Conheça os tipos de calcificação na mama e como tratar

Por Dr. José Aldair Morsch, 30 de agosto de 2021
Calcificação na mama

A calcificação na mama costuma aparecer como efeito do processo natural de envelhecimento.

Com o passar dos anos, as células do tecido mamário acabam se deteriorando, deixando restos de cálcio que se tornam calcificações.

Na maioria das vezes, a condição pede apenas acompanhamento periódico normal, com a realização de mamografia uma vez por ano.

Mas há casos em que as estruturas são muito menores e podem estar relacionadas ao câncer de mama.

A identificação dessas microcalcificações colabora para o diagnóstico precoce e aumento nas chances de cura da doença.

A seguir, comento sobre os tipos de calcificação mamária, como são tratadas e o momento certo para procurar um médico.

O que é calcificação na mama?

Calcificação na mama é um aglomerado de partículas de cálcio que se convertem em sais, assumindo um formato sólido.

As calcificações podem ter diferentes tamanhos e formas.

Essas estruturas aparecem de modo espontâneo, sendo mais comuns em mulheres com idade avançada.

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Tipos de calcificação mamária

A calcificação pode ser classificada de acordo com seu tamanho, formato e distribuição.

Abaixo, listo os principais tipos:

  • Macrocalcificação na mama: são aquelas que medem alguns milímetros, além de terem formato irregular. Costumam ser benignas
  • Microcalcificação na mama: medem menos de 0,5 milímetro. Podem sinalizar lesões ou ser indicativo de câncer de mama em estágio inicial
  • Calcificação benigna na mama: a maioria consiste em macrocalcificações decorrentes de lesões, traumas por cirurgias ou cicatrizes. As chances de evolução para um tumor são remotas
  • Calcificação provavelmente benigna na mama: normalmente, são redondas ou flocadas. Seu tamanho pequeno e formato não permitem que o médico tenha certeza de serem benignas sem acompanhamento
  • Calcificação provavelmente maligna na mama: é lesão uma com tamanho e formato que sugerem malignidade, por exemplo, uma microcalcificação irregular, ou linear e descontínua
  • Calcificação puntiforme na mama: se refere a uma estrutura que possui ponta e é menor que 0,5mm, com grandes chances de ser benigna
  • Calcificações agrupadas na mama: são grandes ou pequenos depósitos de cálcio próximos uns aos outros. Podem ser benignos ou malignos, pedindo avaliação médica
  • Calcificação de permeio na mama: indica que a calcificação está entre duas estruturas
  • Calcificação vascular na mama: é o nome dado a lesões lineares que apontam o acúmulo de sais de cálcio na camada média da artéria presente na mama. Costumam ser benignas e aparecer com frequência em mulheres com mais de 40 anos
  • Calcificação anelar na mama: refere-se ao aspecto da calcificação, que lembra casca de ovo.

 

Calcificação mamária

A calcificação na mama tem cura e geralmente aparece com o efeito do processo natural de envelhecimento

Sintomas de calcificação na mama

Em geral, a calcificação na mama não causa qualquer incômodo.

A lesão nem mesmo pode ser percebida pelo autoexame das mamas ou exame de toque.

Caso perceba algum sintoma nos seios, como inchaço, coceira frequente, liberação de líquidos ou mudanças na cor e forma do mamilo, procure ajuda médica imediatamente.

Esses sinais podem indicar doenças nas mamas.

Calcificação na mama causa dor?

Não é normal que a calcificação provoque dor nas mamas.

Se estiver sentindo dor constante ou sensibilidade exagerada, vale consultar um ginecologista para saber o que está acontecendo.

Como tratar calcificação na mama

A maioria das calcificações na mama é benigna e não afeta a qualidade de vida da paciente.

Por isso, a necessidade de tratamento depende do tipo de lesão.

Existe uma classificação médica que indica a conduta padrão de acordo com alterações encontradas em testes de imagem, como a mamografia.

É durante a realização deles que a mulher recebe diagnósticos como a calcificação na mama.

Por meio da classificação BI-RADS, é possível tomar as medidas necessárias para prevenir complicações.

Macrocalcificações, por exemplo, se enquadram na BI-RADS 2, que engloba os achados tipicamente benignos.

A situação pede apenas um monitoramento com mamografia a cada ano.

Microcalcificações redondas ou ovais costumam ser classificadas como BI-RADS 3, entre os achados provavelmente benignos.

Nesse cenário, o acompanhamento de rotina deve ser feito a cada 6 meses para confirmar que não haverá mudanças ou crescimento da lesão.

Já as microcalcificações irregulares e densidade assimétrica são enquadradas em BI-RADS 4, exigindo biópsia para afastar a probabilidade de existir nódulo ou tumor associados.

Lesões ramificadas também pedem biópsia, correspondendo à BI-RADS 5 – achados altamente suspeitos de malignidade.

Caso a biópsia revele uma lesão maligna, será recomendado tratamento cirúrgico.

Lembrando que, com o diagnóstico precoce, as chances de cura para o câncer de mama ultrapassam 90%.

Calcificações nos seios

Dificilmente as calcificações na mama são malignas, e não é normal que causem dor

Calcificações na mama podem virar câncer?

Calcificações não são feitas de células e, portanto, não podem virar câncer.

No entanto, há casos em que outras lesões são confundidas com microcalcificações.

Muitas vezes, a confusão só é esclarecida com a retirada de uma parte da estrutura, revelando que se trata de um nódulo, por exemplo.

E esse nódulo pode ser maligno.

Outras vezes, calcificações em mamas densas contribuem para esconder um tumor.

É por isso que todo achado em exames como mamografia e ultrassom de mamas deve receber avaliação médica.

Qual médico procurar?

Normalmente, a mulher só sabe que tem calcificação mamária porque realizou um teste pedido pelo ginecologista.

Esse especialista pode seguir com mais exames para verificar as características e riscos da lesão.

Se for preciso, ele fará o encaminhamento para um mastologista ou oncologista para darem continuidade ao tratamento.

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Conclusão

Ao receber o diagnóstico de calcificação na mama, não se desespere, pois a maioria dos casos é benigna.

O melhor a se fazer é procurar a orientação de um ginecologista ou mastologista de sua confiança.

Você pode ter esse cuidado com a saúde em qualquer lugar, usando a plataforma de teleconsulta Morsch.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin