9 novas tecnologias na área da saúde e suas implicações
A inovação na área da saúde é um campo em expansão, com possibilidades muito promissoras.
Isso porque tecnologias atuais e futuras podem ser aplicadas no dia a dia de clínicas, consultórios e hospitais, melhorando a qualidade dos cuidados ao paciente.
Assim como em outros setores, as empresas que apostam em inovação na saúde saem em vantagem em um mercado cada vez mais competitivo.
Mesmo profissionais e gestores de pequenas unidades podem se beneficiar nesse cenário. Para isso, no entanto, conhecer ferramentas já disponíveis e o seu potencial é imprescindível.
Se você procura informações sobre as novas tecnologias na área da saúde e quer saber o que esperar das inovações em clínicas para 2019 e anos seguintes, siga a leitura.
Inovação na área da saúde: o futuro da medicina
As inovações na área da saúde foram sempre marcantes ao longo da nossa história.
Hoje, por exemplo, um transplante de rim ou de córnea pode soar como algo banal, mas esse é um tipo de procedimento que a humanidade sequer imaginava até boa parte do século XX.
A primeira tentativa de transplante de órgãos entre humanos foi registrada em 1933, quando o cirurgião ucraniano Yurii Voronoy buscou um tratamento alternativo para um quadro de insuficiência renal grave.
O experimento não obteve sucesso, mas abriu um precedente para que, nos anos 1950, órgãos pudessem ser transplantados com segurança, sendo a rejeição combatida através de drogas imunossupressoras.
Avanços nesse campo continuam e, em breve, cientistas esperam gerar órgãos eficientes com o auxílio de impressoras 3D.
O mesmo raciocínio vale para outros segmentos da saúde, que serão transformados por inovações.
Algumas delas, como a telemedicina e a inteligência artificial, já são realidade em unidades de diversos países, incluindo serviços no Brasil.
Vantagens da inovação na área da saúde
As inovações na área da saúde representam uma série de benefícios, tanto para os profissionais do setor quanto para pacientes e a sociedade em geral.
A seguir, conheças as principais vantagens:
- Redução nos custos: com base em novas tecnologias, é preciso menor investimento para prevenção, consultas, exames e tratamentos. Um exemplo é o uso da internet para o compartilhamento de arquivos, o que reduz ou até elimina a necessidade de deslocamentos frequentes
- Monitoramento remoto de pacientes: já acontece mesmo em tempo real, graças à internet
- Diminuição do tempo: inovações como as cirurgias robóticas (minimamente invasivas) resultam em menor tempo de operação e cicatrizes reduzidas. Assim, o paciente precisa de um período menor para recuperação
- Maior produtividade: equipes que contam com tecnologias inovadoras podem deixar de lado tarefas repetitivas e se dedicar a ações técnicas ou estratégicas
- Simplicidade: ferramentas inovativas são construídas para realizar atividades complexas automaticamente, facilitando sua compreensão e manuseio
- Maior conveniência: dispositivos têm sido desenvolvidos, por exemplo, para permitir que pacientes realizem seu tratamento fora dos estabelecimentos de saúde
- Autonomia do paciente: wearables e aplicativos permitem que as pessoas monitorem suas condições de saúde e realizem atividades para melhorar a qualidade de vida. É o caso de diabéticos, que podem reduzir a taxa de açúcar no sangue a partir de uma dieta equilibrada.
Novas tendências e tecnologias na área da saúde
Como serviço essencial para uma vida digna, a saúde evolui a partir de comportamentos e mudanças na sociedade.
Uma das mais expressivas está na idade da população, o que implica em diferentes necessidades e cuidados.
Estimativas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que a população de idosos vai triplicar nas próximas décadas, passando de 19,6 milhões (10% do total), em 2010, para 66,5 milhões de pessoas em 2050 (29,3% do total).
Essa mudança no perfil populacional pede um novo olhar sobre as prioridades na área da saúde, transferindo o foco das doenças agudas e epidemiológicas para males crônicos, cardiovasculares e incapacidades.
Estudos constatam ainda que os brasileiros deverão buscar cada vez mais os serviços de saúde e que o período de ocupação dos leitos hospitalares será estendido.
Daí a necessidade de fortalecer uma abordagem preventiva, através da conscientização e adoção de hábitos mais saudáveis, a exemplo da prática de exercícios físicos regulares e uma dieta balanceada.
Inclusive, vale dizer que esse enfoque preventivo tem inspirado algumas inovações na área da saúde, como veremos a seguir..
Outras focam na análise de informações para um tratamento personalizado e humanizado, que agregue mais qualidade de vida ao paciente.
#1 Big data na saúde
Big data é um termo que se refere à coleta e uso de grande número de informações, promovendo mudanças nas formas tradicionais de análise de dados.
No Brasil, bancos de dados conectados já são utilizados com sucesso pelo Ministério da Saúde.
Eles unem informações importantes, permitindo a avaliação e estimativas que servem como base para programas de prevenção e rastreamento de patologias e fatores de risco.
O Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o cartão SUS são alguns exemplos.
Outra aplicação relevante ocorre na medicina de precisão, que tem como objetivo personalizar tratamentos para que se tornem mais eficazes.
Como explica este artigo sobre o uso de big data em saúde, de autoria de Alexandre Dias Porto Chiavegatto Filho, a tecnologia é essencial para formar e integrar bases de dados imensas, permitindo a sua comparação.
O big data permitirá o cruzamento de informações para ampliar o tamanho das amostras em pesquisas científicas sobre medicamentos e tratamentos.
Após algumas décadas, será possível identificar, por exemplo, se uma medicação com determinado princípio ativo combate a enxaqueca em mulheres com mais de 40 anos.
As abordagens não serão mais decididas a partir de porcentagens superficiais, e sim de perfis próximos aos dos pacientes.
#2 Telemedicina
Essa especialidade usa tecnologias da informação e comunicação para o compartilhamento de informações entre profissionais de saúde e pacientes.
Atualmente, a telemedicina conecta médicos a pacientes em todo o mundo, democratizando o acesso a consultas e a exames de qualidade.
Uma iniciativa importante foi criada na Universidade do Arkansas, Estados Unidos, para atender mulheres com gravidez de alto risco que vivem em regiões rurais.
Por estarem em locais remotos, essas pacientes teriam que percorrer longas distâncias para realizar o pré-natal adequado.
Mas, com a telemedicina, passaram a receber orientações médicas online, reduzindo as taxas de mortalidade.
No Brasil, o Ministério da Saúde e o Conselho Federal de Medicina exigem que o atendimento médico seja feito presencialmente.
No entanto, a telemedicina já é utilizada para a emissão de laudos médicos à distância e segunda opinião qualificada sobre diagnósticos.
#3 Realidade Virtual na saúde
A Organização de Saúde estima que 800 mil pessoas morram por suicídio todos os anos.
O evento tem relação estreita com os transtornos mentais, muitas vezes negligenciados e estigmatizados.
Embora uma em cada 10 pessoas no mundo precise de cuidados de saúde mental em algum período da vida, países de baixa renda contam apenas com dois profissionais do setor por cada 100 mil habitantes.
O uso da realidade virtual (em inglês, virtual reality ou VR) pode ser uma alternativa para o atendimento dessas populações.
Bastante comum em videogames, VR é uma tecnologia imersiva que projeta um cenário virtual com o qual as pessoas podem interagir.
Recentemente, uma equipe de pesquisadores europeus utilizou essa ferramenta para tratar o medo de altura de um grupo de pacientes.
Digitalmente, eles passaram por sessões de orientação e foram conduzidos a cenários nos quais eram estimulados a superar a fobia.
No final do experimento, 34 dos 49 participantes progrediram, enquanto 100% do grupo de controle continuou com o mesmo nível de fobia de altura.
Os resultados deram fôlego para que os pesquisadores estendam a metodologia ao tratamento de pacientes com depressão ou níveis altos de ansiedade.
#4 Internet das Coisas na saúde
A Internet das Coisas (IoT) faz referência ao universo de objetos conectados à internet.
Em um futuro próximo, a expectativa é que a maioria dos objetos de uso comum esteja conectados à rede, dando origem a uma maior comodidade em residências, empresas e locais públicos.
A casa de um idoso, por exemplo, poderá contar com sensores no chão para identificar quedas e notificar cuidadores, familiares ou até serviços de emergência, como o SAMU.
Essa realidade se aproxima à medida em que se popularizam os wearables – dispositivos vestíveis que coletam informações de forma autônoma.
Um indivíduo com pressão alta pode usar um relógio para colher e armazenar informações sobre a pressão sanguínea, frequência cardíaca e outras.
Compartilhando esses dados com seu médico, será possível controlar melhor a pressão, prevenindo eventos agudos e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
#5 Blockchain para cuidados de saúde
É incontestável a utilidade dos bancos de dados em saúde. Porém, ainda existem barreiras para a confiabilidade e permissão de acesso às informações de pacientes.
Esse quadro deverá ser superado com o auxílio do blockchain, um sistema descentralizado para registro e arquivamento de dados.
A tecnologia envolvida nele não permite que usuários alterem informações inseridas anteriormente, preservando os registros originais e aumentando a credibilidade.
Por evitar fraudes em bancos de dados, o blockchain poderá dar base a registros fidedignos sobre os pacientes, acabando com a contestação de diagnósticos e repetição de procedimentos médicos.
Outra vantagem será a restrição dos dados compartilhados, que poderá ficar nas mãos do paciente.
Ao consultar um ginecologista, por exemplo, uma mulher não precisará mostrar todo o seu histórico ginecológico.
A possibilidade de acessar apenas alguns blocos de informação também será importante para pesquisas, uma vez que cientistas poderão visualizar dados de voluntários anônimos.
#6 Inteligência artificial na saúde
No campo que reúne as iniciativas feitas por máquinas, também há estudos promissores.
Um deles, realizado com dados do World Mental Health de 24 países, resultou na identificação de 20 grupos de risco para o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Técnicas de machine learning, ou aprendizado de máquina, foram aplicadas para construir um algoritmo capaz de selecionar perfis que teriam mais chances de desenvolver a doença.
No grupo classificado pelo algoritmo como o de maior risco, mais da metade dos indivíduos apresentaram TEPT.
Quando apoiados por big data e conceitos científicos, os cálculos realizados pelas máquinas se tornam ainda mais assertivos, chegando a detectar anomalias e até patologias.
Na Universidade de Stanford, estudiosos criaram um algoritmo tão eficaz quanto os dermatologistas na detecção de câncer de pele.
#7 Impressão 3D
Parece obra de ficção, mas fabricantes já estão produzindo pâncreas artificiais capazes de substituir o órgão original sem prejuízos ao paciente.
Pelo contrário, o pâncreas projetado e impresso em 3D é capaz de melhorar o funcionamento do organismo, eliminando males como o diabetes tipo 1.
A doença é provocada por uma deficiência na produção de insulina. Portanto, implantar um pâncreas com essa capacidade resolveria o problema.
Nos próximos anos, a tecnologia deverá se estender a outros órgãos.
#8 Biossensores e rastreadores
Comparando dados de pacientes a materiais de reconhecimento biológico, os biossensores e rastreadores analisam as condições de saúde, auxiliando na detecção de doenças.
Nos Estados Unidos, são usados há alguns anos para acompanhamento de sintomas em pacientes com males como hepatite C e Aids, além de medir a taxa de álcool ou oxigênio no sangue.
Pequenos e portáteis, esses equipamentos apresentam potencial para a identificação de patologias infecciosas, o que levou uma equipe de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) a trabalhar num biossensor para o diagnóstico da dengue.
Em breve, o dispositivo poderá tornar o diagnóstico da doença mais rápido, por meio da identificação da proteína NS1, presente na corrente sanguínea poucos dias após a infecção pelo vírus.
#9 Medicina genômica
O conhecimento do genoma humano pode culminar em avanços relevantes no enfrentamento de doenças graves, como a malária, câncer e males genéticos.
Tanto é assim que alguns países investem na genômica para investigar relações entre alterações genéticas e patologias, criando políticas públicas para minimizar esses problemas.
O uso de informação genética também serve para prevenir doenças.
No entanto, a possibilidade de melhoramento genético ainda precisa superar barreiras éticas.
Telemedicina Morsch como parceira na inovação da saúde da sua clínica médica
Dentre as inovações na área da saúde que você conheceu ao longo do artigo, podemos destacar a telemedicina, que já é uma realidade para clínicas, consultórios e hospitais em todo o Brasil.
Especialidades como radiologia, pneumologia, cardiologia e neurologia podem se beneficiar dessa ferramenta, que confere agilidade à emissão de laudos.
Basta que exames de rotina sejam feitos com um aparelho digital e compartilhados via plataforma de telemedicina.
Em seguida, especialistas acessam os dados de maneira segura – portando login e senha -, interpretam os registros e produzem o laudo médico.
A estrutura da Telemedicina Morsch possibilita que os documentos sejam assinados digitalmente e fiquem disponíveis em poucos minutos.
Pedidos urgentes são disponibilizados em tempo real, eliminando filas de espera por resultados.
A telemedicina ainda elimina a necessidade de se manter diversos especialistas em uma unidade de saúde, o que significa economia de custos com contratação, salário e benefícios.
Conclusão
Investir em inovação na área da saúde é vantajoso e agrega valor a qualquer estabelecimento no mercado.
Por isso, não espere mais para modernizar sua clínica, consultório ou hospital através de ferramentas como a telemedicina.
Deixe que a Morsch dê o suporte para sua equipe aproveitar ao máximo os benefícios do serviço de laudos médicos à distância.
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Referências Bibliográficas
FILHO, Alexandre Dias Porto Chiavegatto. Uso de big data em saúde no Brasil: perspectivas para um futuro próximo. Epidemiol. Serv. Saúde, 325 Brasília, 24(2): 325-332, abr-jun 2015.
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