O que é medicina preventiva e suas principais estratégias
A medicina preventiva é a especialidade médica que propõe uma abordagem focada na promoção da saúde, indo além do tratamento de doenças.
Ela parte de uma visão integral do indivíduo, investindo no bem-estar constante e no tratamento precoce para evitar o adoecimento.
Dessa forma, a medicina preventiva inclui práticas que melhoram a qualidade de vida dos pacientes.
Além disso, busca minimizar os efeitos colaterais de tratamentos médicos, optando por terapias que dependem menos de medicações.
Os benefícios não são poucos, como você deve imaginar.
Menores custos para os sistemas de saúde, empoderamento do paciente e adoção de hábitos mais saudáveis estão entre eles.
Então, siga a leitura para descobrir como você sai ganhando com a especialidade.
Ao longo deste texto, também falo sobre a contribuição da tecnologia para as ações de prevenção.
Você vai entender quais ferramentas ampliam as oportunidades de cuidados eficientes em casa, sem dispensar a consulta e o suporte de um especialista.
Se o assunto interessa, descubra o que é medicina preventiva e acompanhe até o final!
O que é medicina preventiva?
A medicina preventiva como especialidade é fruto de uma mudança de perspectiva em relação à missão dos médicos e ao significado de estar saudável.
E quem diz é a própria Organização Mundial da Saúde.
Segundo a OMS, a saúde deve ser compreendida como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doença ou enfermidade.
Em outras palavras, os profissionais da área passam a se enxergar como promotores do bem-estar de forma ampla, não se restringindo a tarefas e intervenções e colocando o paciente no centro das suas iniciativas.
No caso dos médicos, este trecho do artigo “Lifetime risk, uma nova ferramenta para prevenção cardiovascular” descreve bem o contexto:
“A disseminação da ideia de prevenção, que tira do médico a vestimenta de ‘tratador de doenças’ para incorporar-lhe também o papel de mantenedor da saúde, imputou-lhe a difícil tarefa de modificar hábitos de vida.”
Assim, a combinação entre medicina e prevenção resulta em uma especialidade centrada no paciente.
E ela trabalha sua conscientização e estilo de vida para alcançar hábitos mais saudáveis, evitando que surjam doenças ou mesmo que elas se agravem.
Importância de investir em saúde preventiva
Investir em saúde preventiva é importante porque permite a criação de estratégias consistentes para a manutenção do bem-estar do paciente.
Afinal, suas ações têm por objetivo se antecipar aos riscos para evitar doenças.
Ao mesmo tempo, ajudam a minimizar os impactos daquelas que forem inevitáveis.
É por isso que apostar nessa estratégia de longo prazo faz todo o sentido.
Acima de tudo, porque estamos diante do crescimento na expectativa de vida da população e, por consequência, das doenças crônicas.
Segundo o relatório “Perspectivas da população no mundo“, divulgado pela ONU, a expectativa de vida global subiu 8 anos entre 1990 e 2019.
Isso representa um salto de 64,2 para 72,6 anos.
Além disso, a projeção é que chegue a 77,1 anos em 2050.
No Brasil, a expectativa média ao nascer era de 76,3 anos em 2018, conforme o IBGE.
Portanto, os números são consistentes – mas representam apenas uma amostra sobre o que é medicina preventiva e sua importância.
Novo perfil de doenças exige ações preventivas
Somado ao envelhecimento populacional, nosso país vivenciou um fenômeno chamado transição epidemiológica, desencadeado pela mudança no padrão de males que levam à morte.
Por exemplo, até o início do século 20, as doenças infecciosas eram as mais preocupantes e letais, provocando aproximadamente metade das mortes.
Posteriormente, nas décadas seguintes, esse posto passou a ser ocupado pelas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que englobam:
- Doenças cardiovasculares
- Câncer
- Diabetes
- Doenças respiratórias crônicas.
Ao estudar os fatores de risco para essas enfermidades, encontramos muitos que ultrapassam a esfera puramente médica.
Ou seja, eles se relacionam com os hábitos e com a rotina dos pacientes.
Doenças cardiovasculares, por exemplo, podem ser agravadas por uma dieta rica em colesterol LDL e pelo sedentarismo.
Dessa forma, exigem uma profunda mudança no comportamento para evitar grandes eventos, como um infarto.
É aí que entra a medicina preventiva: essa especialidade leva conscientização ao paciente e usa as ferramentas certas para que ele seja acompanhado por profissionais, como nutricionistas e educadores físicos.
Nesse sentido, vale citar uma pesquisa recente conduzida pela Harvard Business Review.
O estudo mostrou o potencial de economia para a saúde diante do investimento em medicina preventiva.
Descobriu, por exemplo, que as doenças crônicas respondem por 50% do total de custos, enquanto episódios agudos representam 35%.
