Consulta com ginecologista: quando ir e como marcar
A consulta com ginecologista deve fazer parte da rotina de cuidados com a saúde de todas as mulheres.
Afinal, esse especialista conhece as particularidades do sistema reprodutor feminino, mudanças físicas e hormonais que estão presentes desde a puberdade até a menopausa.
Com encontros periódicos, o médico orienta, esclarece dúvidas, faz e solicita exames preventivos essenciais para o bem-estar durante as diferentes fases da vida.
Muitos deles ajudam a detectar doenças de forma precoce, evitando que se agravem e causem problemas como alterações no ciclo menstrual, infertilidade e dores.
Até mesmo patologias graves, como câncer de mama e de colo do útero, podem ser diagnosticadas em estágios iniciais pelo ginecologista, permitindo tratamentos mais eficientes, com altas chances de cura.
Estão aí alguns motivos para comparecer à consulta com seu ginecologista regularmente.
Ao longo deste artigo, trago mais informações sobre o assunto, quando consultar esse profissional, exames mais comuns e novidades que facilitam o contato entre médico e paciente – como a telemedicina.
Vamos em frente?
Consulta com ginecologista: por que toda mulher deve ir?
A saúde íntima da mulher ainda é um tema delicado, cercado por tabus e estigmas.
Por isso, é natural que muitas delas se sintam desconfortáveis na consulta com o ginecologista.
Para se ter uma ideia, 20% das brasileiras não procuram esse médico periodicamente, sendo que 16,2 milhões não visitam o ginecologista há mais de um ano.
Os dados são do estudo “Expectativa da mulher brasileira sobre sua vida sexual e reprodutiva: as relações dos ginecologistas e obstetras com suas pacientes”, realizado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
O levantamento ainda alerta que 4 milhões de brasileiras nunca buscaram a orientação de um ginecologista.
Esse quadro prejudica a adoção de práticas preventivas, impedindo seu acesso a informações e tratamentos fundamentais para a manutenção da saúde reprodutiva.
O câncer de mama, por exemplo, pode começar com um pequeno nódulo indetectável ao toque, mas que será evidenciado em exames como mamografia e ultrassom de mamas.
Ao ser diagnosticada no início, a lesão poderá ser tratada rapidamente, evitando a evolução para um quadro grave.
Mesmo as pacientes mais jovens ou que não têm vida sexual ativa também se beneficiam da consulta com ginecologista.
O encontro dá a oportunidade de esclarecer questões sobre hormônios, menstruação, como funciona o sistema reprodutivo e de que forma podem aliviar sintomas incômodos.
Quando consultar com ginecologista?
A consulta com ginecologista pode atender a dois propósitos diferentes: prevenção e tratamento.
O ideal é apostar na prevenção, marcando consultas com esse especialista pelo menos uma vez por ano.
E iniciar as visitas logo depois da primeira menstruação, assim, a menina já começa a entender melhor seu próprio corpo.
Recebe, ainda, orientação sobre saúde e higienização íntima, ciclo menstrual, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e gravidez indesejada.
Mesmo quem faz o acompanhamento periódico deve ficar atenta aos sinais que pedem uma avaliação imediata desse especialista.
É o caso de problemas que interfiram no bem-estar e saúde íntima, sendo os mais comuns:
- Corrimento alterado, de cor amarelada, esverdeada ou marrom e/ou cheiro forte
- Sangramento fora do período menstrual
- Menstruação que se estende por semanas
- Cólicas menstruais
- Menstruação atrasada por um mês ou mais, com resultado negativo para gravidez
- Dores durante as relações sexuais
- Presença de nódulos nas mamas
- Liberação de secreções pelas mamas, sem que a mulher esteja amamentando
- Dores ou alta sensibilidade frequente na área genital e nos seios
- Dores frequentes na barriga e região pélvica.
O que o ginecologista faz na primeira consulta?
A primeira consulta com ginecologista costuma deixar adolescentes e até pacientes adultas nervosas, sem saber o que esperar.
Será que terão de se expor na frente da mãe, se forem adolescentes?
Vão precisar de exame físico? Será que dói?
E o pedido por mais testes, será que é normal?
Essas e outras dúvidas podem surgir, aumentando o receio de comparecer a um serviço de saúde ou de conversar com o ginecologista.
Porém, não é preciso ter medo, porque a primeira consulta ginecológica tem como principal objetivo levantar informações sobre a paciente.
