Saiba quais são e quando fazer os exames de rotina
Os exames de rotina são indispensáveis para qualquer pessoa. Com eles, é possível avaliar e entender seu estado atual de saúde e ainda detectar eventuais doenças de maneira precoce, aumentando significativamente as chances de sucesso em seu tratamento.
Os exames de rotina também são conhecidos popularmente como check-ups médicos, e correspondem à realização periódica de diversos procedimentos diagnósticos.
Muitos acreditam que os check-ups são recomendados apenas para pessoas mais velhas, que tenham doenças crônicas ou condições semelhantes.
A verdade, porém, é que são os exames médicos de rotina que nos dão condições de acompanhar e cuidar de nossa saúde com mais frequência.
Sendo assim, mais que nos proteger contra patologias, eles são de suma importância para quem preza por sua tranquilidade, segurança e qualidade de vida!
Esses exames podem ser clínicos, laboratoriais ou de imagem. Além de monitorar as condições do indivíduo, eles também podem identificar doenças que não apresentam sintomas, por exemplo, que se tornam mais graves quando eles começam a aparecer.
A frequência com que os exames médicos de rotina precisam ser feitos deve ser determinada pelo médico responsável por acompanhar o paciente.
Para isso, o especialista deve considerar as características próprias do indivíduo, além de seu histórico pessoal e familiar de doenças.
Mesmo que os exames de rotina e sua frequência possam variar entre as pessoas, existem alguns procedimentos básicos que podem (e devem) ser feitos em qualquer fase da vida!
Esses exames são práticos, simples e podem inclusive ser solicitados via teleconsultas, conferindo mais facilidade e acessibilidade aos pacientes interessados.
Quer saber quais os exames de rotina que você deve priorizar e ainda entender melhor quais as indicações e frequências ideais para os procedimentos? Descubra a seguir!
Quais os exames de rotina mais importantes para manter a saúde em dia?
Para demonstrar quais os exames de rotina mais importantes e suas principais características, vamos listar alguns dos casos mais comuns indicados pelos médicos.
Além daqueles mais básicos, que podem ser feitos por qualquer pessoa e em qualquer fase da vida, também vamos mencionar alguns específicos, que são de suma importância para certas categorias de indivíduos em grupos de risco.
Sendo assim, vamos abordar os principais exames de sangue, dosagem de hormônios, exames do coração, ginecológicos, de próstata, urina, fezes e teste de pressão arterial.
Confira os detalhes mais relevantes desses exames de rotina e entenda melhor suas indicações!
Exames de sangue
Entre os principais exames de rotina de sangue, destacamos:
Hemograma
O hemograma é o exame de sangue mais conhecido e está entre os testes mais pedidos por médicos e especialistas de saúde.
Sua finalidade é avaliar a qualidade e a quantidade dos glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas presentes na corrente sanguínea.
Com a análise das hemácias, é possível detectar problemas como anemias. Já com as plaquetas, é possível identificar disfunções de coagulação. No caso dos leucócitos, o objetivo é encontrar alergias, infecções e até alguns tipos de cânceres.
Colesterol e Glicemia
Os exames de glicemia e colesterol servem para medir, respectivamente, os níveis de açúcar no sangue e os índices de HDL, conhecido como colesterol bom, e LDL, popularmente chamado de colesterol ruim.
A avaliação do perfil lipídico e da glicose no plasma sanguíneo é de suma importância para detectar patologias sérias, como a hipertensão arterial, o diabetes, aterosclerose e riscos de AVC.
Nesse tipo de avaliação, a concentração de triglicérides também é monitorada, a fim de determinar quais são os riscos de entupimento nas artérias e outros problemas cardiovasculares relacionados ao colesterol.
A quantificação de triglicerídeos, porém, precisa ser pedida separadamente, uma vez que se trata de um tipo de gordura que não pode ser dosada em conjunto com os demais exames de colesterol.
PCR
O exame de rotina PCR se refere à proteína C-reativa, que é produzida no fígado e se eleva significativamente na corrente sanguínea quando o corpo está passando por um processo inflamatório ou infeccioso.
Seus níveis podem ser medidos por meio de um simples exame de sangue, com a finalidade de detectar possíveis inflamações, infecções, neoplasias, doenças reumáticas, cardiovasculares e traumatismos.
Entre os diagnósticos que podem ser obtidos com o PCR, estão doenças como:
- Lúpus;
- Pancreatite;
- Artrite reumatóide;
- Infecções bacterianas;
- Queimaduras;
- Apendicite;
- Linfoma;
- Doença intestinal inflamatória;
- Infarto do miocárdio;
- AVC.
Por mais que o PCR não aponte exatamente onde há uma infecção ou inflamação, quando seus valores aumentam é sinal de que o indivíduo precisa ser investigado.
O exame serve tanto para o diagnóstico, quanto para o acompanhamento da evolução dos pacientes.
HIV
O exame de HIV, como o próprio nome indica, é a análise de sangue que tem como objetivo detectar a presença do vírus da AIDS.
Para isso, o procedimento visa identificar a presença de suas duas variações, o HIV 1 e o HIV 2.
Além de ser um importante exame de rotina, o teste também deve ser realizado um mês após comportamentos de risco, uma vez que a janela imunológica para a condição é de 30 dias. Em períodos menores, há o risco de que o exame apresente falso negativo.
PSA
PSA é a sigla para antígeno prostático específico, que não pode estar muito elevado na corrente sanguínea.
O exame serve para identificar possíveis casos de câncer de próstata ou mesmo alterações benignas na glândula, como crescimento favorecido pela idade ou inflamações.
Sua frequência varia de 1 a 4 anos para adultos, conforme os padrões de riscos dos pacientes, mas deve ser feito anualmente por pessoas acima de 40 anos.
São considerados indivíduos de risco aqueles obesos, de pele negra ou com familiares de primeiro grau que tenham histórico de câncer de próstata.
Ácido Úrico
O ácido úrico é presente na corrente sanguínea como subproduto de algumas proteínas.
Quando seus índices estão alterados, pode ser sinal de maiores riscos para doenças cardiovasculares e hipertensão.
O exame de ácido úrico também aponta o risco para o surgimento de patologias como gota, cálculo renal, dores articulares e insuficiência dos rins.
Dosagem de hormônios
No exame de rotina para dosagem de hormônios, são dosados os hormônios TSH e T4 livre.
Ambos são diretamente relacionados ao funcionamento da tireoide e suas alterações podem indicar problemas como hipertireoidismo ou hipotireoidismo.
O procedimento é recomendado especialmente para mulheres na menopausa, que são mais sujeitas a sofrerem com distúrbios da tireoide.
Exames do coração
Dos principais exames de rotina do coração, os que têm destaque especial são:
Eletrocardiograma
Eletrocardiograma é um exame que utiliza-se de eletrodos capazes de monitorar a frequência e os batimentos do coração.
Sua finalidade é detectar arritmias, falhas nas válvulas cardíacas, bloqueios arteriais, taquicardia e outras condições relacionadas.
Ele é indicado especialmente para indivíduos com mais de 40 anos de idade, que são mais sujeitos a essas doenças.
Teste ergométrico
Enquanto o eletrocardiograma visa avaliar o coração em repouso, o teste ergométrico monitora a função cardíaca em movimento.
Esse exame de rotina é popularmente conhecido como “teste da esteira” e é solicitado especialmente para pessoas que desejam começar atividades físicas ou que têm maiores riscos de infarto.
Ecocardiograma e Raio-X
O ecocardiograma é feito via ultrassonografia, com a finalidade de avaliar o funcionamento e a estrutura do coração. Pode utilizar-se de imagens estáticas ou em movimento.
Sua indicação é para pessoas que tenham sintomas de dor no tórax, taquicardia ou falta de ar. Ele também serve para o monitoramento de condições preexistentes, como isquemias ou arritmias.
Já o Raio-X também serve para verificar a anatomia cardíaca, mas oferece apenas a possibilidade de uso de imagens estáticas.
M.A.P.A.
M.A.P.A significa Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial. Como o nome indica, ele serve para medir a pressão.
O exame é automático e realizado por meio de um dispositivo instalado na cintura do paciente, conectado por um tubo a uma braçadeira que fica no braço.
Exames ginecológicos
Os principais exames de rotina ginecológicos incluem:
Papanicolau
Trata-se da coleta de células no colo do útero para análise microscópica.
É um importante preventivo para todas as mulheres, capaz de identificar lesões com potencial de se tornarem tumores, DSTs e câncer de colo de útero.
Mamografia
Trata-se do meio principal de detecção precoce do câncer de mama, que tem suas chances de cura aumentadas em fase inicial.
De acordo com o Ministério da Saúde, a mamografia deve ser feita bianualmente pelas mulheres entre 50 e 69 anos. O ideal, porém, é respeitar as indicações do seu médico quanto sua periodicidade.
Ultrassom da pélvis
Também chamado de ecografia, é um exame de imagem de imagem de baixa complexidade utilizado para detectar possíveis condições capazes de afetar o útero, tubas uterinas, bexiga e ovário.
Colposcopia
É um procedimento utilizado para visualizar a vagina e o colo do útero, por meio de um equipamento chamado Colposcópio.
Sua finalidade é detectar alterações que indiquem a presença do HPV, tanto na vagina quanto no colo do útero.
Exame de próstata
O exame de próstata pode ser feito via PSA, mencionado acima no tópico sobre exames de rotina de sangue, ou através do toque retal.
O exame de toque consiste na palpitação da próstata do paciente por meio do reto, que permite identificar nódulos, inchaços ou outros sinais de câncer.
As recomendações da análise de toque são as mesmas do PSA e ambos os procedimentos devem atuar de maneira complementar um ao outro.
Exame de urina e fezes
Os exames de urina e fezes são feitos em laboratório para avaliar características como pH, densidade e cor, além de dosar elementos como proteínas, glicose, hemácias e a eventual presença de bactérias.
Ambos são procedimentos básicos imprescindíveis para reconhecer a deficiência ou o excesso de determinadas substâncias e os possíveis riscos associados a elas.
As patologias que podem ser identificadas nesses exames de rotina incluem anemias, diabetes, infecções e até alguns tipos de câncer.
Teste de pressão arterial
A avaliação da pressão arterial serve para identificar e prevenir possíveis riscos de derrames, hipertensão, infartos, entre outras condições associadas.
Ela pode ser feita de diversas maneiras, seja com um equipamento chamado esfigmomanômetro, como o supracitado M.A.P.A. ou aparelhos digitais.
Com que frequência os exames de rotina devem ser feitos?
Agora que você já sabe quais são os principais exames de rotina, vamos abordar qual é a periodicidade e os cuidados ideais para cada perfil de paciente. Acompanhe:
Considere sua idade para a realização de exames de rotina
É fato que, quando o assunto são exames de rotina, crianças, adultos e idosos possuem necessidades e frequências diferentes para sua realização.
Para garantir mais qualidade de vida na terceira idade, é indicado que homens acima dos 50 anos e mulheres após a menopausa façam exames de rotina todos os anos.
Eles devem incluir análises de tireoide, eletrocardiogramas, além de exames específicos para cada gênero, como a mamografia e o exame de próstata.
Já os adultos saudáveis, que não fazem parte de grupos de risco ou não tenham doenças preexistentes, podem fazer os exames médicos de rotina de dois em dois anos.
Nessas situações, basta que sejam feitas análises mais básicas, como exames de sangue, urina e fezes. Análises específicas são recomendadas apenas em casos de suspeitas de doenças.
Por fim, para as crianças, o ideal é fazer pequenos exames de rotina no primeiro ano de vida.
Exames de fezes, hemograma, glicemia e de anticorpos são fundamentais para garantir o desenvolvimento saudável dos pequenos.
Depois dos primeiros anos, as análises podem ser feitas apenas quando existem suspeitas. Afinal, crianças têm um melhor sistema imune e geralmente resistem à realização de exames, especialmente os de sangue.
Dessa maneira, é importante ressaltar que a melhor maneira de prevenir doenças nesses casos é respeitar rigorosamente o calendário de vacinação infantil.
Tenha atenção às peculiaridades de seu gênero
Por mais que adultos saudáveis possam fazer exames de rotina de dois em dois anos, especialistas recomendam que as mulheres façam análises ginecológicas anualmente.
Elas incluem exames específicos, como vulvoscopia, Papanicolau, ultrassonografia transvaginal e das mamas.
Por meio desses procedimentos, é possível detectar alterações no aparelho reprodutivo, infecções ou até mesmo cistos.
Já no caso dos homens, reforçamos que os exames também devem se tornar anuais a partir dos 50 anos de idade, seguindo os procedimentos que mencionamos acima.
Reforce a atenção caso você tenha condições prévias ou faça parte de grupos de risco
Por fim, aqueles que possuem doenças preexistentes e crônicas precisam realizar exames de rotina com maior frequência.
O indicado é que as análises sejam feitas de 6 em 6 meses, a fim de detectar possíveis riscos ou complicações no paciente.
As condições que exigem mais atenção incluem hipertensão, diabetes, câncer, entre outras de gravidade semelhante.
No caso daqueles com fatores de risco para alguma patologia, cabe ao médico determinar a periodicidade e os exames específicos mais indicados.
Para os fumantes, por exemplo, é recomendada a dosagem de alguns marcadores tumorais anualmente, enquanto aqueles que sofrem de sobrepeso devem ter mais foco em seu colesterol, e assim por diante.
Entre as características que mais exigem atenção, destacam-se os indivíduos obesos, sedentários, com colesterol alto, tabagistas, entre outros.
Conclusão
Gostou de conhecer quais os exames de rotina mais comuns e importantes, além da frequência mais adequada para realizá-los em sua clínica de confiança?
É indiscutível que os exames médicos de rotina são indispensáveis para qualquer pessoa que valoriza sua saúde e qualidade de vida.
Eles são cada vez mais valorizados e estão se tornando inclusive mais práticos para os pacientes, com opções de exames online e outros recursos semelhantes que tornam as análises mais viáveis.
Por meio dos check-ups, é possível certificar-se de que as condições do organismo estão em dia e ainda prevenir doenças que poderiam causar problemas graves no futuro!