Áreas da medicina preventiva
Como vimos até aqui, a medicina preventiva busca tratar o corpo e a mente juntos, uma vez que a condição de um afeta a do outro.
Antes de tudo, o organismo humano é um sistema.
Como tal, tem partes interligadas que sentem os impactos do mau funcionamento de outras áreas, órgãos e tecidos.
Um exemplo são as dores de cabeça provocadas por problemas nos dentes.
O que quero deixar claro é que, além do corpo, a mente e as emoções impactam no bem-estar.
Portanto, devem estar em harmonia para prevenir doenças.
Para simplificar as ações no campo da medicina preventiva, essa especialidade costuma ser dividida em quatro áreas, cada uma com um enfoque diferente.
Prevenção primária
Inicialmente, temos a prevenção primária.
Ela se concentra naquilo que pode ser feito para que o cliente tenha a melhor qualidade de vida possível.
Não por acaso, é a área mais popular da medicina preventiva.
Repare que chamei o usuário de cliente, e não paciente.
A ideia é evitar que ele desenvolva qualquer condição que necessite de intervenção médica.
Para isso, ganham destaque as medidas e hábitos saudáveis.
Entre eles, não fumar, não consumir álcool com frequência, ter uma dieta nutritiva e praticar exercícios físicos.
A lista inclui ainda construir relacionamentos saudáveis, investir em autodesenvolvimento e inteligência emocional.
Da mesma forma que a mudança comportamental, essas ações colaboram para a saúde mental, prevenindo males como a depressão e a ansiedade.
Além disso, precisamos considerar a importância do monitoramento médico de caráter preventivo, com a realização de check-ups periódicos.
A estratégia permite que o profissional se aproxime do cliente, identificando e trabalhando para diminuir riscos de doenças.
Prevenção secundária
Você já deve ter ouvido falar que o diagnóstico precoce eleva as chances de cura e tratamento para uma série de enfermidades.
Um bom exemplo disso é o câncer de mama – um dos tipos mais comuns entre as mulheres.
Então, é aí que se enquadra a prevenção secundária.
Ela atua para identificar os males em estágios iniciais para evitar que evoluam para eventos sérios.
No caso do câncer de mama, a recomendação é que as pacientes com mais de 40 anos (idade em que há maior risco) realizem mamografia anualmente.
Esse exame permite a visualização de pequenos nódulos que determinam os estágios iniciais da doença.
Outro exemplo de prevenção secundária se dá com a identificação e o controle de altas taxas de colesterol ruim ou gordura abdominal em pessoas sedentárias.
Mais uma vez, essa é uma condição que pede acompanhamento médico periódico – prevenindo doenças cardiovasculares.
Prevenção terciária
Medidas de prevenção terciária são tomadas quando o paciente já desenvolveu a doença.
Então, entra em cena o objetivo de minimizar efeitos adversos, desdobramentos e complicações.
É o caso do monitoramento e tratamento do Alzheimer.
Nesse caso, a atuação médica preventiva ajuda a retardar o avanço de sintomas como a perda da memória e a deterioração cognitiva.
Da mesma forma, posso citar a resposta rápida diante do diagnóstico de Aids.
Ela impede o comprometimento das defesas do organismo, podendo oferecer uma vida normal ao paciente que aderir à terapia.
Prevenção quaternária
Finalmente, chegamos à prevenção quaternária.
Apesar do nome incomum, é fácil de entender.
Ela foca no tipo de tratamento ofertado, priorizando práticas que diminuam a dependência de medicamentos, possíveis sequelas e restrições.
3 estratégias de medicina preventiva
Agora que você conhece o que é medicina preventiva e suas áreas, é hora de saber mais sobre ações que fazem a diferença, colaborando para uma vida saudável e ativa.
A seguir, falo sobre boas práticas de prevenção primária que você pode incorporar ao seu dia a dia.
Acompanhe!
1. Dieta saudável
Condição física, disposição, raciocínio e imunidade são alguns dos fatores influenciados pela alimentação.
Afinal, são os alimentos que fornecem os nutrientes necessários para a manutenção do corpo humano.
Portanto, uma dieta balanceada está na base de qualquer estratégia de prevenção primária eficiente.
É ela que dá força para que o organismo siga funcionando de maneira adequada.
Isso significa consumir quantidades suficientes dos três grupos alimentares:
- Construtores, ricos em proteínas
- Reguladores, que fornecem fibras, vitaminas e minerais
- Energéticos, ricos em gordura e açúcar.
Uma regra útil é ingerir mais proteínas, vitaminas e minerais, combinando carnes a verduras, frutas e legumes.
As gorduras e açúcares têm seu papel, mas o consumo deve ser mais limitado para evitar o sobrepeso, colesterol alto e o acúmulo de placas de gordura nos vasos sanguíneos.
