Como funciona a telemedicina no Brasil: principais serviços e tecnologias
Entender como funciona a telemedicina é fundamental para equipes de saúde, gestores e pacientes.
Afinal, a tecnologia envolvida nesse processo vem revolucionando a assistência médica.
Mudou muito a forma como os exames são interpretados e até mesmo a consulta com especialistas ficou mais acessível.
Neste texto, explico como funciona a telemedicina, suas vantagens e os serviços disponíveis nas redes pública e privada.
Acompanhe até o final e entenda por que você também deve investir nessa solução.
Como funciona a telemedicina?
A telemedicina funciona a partir da combinação entre equipamentos, internet, sistema informatizado e uma central de especialistas.
Detalhes do processo dependem do serviço prestado – no entanto, toda a comunicação é realizada dentro da plataforma de telemedicina, um software que permite a troca de dados com segurança e agilidade.
Para dar um exemplo prático, vou explicar a dinâmica dos laudos a distância.
Ela começa com a realização do exame complementar na clínica ou hospital contratante da empresa de telemedicina, usando equipamentos como raio-X e eletrocardiógrafo para gerar imagens ou gráficos em formato digital, ou que passem por digitalização.
Esses registros são transmitidos através do sistema de telemedicina online e ficam disponíveis para que um médico especialista na área do exame faça sua interpretação.
Após elaborar e assinar o laudo online, o profissional o entrega via plataforma.
Já a consulta online requer o uso de uma sala virtual dentro do sistema, que é acessada por médico e paciente na hora agendada.
Como funcionam os serviços de telemedicina
Os serviços de telemedicina são fornecidos dentro de um sistema seguro, protegido por senhas e criptografia.
O software de telemedicina em nuvem ainda obedece às exigências de autoridades de saúde, como CFM e Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), atendendo a padrões de qualidade de som e imagem.
Explico mais sobre as opções de procedimentos via telemedicina a seguir.
Na consulta remota, o médico pode preencher prontuários digitais, emitir atestados, encaminhamentos e receitas.
1. Consulta remota
A teleconsulta é semelhante ao atendimento médico convencional, incluindo anamnese e exame físico.
Ela é feita por videoconferência, dentro de uma sala virtual reservada para a assistência e permite o compartilhamento de documentos médicos.
Além de possibilitar o preenchimento do prontuário digital, incluindo atestados, encaminhamentos e receitas.
2. Emissão de laudos online
Como detalhei mais acima, o telediagnóstico começa com o envio dos registros do exame pelo software de telemedicina.
Em seguida, um especialista de plantão inicia a avaliação das imagens ou gráficos à luz da suspeita clínica e histórico do paciente.
Ele elabora o laudo online, assinado digitalmente para garantir a autenticidade.
3. Segunda opinião médica
A segunda opinião médica contribui para qualificar o diagnóstico, esclarecendo dúvidas dos médicos in loco.
Basta que acessem o sistema de telemedicina e solicitem uma segunda opinião, dada por profissionais experientes.
4. Teleconsultoria
A teleconsultoria consiste na consulta realizada entre profissionais de saúde com diversas finalidades.
Encaminhamento para alguma especialidade, orientações de conduta diante de urgências e emergências e solicitação de material de referência estão entre os principais motivos para solicitar esse serviço.
Dentro da plataforma de telemedicina, as recomendações são compartilhadas com agilidade e permanecem à disposição das equipes de saúde para consultas futuras.
5. Telemonitoramento
O monitoramento remoto permite que pacientes recebam assistência periódica sem sair de casa.
Pessoas acamadas, idosos, gestantes e doentes crônicos se beneficiam desse acompanhamento, assim como pessoas acometidas por doenças como agorafobia e síndrome do pânico, que têm dificuldades para sair da residência.
6. Emissão de documentos ocupacionais
Recentemente, a transformação digital alcançou as áreas trabalhista e previdenciária, consolidando a entrega de arquivos pela internet.
A telemedicina passou a integrar a opção de assinatura digital para laudos ocupacionais, conferindo praticidade ao trabalho do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT).
Médicos do trabalho, engenheiros de segurança e outros especialistas de saúde e segurança do trabalho podem emitir e assinar documentos a distância.
A exemplo do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) e Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
7. Renovação de receitas médicas
Mencionei anteriormente neste texto que a receita digital pode ser emitida durante a teleconsulta.
Existe ainda a opção de renovar a receita online caso o paciente precise trocar uma prescrição que está perdendo ou acaba de perder a validade.
Em vez de passar por uma nova consulta, ele pode solicitar o documento sem burocracia, utilizando a plataforma de telemedicina.
Depois de preencher alguns dados, é feita a confirmação do pedido, liberando a nova receita médica online por e-mail.
Se o pedido for por uma receita de remédio controlado acompanhada de notificação impressa, a prescrição é enviada pelo correio.
Como funciona a telemedicina no Brasil?
A telemedicina existe para conectar profissionais de saúde e pacientes em localidades distintas.
Para isso, são utilizadas Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDCIs), com destaque para a internet.
Nesse contexto, é natural que os serviços remotos de medicina tenham avançado com a popularização da rede mundial de computadores no país, a partir dos anos 1990.
As primeiras iniciativas permitiram a troca de informações entre redes hospitalares, a fim de tirar dúvidas sobre diagnósticos complexos.
Logo, porém, se expandiram para otimizar processos como a interpretação e emissão de laudos, triagem e monitoramento de pacientes.
A seguir, veja dados sobre as vantagens e impactos gerados pela telemedicina no Brasil.
No SUS
Uma das iniciativas mais reconhecidas de uso da telemedicina no SUS é o Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, que funciona por meio de núcleos instalados em universidades e outros locais.
O projeto piloto foi criado em 2007 e expandido em 2011, com a oficialização do programa em âmbito nacional.
Em 2011, o Telessaúde Brasil Redes havia alcançado 937 municípios brasileiros, que receberam 1171 pontos de comunicação disponíveis em Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Entre janeiro de 2008 e março de 2011, a iniciativa havia acumulado 56.075 teleconsultorias, 419.691 laudos online e 643 segundas opiniões formativas.
Vale ainda ressaltar o apoio à identificação e monitoramento de casos suspeitos de Covid-19 utilizando o TeleSUS.
Aplicativo e chat online no site do Ministério da Saúde viabilizaram a triagem, acompanhamento e encaminhamento à consulta online, quando necessário.
Cerca de 73,3 milhões de indivíduos foram atendidos pelo sistema entre abril e junho de 2020, sendo que 1,8 milhão deles realizaram teleconsulta.
Atualmente, há iniciativas descentralizadas focadas na telessaúde via SUS, como a interpretação online de espirometrias.
Realizada por médicos especialistas do Hospital das Clínicas da UFMG/Ebserh, a iniciativa tem ampliado a oferta desse exame em municípios afastados dos centros urbanos, a partir do envio dos gráficos da prova de função pulmonar via software de telemedicina.
No segundo semestre de 2023, o projeto contabilizava a entrega de mais de 12 mil laudos de espirometria a distância, em parceria com 147 municípios brasileiros.
Na rede privada
A pandemia pelo coronavírus também aumentou a adesão à telemedicina e outras tecnologias relacionadas à saúde digital no setor privado.
Segundo nota divulgada pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), o uso de ferramentas tecnológicas melhorou a performance de 77,8% das unidades de saúde durante o isolamento social, em 2020.
A otimização promovida pela tecnologia faz com que 75% dos hospitais particulares utilizem serviços a distância.
Além disso, 69% dos gestores consideram a telemedicina uma importante fonte de receitas.
Nesse cenário, não é à toa que o Brasil registrou 7,1 milhões de teleconsultas entre 2020 e 2021, segundo artigo da Federação Brasileira de Hospitais (FBH).
Ainda que 87% delas tenham correspondido a primeiros atendimentos, o índice de resolutividade chegou a 91%.
Grande parte das consultas à distância foram realizadas mediante encaminhamento por planos de saúde.
Para se ter uma ideia, a modalidade online representou 15% do total de consultas da Amil em 2021, ultrapassando 1,5 milhão de atendimentos.
Dados do relatório Distrito Healthtechs Report 2023 colocam a telemedicina como uma das principais tecnologias do mercado de saúde global.
A área conta com projeções de crescimento de 18% ao ano nos investimentos, atingindo US$ 857,2 bilhões até 2030.
Como implementar a telemedicina em uma clínica ou hospital?
Para implementar a telemedicina para clínicas ou hospitais, é preciso dispor de uma infraestrutura básica, com computador e internet de qualidade.
Dessa forma, dá para evitar problemas como interferências e demora para a transmissão de dados, ou acesso à última versão do prontuário eletrônico – que fica hospedado na nuvem, um local protegido na internet.
Há quem pense que é necessário adquirir equipamentos digitais para os exames complementares, mas isso não é regra.
Em muitos casos, é possível digitalizar os registros de aparelhos analógicos, desde que sejam nítidos.
Uma vez que seu estabelecimento tenha a estrutura necessária, é hora de buscar por uma parceira de telemedicina.
A dica, aqui, é priorizar o custo-benefício, contratando aquela que atenda às suas necessidades sem comprometer o orçamento.
Prefira uma parceira que ofereça treinamento e suporte, pois será preciso capacitar seus funcionários para que utilizem a plataforma corretamente.
A Telemedicina Morsch disponibiliza esses e outros serviços, facilitando a implementação e o acesso aos serviços em poucos cliques.
Como funciona a Telemedicina Morsch?
A Morsch coloca um time com dezenas de especialistas de diferentes áreas da medicina à disposição da sua equipe.
Nosso sistema robusto fica hospedado na nuvem, funcionando 24 horas por dia sob a guarda de mecanismos de autenticação e criptografia para garantir o sigilo médico e a preservação dos documentos.
Apenas pessoas com login e senha cadastrados podem acessar as informações, que são compiladas, organizadas e atualizadas automaticamente em nosso prontuário eletrônico, integrado à teleconsulta.
Além de permitir a prescrição eletrônica, emissão de atestado online, encaminhamentos e outros arquivos médicos com agilidade.
Seus colaboradores poderão aproveitar treinamentos online a qualquer hora do dia, a fim de conferir boas práticas na realização de exames e no uso da telemedicina.
Telediagnóstico e teleconsultoria são pedidos em poucos passos, e os laudos ficam prontos em minutos para acelerar o diagnóstico.
Em caso de dúvidas, é possível contar com a segunda opinião qualificada e até discutir casos urgentes em tempo real com especialistas.
Conheça soluções pensadas para o seu negócio.
Conclusão
Ao final deste artigo, espero ter ajudado a entender como funciona a telemedicina.
Clínicas, hospitais, consultórios, órgãos públicos e empresas podem aproveitar as vantagens da Telemedicina Morsch.
Referência em serviços de saúde remotos desde 2005, nossa equipe tem mais de 300 especialistas focados na avaliação de testes, segunda opinião e teleconsultoria.
Já superamos as marcas de 2 mil clientes em todo o Brasil e 1,5 milhão de exames interpretados com agilidade e qualidade.
Nossa plataforma ainda oferece opções de prontuário eletrônico com teleconsulta, telemedicina ocupacional, parcerias com planos de saúde e empresas.
Que tal levar essa praticidade para o seu serviço e aumentar as receitas?
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