Inovação em saúde: entenda a importância e veja 15 soluções inovadoras

A inovação em saúde é um campo em expansão, com possibilidades promissoras.
Isso porque tecnologias atuais e futuras podem ser aplicadas no dia a dia de clínicas, consultórios e hospitais, qualificando o cuidado ao paciente.
Assim como em outros setores, as empresas que apostam em inovação na saúde saem em vantagem em um mercado cada vez mais competitivo.
Mesmo profissionais e gestores de pequenas clínicas podem se beneficiar nesse cenário.
Para isso, no entanto, conhecer ferramentas já disponíveis e o seu potencial é imprescindível.

Se você procura informações sobre as novas tecnologias na saúde e quer saber o que esperar das inovações para os próximos anos, siga com a leitura.
Você vai conhecer diversas soluções para otimizar a rotina, incluindo a telemedicina.
O que é inovação em saúde?
A inovação em saúde engloba as ferramentas, metodologias e tecnologias que melhoram a eficiência dos produtos e serviços de saúde.
Essas inovações foram sempre marcantes ao longo da nossa história.
Hoje, por exemplo, um transplante de rim ou de córnea pode soar como algo comum, mas esse é um tipo de procedimento que a humanidade sequer imaginava até boa parte do século XX.

A primeira tentativa de transplante de órgãos entre humanos foi registrada em 1933, quando o cirurgião ucraniano Yurii Voronoy buscou um tratamento alternativo para um quadro de insuficiência renal grave.
O experimento não obteve sucesso, mas abriu um precedente para que, nos anos 1950, órgãos pudessem ser transplantados com segurança, sendo a rejeição combatida através de drogas imunossupressoras.
Avanços nesse campo continuam e, em breve, cientistas esperam gerar órgãos eficientes com o auxílio de impressoras 3D.
O mesmo raciocínio vale para outros segmentos da saúde, que serão transformados por inovações.
Algumas delas, como a telemedicina online e a inteligência artificial, já são realidade em estabelecimentos de diversos países, incluindo serviços no Brasil.
Vantagens da inovação em saúde
As inovações na área da saúde representam uma série de benefícios, tanto para os profissionais do setor quanto para pacientes e a sociedade em geral.
A seguir, conheças as principais vantagens:
- Redução nos custos: com base em novas tecnologias, é preciso menor investimento para prevenção, consultas, exames e tratamentos. Um exemplo é o uso da internet para o compartilhamento de arquivos, o que reduz ou até elimina a necessidade de deslocamentos frequentes
- Monitoramento remoto de pacientes: já acontece mesmo em tempo real, graças à internet
- Otimização do tempo: inovações como as cirurgias robóticas (minimamente invasivas) resultam em menor tempo de operação e cicatrizes reduzidas. Assim, o paciente precisa de um período menor para recuperação
- Maior produtividade: equipes que contam com tecnologias inovadoras podem deixar de lado tarefas repetitivas e se dedicar a ações técnicas ou estratégicas
- Simplicidade: ferramentas inovativas são construídas para realizar atividades complexas automaticamente, facilitando sua compreensão e manuseio
- Maior conveniência: dispositivos têm sido desenvolvidos, por exemplo, para permitir que pacientes realizem seu tratamento fora dos estabelecimentos de saúde
- Autonomia do paciente: wearables e aplicativos permitem que as pessoas monitorem suas condições de saúde e realizem atividades para ter mais qualidade de vida. É o caso de diabéticos, que podem reduzir a taxa de açúcar no sangue a partir de uma dieta equilibrada.
Na sequência, listo tendências de inovação em saúde que você precisa conhecer.
15 tendências da inovação em saúde
Neste tópico, apresento algumas tecnologias que deverão fazer parte da medicina do futuro.
Algumas delas já são realidade em hospitais e clínicas, enquanto outras se encontram em fase experimental.