O atendimento começa com uma entrevista para coletar dados sobre o ciclo menstrual, desenvolvimento do aparelho reprodutor e possíveis anormalidades.
No caso das adolescentes, é natural que a mãe, tia ou outra mulher da família as acompanhem na primeira consulta, a fim de que se sintam seguras e acolhidas por um médico de confiança.
Assim, a entrevista pode começar com a acompanhante no consultório e, em algum momento, o ginecologista pede para conversar com a adolescente em particular – se ela concordar.
Essa parte do atendimento serve para que a paciente esclareça dúvidas sobre sexualidade, por exemplo, sem ficar constrangida ou ter de se expor na frente da acompanhante.
Em seguida, a familiar retorna ao consultório e o ginecologista faz a avaliação física da adolescente, conferindo se o desenvolvimento é normal para a idade.
Essa avaliação pode incluir o exame da genitália externa, principalmente se houver algum sintoma ou incômodo para a paciente.
O exame é rápido e indolor.
Contudo, se a menina estiver com vergonha ou medo, essa primeira assistência exclui o exame da região íntima, sendo limitada a uma conversa e orientação.
A mesma premissa vale para mulheres adultas que não se sintam à vontade na primeira consulta.
Em geral, os temas abordados na consulta são:
- Higienização da área íntima, incluindo os produtos adequados para não agredir a região
- Menstruação e mudanças naturais na puberdade
- Medidas para prevenir infecções, como o uso de calcinhas de algodão
- Orientação para prevenir DSTs, com explicação sobre preservativos e formas de se proteger
- Métodos contraceptivos
- Sexualidade.
Caso a paciente tenha iniciado a vida sexual, é comum que o ginecologista peça exames de sangue e outros para verificar a saúde íntima e recomendar o melhor método contraceptivo.
Exames comuns na consulta com ginecologista
Após a primeira consulta e a formação de um vínculo entre médico e paciente, a rotina de cuidados íntimos ocorre com mais tranquilidade.
Assim, fica simples adicionar testes que fortalecem esses cuidados, fornecendo informações sobre o aparelho reprodutor feminino e particularidades de cada paciente.
Muitos desses exames podem ser conduzidos durante a consulta com o médico, enquanto outros ocorrem fora do consultório.
Conheça, a seguir, os mais comuns.
Exame físico
É uma avaliação em que o médico verifica a aparência dos órgãos genitais externos, analisando fatores como forma e tamanho para identificar anormalidades.
Também permite a investigação de sintomas como inchaço, vermelhidão, bolhas etc.
Exame clínico das mamas
Consiste no toque e palpação das mamas para verificar se há alguma lesão, nódulo ou cisto, percebendo informações como forma e tamanho.
Caso haja alterações, o ginecologista pede por um teste mais detalhado, como ultrassom ou mamografia.
O aspecto dos seios também é avaliado no exame clínico, a fim de identificar qualquer anormalidade em seu formato, por exemplo.
Toque vaginal
Indicado apenas para pacientes que tenham iniciado a vida sexual, o exame serve para conferir se está tudo ok com a vagina e o colo do útero.
Para isso, a mulher se deita em posição ginecológica, com as pernas suspensas e abertas, possibilitando que o médico possa tocar a região.
Ao mesmo tempo, o especialista mantém uma mão na parte de baixo da barriga para sentir qualquer lesão ou alteração.
Papanicolau
É um teste que colhe células do colo do útero para auxiliar no diagnóstico de males como o câncer nessa região, comum entre mulheres jovens.
A doença apresentou 16.590 novos casos só em 2020, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Por isso, o Papanicolau é um dos principais exames preventivos no campo ginecológico.
Também só é realizado em mulheres que não sejam virgens, utilizando um espéculo para ampliar o diâmetro da vagina e alcançar o colo uterino.
Outros exames ginecológicos
Outros exames ginecológicos que costumam ser feitos fora do consultório médico são:
- Colposcopia: é a observação de detalhes da área íntima com a ajuda de um binóculo e produtos específicos
- Vulvoscopia: semelhante à colposcopia, mas com avaliação da vulva
- Testes laboratoriais: hemograma, testes de HIV e sífilis podem ser pedidos para apoio diagnóstico
- Ultrassom pélvico: fornece imagens da região pélvica, englobando órgãos como ovários, útero e bexiga
- Ultrassom transvaginal: utiliza um transdutor que é inserido dentro da vagina para mostrar imagens nítidas de órgãos do sistema reprodutivo
- Mamografia: teste que comprime as mamas para captar imagens radiográficas
- Ultrassom de mamas: recomendado para pacientes jovens ou com as mamas mais densas, revela imagens a partir da conversão de sons.