Vale, ainda, diversificar os alimentos, investindo em pratos coloridos e nutritivos.
2. Prática regular de atividade física
Ser ativo ajuda no combate e prevenção de diabetes tipo 2, depressão, ansiedade, doenças cardiovasculares e até câncer.
Também pode melhorar o condicionamento físico, a memória e saúde cerebral, proporcionando momentos de prazer pela liberação de hormônios como a endorfina.
A OMS recomenda que adultos se mantenham ativos, realizando entre 150 e 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana.
Para crianças e adolescentes, o ideal é 1 hora, todos os dias.
3. Check up anual
Se a ideia é evitar agravos à saúde, é inteligente programar checkups periódicos para conferir se está tudo bem com os principais sistemas do corpo.
Exames físicos, testes de laboratório, eletrocardiograma (ECG) e outros procedimentos estão entre os mais comuns nessas ocasiões.
Através deles, o médico pode identificar alterações com antecedência, tratando de sintomas e doenças em estágio inicial.
A evolução da medicina preventiva no Brasil
Foi a partir do avanço de áreas como microbiologia e epidemiologia que nasceu a medicina preventiva, tendo se consolidado em meados do século 20 nas nações ocidentais.
O Brasil e outros países seguiram a tendência impulsionada pela maior atenção ao paciente e à sua qualidade de vida, adotada por Estados Unidos e Canadá entre 1920 e 1950.
Desde então, ocorreu a disseminação de informações preventivas em consultas, publicações e por veículos da mídia.
Isso contribuiu para a educação do público a respeito das doenças, demonstrando a importância de adotar um estilo de vida saudável.
Destaque para informações sobre os malefícios do cigarro e a necessidade de uma alimentação nutritiva, em especial durante fases delicadas, como a infância e a gravidez.
Elas se tornaram populares por meio dessas medidas, mas não bastavam.
Juntamente com elas, o reforço da ciência se mostrou fundamental.
Através de estudos e pesquisas, descobrimos como as pessoas são infectadas e desenvolvemos técnicas eficazes para conter epidemias, como as vacinas.
Nos últimos anos, surgiram inovações tecnológicas que empoderam o paciente.
Em comum, elas favorecem uma postura proativa de autocuidado e fornecem dados de interesse para a prevenção de enfermidades.
Aplicativos contabilizam calorias, nutrientes e incentivam os usuários a se exercitar, usando estratégias como a gamificação e recompensas a cada tarefa cumprida.
Os pacientes também contam com dispositivos vestíveis ou wearables.
Eles coletam dados como batimentos cardíacos e pressão sanguínea – que podem até ser compartilhados com os médicos.
Do mesmo modo, healthtechs vêm desenvolvendo tecnologias disruptivas para armazenar, processar, selecionar e comparar esses dados.
Para isso, fazem uso de ferramentas como o big data e inteligência artificial, gerando insights importantes para a tomada de decisão na conduta médica junto ao paciente.
Clínica de medicina preventiva online: cuide da saúde em casa
Agora, quero falar sobre outro avanço tecnológico importante.
É aquele que permite que qualquer usuário solicite e receba atendimento médico no conforto de sua casa.
Tudo isso sem precisar se deslocar ou se expor a riscos desnecessários.
Usando os serviços da clínica de medicina preventiva online, fica fácil agendar e participar de consultas via internet, com toda a praticidade, comodidade e segurança, mantendo o acompanhamento médico em dia.
Na clínica online, você encontra profissionais atuantes em clínica médica, saúde da família, nutrição e educação física.
Também especialistas que podem ajudar com consultas e encaminhamentos preventivos, como cardiologistas e ortopedistas.
Como funciona a teleconsulta médica
Veja como é simples receber assistência remota pela plataforma de telemedicina da Morsch:
- Acesse esta página para marcar sua teleconsulta, escolhendo a data, hora e profissional que fará o atendimento
- Realize o pagamento
- Preencha um questionário com informações sobre sua queixa ou objetivo
- Você vai receber um link para a sala de videoconferência por SMS ou whatsapp na data escolhida. Acesse no horário selecionado e receba assistência médica.
Conclusão
A medicina preventiva surgiu em oposição à abordagem meramente curativa, que priorizava apenas a resposta a doenças, deixando de lado o cuidado integral com o paciente.
Com isso, ela é baseada em ações de conscientização, diagnóstico precoce, mitigação de riscos e sequelas.
Acreditamos que a especialidade deve continuar evoluindo.
Além disso, vai empregar novas tecnologias para personalizar o atendimento, propor soluções que evitam agravos e elevam a qualidade de vida.
Uma dessas ferramentas é a telemedicina, que conecta usuários e profissionais para fortalecer a promoção à saúde.
A Morsch faz a sua parte com o serviço de teleconsulta, aproximando o paciente das soluções em saúde que ele precisa.
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