Confira, a seguir, tendências que focam na medicina preventiva, além da análise de informações para um atendimento humanizado e tratamento personalizado, visando dar mais qualidade de vida ao paciente.
1. Big data na saúde
Big data é um termo que se refere à coleta e processamento de quantidades maciças de dados, promovendo mudanças nas formas tradicionais de análise de dados.
No Brasil, bancos de dados conectados já são utilizados com sucesso pelo Ministério da Saúde.
Eles unem informações importantes, permitindo a avaliação e estimativas que servem como base para programas de prevenção e rastreamento de patologias e fatores de risco.
O Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o Cartão Nacional de Saúde (CNS) são alguns exemplos.
Outra aplicação relevante ocorre na medicina de precisão, que tem como objetivo personalizar tratamentos para que se tornem mais eficazes.
O uso de big data é essencial para formar e integrar bases de dados imensas, permitindo sua comparação e o cruzamento de informações para ampliar o tamanho das amostras em pesquisas científicas sobre medicamentos e tratamentos.
Num futuro breve, será possível identificar, por exemplo, se uma medicação com determinado princípio ativo combate a enxaqueca em mulheres com mais de 40 anos.
As abordagens não serão mais decididas a partir de porcentagens superficiais, e sim de perfis próximos aos dos pacientes.

As inovações na área da saúde representam uma série de benefícios para os profissionais e pacientes
2. Telemedicina
Essa especialidade usa tecnologias da informação e comunicação para o compartilhamento de informações entre profissionais de saúde e pacientes.
Atualmente, a telemedicina conecta médicos a pacientes em todo o mundo, democratizando o acesso a consultas e a exames de qualidade.
Uma iniciativa importante foi criada na Universidade do Arkansas, Estados Unidos, para atender mulheres com gravidez de alto risco que vivem em regiões rurais.
Por estarem em locais remotos, essas pacientes teriam que percorrer longas distâncias para realizar o pré-natal adequado.
Mas, com a telemedicina, passaram a receber orientações médicas online, reduzindo as taxas de mortalidade.
A telemedicina ainda pode ser utilizada para a emissão de laudos online, segunda opinião médica e outros serviços.
3. Realidade virtual na saúde
A Organização Mundial de Saúde estima que 700 mil pessoas morram por suicídio todos os anos.
O evento tem relação estreita com as doenças mentais, muitas vezes negligenciadas e estigmatizadas.
Embora uma em cada 10 pessoas no mundo precise de cuidados de saúde mental em algum período da vida, países de baixa renda contam apenas com dois profissionais do setor por cada 100 mil habitantes.
O uso da realidade virtual (em inglês, virtual reality ou VR) pode ser uma alternativa para o atendimento dessas populações.
Bastante comum em videogames, VR é uma tecnologia imersiva que projeta um cenário virtual com o qual as pessoas podem interagir.

Recentemente, uma equipe de pesquisadores europeus utilizou essa ferramenta para tratar o medo de altura de um grupo de pacientes.
Digitalmente, eles passaram por sessões de orientação e foram conduzidos a cenários nos quais eram estimulados a superar a fobia.
No final do experimento, 34 dos 49 participantes progrediram, enquanto 100% do grupo de controle continuou com o mesmo nível de fobia de altura.
Os resultados deram fôlego para que os pesquisadores estendam a metodologia ao tratamento de pacientes com depressão ou níveis altos de ansiedade.
4. Internet das Coisas na saúde
A Internet das Coisas (IoT) faz referência ao universo de objetos conectados à rede.
Em um futuro próximo, a expectativa é que a maioria dos objetos de uso comum tenham essa capacidade, dando origem a uma maior comodidade em residências, empresas e locais públicos.
A casa de um idoso, por exemplo, poderá contar com sensores no chão para identificar quedas e notificar cuidadores, familiares ou até serviços de emergência, como o SAMU.
Essa realidade se aproxima à medida em que se popularizam os wearables – dispositivos vestíveis que coletam informações de forma autônoma.
Um indivíduo com pressão alta pode usar um relógio para colher e armazenar informações sobre a pressão sanguínea, frequência cardíaca e outras.
Compartilhando esses dados com seu médico, será possível controlar melhor a pressão, prevenindo eventos agudos e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
5. Blockchain para cuidados de saúde
É incontestável a utilidade dos bancos de dados em saúde.
Porém, ainda existem barreiras para a confiabilidade e permissão de acesso às informações de pacientes.
Esse quadro deverá ser superado com o auxílio do blockchain, um sistema descentralizado para registro e arquivamento de dados.
A tecnologia envolvida nele não permite que usuários alterem informações inseridas anteriormente, preservando os registros originais e aumentando a credibilidade.
Por evitar fraudes em bancos de dados, o blockchain poderá dar base a registros fidedignos sobre os pacientes, acabando com a contestação de diagnósticos e repetição de procedimentos médicos.
Outra vantagem será a restrição dos dados compartilhados, que poderá ficar nas mãos do paciente.
Ao consultar um ginecologista, por exemplo, uma mulher não precisará mostrar todo o seu histórico ginecológico.
A possibilidade de acessar apenas alguns blocos de informação também será importante para pesquisas, uma vez que cientistas poderão visualizar dados de voluntários anônimos.
6. Inteligência artificial na saúde
No campo que reúne as iniciativas feitas por máquinas e inteligência artificial, também há estudos promissores.
Um deles, realizado com dados do World Mental Health de 24 países, resultou na identificação de 20 grupos de risco para o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

Técnicas de machine learning, ou aprendizado de máquina, foram aplicadas para construir um algoritmo capaz de selecionar perfis que teriam mais chances de desenvolver a doença.
No grupo classificado pelo algoritmo como o de maior risco, mais da metade dos indivíduos apresentaram TEPT.
Quando apoiados por big data e conceitos científicos, os cálculos realizados pelas máquinas se tornam ainda mais certeiros, chegando a detectar anomalias e até patologias.
Na Universidade de Stanford, estudiosos criaram um algoritmo tão eficaz quanto os dermatologistas na detecção de câncer de pele.
7. Impressão 3D
Parece obra de ficção, mas fabricantes já estão produzindo pâncreas artificiais capazes de substituir o órgão original sem prejuízos ao paciente.
Pelo contrário, o pâncreas projetado e impresso em 3D é capaz de melhorar o funcionamento do organismo, eliminando males como o diabetes tipo 1.
A doença é provocada por uma deficiência na produção de insulina. Portanto, implantar um pâncreas com essa capacidade resolveria o problema.
Nos próximos anos, a tecnologia deverá se estender a outros órgãos.
8. Biossensores e rastreadores
Comparando dados de pacientes a materiais de reconhecimento biológico, os biossensores e rastreadores analisam as condições de saúde, auxiliando na detecção de doenças.
Nos Estados Unidos, são usados há alguns anos para acompanhamento de sintomas em pacientes com males como hepatite C e aids, além de medir a taxa de álcool ou oxigênio no sangue.
Pequenos e portáteis, esses equipamentos apresentam potencial para a identificação de patologias infecciosas, o que levou uma equipe de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) a trabalhar num biossensor para o diagnóstico da dengue.
O dispositivo poderá tornar o diagnóstico da doença mais rápido, por meio da identificação da proteína NS1, presente na corrente sanguínea poucos dias após a infecção pelo vírus.
9. Medicina genômica
O conhecimento do genoma humano pode culminar em avanços relevantes no enfrentamento de doenças graves, como a malária, câncer e patologias com componentes genéticos.
Tanto é assim que alguns países investem na genômica para investigar relações entre alterações genéticas e patologias, criando políticas públicas para minimizar esses problemas.
O uso de informação genética também serve para prevenir doenças.
No entanto, a possibilidade de melhoramento genético ainda precisa superar barreiras éticas.
10. Robótica na saúde
Muitas são as aplicações viabilizadas pelo uso de robôs, mas quero destacar a cirurgia robótica.
Essa modalidade emprega um braço robótico comandado por um cirurgião qualificado, que pode estar presente no hospital ou realizar a cirurgia a distância.
O uso do robô aumenta a precisão das incisões, reduzindo a morbidade no pós-cirúrgico.
Além de diminuir a fadiga decorrente do esforço realizado pela equipe médica.

11. Farmacogenômica
A farmacogenômica é o estudo de como a variabilidade genética de uma pessoa influencia sua resposta a medicamentos.
Essa área da ciência combina farmacologia e genômica para personalizar tratamentos, ajudando a prever quais medicamentos serão mais eficazes ou terão menos efeitos colaterais para um indivíduo.
A partir desses conhecimentos, é possível identificar perfis de pacientes e sua reação a determinados medicamentos, formulando tratamentos customizados.
Nesse contexto, a farmacogenômica integra as soluções de medicina personalizada que vêm ganhando popularidade nos últimos anos.
Ela é especialmente útil em áreas como oncologia, psiquiatria e doenças crônicas.
12. Nanotecnologia em tratamentos médicos
Área que disponibiliza itens como os nanorrobôs, a nanotecnologia permite a criação de tratamentos minuciosos, a exemplo da liberação de fármacos diretamente em uma região do organismo.
Uma pesquisa recentemente conduzida na Universidade Estadual do Arizona, em colaboração com o Centro Nacional de Nanociência e Tecnologia da China, utilizou nanorobôs para destruir células de câncer em ratos.
Eles foram bastante eficazes ao cortar o suprimento de sangue para as células doentes, sem prejudicar as saudáveis – o que poderá embasar terapias menos agressivas a pacientes com câncer em breve.
13. Terapias baseadas em células-tronco
A terapia com células-tronco vem sendo empregada com diferentes finalidades, a exemplo da correção de defeitos ósseos e de tecidos moles, bem como a cicatrização de feridas complicadas por isquemia, como as feridas diabéticas.
Embora ainda estejam em fase inicial, algumas dessas soluções foram aprovadas em países como os Estados Unidos, que as autorizam para tratar certos tipos de câncer, retração gengival, degeneração de cartilagens e atrofia muscular espinhal.
14. Terapias baseadas em microbiomas
Também em fase experimental, terapias que utilizam as funções de comunidades de microrganismos em prol da saúde são promissoras.
Nesse cenário, são levantadas possibilidades de terapias inovadoras para transtornos psíquicos, condições de pele como a dermatite atópica, acne e cicatrização tardia, entre outras.
15. Terapias baseadas em CRISPR
CRISPR é uma ferramenta de edição genética que tem sido estudada em diversos países.
Criada em 2012, ela viabiliza a terapia gênica, empregada para substituir, suplementar ou modificar genes que causam mutações patológicas.
Um estudo publicado no New England Journal of Medicine evidenciou resultados animadores com a aplicação da técnica CRISPR para tratar degenerações retinianas hereditárias em 14 voluntários, com a maioria relatando melhora na visão.

A telemedicina conecta médicos a pacientes em todo o mundo, democratizando o acesso
Quais os desafios da inovação em saúde no Brasil?
Embora tenha grande potencial, o Brasil ocupa a 64ª posição no Índice Global de Inovação (IGI), entre 126 países.
Essa colocação reflete entraves como as desigualdades regionais.
O problema aparece principalmente na concentração de centros tecnológicos em centros urbanos das Regiões Sudeste e Sul, enquanto as demais sofrem com a carência de instituições e profissionais qualificados.
Segundo este relatório elaborado pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), também há falta de conhecimento sobre os gargalos na saúde, uma vez que não há ferramentas suficientes para coletar dados e reconhecer os problemas.
Entraves para a troca de experiências entre os pólos tecnológicos e para escalar inovações, e a necessidade de maior regulação são outros desafios importantes.

Telemedicina Morsch como parceira da inovação em saúde
Dentre as inovações na área da saúde que você conheceu ao longo do artigo, podemos destacar a telemedicina, que já é uma realidade para clínicas, consultórios e hospitais em todo o Brasil.
Especialidades como radiologia, pneumologia, cardiologia e neurologia podem se beneficiar dessa ferramenta, que confere agilidade à emissão de laudos.
Basta que exames complementares sejam feitos com um aparelho digital e compartilhados via plataforma de telemedicina.
Em seguida, especialistas acessam os dados de maneira segura – portando login e senha -, interpretam os registros e produzem o laudo a distância.
A estrutura da Telemedicina Morsch possibilita que os documentos sejam assinados digitalmente e fiquem disponíveis em poucos minutos.
Urgências são avaliadas em tempo real, eliminando filas de espera por resultados.
A telemedicina ainda elimina a necessidade de se manter diversos especialistas em uma unidade de saúde, o que resulta em economia de custos com contratação, salários, etc.
Leve toda a inovação da telemedicina para sua empresa, clicando aqui!
Conclusão
Investir em inovação em saúde é vantajoso e agrega valor a qualquer estabelecimento da área.
Sua equipe pode aproveitar esse benefícios utilizando as tecnologias acessíveis, como soluções de telediagnóstico para otimizar a entrega dos laudos médicos.
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