Como é a consulta com ginecologista online
Uma das inovações da atualidade é a consulta online com ginecologista, que derruba a barreira geográfica para conectar pacientes a esses especialistas.
Por uma plataforma de teleconsulta, o atendimento é conduzido de modo semelhante ao que acontece pessoalmente.
Ou seja, médico e paciente comparecem, no horário agendado, a um local – uma sala virtual – para a troca de informações e prestação de cuidados de saúde.
Num primeiro momento, o médico pergunta o que levou a paciente a buscar pelo atendimento e escuta as possíveis queixas.
Também realiza a anamnese, que é a entrevista para colher informações sobre o histórico de saúde, doenças na família e comportamento da mulher.
Ela pode aproveitar para esclarecer dúvidas e pedir suporte para seu momento de vida, com métodos contraceptivos, auxílio para planejar uma gravidez ou acabar com sintomas incômodos.
A limitação da consulta por videoconferência é, obviamente, a impossibilidade de realizar o exame físico, pois não há contato direto.
No entanto, o ginecologista consegue observar sinais, solicitar testes, monitorar terapias e fazer o acompanhamento da paciente a distância.
O software de teleconsulta permite a emissão de documentos médicos assinados digitalmente, como receitas e atestados.
Quando necessário, o especialista pode indicar visitas ao consultório para um exame mais detalhado.
Vantagens da telemedicina ginecológica
Contar com a telemedicina na ginecologia oferece uma série de vantagens, começando por dispensar a necessidade de deslocamento.
Esse fator facilita o monitoramento de pacientes acamadas, com restrições de mobilidade ou em momentos delicados, que recebem assistência no conforto de suas casas.
Também evita a contaminação pelo coronavírus e outros vírus respiratórios, diminuindo a circulação de pessoas em consultórios, clínicas e hospitais.
A teleconsulta dá maior agilidade aos atendimentos, diminuindo o gasto de tempo e dinheiro com deslocamento, combustível, passagens, entre outros itens.
O atendimento online permite maior flexibilidade desde a marcação da consulta, que pode ser feita pela internet a qualquer hora do dia ou da noite.
A assistência em si também pode acontecer fora dos horários convencionais, com toda a comodidade.
O sistema utilizado é intuitivo e fica hospedado na nuvem (internet), possibilitando o acesso a partir de qualquer dispositivo conectado à rede – incluindo smartphones.
Sem falar da segurança do software de telemedicina, que obedece a normas de entidades como Conselho Federal de Medicina (CFM), garantindo direitos como o sigilo médico-paciente.
Todas as informações são registradas no prontuário digital, salvo automaticamente na nuvem, onde ficam protegidas da deterioração pelo tempo e de pessoas não autorizadas.
Já a paciente pode receber esses documentos por e-mail ou WhatsApp, ou mesmo ter uma senha própria para acessar suas informações de saúde.
Como marcar teleconsulta com ginecologista
Na plataforma de teleconsulta Morsch, essa dinâmica é simples e rápida, pedindo apenas 8 passos:
- Acesse a página de agendamentos
- Escolha a especialidade Ginecologia no campo de buscas, selecionando o profissional de sua preferência
- Veja quais horários de agendamento estão disponíveis, ao lado da identificação do médico. Clique sobre o mais adequado
- Você será redirecionado para uma página de login. Se não tiver cadastro, selecione “Criar conta”
- Preencha o formulário com informações de identificação e prossiga
- Crie uma senha para acessar o sistema
- Confirme o horário da teleconsulta e faça o pagamento
- Meia hora antes do atendimento, você vai receber o link de acesso à sala virtual via WhatsApp ou SMS.
Conclusão
A consulta com ginecologista não precisa causar constrangimento, pois é necessária para manter a saúde íntima em dia.
Por isso, vale a pena buscar por um profissional em que você tenha confiança e seguir a rotina de cuidados, aumentando o bem-estar.
A boa notícia é que você já pode se consultar com o ginecologista online, recebendo atendimento sem precisar sair de casa.
Clique aqui e confira todas as vantagens da teleconsulta na plataforma Morsch.
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