Principais funções e vantagens do formato DICOM na radiologia

Por Dr. José Aldair Morsch, 23 de julho de 2021
Principais funções e vantagens do formato DICOM na radiologia

Os exames por imagem estão entre os procedimentos de atenção à saúde com mais benefícios pelos avanços da tecnologia. E a adoção do formato DICOM representa um importante salto em termos de padronização e qualidade das análises. 

Se a radiologia faz parte da sua rotina clínica, você certamente já ouviu falar no conceito. Mas será que realmente conhece todas as suas particularidades, vantagens e possibilidades?

A seguir, explico melhor o que é DICOM, quais suas  finalidades, aplicações, relação com outras inovações médicas, importância e oportunidades por meio da Telemedicina. 

O que é formato DICOM?

O formato DICOM na radiologia se refere à sigla em inglês Digital Imaging and Communications in Medicine. Ou seja, Comunicação de Imagens Digitais na Medicina.

Ele é um conjunto de normas e padrões para arquivamento e comunicação de exames de imagem, como ultrassonografia, raio-X digital, tomografia, ressonância magnética, entre outros. 

A ideia é garantir que os dados dos equipamentos se armazenem e apresentem em um formato eletrônico padrão, independentemente do fabricante do aparelho. 

Graças a essa unificação, todas as informações inerentes às imagens digitais se compartilham sem inconformidades, perda de qualidade ou incompatibilidades. Assim, não importa onde ou com qual tecnologia se realizou o procedimento.

Com aplicação na medicina brasileira e em todo o mundo, o  formato DICOM se criou nos Estados Unidos em 1983 por meio dos órgãos National Eletrical Manufacturers Association (NEMA) e do American College of Radiology (ACR).

Quais são as funções do formato DICOM?

A criação do formato DICOM na radiologia se deu para eliminar os recorrentes casos de falta de nitidez entre as imagens, que afetava a avaliação dos exames e o diagnóstico dos pacientes.

Até então, uma mesma imagem poderia apresentar variações bem marcantes em sua qualidade. Porém, isso não só prejudicava sua análise e legibilidade, como também comprometia a atuação conjunta das diversas frentes da cadeia de atenção à saúde.

Quando os arquivos se padronizam em um único formato, com parâmetros que favorecem as análises clínicas e radiológicas, se sentem os benefícios nas rotinas médicas, assim como na segurança dos laudos. 

Para garantir alinhamento às constantes inovações da tecnologia, o formato DICOM também passou por evoluções para aprimorar sua eficiência.

Atualmente, o padrão já está na sua terceira versão, o DICOM 3.0. Ele é compatível com as versões anteriores e garante novas melhorias para os sistemas de imagem. 

Todos os aparelhos seguem o formato DICOM?

Como o formato DICOM confere a padronização necessária para os procedimentos de radiologia, é necessário que todas as unidades de saúde se adequem a ele. Isso não só em âmbito nacional, mas também mundial.

Contudo, em algumas situações, a clínica ou hospital pode ter equipamentos antigos, já que a compra ocorreu antes da popularização do DICOM no país.

Por mais que muitos desses aparelhos ainda estejam em uso, com as manutenções em dia e em pleno funcionamento, é importante investir na sua atualização para que a comunicação das imagens siga os protocolos.

No mesmo sentido, alguns sistemas organizacionais gratuitos ou desatualizados podem não contemplar o formato em suas ferramentas, o que também exige readequação.

Quando o formato DICOM deve ser usado na radiologia?

Conforme mencionei acima, o formato DICOM na radiologia é fundamental para todas as unidades de saúde que trabalham com medicina diagnóstica.

Afinal, é só com a padronização que o envio e o armazenamento dos arquivos ocorre sem perdas de qualidade e nitidez das imagens. 

Do contrário, os processos de diagnóstico perdem sua precisão e capacidade de integração entre equipamentos ou pontos de atendimento. O que vai na contramão dos principais avanços da radiologia, que cada vez se une mais. 

Para ampliar as possibilidades do formato DICOM, atualmente os melhores sistemas permitem adaptá-lo para visualizar os exames na tela de diferentes dispositivos móveis. Ou ainda salvar em JPEG e até imprimir em alta qualidade. 

Radiologia: formato DICOM x PACS

Se você acompanhou os conteúdos anteriores aqui do blog, provavelmente sabe o que é um sistema PACS

Em resumo, sua sigla significa Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens. Além disso, ele serve para armazenar e compartilhar as informações de exames radiológicos e integrar as demandas dos centros de diagnóstico.

Além de proporcionar segurança e acessibilidade para as imagens de diferentes procedimentos da radiologia, esse software se integra com os RIS. Isso porque eles conferem funcionalidades gerenciais para as principais demandas das unidades da área. 

O formato DICOM é de suma importância para o uso dessas ferramentas, já que ele unifica e padroniza todas as extensões de arquivos nos sistemas.  

Radiologia: formato DICOM x PACS

Basicamente, o PACS e o DICOM trabalham juntos para facilitar a transmissão e garantir a qualidade das imagens na web, dando mais flexibilidade e agilidade para os serviços de diagnóstico. Já que os pacientes e profissionais de saúde podem ter acesso aos exames e seus dados de qualquer lugar.

Agregando todas as funcionalidades dessas soluções, os benefícios são muitos! E vão desde o acesso ao histórico completo do paciente em um único ambiente até a eliminação do risco de extravios ou perdas, algo comum nos exames impressos. 

Quais são as vantagens de adotar o formato DICOM? 

