Inteligência artificial na medicina: 10 aplicações e benefícios
O uso da inteligência artificial na medicina já é realidade.
Claro que ainda não existem robôs capazes de substituir o trabalho médico em sua totalidade.
No entanto, é inegável a contribuição dessas tecnologias para otimizar tarefas e melhorar a precisão das avaliações.
Tudo acontece graças ao suporte de tecnologias como big data, machine learning e algoritmos sofisticados.
É o que torna possível analisar e processar uma quantidade imensa de dados de pacientes, apoiando áreas como o diagnóstico e tratamento.
As máquinas são ágeis e racionais, elevando a acurácia diagnóstica.
Também identificam sintomas relacionados a doenças e avisam sobre erros na dosagem de medicamentos.
Se você quer saber como isso acontece, é só avançar na leitura.
A partir de agora, trago informações sobre os principais avanços, benefícios e aplicações da IA na medicina.
Lendo até o final, você também vai conferir alternativas para aproveitar essas vantagens no seu consultório, clínica ou hospital.
O que é inteligência artificial na medicina?
Inteligência artificial (IA) na medicina é o uso de sistemas computacionais capazes de aprender e tomar decisões com base em dados.
Eles analisam informações complexas, como exames médicos, para auxiliar em diagnósticos e tratamentos, melhorando a eficiência e a precisão dos cuidados de saúde.
Lembrando que a IA é utilizada na forma de máquinas e algoritmos com capacidade de dar respostas racionais a situações diversas e cada vez mais complexas – o que inclui demandas da medicina.
O trecho abaixo, retirado do artigo “Inteligência Artificial e Medicina“, de Luiz Carlos Lobo, aponta para a amplitude das possibilidades que a IA agrega à medicina.
“Inteligência artificial em medicina é o uso de computadores que, analisando um grande volume de dados e seguindo algoritmos definidos por especialistas na matéria, são capazes de propor soluções para problemas médicos.”
Breve histórico da IA na medicina
As primeiras aplicações da IA na saúde datam da década de 1940, quando Warren McCulloch e Walter Pitts abordaram, em texto, estruturas artificiais que imitavam o sistema nervoso humano.
Em seguida, o matemático Alan Turing projetou uma dinâmica que marcou a filosofia da inteligência de uma máquina: o famoso teste de Turing.
Mas foi apenas no século 21 que as possibilidades se expandiram,
Isso se deu a partir de invenções como o supercomputador Watson, da IBM, fruto de tecnologia que usa redes neurais artificiais para armazenar e comparar dados médicos.
E do supercomputador Deep Mind, do Google, que trabalha dados de milhares de pacientes para aprender sobre sintomas e a evolução de doenças.
Como a inteligência artificial ajuda na medicina?
São diversas as formas com que a IA contribui para o avanço da tecnologia na medicina.
Dispositivos vestíveis (wearable devices) permitem a coleta, armazenamento e envio de dados do paciente em tempo real ao médico, criando oportunidades de monitoramento inéditas.
Big data e algoritmos, combinados ao prontuário eletrônico do paciente (PEP), avaliam uma série de componentes de seu histórico de saúde, identificando riscos e ajudando a formular terapias personalizadas.
A IA também reúne e compara uma infinidade de imagens, construindo bancos de dados completos para dar suporte no diagnóstico.
Tudo isso parece coisa de ficção científica, mas já faz parte do dia a dia de unidades de saúde em diversos países, incluindo instituições brasileiras.
Um dos escopos em evidência no país é a telemedicina.
Ela utiliza ferramentas de IA para facilitar o atendimento remoto, emitir laudos a distância e qualificar o diagnóstico.
Uso da inteligência artificial na medicina no Brasil e no mundo
Ferramentas de inteligência artificial já fazem parte da rotina de muitos profissionais de saúde no país.
Para dar uma ideia do alcance delas, 62,5% dos hospitais privados utilizavam IA no final de 2023, de acordo com um mapeamento feito pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e Associação Brasileira de Startups de Saúde (ABSS).
Ainda conforme a pesquisa, 51% das instituições de saúde obtiveram resultados práticos rapidamente, levando 12% delas a planejar um aumento nos investimentos em IA em 2024.
Outro levantamento, divulgado pela plataforma de inovação Distrito, mostrou que as healthtechs atuantes em IA receberam um aporte da ordem de US$ 1,4 bilhão na América Latina entre 2019 e 2023.
Só no Brasil, existem mais de 1.200 startups de saúde, o que aponta altas chances de crescimento para a inteligência artificial.
Mundialmente, foram contabilizados investimentos de US$ 11,3 bilhões em IA apenas em 2021, segundo o relatório “Artificial Intelligence Index Report 2022”, produzido pela Universidade de Stanford.
O montante representa crescimento de 40% em relação ao ano anterior.
Benefícios da inteligência artificial na medicina
A aplicação da inteligência artificial na medicina agrega uma série de vantagens.
A lista é extensa, mas vale a pena observar cada item com atenção:
- Rápida pesquisa, recuperação e correlação de dados
- Organização automática de agendas e documentos
- Favorece a transformação digital em hospitais e clínicas médicas
- Formação de bibliotecas e bancos de dados qualificados
- Cálculo da dosagem correta de medicamentos
- Melhora a produtividade dos funcionários, que passam a contar com a automação de tarefas repetitivas
- Agilidade no diagnóstico através de imagens coletadas em exames
- Monitoramento remoto de pacientes em tempo real
- Otimização da triagem de pacientes e informações em unidades de saúde
- Identificação de tendências em populações específicas
- Previsões quanto ao risco de doenças
- Composição de tratamentos personalizados, elaborados de acordo com o histórico do paciente
- Coleta, armazenamento e cruzamento automático de dados para melhorar os diagnósticos
- Realização de cirurgia a distância
- Suporte ao autocuidado, dando informações assertivas ao paciente
- Análise de perigos e envio de lembretes para evitar eventos graves, como infarto e AVC
- Apoio à gestão em saúde, incluindo consultórios, clínicas e hospitais.
Na IA, dados são utilizados para ações de prevenção, tratamento e gestão em saúde
Desvantagens da inteligência artificial na medicina
Entre as desvantagens da inteligência artificial na medicina, cabe destacar a dificuldade por parte de profissionais do setor, devido à descrença ou falta de familiaridade com a tecnologia.
Nesse cenário, em vez de otimizar o trabalho, as ferramentas de IA acabam adicionando barreiras e desperdício de tempo à jornada do médico e colegas da área da saúde.
Porém, esse não é um fator impeditivo para o uso da tecnologia.
É urgente que os profissionais sejam capacitados para uso das inovações em medicina.
Algumas soluções também exigem alto investimento financeiro, como as cirurgias robóticas.
Porém, esse entrave deverá ser superado à medida que essas tecnologias se popularizarem, movimentando o mercado de saúde com mais concorrentes.
10 exemplos de aplicações da inteligência artificial na medicina
Atualmente, estabelecimentos de saúde e suas equipes dispõem de diversas opções dessas tecnologias, como descrevo a seguir:
1. Suporte ao diagnóstico
Graças à capacidade de coletar, avaliar e processar enormes quantidades de dados (big data), os algoritmos ajudam a encontrar padrões a partir da comparação de informações relevantes.
Assim, verificam sinais de doenças antes mesmo que elas se desenvolvam, colaborando para o diagnóstico precoce e a medicina preventiva.
2. Associação entre sintomas e doenças
Empregar ferramentas de IA também eleva as chances de diagnósticos precisos.
Tudo começa com a formação de bancos de dados com texto, imagem, áudio e vídeo para apoiar ou contestar uma hipótese diagnóstica.
Computadores conseguem estabelecer correlações entre os dados com maior agilidade e acurácia, eliminando problemas como o erro humano.
3. Interpretação e reconhecimento de imagens
Essa aplicação da IA tem feito a diferença nas avaliações de métodos de diagnóstico por imagem.
Sobretudo, posso citar as radiografias, as tomografias e as mamografias.
Partindo de uma performance superior no reconhecimento de padrões visuais, softwares e algoritmos comparam milhares ou até milhões de imagens em segundos.
Assim, conseguem apontar alterações em órgãos e tecidos humanos.
Um resultado promissor foi relatado neste texto assinado pelo especialista em transformação digital Tiago Magnus.
Ele relata resultados de análises de imagens pela IA com precisão entre 5% e 10% maior que a média dos médicos.
Também é possível combinar essas análises à plataforma de telemedicina, obtendo mais agilidade na emissão de laudos médicos a distância.
Além disso, há a vantagem de diminuir o custo com esses documentos.
4. Monitoramento de pacientes
A principal ferramenta para o monitoramento remoto são os dispositivos vestíveis, como pulseiras e relógios usados pelo paciente.
Eles captam dados referentes a sinais vitais como a saturação de oxigênio, pressão sanguínea e batimentos cardíacos, que ficam armazenados para comparação ou envio imediato ao médico responsável.
5. Realização de cirurgias e procedimentos complexos
Há centros médicos que contam com opções de cirurgia robótica, o que permite o controle do cirurgião a distância e eleva as taxas de sucesso.
Um dos maiores ganhos está nas operações minimamente invasivas,nas quais as incisões são reduzidas, o que diminui riscos e resulta em recuperações mais rápidas.
Um estudo realizado nos Estados Unidos mostrou que o uso da cirurgia assistida por IA reduziu em 5 vezes as complicações em cirurgias ortopédicas.
6. Envio de alertas
Além de coletar e armazenar dados, a inteligência artificial na medicina pode ser programada para enviar alertas quando identificar sintomas ou alterações significativas.
Um exemplo dessa aplicação está na combinação com os wearables, possibilitando que um médico seja avisado imediatamente em caso de registro de taquicardia no paciente, por exemplo.
7. Pesquisas e recuperação de dados
O auxílio da IA evita a perda de minutos e até horas preciosas buscando por uma informação.
Isso acontece porque o sistema é capaz de encontrar o que se busca a partir de um clique ou comando por voz.
O mesmo raciocínio vale para a recuperação de dados, que ficam arquivados em locais protegidos da internet – na nuvem – e se tornam disponíveis no acesso às plataformas.
8. Apoio ao desenvolvimento de medicamentos
A IA também é uma ferramenta de promoção da saúde, fornecendo suporte para acelerar a descoberta e prever a eficácia de medicamentos para tratar doenças tropicais, por exemplo.
Partindo da análise de estatísticas e padrões, os algoritmos auxiliam na identificação de antígenos que podem ser agregados a vacinas para prevenir o adoecimento de populações inteiras.
9. Simplifica a triagem
Dispor de informações escaneadas com agilidade também faz a diferença para a seleção e encaminhamento de pacientes dentro das unidades de saúde, e até mesmo antes que se dirijam à clínica ou hospital.
Com base em seu histórico de saúde, comorbidades e sintomas, máquinas podem oferecer orientação para que aguardem em casa, façam uma teleconsulta ou se desloquem até uma instituição de saúde.
Além de facilitar a triagem em pronto-atendimentos, diminuindo o tempo de espera para a assistência médica e priorizando pessoas com doenças mais graves.
10. Atendimento rápido
Utilizando chatbots, a IA permite o aconselhamento de pacientes sobre questões simples de saúde e autocuidado.
Outra aplicação interessante está no direcionamento à solução mais adequada dentro de um site ou plataforma, reduzindo filas de espera e elevando a satisfação do paciente.
Quais os principais desafios éticos da inteligência artificial na medicina?
Como toda tecnologia disruptiva, a inteligência artificial também possui pontos de atenção a observar.
Primeiramente, ela deve seguir princípios da ética na medicina para não desrespeitar premissas essenciais, a exemplo do sigilo médico.
Para tanto, é importante dispor de dispositivos e plataformas que estejam em conformidade com a legislação.
Também é necessário que tenham o aval de autoridades da área médica, como Conselho Federal de Medicina (CFM), Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS).
Esse cuidado garante que a coleta, armazenamento e análise de dados mantenha informações sensíveis protegidas.
Afinal, os dados de saúde pertencem ao paciente. Qualquer uso sem autorização prévia pode gerar punições na esfera legal.
Tendências para o futuro da inteligência artificial na medicina
Diante de tantas inovações, não é fácil selecionar aquelas que despontam como tendência para os próximos anos.
Entretanto, algumas soluções vêm ganhando destaque junto à comunidade médica, a exemplo de:
- IA para o diagnóstico de doenças genéticas raras: criado por cientistas do Baylor College of Medicine, nos Estados Unidos, o sistema AI-MARRVEL (AIM) usa um banco de dados público com mais de 3,5 milhões de variantes de milhares de diagnósticos para classificar genes com maior probabilidade de terem causado uma patologia
- Apps de saúde mental: chatbots para conversação e busca de bem-estar, meditação ou com recursos para ajudar a relaxar podem auxiliar no tratamento de ansiedade, depressão e outras doenças mentais – sempre com o acompanhamento de um profissional de saúde
- Realidade aumentada (RA) e IA: a combinação entre elementos do mundo real e virtual dá suporte a cirurgias complexas, mostrando detalhes das estruturas anatômicas em tempo real. Também permite o planejamento de cirurgias utilizando modelos 3D e bancos de dados, e até na reabilitação, orientando os pacientes sobre sua postura
- Medicina preditiva: por possibilitar a previsão de resultados a partir de padrões e tendências, a análise preditiva oferece insights valiosos para prevenir doenças e tratar as condições que já se instalaram, elevando a qualidade de vida do paciente.
Se você quer começar hoje mesmo a usar a IA na medicina, conheça as soluções ao seu alcance no próximo tópico.
Como se beneficiar da tecnologia na medicina hoje mesmo
Ao longo deste artigo, você conheceu oportunidades viabilizadas pela IA para melhorar a prestação de serviços médicos.
Dar um passo em direção a esse novo mundo abre uma série de oportunidades para consultórios, clínicas e hospitais, qualificando o atendimento para fidelizar o paciente.
Por isso, recomendo a adoção de tecnologias inovadoras na sua unidade de saúde, a exemplo da telemedicina online, que conecta médicos e pacientes em diferentes localidades.
Com a plataforma de Telemedicina Morsch, sua equipe vai contar com laudos eletrônicos, monitoramento remoto do paciente e teleconsulta de um jeito simples.
O sistema não exige a instalação de programa ou aplicativo, pois fica hospedado na nuvem.
Assim, pode ser acessado a partir de qualquer dispositivo conectado à internet.
Basta enviar as informações de exames complementares para receber os resultados em minutos.
Outra possibilidade é esclarecer dúvidas por meio da segunda opinião médica, sempre que necessário.
E tem mais: se desejar economizar na aquisição de equipamentos médicos, solicite o aluguel em comodato para utilizar aparelhos modernos e contratar laudos digitais pagando uma mensalidade única.
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Conclusão
Aplicações da inteligência artificial na medicina vêm revolucionando a oferta de serviços nessa área.
Como vimos neste texto, há vantagens importantes, como cirurgias minimamente invasivas e diagnósticos mais precisos.
Desde que respeitados os princípios éticos, essa tecnologia tem tudo para acrescentar uma série de benefícios aos pacientes, médicos e unidades de saúde.
Para não ficar de fora dessas transformações, uma opção inteligente é ingressar no campo tecnológico optando pela telemedicina.
Esse é um serviço moderno e eficaz, que rompe com a barreira geográfica para agregar valor aos cuidados de saúde.
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