As vantagens do retorno de consulta com Telemedicina

Por Dr. José Aldair Morsch, 8 de dezembro de 2020
Retorno de consulta: quais são as vantagens de atender via teleconsulta?

O retorno de consulta é uma prática de suma importância no segmento médico, já que, muitas vezes, os pacientes precisam de um acompanhamento adequado, que vá além do primeiro contato no consultório.

Trata-se de um direito dos pacientes, que se refere ao atendimento feito anteriormente e em que não há cobrança de honorários.

Assim, casos de novas patologias no paciente já em tratamento, evoluções que exijam novos exames ou anamnese, entre outras situações semelhantes, não configuram o retorno de consulta e podem ser cobrados.

Já nos tratamentos contínuos, em que as abordagens terapêuticas são regularmente alteradas e avaliações contínuas são necessárias, a situação é a mesma: as consultas podem ser cobradas, a não ser que o médico dispense os pagamentos.

Quem identifica se determinado atendimento corresponde ao retorno de consulta ou não é o próprio médico. Isso porque, ele possui autonomia quanto a essa questão em detrimento de pacientes, hospitais ou da clínica em que atua.

Sendo assim, cabe também ao especialista reconhecer suas demandas por retornos ou novas consultas, adequá-las ao seu cotidiano e garantir a melhor abordagem possível aos pacientes.

Para isso, é fundamental saber organizar uma boa agenda médica, conhecer os direitos e deveres que regem o retorno de consulta. 

Além disso, também deve-se compreender como utilizar recursos que podem otimizar as demandas, como é o caso da telemedicina.

Quer saber mais sobre todas essas questões? Acompanhe a seguir!

Como o retorno de consulta é regido legalmente?

O retorno de consulta é baseado na necessidade de continuidade nos tratamentos médicos.

Por isso, o CFM define que a consulta médica será continuada em nova oportunidade sempre que houver a demanda por abordagens complementares junto ao paciente.

A questão é definida pela Resolução nº 1.958/2010, que ainda estabelece que não deve ocorrer cobrança nessas situações. Desde que o encontro posterior seja voltado exclusivamente à continuidade do tratamento.

A regra não determina um período máximo para o retorno de consulta. Cabe ao médico analisar a situação e estabelecer o prazo.

Para isso, o ideal é considerar o tempo necessário para observar os resultados das abordagens da primeira consulta. O mais comum é que o tempo fixado seja de um mês.

Em poucas palavras, o direito ao retorno de consulta ocorre sempre que o primeiro encontro com o paciente precisa de continuidade.

Assim, em exemplos práticos e muito recorrentes, isso ocorre quando o médico precisa analisar um exame solicitado na primeira consulta ou determinar se o uso de certo medicamento recomendado está surtindo os efeitos desejados.

Inclusive, a proibição de cobranças no retorno de consulta para apresentação de exames também conta com regulamentação própria.

No entanto, o segundo encontro pode ser cobrado caso o paciente não realize os exames solicitados em até 15 dias.

O que prevê essas situações é o Projeto de Lei 8231/17, estabelecido em 2018 pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados.

Nesse caso, o tempo para o retorno também precisa ser definido pelo próprio médico, sendo vedada essa decisão por parte dos planos de saúde e dos pontos de assistência à saúde.

Caso as regras não sejam cumpridas, os médicos podem sofrer diversas sanções, que vão desde advertências, até o impedimento de suas atividades.

Confira como a regulamentação da telemedicina favoreceu o retorno de consulta

O que diz a regulamentação da telemedicina favoreceu o retorno de consulta

Com a chegada da pandemia da COVID-19, a Telemedicina foi devidamente regulamentada e teve suas possibilidades ampliadas no Brasil.

Por mais que a modalidade já fosse reconhecida e amplamente utilizada ao redor do mundo, foi só no enfrentamento ao coronavírus que seu potencial passou a ser explorado ao máximo.

Com isso, as consultas à distância passaram a ser recomendadas sempre que a abordagem presencial não é viável.

Isso inclui desde situações complexas, como a de isolamento social, até casos mais simples, como pacientes que sentiram algum sintoma durante uma viagem.

A área é muito abrangente e pode ampliar significativamente o acesso à medicina, seja para a realização do retorno de consulta, na análise de resultados de exames, e assim por diante.

Inclusive, no caso do retorno, a medicina à distância ainda contribui para que os tratamentos sejam mantidos pelos pacientes, com mais facilidade e acessibilidade.

Porém, a Telemedicina nunca deve substituir a primeira consulta, a não ser que estritamente necessário. O ideal é que, sempre que possível, o contato presencial seja priorizado.

No cenário de pandemia, a medicina à distância se tornou imprescindível para garantir a segurança de médicos e pacientes, que podem manter-se em ambientes livres de riscos de contaminação, mas sem limitar o acesso à saúde.

Frente a isso, é possível afirmar que a crise de saúde do coronavírus é também um momento para que a prática da Telemedicina seja melhor avaliada pelos médicos.

Para isso, a ideia é que seu crescimento possibilite maiores avaliações sobre seu funcionamento, que darão base para a elaboração de leis ainda melhores na área.

A atual regularização da Telemedicina é temporária, mas a tendência é que seus benefícios sejam mantidos ao fim da pandemia e ampliados para beneficiar ainda mais a população!

Qual o modelo ideal de agendamento para o retorno de consulta?

Como mencionamos anteriormente, cabe ao médico determinar os períodos ideais para o retorno de consulta. Para isso, é fundamental garantir uma boa organização de sua rotina.

Portanto, elaborar uma agenda e cumpri-la adequadamente é de suma importância para garantir uma boa otimização e um melhor contato com os pacientes.

Assim, o profissional de saúde precisa compreender:

  • seu cotidiano de atendimentos;
  • quais suas demandas para retornos de consultas;
  • como atender a todos os seus compromissos de maneira fluida.

O maior sinal de que a agenda médica é mal organizada, é quando os médicos não conseguem alterar e adequar seus horários com frequência e garantir que o tempo disponível seja o necessário para garantir plena atenção aos pacientes.

Isso porque, a finalidade da agenda é justamente tornar a rotina mais organizada, de forma que toda a equipe clínica tenha um norte claro e natural de atuação.

Dessa maneira, a agenda médica precisa se adequar à realidade do médico e às suas demandas.

Sendo assim, é preciso que os horários sejam flexíveis para receber alterações e novos retornos. Assim como tenham turnos bem definidos, a possibilidade de estender ou diminuir as consultas de acordo com a situação de cada paciente, e assim por diante.

Para que isso seja possível, o ideal é reconhecer se existem pacientes mais frequentes que os outros. Ou seja, observar se alguns demandam atenção mais plena, se os retornos de consultas podem ser mais curtos, entre outros aspectos relacionados.  

Portanto, uma boa agenda médica é aquela que alinha as consultas, os retornos, exames e demais procedimentos em prol de uma organização concisa e que permita o melhor desempenho na rotina médica!

Por que a telemedicina é vantajosa para o retorno de consulta?

Como mencionamos até aqui, o retorno de consulta é de suma importância para os pacientes e deve ser feito para garantir o acompanhamento e os resultados esperados nos tratamentos.

Muitas vezes, quando não há necessidade de nova anamnese ou qualquer intervenção física, esse retorno pode ser feito à distância, por meio da Telemedicina.

Seja por atendimento telefônico ou videochamadas, a medicina remota elimina barreiras físicas, garante mais viabilidade para a continuidade dos tratamentos e facilita significativamente a vida de médicos e pacientes.

Por que a telemedicina é vantajosa para o retorno de consulta?

Entre os principais benefícios da Telemedicina para o retorno de consulta, destacam-se:

Atendimento ágil

Enquanto o retorno de consulta comum exige maior disponibilidade de agenda, é mais demorado e demanda deslocamentos dos pacientes, a Telemedicina é rápida e prática.

Para se ter uma ideia, segundo levantamento do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, 80,7% dos pacientes atendidos via Teleconsulta nos EUA reduziram a distância percorrida para terem acesso a uma consulta médica.

Sem abrir mão da qualidade necessária para os atendimentos e dos princípios que norteiam a medicina, as consultas podem ser feitas de maneira mais breve em uma  plataforma.

Com a agilidade do retorno e a possibilidade de ser atendido onde quiser ou precisar, o paciente não só otimiza sua rotina de tratamento, como também economiza com transporte ou períodos perdidos de trabalho, por exemplo.

Redução de custos

Por falar em economia, quando os pacientes poupam nos tratamentos, eles podem investir em novas abordagens e na medicina preventiva, ampliando sua qualidade de vida, bem-estar e segurança.

Nesse sentido, as clínicas, hospitais e outros pontos de atendimento também poupam recursos. Uma vez que os gastos com infraestrutura são menores, já que não há necessidade de espaço físico e pessoal para receber um grande volume de pacientes.

Mais acessibilidade

A Telemedicina se destaca por sua acessibilidade, e essa característica tem destaque especial em relação ao retorno de consulta.

Sem a necessidade de deslocamentos e com todos os recursos necessários para prestar bons atendimentos à distância, o acesso à medicina pode ser ampliado significativamente.

Com a única exigência de utilizar a internet, consultas podem ser realizadas mesmo em locais sem acesso geográfico ou por pacientes que não podem se dirigir ao consultório.

Mais que melhorar a relação com os pacientes, essa característica proporciona que todos tenham um retorno de consulta adequado, não importa quais sejam suas limitações geográficas.

Mais segurança

Antes mesmo do retorno de consulta, é comum que os pacientes e médicos tenham contatos informais, seja para tirar dúvidas, obter mais informações, ou outras situações semelhantes.

Na era digital, isso tornou- se muito comum através de aplicativos como o WhatsApp e Telegram. Desta forma, os médicos disponibilizam seus números para que os pacientes enviem suas eventuais questões.

Por mais que esse tipo de contato seja importante, ele não é necessariamente seguro ou alinhado às exigências do Conselho Federal de Medicina.

A Lei Geral de Proteção de Dados também é muito importante nesse sentido, afinal, dados médicos representam informações sensíveis e muito pessoais dos indivíduos, que precisam ser protegidas nos prontuários e nos próprios meios de comunicação.

Assim, a Telemedicina também se destaca por sua segurança, já que as plataformas utilizadas nela são desenvolvidas segundo todos os padrões regulatórios exigidos para qualquer consulta.

Melhora na experiência

Quando o retorno de consulta é mais rápido, barato, acessível e seguro, os pacientes passam a valorizar muito mais os serviços oferecidos pelo médico.

Isso tem impacto direto na fidelização das pessoas, que vão manter seus tratamentos na mesma instituição e valorizar o apoio fornecido pelos especialistas.

Além disso, a experiência positiva também contribui para que novos pacientes sejam atraídos pelas indicações daqueles que já estão satisfeitos.

Conclusão

Mais que respeitar as orientações dos órgãos competentes e garantir uma boa organização da agenda médica, o retorno de consulta exige alguns cuidados especiais.

Para que ele seja eficiente e alinhado às demandas dos pacientes, os médicos precisam adotar modelos de organização que favoreçam a continuidade dos tratamentos.

Nesse sentido, a Telemedicina tem destaque especial, já que agrega mais rapidez, economia, agilidade e acessibilidade para qualquer retorno de consulta que não exija intervenções presenciais.

Com todas essas características, as teleconsultas também geram mais satisfação e qualidade aos pacientes, que têm seus tratamentos favorecidos no processo.

Já para os médicos, todos esses benefícios também são garantidos, ao mesmo tempo em que eles melhoram sua relação e suas oportunidades junto aos clientes.

O ideal é que esse tipo de modalidade seja realizada em plataformas adequadas e que disponham de toda a segurança necessária para os envolvidos.

Isso porque, mais que excelência nos tratamentos e cuidado com os pacientes, a clínica ou hospital também precisa estar alinhada às exigências legais da área.

Quer usufruir de todas essas vantagens com a plataforma que é referência no assunto? 

Com a solução da Telemedicina Morsch, você conta com as principais especialidades médicas disponíveis para marcação de consultas.

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin