Como funciona a manutenção de equipamentos hospitalares

Investir na manutenção de equipamentos hospitalares é benéfico para pacientes, funcionários e gestores na área da saúde.
Afinal, aparelhos que funcionam corretamente oferecem segurança no manuseio e melhores resultados nos procedimentos.
Isso sem falar que contribuem para manter o planejamento financeiro em dia, pois não precisam ser consertados ou substituídos com frequência.
Porém, muitos dos dispositivos utilizados para exames e tratamentos possuem alta tecnologia agregada, exigindo uma atenção mais próxima, cuidados periódicos e específicos.
Se deseja saber mais sobre sua rotina de conservação, continue lendo este artigo.

A partir de agora, vou trazer um guia completo de manutenção de equipamentos hospitalares, com dicas certeiras para você usar hoje mesmo.
Ficou interessado? Então, vamos em frente.
O que é manutenção de equipamentos hospitalares?
Manutenção de equipamentos hospitalares e médicos é um agrupamento de tarefas voltadas à conservação, durabilidade e funcionamento adequado dos aparelhos.
Mais que simples consertos eventuais, cabe aos gestores planejar, implementar e monitorar as rotinas de manutenção, de modo a garantir a oferta de serviços de qualidade aos pacientes.
Desenvolver e seguir um plano de gerenciamento para equipamentos hospitalares é, também, uma exigência legal de todos os estabelecimentos de assistência à saúde, como hospitais e clínicas.

Importância da manutenção de equipamentos hospitalares
As últimas décadas foram marcadas pela inovação em saúde, área que ganhou uma série de novos aparelhos e possibilidades.
É verdade que muitos desses equipamentos resultaram do aprimoramento de tecnologias já existentes, como os dispositivos digitais utilizados em exames de imagem.
Um exemplo bem conhecido é o aparelho de mamografia digital, que confere maior acurácia às mamografias, detectando pequenos nódulos e microcalcificações – sinais precoces de câncer de mama.
Graças a essas e outras vantagens, os serviços de saúde adquirem cada vez mais equipamentos hospitalares.
Hoje em dia, não dá para imaginar uma unidade de saúde sem incubadoras, ventiladores pulmonares, equipamentos para a realização de diferentes tipos de raio-X, entre outros aparelhos.
No entanto, mesmo os dispositivos modernos perdem em qualidade quando não recebem a manutenção necessária.
Mais do que isso, alguns deles podem agravar problemas de saúde, implicando em graves riscos à integridade e até à vida do paciente.
Daí a importância de realizar vistorias e observar o desempenho dos equipamentos, ajustando-os quando preciso.

A manutenção hospitalar é parte de um correto gerenciamento das unidades de saúde
Tipos de manutenção de equipamentos hospitalares
Existem diversos tipos de manutenção aplicáveis aos equipamentos hospitalares, entre os quais vale mencionar os três principais:
- Manutenção corretiva: realizada para consertar ou corrigir falhas
- Manutenção preventiva: reúne as rotinas programadas de manutenção para evitar danos e falhas
- Manutenção preditiva: toma por base dados de monitoramento para antecipar problemas, realizando intervenções para que sejam evitados.
Falarei mais sobre cada tipo de manutenção nos tópicos seguintes.

Como funciona a manutenção de equipamentos hospitalares?
A manutenção hospitalar é parte de um correto gerenciamento das unidades de saúde.
Inclusive, a manutenção é exigida em legislações do Ministério da Saúde e da Anvisa, como a RDC n.º 2/2010.
A norma afirma que as unidades de saúde devem elaborar e implantar um plano de gerenciamento para equipamentos hospitalares e outros itens, como saneantes, produtos de higiene e cosméticos.
O planejamento deverá ser coordenado por um profissional capacitado tecnicamente e com nível superior, que pode ou não ser funcionário do hospital ou clínica.
Ele estará à frente das etapas de aquisição, implantação, gestão, manutenção corretiva, preventiva e preditiva dos dispositivos médicos, gerando fichas de acompanhamento para cada fase.
Assim, será possível rastrear os equipamentos, verificar seu funcionamento e corrigir falhas de forma organizada.
Manutenção preventiva de equipamentos hospitalares
A manutenção preventiva é realizada periodicamente, a fim de garantir o melhor desempenho do aparelho.
O ideal é que a unidade de saúde conte com um programa para esse objetivo, estabelecendo ações contínuas.
Quando bem executado, esse programa evita falhas, riscos aos usuários, trocas ou manutenção corretiva constante, proporcionando segurança e economia para o hospital ou clínica.
Determinar os dispositivos que farão parte das ações preventivas é o primeiro passo para montar um programa eficaz.
Conforme o manual Equipamentos Médico-Hospitalares e o Gerenciamento da Manutenção, editado pelo Ministério da Saúde, os aparelhos devem ser selecionados se estiverem enquadrados em qualquer dos casos a seguir:
- Possui partes móveis que necessitam ajuste ou lubrificação
- Tem filtros que requerem limpeza ou substituição
- Possui bateria que exige troca ou manutenção periódica
- Seu uso pode causar dano ao usuário ou operador
- Precisa ser calibrado constantemente
- Sua paralisação irá comprometer serviços realizados pelo estabelecimento
- Manutenção foi pedida pela administração do estabelecimento.
Na sequência, conheça também outros formatos de manutenção.
Manutenção preditiva de equipamentos hospitalares
A modalidade preditiva é complementar à manutenção preventiva, incluindo dados de monitoramento para qualificar o processo de prevenção de falhas.
Dessa forma, ela permite antecipar a intervenção na máquina, desacelerando o desgaste contínuo e evitando problemas incomuns – previstos através da análise de dados coletados continuamente por sensores.
Manutenção corretiva de equipamentos hospitalares
Como o nome sugere, a manutenção corretiva serve para reparar danos nos aparelhos, a fim de corrigir seu funcionamento.
Assim como tecnologias de outros setores, é comum que os equipamentos hospitalares apresentem algumas falhas esporadicamente, exigindo a manutenção corretiva.
Entretanto, é preciso avaliar a necessidade de troca quando as falhas se tornam constantes.
Dependendo do equipamento, sua paralisação e conserto podem gerar grandes impactos no negócio, interrompendo serviços e sacrificando o orçamento.
A rotina de manutenção corretiva inclui tarefas como:
- Avaliação do impacto da falta do equipamento no setor ao qual pertence, nível de obsolescência e outras características técnicas
- Reparo do equipamento por equipe interna
- Substituição de peças
- Contato com fabricante ou assistência técnica
- Teste de controle de qualidade
- Preenchimento de formulário com histórico do equipamento
- Elaboração de relatório de desativação, caso ela seja sugerida.
No próximo tópico, esclareço quando realizar a manutenção de equipamentos médicos.

Quando fazer a manutenção dos equipamentos hospitalares?
Calcular a frequência das ações de manutenção é uma tarefa tão complexa quanto essencial para os estabelecimentos de saúde.
Em geral, é a equipe de engenharia nos hospitais ou uma equipe técnica terceirizada quem determina essa periodicidade.
Uma dica é observar as informações disponibilizadas pelo fabricante do equipamento para ter uma ideia dos cuidados necessários.
Também é importante considerar fatores como a frequência de uso, condições de operação e se o aparelho apresenta falhas recorrentes.
De acordo com diretrizes da Anvisa, a manutenção preventiva deve observar os seguintes aspectos:
- Equipamento ligeiramente fora de calibração, mas sem ter a operação afetada ou oferecer qualquer risco ao usuário e operador
- Aparelho precisando de alguma limpeza
- Leves desajustes, como folgas em uma peça ou outra
- Necessidade de pouca manutenção corretiva
- Não há reclamações do operador da máquina
- Lubrificação e alguns ajustes fazem o aparelho funcionar bem.
Entenda na sequência de quem é a responsabilidade pela manutenção dos aparelhos médicos.
Quem deve realizar a manutenção de equipamentos hospitalares?
Apenas profissionais habilitados, como engenheiros e técnicos especializados em manutenção hospitalar devem realizar esses procedimentos.
Geralmente, hospitais e estabelecimentos maiores possuem uma equipe interna de manutenção, que fica responsável por todas as etapas do plano de gerenciamento de equipamentos hospitalares.
Esse time realiza reparos, troca de peças e outras atividades gerais, contudo, há casos em que pode ser necessário o apoio de empresas terceirizadas para consertar equipamentos mais complexos.
Nesses momentos, o coordenador da equipe interna aciona um profissional junto à assistência técnica ou ao fabricante do aparelho.
Contudo, mesmo em clínicas pequenas, faz sentido contar com um profissional capacitado para fazer consertos e cumprir o cronograma de manutenção preventiva.
Como fazer a manutenção de equipamentos hospitalares?
Etapa fundamental do plano de gerenciamento de tecnologias nos estabelecimentos de saúde, a manutenção deve ser pensada de acordo com as características, orçamento disponível e frequência de uso dos equipamentos médicos.
Todas essas informações devem ser relatadas em documentos de rastreamento do aparelho.
Mas há alguns passos gerais, aplicáveis a qualquer dispositivo, e que devem ser contemplados durante a manutenção.
Confira, a seguir, um guia para ajudar na investigação de falhas, ajuste e manutenção dos equipamentos hospitalares, resultando em um melhor desempenho e qualidade do serviço prestado com o auxílio deles.
1. Inspeção geral do equipamento
Comece cada manutenção fazendo uma vistoria para verificar se o aparelho está em ordem e conservado.
Mesmo que a tecnologia seja um tanto obsoleta, o equipamento precisa estar em boas condições de uso.
Nesta etapa, preste atenção em cada peça e confirme se há fissuras, partes faltando ou mal encaixadas.
Aproveite para fazer uma inspeção no quesito limpeza, prevenindo a exposição de funcionários e pacientes à contaminação após o contato com o dispositivo.
2. Lubrificação de peças
Alguns equipamentos e itens hospitalares pedem o uso de óleos lubrificantes para que funcionem adequadamente.

Motores e partes delicadas, como dobradiças e articulações, podem precisar de lubrificantes com mais frequência.
Ao elaborar a rotina de manutenção, a equipe ou técnico responsável devem considerar essa especificidade, adquirindo o produto correto para evitar a corrosão e desgaste precoce de peças.
Essas informações costumam estar no manual do fabricante.
3. Teste para verificar o desempenho
Serve para checar se o equipamento está funcionando segundo os padrões mínimos de desempenho e segurança.
Cada tipo de aparelho tem o seu teste específico, que deve ser realizado apenas por profissionais capacitados tecnicamente, seja na unidade de saúde, fabricante ou empresa terceirizada.
Caso o desempenho não seja satisfatório, vale verificar se o dispositivo recebeu a lubrificação, limpeza e calibração necessárias.
4. Teste para verificar a parte elétrica
Boa parte das tecnologias utilizadas em hospitais funciona com o suporte de uma corrente elétrica.
Portanto, é útil testar se o processo está ocorrendo corretamente, sem riscos para quem manuseia o equipamento.
Assim como o teste de desempenho, a verificação da parte elétrica deve ser conduzida por profissionais habilitados, em um ambiente controlado.
Mais uma vez, os procedimentos dependem das características do aparelho em questão.
Descarga interna de energia e tempo de carga máxima são alguns itens testados em desfibriladores, por exemplo, a partir de procedimentos normatizados e em ambientes controlados.
5. Troca de peças que estejam com a vida útil vencida
Baterias, filtros e outros acessórios costumam pedir trocas periódicas que, quando não realizadas, prejudicam o funcionamento dos aparelhos hospitalares.
Verifique, então, se o equipamento tem alguma peça que ultrapassou a vida útil garantida pelo fabricante, ou seja, que já deveria ter sido descartada.
Embora, algumas vezes, esse descarte pareça um desperdício, a substituição de acessórios danificados ou obsoletos aumenta a eficiência do dispositivo, potencializando a entrega de resultados melhores.
No médio e longo prazo, a troca de peças vai diminuir despesas com manutenções corretivas e facilitar o trabalho dos profissionais do estabelecimento de saúde.
6. Calibração dos equipamentos conforme padrões técnicos
Calibrar implica em avaliar o desempenho, comparando dados do equipamento com valores gerados por uma unidade de medição padrão.
Por atender a padrões técnicos, essa dinâmica também deve ser conduzida por especialistas de locais como laboratórios de calibração, que estão aptos a fazer os ajustes necessários para que o aparelho funcione corretamente.
7. Limpeza técnica e desinfecção das superfícies
A manutenção dos aparelhos deve incluir procedimentos de limpeza adequados, que removam a poeira, oleosidade, umidade e outras sujeiras sem danificar o equipamento.
Consulte o manual do fabricante para verificar os cuidados necessários para essa remoção mecânica e/ou química de sujidades, além de orientações sobre a desinfecção de superfícies e materiais hospitalares.
Segundo recomenda este conteúdo de Segunda Opinião Formativa:

“A decisão para escolha de um desinfetante deveria levar em consideração aspectos que envolvam efetividade, toxicidade, compatibilidade, efeito residual, solubilidade, estabilidade, odor, facilidade de uso e custos, entre outros. Além disso, é importante que o desinfetante seja recomendado e aprovado pelo Ministério da Saúde. Uma avaliação referente ao tipo de procedimento (mais ou menos invasivo) e tipo de paciente (mais ou menos suscetível) também deve ser realizada antes da escolha do processo e tipo de desinfetante.”
8. Registre as atividades e ações feitas no equipamento médico hospitalar
A legislação brasileira é rígida quanto ao rastreamento dos equipamentos hospitalares, exigindo a documentação de cada procedimento realizado, desde a fabricação até o descarte, incluindo medidas de manutenção preventiva e corretiva.
Isso faz sentido, pois diversas dessas tecnologias apresentam riscos para a sociedade quando não seguem os padrões de segurança.
Um exemplo são os aparelhos utilizados para exames radiológicos, como tomografia e radiografia.
Por emitirem radiação ionizante, precisam seguir medidas de controle durante toda a sua fase de utilização e descarte.

A manutenção corretiva serve para reparar danos nos aparelhos, a fim de corrigir seu funcionamento
Cuidados gerais com os equipamentos hospitalares
Além da manutenção, alguns cuidados estendem a vida útil e melhoram o desempenho dos equipamentos médicos.
A primeira dica é observar as recomendações do fabricante quanto à calibração, manuseio e limpeza.
Citei, acima, que a calibração é uma análise do rendimento dos aparelhos. A partir dela, é possível fazer ajustes para melhores resultados.
Uma correta higienização também contribui para o bom funcionamento dos dispositivos médicos.
Em geral, eles requerem processos de descontaminação, que eliminam os microrganismos presentes nas superfícies de maneira parcial ou total.
Já o manuseio envolve cuidados não apenas em relação ao uso do aparelho, mas também no seu transporte e movimentação, visando evitar danos às peças.
Comodato de equipamentos hospitalares como opção para clínicas, hospitais e consultórios
Por melhor que sejam a manutenção e cuidados gerais, há casos em que os equipamentos precisam ser substituídos por novos.
Apesar dos custos envolvidos, há soluções para se adequar ao orçamento.
Clínicas e hospitais ganham em qualidade e integração com novas tecnologias, como a telemedicina.
Essa especialidade utiliza tecnologias da informação e comunicação para viabilizar a emissão de laudos online e segunda opinião qualificada.
Para ampliar o acesso a esses serviços, as empresas de telemedicina criaram uma forma de economizar na aquisição de aparelhos: o comodato de equipamentos médicos.
Basta que o cliente contrate um pacote de laudos digitais por mês para ganhar o direito de usar dispositivos modernos sem custo adicional, enquanto durar a parceria.
Assim, não é preciso arcar com a compra ou aluguel comum, que podem impactar o orçamento de negócios pequenos ou médios.
A Telemedicina Morsch como alternativa para o comodato
Antes de escolher sua parceira para o comodato, é importante conhecer a reputação e serviços ofertados por ela.
A Telemedicina Morsch disponibiliza equipamentos com tecnologia de ponta, versáteis e seguros, além de garantir a emissão de laudos com confiabilidade.

Exames diagnósticos em neurologia, cardiologia, pneumologia e radiologia podem se beneficiar do aluguel em comodato e dos laudos a distância.
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Como funciona o telediagnóstico na Morsch?
Através de uma plataforma intuitiva e uma equipe completa de especialistas, a Morsch facilita o dia a dia de clínicas e hospitais brasileiros, emitindo laudos médicos a distância.
Estabelecimentos que não possuem aparelhos digitais podem aderir ao aluguel em comodato e desfrutar de todas as vantagens da telemedicina.
Por meio do treinamento disponível na própria plataforma, é possível capacitar técnicos de enfermagem e radiologia para conduzir os exames complementares.
Ao final do procedimento, o aparelho digital envia dados a um computador através de um software específico, que transforma os registros em imagens e gráficos.
Eles são compartilhados via portal de telemedicina, acessível mediante login e senha.
Em seguida, especialistas entram na plataforma, analisam e interpretam os achados do exame, produzindo o telelaudo.
O documento recebe a assinatura digital do médico e é liberado na plataforma, podendo ser impresso, se necessário.
Todo esse processo leva apenas alguns minutos, o que faz do serviço de laudos a distância uma opção inteligente para agilizar a entrega de resultados de exames.
Conclusão
Ao final do artigo, você está bem informado sobre os principais cuidados e etapas da manutenção de equipamentos hospitalares.
Fica evidente a relevância de ações de manutenção preventiva e da substituição de tecnologias obsoletas, culminando no aumento da qualidade e eficiência dos aparelhos.
Outro benefício é a possibilidade de combinar dispositivos digitais com a telemedicina, agregando agilidade com o processo de emissão de laudos médicos a distância.
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