Robôs na medicina ajudam profissionais e qualificam assistência
A ideia de criar e inserir robôs na medicina era algo distante até poucas décadas atrás.
Apesar de o tema aparecer com frequência em livros e produções de Hollywood, o uso dessas máquinas na área médica ficava muito mais no campo da imaginação humana do que no da realidade.
No entanto, o aprimoramento de hardwares e softwares, além do desenvolvimento e da popularização da internet, aceleraram a troca de conhecimento e o progresso.
Um dos resultados foi o surgimento de robôs capazes de realizar tarefas minuciosas.
Hoje, já encontramos algumas dessas máquinas operando pacientes.
Isso ocorre mesmo em hospitais brasileiros, com altas taxas de sucesso.
O que será que o futuro nos reserva?
E como começar a aproveitar esses benefícios de forma mais democrática, em clínicas e hospitais?
Falo sobre essas e outras questões nos próximos tópicos, apresentando um panorama completo sobre a atuação de robôs na medicina.
Vamos em frente?
Robôs na medicina: realidade ou ficção?
Essa é uma discussão e tanto e que pode ter respostas diversas.
Mas adianto que tecnologias bem semelhantes aos robôs já marcam presença na medicina atual.
O que talvez ainda não esteja claro é se podem, de fato, ser chamadas de robôs, porque elas não têm autonomia total.
Ou seja, ainda dependem de comandos dos humanos para executar atividades médicas.
Então, se você considerar que um robô deve agir por conta própria, ainda não chegamos lá.
Porém, posso afirmar que estamos perto.
Exemplo desse progresso é o robô Da Vinci, que faz parte da rotina de atendimentos complexos em hospitais brasileiros.
A máquina funciona a partir de botões acionados por cirurgiões, com o diferencial de ser muito mais precisa, fazer incisões mínimas e não tremer.
Essa eficiência se traduz em números expressivos, com mais de 1 milhão de cirurgias robóticas realizadas somente em 2020 em todo o mundo.
No total, os robôs fizeram 8,5 milhões de cirurgias desde a década de 1990, quando foram introduzidos na área médica, sendo que 15 mil desses procedimentos ocorreram no Brasil.
Além disso, abordagens que requerem menos movimentos e mais análise se encontram ainda mais evoluídas com o auxílio da robótica.
Um exemplo foi relatado recentemente na revista médica The Lancet, por meio de um estudo que usou inteligência artificial para identificar e aferir o grau de agressividade do câncer de próstata.
Depois de avaliar amostras retiradas por biópsia, o software teve sucesso na detecção de 97% dos casos de câncer.
Então, não seria exagero dizer que podemos esperar grandes coisas em um futuro próximo.
O que fazem os robôs que ajudam na medicina
Os robôs desempenham diferentes funções na medicina, de acordo com seus objetivos e ferramentas.
Mas, de modo geral, eles recebem comandos de estações ou até por controle remoto, executando-os imediatamente.
Nesse contexto, seu uso proporciona maior conforto ao paciente e aos profissionais de saúde, além de qualidade no atendimento.
A seguir, conheça atividades que os robôs são capazes de executar atualmente.
Realizam pequenas incisões para cirurgias
A robótica auxilia na laparoscopia, que é uma técnica minimamente invasiva.
Graças à precisão dos movimentos de braços robóticos, é possível fazer incisões muito pequenas para alcançar partes específicas rapidamente.
Assim, a operação é feita com maior segurança, especificidade e tempo de recuperação menor.
Levam instrumentos cirúrgicos para dentro do corpo do paciente
Pinças e outros instrumentos são inseridos após a laparoscopia, ou mesmo por alguma cavidade do corpo, a fim de viabilizar as cirurgias.
Essa é outra tarefa executada por máquinas na medicina.
Humanizam o atendimento a distância
Alguns robôs agregam qualidade aos cuidados médicos a distância, prestando assistência em casos especiais.
Fazendo movimentos e possibilitando conversas, eles fazem o papel do médico quando existe o risco de contágio por doenças infecciosas, por exemplo.
Analisam grandes quantidades de dados
A coleta, armazenamento e análise de quantidades maciças de dados (big data) é uma atividade feita com maestria pelos robôs.
Munidos de inteligência artificial, eles são capazes de avaliar, agrupar e classificar os dados, dando suporte para que apoiem decisões assertivas.
Fazem comparações
Lembra o programa que identifica casos de câncer de próstata?
Essa é uma função realizada por meio do aprendizado de máquina (machine learning), que permite comparações e reconhecimento de padrões em meio aos dados.
Intermediam conversas
Existem robôs criados para possibilitar um nível superior de telepresença, fazendo o papel do médico que se encontra em um local distante do paciente.
Para tanto, essas máquinas transmitem mensagens em áudio e vídeo e executam movimentos.
Exemplos de uso de robôs na medicina
Para este tópico, reuni quatro exemplos reais do emprego de robôs na medicina.
Alguns ainda são experimentais, enquanto outros estão disponíveis em serviços de saúde modernos.
Na realização de cirurgias
Mais acima, mencionei o robô Da Vinci, que ganhou fama pela realização de milhões de cirurgias em todo o mundo.
Formada por 4 braços robóticos, a máquina chegou ao país em 2008 e, desde então, já prestou serviços em pelo menos três unidades de saúde.
Ao contrário do que se imagina, Da Vinci é controlado por um joystick com formato de dedais.
É assim que ele recebe os comandos para que utilize um ou mais braços, com um ou mais instrumentos cirúrgicos.
Durante as operações, a equipe (humana) de cirurgia tem acesso às vantagens da tecnologia, que proporciona visão ampliada em 15 vezes e com 3 dimensões distintas.
Não é à toa que o robô vem colaborando para popularizar a telecirurgia.
Na teleconsulta
Outro robô chamado RP-7 se destaca por preservar a saúde dos médicos, representando os profissionais durante a teleconsulta.
Ele estende a experiência remota ao permitir uma espécie de avaliação física, se movendo e tendo contato com o paciente para captar informações de interesse.
O RP-7 também pode interagir com outros profissionais e equipes médicas.
No tratamento com antibióticos
Faz alguns anos que engenheiros biomédicos da Universidade da Califórnia criaram um micro robô que consegue transportar medicamentos pelo organismo do paciente.
Em seu estudo, as máquinas foram capazes de espalhar antibióticos pelo corpo, alcançando partes específicas para ajudar na cura.
Os resultados foram animadores para o paciente, que sofria com uma úlcera causada pela bactéria Helicobacter pylori.
Embora ainda não esteja disponível ao público, essa tecnologia é promissora, em especial porque aumenta a eficácia do tratamento e diminui efeitos colaterais como náuseas e dores de cabeça.
Na comunicação
Não podemos esquecer da importância de uma comunicação ágil para o sucesso dos cuidados médicos.
Nesse sentido, faz a diferença contar com robô Double, que se move até o local determinado para permitir conversas instantâneas.
Ele possui recursos de vídeo e áudio para qualificar a comunicação.
Futuro da robótica na medicina: o que esperar?
É inegável o progresso que a robótica tem proporcionado à saúde.
Portanto, faz sentido apostar na continuidade da evolução dessas áreas em conjunto, com cada vez mais robôs na medicina.
Eles vão contribuir tanto para qualificar o diagnóstico e o tratamento quanto para reforçar a prevenção de doenças.
No campo do diagnóstico e tratamento, as telecirurgias deverão continuar se expandindo, possibilitando operações conduzidas por cirurgiões a distância.
Em artigo, o urologista, especialista em cirurgia robótica e professor André Berger reflete que “inovação e saúde nadam na mesma raia, são parceiras.”
“Não podemos encarar a tecnologia como inimiga do nosso ofício. Além de tornar os procedimentos menos invasivos, ela pode trazer mais precisão no diagnóstico e no tratamento e trazer mais qualidade de vida ao paciente.”
Robótica na prevenção e individualização de tratamentos
Com ampla capacidade de coleta e análise de dados, as máquinas oferecem pontos de partida interessantes para medidas preventivas personalizadas.
Sabendo que diferentes organismos reagem de modo distinto a nutrientes, exercícios e medicamentos, fica mais simples recomendar as melhores atividades preventivas.
Sem contar as terapias customizadas, com o potencial de diminuir o tempo de recuperação e sequelas nos pacientes.
Esses resultados logo serão reais, principalmente porque vertentes como a farmacogenômica já têm combinado conhecimento genético à inteligência artificial e robótica.
Conforme conclui, em artigo, o médico Julio Licinio, da Universidade da Califórnia:
“A farmacogenômica tem o potencial de individualizar o tratamento farmacológico e de descobrir novos alvos terapêuticos para o desenvolvimento de novas classes de drogas. Tais avanços repercutirão imensamente na prática e no ensino da medicina e também afetarão de maneira profunda os aspectos éticos, econômicos e legais da profissão.”
Claro que há grandes desafios para a popularização de inovações como os microrrobôs, que não devem ser reconhecidos como invasores pelo sistema imunológico humano.
Em entrevista, Thomas E. Mallouk, diretor associado do Center for Nanoscale Science da Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA), comenta que:
“As aplicações biomédicas ainda estão engatinhando. As fases dos testes clínicos para novas aplicações in vivo levam muitos anos. Mas o desenvolvimento de pequenos e grandes microrrobôs é promissor.”
O especialista acredita que logo veremos mais inovações robóticas aplicadas a tratamentos médicos minimamente invasivos.
Robô médico vai substituir profissionais de saúde?
Essa é uma dúvida que assola muitos profissionais e até gestores da área da saúde.
Afinal, para que contratar humanos se os robôs são incansáveis, não têm exigências trabalhistas e praticamente não erram?
A resposta está exatamente no fator humano e na valorização do atendimento humanizado.
Apesar de as máquinas serem bastante eficientes, somente pessoas sabem como acolher e cuidar para construir uma experiência positiva.
Em especial durante momentos de fragilidade, como na descoberta de uma doença grave.
A chave, então, está na empatia – competência cada vez mais necessária atualmente.
Contudo, é inevitável que as tarefas operacionais sejam realizadas por robôs, exigindo capacitação das equipes médicas para não ficarem para trás.
Médicos, enfermeiros e outros profissionais deverão estar aptos a compreender, adaptar e controlar máquinas inteligentes.
Isso porque a tendência é que os humanos continuem supervisionando as ações robóticas, a fim de que sejam empregadas para aumentar a eficiência e o conforto das pessoas.
Nesse cenário, em vez de temer ou competir com os avanços tecnológicos, é inteligente tirar o melhor proveito possível deles.
Robôs na medicina e outras tecnologias
Ter a tecnologia como aliada ajuda a entregar serviços de qualidade com eficiência, ou seja, a fazer mais com menos recursos.
É verdade que aderir a essas inovações pode pedir um investimento inicial, porém, esse valor logo é recuperado e sustenta o aumento dos lucros.
Esse raciocínio vale tanto para a robótica quanto para tecnologias mais acessíveis hoje em dia, como os softwares médicos.
Esses sistemas servem para digitalizar consultórios, clínicas e hospitais, otimizando a rotina.
Tarefas como a marcação de consultas, preenchimento do prontuário digital e entrega de laudos de exames se tornam mais organizadas com essas tecnologias.
Com o suporte de uma plataforma de telemedicina, por exemplo, seu negócio pode ampliar a oferta de testes de diagnóstico por imagem, sem precisar investir em uma equipe de especialistas.
Sendo parceiro da Morsch, é possível treinar técnicos de radiologia e enfermagem para realizar exames como o eletrocardiograma e a espirometria em um aparelho digital.
O equipamento envia os registros coletados para nosso sistema, disponibilizando imagens e gráficos para a nossa equipe de especialistas de plantão.
Eles avaliam os achados sob a luz da suspeita clínica e histórico do paciente, interpretando o teste e elaborando o laudo online em minutos.
Assim, sua equipe e pacientes têm acesso a laudos médicos rapidamente, o que favorece o início de um tratamento.
Caso não tenha aparelhos médicos para os exames, a plataforma permite o aluguel em comodato.
Funciona assim: pagando uma mensalidade única, você recebe um pacote de laudos mensal e utiliza equipamentos modernos enquanto contratar o serviço.
Na Morsch, também ofertamos:
- Teleconsulta para atender pacientes por videoconferência
- Teleconsultoria, que é a troca de conhecimentos entre profissionais de saúde, mediada por tecnologias da informação e comunicação (TIC).
Conclusão
A presença de robôs na medicina agrega agilidade e diminui erros, favorecendo a prevenção de doenças ou complicações em seu tratamento.
Nesse cenário, a robótica se torna uma forte aliada na qualificação da assistência, apoiando decisões mais assertivas nas unidades de saúde.
Enquanto o acesso aos robôs não se populariza, sua equipe pode tomar à frente e aderir a tecnologias que facilitam a gestão e o atendimento médico, como a telemedicina.
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