Acolhimento em saúde: práticas para receber bem o paciente
O acolhimento em saúde nasceu para qualificar o atendimento ao paciente, a fim de que ele se sinta confortável e bem recebido nos consultórios, clínicas e hospitais.
Embora tenha surgido na esfera pública, esse conjunto de boas práticas pode ser adotado em serviços privados, acrescentando um diferencial ao serviço prestado.
Afinal, quem é que não gosta de ser bem tratado durante a interação com outras pessoas?
Considerando que os pacientes estão, muitas vezes, fragilizados por causa de sintomas e doenças, esse diferencial ganha ainda mais importância.
Pensando nisso, construí este texto para mostrar o que é acolhimento em saúde, sua relação com a humanização e exemplos de ações para implementar hoje mesmo.
Acolhimento em saúde: o que é?
Acolhimento em saúde é um conjunto de medidas que se baseia na escuta ativa para qualificar o atendimento.
Conforme cita esta ficha informativa do Ministério da Saúde, o acolhimento deve estar presente em todas as interações entre paciente, acompanhante e profissionais de saúde, lembrando que:
“O acolhimento é uma postura ética que implica na escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela resolução, com ativação de redes de compartilhamento de saberes.”
Qual a relação entre acolhimento e humanização em saúde?
Por se aplicar desde a recepção do paciente, o acolhimento é o primeiro passo para a humanização do atendimento em saúde.
Daí a presença do acolhimento como diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH) do Sistema Único de Saúde (SUS).
Partindo desse princípio, as equipes de saúde colocam a necessidade do paciente como norteadora de suas ações.
Assim, ele deixa de ser um número ou ficha para ser reconhecido como indivíduo, tendo as preocupações ouvidas e consideradas para dar continuidade ao atendimento.
Nesse contexto, os profissionais de saúde têm autonomia para seguir diferentes protocolos, a fim de prestar a melhor assistência possível no momento.
Combinando diretrizes como a defesa dos direitos dos usuários, valorização do trabalhador e gestão participativa, o acolhimento tem o potencial de transformar os serviços de saúde.
Ele promove a aproximação entre funcionários e o público, dispensando processos rígidos para adotar soluções mais flexíveis e humanizadas.
Qual a diferença entre acolhimento em saúde e triagem?
“Triagem é uma separação, escolha, seleção, ou seja, um funcionário da unidade ouve a queixa do paciente e seleciona para qual profissional da unidade ele irá encaminhá-lo, enquanto que acolhimento é a humanização dos serviços de saúde.”
O raciocínio acima, retirado desta orientação do Ministério da Saúde, revela que a triagem é um processo consolidado, que tem início, meio e fim.
Já o acolhimento pode ser descrito como um programa contínuo, que permeia todos os contatos entre paciente e profissionais de saúde.
Além disso, enquanto a triagem separa, o acolhimento reúne e aumenta proximidade entre os atores envolvidos, podendo ser definido como uma medida de inclusão.
Em vez de manter o usuário do serviço de saúde como mero receptor, o ato de acolher o compreende como participante da dinâmica no consultório, clínica ou hospital.
Nesse cenário, ele deve ser ouvido, acompanhado e também contribuir para que as interações sejam bem-sucedidas e agradáveis.
Importância do acolhimento ao usuário
Acolher o usuário é importante porque aumenta o seu bem-estar, colaborando para uma melhora mais rápida e para fidelizar pacientes.
Afinal, apesar da missão social relevante, as unidades de saúde não deixam de ser um negócio, e pensar em estratégias que o diferenciem da concorrência é fundamental em um mercado cada vez mais competitivo.
É vital que os gestores e líderes priorizem ações centradas no consumidor – nesse caso, no paciente – para manter seus estabelecimentos e equipes na mente do usuário.
Deixando uma impressão positiva, as chances de que ele volte a usar seus serviços aumentam de forma considerável.
Funcionários e usuários também ficam mais satisfeitos, o que melhora o clima organizacional e, potencialmente, os lucros.
Etapas e boas práticas de acolhimento em saúde
O acolhimento deve começar com a conscientização das equipes de saúde, incluindo um treinamento voltado à escuta qualificada.
Dessa forma, os colaboradores estarão aptos a ouvir e compreender as necessidades do paciente em cada fase da assistência.
Outras práticas de interesse são:
Recepção diferenciada
No âmbito do SUS, o acolhimento tem papel essencial na atenção primária, que contempla Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou postos de saúde.
É nesses locais que o paciente é cadastrado e recebe os primeiros cuidados.
Mesmo na saúde privada, a recepção dos serviços deve ser diferenciada, com atendimento um pouco mais longo para verificar as necessidades e pendências para com o usuário.
Assim, o encaminhamento fica mais assertivo.
Escuta qualificada
Após passar pela recepção, um ou dois profissionais dedicam algum tempo para ouvir a queixa do usuário, com o objetivo de encontrar uma solução viável.
Vale anotar o problema, deixar o paciente livre para propor uma resolução e pedir feedback numa etapa posterior.
Cada questão acaba servindo para elevar a qualidade dos serviços prestados.
Classificação de risco
Uma vez que a necessidade do usuário tenha sido entendida, é hora de estabelecer uma ordem de prioridade para a assistência em saúde.
A classificação de risco é uma das metodologias que ajudam nessa tarefa, identificando as emergências e casos que precisam de atendimento rápido.
Cabe reforçar que não se trata de uma simples triagem, requerendo por parte dos funcionários um compromisso de manter todos os pacientes informados sobre a classificação e seu propósito.
Atendimento flexível
Outra boa prática se volta à praticidade e comodidade, permitindo diferentes formatos de atendimento.
Além do presencial, a unidade de saúde pode oferecer consultas a distância, deixando ao paciente a escolha do formato mais adequado.
Aplicativos de mensagem, e-mail e outros canais também auxiliam no acolhimento, conferindo maior agilidade aos serviços.
Conclusão
O acolhimento em saúde é uma ferramenta fundamental para alcançar a humanização.
Partindo de interações mais próximas entre funcionários e usuários, é possível construir relações de confiança e transparência.
Uma das boas práticas nesse sentido é a opção de teleconsulta, que conecta pacientes a profissionais de saúde em diferentes localidades.
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