto é a garantia de diagnósticos mais precisos, que favorecem a atuação dos médicos e o tratamento dos pacientes.
Integração médica
As possibilidades de compartilhamento e integração ainda permitem melhorias na troca de informações médicas.
Considerando que a medicina está cada vez mais integrada, e que diversos profissionais de saúde podem atuar no atendimento de um mesmo paciente, é de suma importância que isso ocorra com a máxima qualidade possível.
Possibilidade de adesão aos telelaudos
O formato DICOM também é um padrão que viabiliza o trabalho com laudos à distância na radiologia.
Por meio dos telelaudos, é possível ampliar a oferta de exames da sua unidade sem a necessidade de investir em um corpo clínico para isso.
Afinal, todos os dados dos equipamentos de exames têm envio automático pelo sistema à uma central de especialistas.
Por sua vez, esses profissionais estão disponíveis de maneira integral para interpretar as informações e elaborar o documento. Depois, ele se encaminha novamente pelo software ao solicitante em poucos minutos ou imediatamente, em situações de emergência.
Isso torna os serviços mais rápidos, menos dispendiosos e amplia sua qualidade, já que é possível ter o apoio de especialistas de todas as áreas dedicados a essa função.
O melhor é a possibilidade de obter os equipamentos por meio de comodato. Assim, sua clínica os recebe sem nenhum tipo de custo com aquisição, aluguel ou manutenção, e ainda pode usá-los de acordo com sua demanda. A única contrapartida é o uso dos serviços de Telemedicina.
Qual é a relação entre formato DICOM e Telemedicina?
A modalidade de telelaudos que citei logo acima faz parte da telerradiologia, que é um dos segmentos mais populares e vantajosos da Telemedicina.
Por meio da radiologia online, é possível não só obter os laudos à distância, mas também integrar todas as imagens e informações dos pacientes em um único sistema.
Outro ponto importante é que o padrão também é uma exigência do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
De acordo com a RESOLUÇÃO – RDC Nº 330, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2019, Art. 71, parágrafo único, “os protocolos de comunicação, formato dos arquivos e algoritmos de compressão, relativos a procedimentos telerradiológicos, deverão estar de acordo com o padrão atual DICOM”.
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Conclusão
O formato DICOM na radiologia se criou nos Estados Unidos em 1983, já está na sua terceira versão e é utilizado em todo o mundo para garantir mais qualidade aos exames de imagem.
Com ele, há mais precisão nas análises, integração no acesso aos dados, eficiência nos protocolos médicos e ainda é possível aproveitar todos os benefícios que a Telemedicina proporciona para pacientes e profissionais de saúde.
Se você gostou de saber mais sobre o formato DICOM e quer mais informações sobre outros temas relevantes para a sua carreira médica, não deixe de acompanhar os próximos artigos do nosso blog.
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