Raio X de abdome: o que é, para que serve e como analisar?

Por Dr. José Aldair Morsch, 14 de junho de 2023
Raio x abdome

Simples e com alta disponibilidade, o raio X de abdome costuma ser solicitado para a avaliação em pronto-socorro.

Além da suspeita de algumas condições evidentes usando esse método diagnóstico, como cálculos renais, obstrução intestinal e a presença de corpos estranhos ingeridos por crianças.

Embora os registros gerados tenham baixa nitidez quando comparados à tomografia ou ressonância magnética, a radiografia segue na rotina dos serviços radiológicos.

A seguir, trago mais detalhes sobre as indicações, como fazer e analisar o exame nas próximas linhas.

Ao final, explico como a telemedicina dá suporte na interpretação desse importante exame.

O que é raio X de abdome?

Raio X de abdome é um método de diagnóstico por imagem que usa radiação ionizante para retratar o interior dessa área.

Geralmente, é feito para examinar a região que começa logo abaixo do tórax e se estende até a pelve – é chamado também de radiografia do abdome total.

A partir dela, é possível estudar órgãos como o estômago, baço, fígado, intestino, bexiga e rins.

Isso porque as diferentes estruturas anatômicas absorvem os raios X de maneira distinta, aparecendo em branco, preto e tons de cinza conforme sua densidade.

Volto a falar desse assunto mais à frente.

Para que serve o raio X do abdome?

O raio X de abdome auxilia na investigação de quadros agudos, a exemplo de pacientes com dor abdominal intensa, vômitos, náusea, diarreia, constipação ou hematúria (sangue na urina).

Daí a sua relevância no dia a dia de serviços de emergência, permitindo o diagnóstico de eventos graves.

A suspeita de doenças que acometem o aparelho digestivo ou urinário é outra motivação para o exame, que tem o potencial de detectar:

  • Obstrução intestinal e fecalomas
  • Pneumoperitônio – vazamento de ar para a cavidade abdominal
  • Cálculo renal
  • Aneurisma da aorta abdominal
  • Cálculo biliar
  • Presença de objetos estranhos
  • Avaliação de drenos.

Outras indicações dependem da avaliação médica.

Como é feito o raio X de abdome?

O preparo para o procedimento depende da solicitação ou não de contraste à base de bário ou iodo.

Nesse caso, o paciente deve estar em jejum.

Já para a solicitação de raio X abdominal sem contraste, não há necessidade de abstenção de alimentos.

No entanto, o paciente deve ser orientado a retirar objetos metálicos antes de entrar na sala de raio X, a fim de evitar artefatos nas imagens.

Alguns serviços oferecem aventais para facilitar essa preparação, pois as roupas podem conter zíperes e outros acessórios metálicos.

Uma vez que esteja na sala de exames, o paciente é posicionado pelo técnico em radiologia conforme as incidências requeridas no pedido da radiografia.

As mais comuns são em posição anteroposterior (AP), com aquisição da imagem em decúbito dorsal, e ortostática.

Depois do posicionamento, o técnico vai para a estação de comando e liga o equipamento de raio X, que emite um feixe de radiação ionizante sobre o abdome.

O exame dura poucos minutos, apenas o suficiente para que os raios atravessem as estruturas anatômicas e sejam absorvidos em parte.

A radiação restante chega à mesa do aparelho que, se for analógico, terá uma chapa fotossensível que será queimada para formar os registros.

Contudo, o mais comum atualmente é o raio X digital, que capta os raios restantes e os transforma num sinal enviado a um algoritmo de computador.

O programa converte o sinal em pixels, os menores pontos numa imagem digital.

Como analisar raio X de abdome?

A análise e interpretação das imagens é tarefa do médico radiologista qualificado, segundo exige o CFM.

De acordo com o artigo “Alguns aspectos da propedêutica radiológica do abdome agudo”, cabe ao especialista avaliar quatro grupos retratados nas imagens do raio X abdominal:

  1. Grupo cálcio: é o mais radiopaco, representado quer pelos ossos, quer pelo contraste à base de bário
  2. Grupo água: com radiopacidade menor que os ossos, é formado por tecidos onde predomina o conteúdo aquoso, tais como partes moles e vísceras parenquimatosas, como o fígado e os rins
  3. Grupo gordura: pela opacidade radiológica menor do que o grupo anterior, permite estabelecer contraste para vísceras parenquimatosas, como o rim, que se encontra envolto em tecido gorduroso
  4. Grupo ar: representado pelo ar ou gás, é o que possui maior radiotransparência.

Quanto mais radiopacas, mais claras e nítidas aparecem as estruturas.

Além dessa avaliação, o radiologista verifica a incidência, contornos das estruturas, sobreposições e possíveis artefatos nas imagens radiográficas.

Radiografia do abdome

O raio X de abdome é feito para examinar a região que começa logo abaixo do tórax e se estende até a pelve

Vantagens do laudo eletrônico para raio X de abdome

O laudo online é uma solução inteligente para suprir a demanda por radiologistas.

Em vez de sobrecarregar a equipe médica local, é possível delegar a interpretação do raio X de abdome e outros exames de imagem ao time da empresa de telemedicina – e receber os resultados com agilidade, a qualquer hora do dia ou da noite.

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Conclusão

Gostou de aprofundar os conhecimentos sobre o raio X de abdome?

Seja com ou sem contraste, o exame oferece um suporte essencial para serviços de emergências e centros de diagnóstico.

Garanto que os resultados ficam ainda mais rápidos contando com o reforço da Telemedicina Morsch.

Siga acompanhando artigos de radiologia no blog.

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin