Tomografia lombar: o que é, para que serve e como é feito o exame
A tomografia lombar é o mais completo exame para estudo de imagens dessa área.
Sua realização oferece imagens detalhadas, nítidas e abrangentes, bem superiores ao raio X da coluna.
Além de permitir a visualização de estruturas com material metálico sem muitos artefatos, como ocorre nos registros da ressonância magnética.
Esses avanços resultam de técnicas modernas como a TC com equipamentos de múltiplas fileiras de detectores.
Neste artigo, trago informações sobre a realização e aplicações desse método diagnóstico por imagem, que pode ser laudado a distância via telemedicina, conferindo agilidade às entregas.
O que é tomografia lombar?
Tomografia lombar é um exame que usa raios X para gerar múltiplos cortes transversais da região.
Em outras palavras, um único registro da TC lombar produz múltiplas radiografias, permitindo um estudo mais completo dessa área do corpo.
Ela é observada a partir de diferentes ângulos, possibilitando a sobreposição dos cortes para formar imagens em 3D.
Nesse cenário, dá para identificar doenças e agravos que acometem a coluna lombar.
Falo do trecho da coluna vertebral logo abaixo da coluna torácica, formado por cinco vértebras: de L1 a L5.
A região possui uma curvatura natural, convexa e para a frente que, muitas vezes, é afetada pela sobrecarga lombar.
Levantamento de peso, postura inadequada e esforço físico estão entre os fatores por trás desse quadro, caracterizado por sintomas como dor crônica.
Para que serve a tomografia lombar?
O exame pode ser solicitado para investigar sintomas, monitorar patologias crônicas, planejar ou avaliar o resultado de cirurgias.
Uma das indicações mais comuns tem finalidade diagnóstica, partindo de manifestações clínicas diversas.
São exemplos:
- Dor nas costas
- Dor ciática
- Dor de cabeça
- Suspeita de desvios de coluna
- Febre
- Tontura
- Vertigem
- Limitação de movimentos
- Paresia – perda súbita de força
- Parestesia – mudança na sensibilidade.
Outra aplicação importante está na avaliação pré-operatória e pós-operatória, como descreve este artigo sobre TC da coluna lombar após artrodese:
“Nos estudos da coluna, geralmente, é utilizado um filtro para a visualização óssea e outro para tecidos moles, nos planos axial, sagital e coronal. Entretanto, para a avaliação de artrodese com material metálico, se fazem necessárias reconstruções mais detalhadas para reduzir artefatos, envolvendo inclusive imagens em três dimensões, e para isso, a utilização de diferentes filtros”.
O que aparece na tomografia da coluna lombar?
A tomografia computadorizada viabiliza a visualização de diversas doenças que afetam a região.
Isso inclui:
- Desvios da coluna (escoliose, cifose, lordose)
- Hérnia de disco
- Osteofitose
- Fraturas
- Calcificações
- Espondilose (artrose na coluna)
- Estenose vertebral
- Inflamações
- Tumores benignos e malignos
- Malformações congênitas
- Desgastes causados por doenças inflamatórias desmielinizantes, a exemplo da esclerose múltipla.
Lembrando que a indicação do exame depende de uma avaliação médica.
Como é feita a tomografia da coluna lombar?
Primeiro, o paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal, ou seja, de barriga para cima, e orientado a permanecer imóvel durante todo o procedimento.
Caso contrário, pode haver artefatos nas imagens, exigindo que um novo exame seja feito.
Uma vez que esteja tudo pronto, o médico ou técnico em radiologia responsável pelo exame se dirige até a estação de comando, ao lado da sala de tomografia.
Então, o profissional liga o tomógrafo, iniciando o procedimento com a emissão de feixes de raios X.
A radiação incide sobre a coluna lombar a partir de diferentes ângulos, conforme o tubo giratório do equipamento circunda a região.
Parte dos raios é absorvida em maior ou menor quantidade, dependendo da densidade dos tecidos.
Como são densos, os ossos absorvem a maioria da radiação, aparecendo em branco nas imagens. Em oposição ao ar, que surge em preto.
Já as cartilagens e outras partes moles são retratadas em tons de cinza.
A radiação não absorvida atravessa as estruturas anatômicas e chega até os detectores instalados na mesa do aparelho de tomografia.
Ela é convertida em sinal e enviada a um computador com software específico, que converte o sinal em imagem digital.
Tomografia da coluna lombar precisa de contraste?
Nem sempre, pois existem indicações específicas para a TC com contraste.
Na suspeita de câncer ou infecções, por exemplo, é útil acrescentar o agente radiopaco ao exame.
Isso porque estamos falando de estruturas hipervascularizadas que, portanto, serão evidenciadas pelo contraste.
Nesses casos, é empregado um composto à base de iodo para conferir destaque e permitir o diagnóstico correto.
Contudo, é importante ponderar a relação risco-benefício do uso de contraste, uma vez que é comum a ocorrência de efeitos colaterais.
A maioria dos pacientes sente gosto metálico na boca e calor no local por onde o líquido é injetado, porém, pode haver reações graves como o edema de glote.
Preparo para tomografia da coluna lombar
O preparo começa com a orientação do paciente para que retire todos os objetos metálicos antes de entrar na sala com o tomógrafo.
Bijuterias, celular, cinto com fivela, óculos e relógios estão entre os itens que devem ser removidos.
Alguns serviços oferecem uma bata para facilitar esse processo.
Caso o exame seja feito com contraste, a punção para administração por via intravenosa será realizada minutos antes da captação das imagens, a fim de que o composto iodado chegue até a região lombar.
Tomografia da coluna lombar precisa de jejum?
Em caso de tomografia sem contraste, não.
Porém, é recomendado jejum de 4 horas se o procedimento utilizar contraste.
Telemedicina acelera o laudo de tomografia lombar
Embora possa ser conduzida por técnicos em radiologia, a TC só pode ser laudada por radiologistas qualificados.
Esse é um dos motivos para a demora dos resultados em clínicas e hospitais que contam com uma equipe médica enxuta.
Porém, existe uma solução tecnológica para essa demanda: o telediagnóstico.
Optando pela plataforma Morsch, seu time pode compartilhar as imagens no sistema, permitindo que sejam interpretadas por um radiologista online.
O especialista elabora e assina o laudo digitalmente, possibilitando sua conclusão em minutos.
Urgências são avaliadas em tempo real, agilizando o tratamento.
No mesmo software de telemedicina em nuvem, sua equipe ainda pode pedir pela segunda opinião médica ou esclarecer questões amplas via teleconsultoria.
Comece a aproveitar as vantagens da telerradiologia.
Conclusão
Abordei os principais aspectos da tomografia lombar neste texto, incluindo a versão contrastada e o preparo para o procedimento.
Esses e outros exames radiológicos podem ser interpretados via plataforma Morsch, acelerando os resultados com qualidade.
Se gostou do conteúdo, recomendo ler outros artigos sobre radiologia que publico aqui no blog.