A partir de todos os pontos que levantei até aqui, é evidente como o formato DICOM na radiologia beneficia médicos, pacientes e unidades de saúde.

Ao aderir à extensão e padronizar os arquivos das imagens de exames, você pode agregar vantagens como: 

Fácil acesso

Com a padronização para a troca e armazenagem dos dados, você pode acessar as imagens e seus respectivos laudos de qualquer dispositivo com autorização de acesso.

Isso significa que basta ter internet e seu login para garantir mais eficiência à sua rotina de atendimento e agilidade na prestação de serviços aos pacientes. 

Ganho de qualidade

A finalidade do formato DICOM é garantir que a qualidade das imagens não se perca no armazenamento ou envio para outros dispositivos.

Soma-se isso ao fato de que as imagens digitais têm uma qualidade muito maior do que as convencionais, e a precisão dos laudos se torna melhor.

Outro ponto importante é que os médicos podem detalhar ainda mais suas análises no ambiente digital, com ferramentas de zoom, ajuste de nitidez ou mudança de contraste para facilitar a visualização.  

Padronização de protocolos

Evidentemente, a extensão DICOM faz com que todos os arquivos se padronizem e fiquem em conformidade com os protocolos clínicos internos ou compartilhados.

O melhor é que seu padrão de armazenamento permite guardar inúmeros dados sobre doenças e condições de saúde. Isso contribui para futuros diagnósticos, a produção científica e o próprio avanço da área médica. 

Precisão diagnóstica

Uma vez que o acesso aos exames se torna mais simples, a qualidade para a análise das imagens aumenta e diversas informações sobre as patologias se difundem. Além disso, o resultado direto é a garantia de diagnósticos mais precisos, que favorecem a atuação dos médicos e o tratamento dos pacientes.  

Integração médica

As possibilidades de compartilhamento e integração ainda permitem melhorias na troca de informações médicas.

Considerando que a medicina está cada vez mais integrada, e que diversos profissionais de saúde podem atuar no atendimento de um mesmo paciente, é de suma importância que isso ocorra com a máxima qualidade possível. 

Possibilidade de adesão aos telelaudos

O formato DICOM também é um padrão que viabiliza o trabalho com laudos à distância na radiologia

Por meio dos telelaudos, é possível ampliar a oferta de exames da sua unidade sem a necessidade de investir em um corpo clínico para isso.

Afinal, todos os dados dos equipamentos de exames têm envio automático pelo sistema à uma central de especialistas.

Por sua vez, esses profissionais estão disponíveis de maneira integral para interpretar as informações e elaborar o documento. Depois, ele se encaminha novamente pelo software ao solicitante em poucos minutos ou imediatamente, em situações de emergência.

Isso torna os serviços mais rápidos, menos dispendiosos e amplia sua qualidade, já que é possível ter o apoio de especialistas de todas as áreas dedicados a essa função.

O melhor é a possibilidade de obter os equipamentos por meio de comodato. Assim, sua clínica os recebe sem nenhum tipo de custo com aquisição, aluguel ou manutenção, e ainda pode usá-los de acordo com sua demanda. A única contrapartida é o uso dos serviços de Telemedicina. 

Qual é a relação entre formato DICOM e Telemedicina?

A modalidade de telelaudos que citei logo acima faz parte da telerradiologia, que é um dos segmentos mais populares e vantajosos da Telemedicina. 

Por meio da radiologia online, é possível não só obter os laudos à distância, mas também integrar todas as imagens e informações dos pacientes em um único sistema.

Qual é a relação entre formato DICOM e Telemedicina?

Nesse sentido, o formato DICOM é de suma importância para colaborar com os procedimentos da medicina remota, já que permite compartilhar os dados necessários sem riscos de extravios, perda de qualidade ou inconformidades.

Outro ponto importante é que o padrão também é uma exigência do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 

De acordo com a RESOLUÇÃO – RDC Nº 330, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2019, Art. 71, parágrafo único, “os protocolos de comunicação, formato dos arquivos e algoritmos de compressão, relativos a procedimentos telerradiológicos, deverão estar de acordo com o padrão atual DICOM”.

Conte com a Telemedicina Morsch no dia a dia

Agora que você já conhece os benefícios da telerradiologia e como eles são possíveis graças ao formato DICOM, quero lhe apresentar a melhor solução para que você explore as possibilidades da área. 

Desde 2005, a Telemedicina Morsch oferece a plataforma mais completa para médicos e unidades de saúde.

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Nossa central de especialistas conta com mais de 50 profissionais de todas as áreas da Medicina, disponíveis para laudar e também prestar auxílio diagnóstico ou de segunda opinião médica.

São mais de 20.000 laudos entregues mensalmente e 1000 clínicas que atendemos em todo o Brasil, com mais de 1 milhão de exames interpretados para os nossos parceiros.

Nossa adesão é simples, conta com suporte completo, um dos melhores custos-benefício do mercado e possui total respaldo legal. 

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Conclusão

O formato DICOM na radiologia se criou nos Estados Unidos em 1983, já está na sua terceira versão e é utilizado em todo o mundo para garantir mais qualidade aos exames de imagem.

Com ele, há mais precisão nas análises, integração no acesso aos dados, eficiência nos protocolos médicos e ainda é possível aproveitar todos os benefícios que a Telemedicina proporciona para pacientes e profissionais de saúde.

Se você gostou de saber mais sobre o formato DICOM e quer mais informações sobre outros temas relevantes para a sua carreira médica, não deixe de acompanhar os próximos artigos do nosso blog.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin