Aparelho de eletroencefalograma: entenda como funciona e veja dicas para escolher

O aparelho de eletroencefalograma viabiliza um dos principais exames complementares em neurologia atualmente.

Falo do eletroencefalograma ou EEG, que permite um estudo simples e não invasivo dos impulsos elétricos emitidos pelos neurônios.

Nesse contexto, é importante considerar o modelo, funcionalidades do equipamento utilizado e outros quesitos que impactam na qualidade dos resultados do exame.

Neste artigo, você confere um panorama completo sobre o aparelho de EEG, incluindo dicas para selecionar o dispositivo ideal para sua clínica ou hospital.

Leia até o fim para conhecer também soluções de telemedicina neurológica que otimizam a emissão de laudos médicos e a ampliação do seu portfólio de exames.

O que é um aparelho de eletroencefalograma?

Aparelho de eletroencefalograma é o equipamento que permite avaliar a atividade elétrica cerebral.

Sua estrutura é formada por eletrodos, cabos e um pequeno monitor, onde fica o amplificador de corrente elétrica.

Vale lembrar que, dependendo do tipo de aparelho, mudam as características do exame.

O eletroencefalograma digital tem gráficos mostrados na tela do computador, enquanto o analógico traz resultados impressos.

A seguir, conheça mais sobre o equipamento.

Para que serve o aparelho de eletroencefalograma?

Mencionei, na abertura do texto, que o aparelho de EEG permite a realização do eletroencefalograma.

Ao evidenciar padrões e ondas mentais, esse exame apoia o diagnóstico de diversas condições, incluindo:

• Epilepsia
• Outros tipos de convulsão
• Intoxicações
• Encefalite
• Síndromes demenciais
• Alterações vasculares
• Tumores cerebrais
• Coma
• Morte encefálica.

No próximo tópico, entenda como é o funcionamento do aparelho.

Como funciona um aparelho de eletroencefalograma?

O aparelho funciona a partir da conexão entre eletrodos e monitor.

Na fase de preparo do eletroencefalograma, os eletrodos EEG são fixados em locais específicos da cabeça do paciente, de acordo com montagens como o Sistema 10-20.

Para melhor aderência dos eletrodos, é utilizado um gel condutor de eletricidade em cada ponto marcado previamente.

Cada eletrodo fica conectado a um cabo que, na outra ponta, leva ao monitor do equipamento.

Uma vez ligado, o eletroencefalógrafo utiliza um poderoso amplificador de corrente elétrica para aumentar a intensidade dos sinais gerados por neurônios milhares de vezes.

Assim, eles podem ser captados pelos eletrodos e transmitidos ao monitor através dos cabos.

Caso o dispositivo seja analógico, vai utilizar um galvanômetro para converter os sinais em gráficos de linha, impressos em uma tira de papel.

Já a tecnologia digital emprega um software específico para transformar os sinais em imagem.

Como escolher um aparelho de eletroencefalograma?

Entender o que deve ser considerado ao adquirir um aparelho de eletroencefalograma é importante para garantir a eficácia dos exames realizados. 

Além disso, estudar quais itens atendem às necessidades aumenta a precisão e a qualidade dos resultados.

Também colabora para a aquisição de um equipamento que seja compatível com o que a sua clínica ou hospital busca no mercado.

Listo abaixo fatores que ajudam a fazer um investimento de maneira adequada.

1. Avalie a quantidade de eletrodos existentes

Na busca por um aparelho de eletroencefalograma, você encontrará diferentes modelos, sendo que a quantidade de eletrodos existentes em cada sistema é variável, de acordo com o tipo e a configuração. 

No mercado é possível encontrar opções distintas e o investimento em itens com um maior número de eletrodos costuma ser mais alto.

Ao escolher a quantidade de eletrodos, avalie quais são os seus objetivos, já que cada local conta com necessidades específicas, dependendo do tipo de público ou da preferência por determinada opção.

2. Verifique se o eletroencefalógrafo tem registro

Um dos requisitos básicos para uma boa escolha é verificar se o eletroencefalógrafo tem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão responsável pela certificação de equipamentos médicos no Brasil.

Dispositivos devidamente registrados atendem a padrões mínimos de segurança e qualidade, atendendo às normas vigentes. 

Fazer isso é essencial para evitar problemas relacionados a multas ou sanções derivadas do descumprimento da legislação, o que é negativo para a instituição e não transmite ao público a credibilidade necessária.

Além disso, quando o equipamento é registrado na Anvisa, significa que ele atende a todas as especificações e parâmetros exigidos na lei. 

O que, por sua vez, indica que você está adquirindo um produto de qualidade e que fornece segurança e eficiência nos exames.

3. Observe se o aparelho é digital

Vale também verificar se o equipamento é digital, pois essa funcionalidade fornece vários recursos úteis para a realização do exame. 

Analise se o aparelho conta com entrada USB, o que confere autonomia por não requerer conexão direta com a rede elétrica para funcionar.

Com esse recurso, é possível conectar o aparelho de EEG a um notebook ou outro dispositivo móvel.

Isso garante mais praticidade e agilidade, independentemente do local de atendimento. 

Por exemplo, se for necessário utilizá-lo fora do ambiente hospitalar, o especialista poderá conectá-lo sem dificuldade, executando o atendimento com rapidez e praticidade. 

Inclusive, é importante optar por um software simples de ser manuseado e intuitivo, a fim de evitar complicações ou falhas por causa do uso incorreto de alguma ferramenta ou configuração.

Quando o eletroencefalógrafo tem um software de baixa complexidade, os profissionais que o utilizam não precisam ter muito conhecimento na área de TI para usá-lo de maneira correta e eficiente. 

Isso permite que, após um treinamento básico, o próprio técnico de enfermagem, médico generalista ou outro profissional de saúde esteja apto a operar o equipamento.

A maior parte dos eletroencefalógrafos utilizados atualmente têm essas características, o que permite a integração com outros sistemas para o compartilhamento de informações médicas.

4. Leve em conta a quantidade de tempo para posicionar os eletrodos

O tempo gasto no posicionamento dos eletrodos é um fator que ajuda a determinar em qual equipamento é mais indicado investir.

Nesse sentido, é importante saber qual sistema apresenta um melhor desempenho, já que há variação.

Sendo assim, considere a quantidade de eletrodos que serão utilizados e o meio condutor que o equipamento oferece.

Se você optar pelo EEG com método em gel, por exemplo, terá um período de aplicação maior por causa do tempo necessário para a fixação.

Além disso, a limpeza costuma ser mais lenta ao retirar a pasta condutora do couro cabeludo do paciente.

Dessa forma, muitas instituições optam pelo sistema com solução salina no exame.

Nesse tipo de EEG, é possível ter uma configuração mais rápida, embora possa haver impedância durante o exame.

Veja no infográfico abaixo um resumo visual das etapas para escolha do melhor aparelho de eletroencefalograma.

É possível mensurar a qualidade do aparelho de eletroencefalograma?

Medir a qualidade do eletroencefalógrafo é uma tarefa específica e complexa, na qual são empregadas técnicas e dispositivos capazes de quantificar sua eficiência.

Existe, por exemplo, uma análise feita por meio do processamento matemático de componentes específicos do traçado gerado pelo EEG para diagnóstico (EEG quantitativo), que pode ajudar na avaliação do sinal. 

Independentemente do método, mensurar a qualidade de maneira confiável depende de ensaios técnicos.

O que se pode fazer para optar por um equipamento de EEG adequado é observar se ele tem certificação e registro na Anvisa.

Além de seguir as instruções do fabricante para que ele funcione em condições ideais – temperatura ambiente, umidade e luminosidade, por exemplo.

Aparelho de eletroencefalograma portátil é bom?

Sim, um aparelho de eletroencefalograma portátil reúne as mesmas qualidades de um fixo.

Além disso, agrega valor justamente em razão da sua principal característica: a portabilidade.

Afinal, um eletroencefalógrafo portátil facilita o transporte e a realização de EEG em diversos locais.

É uma característica que permite o atendimento a pacientes acamados ou com dificuldades de locomoção.

Quais são os principais aparelhos de encefalograma?

Neste tópico, selecionamos informações sobre alguns dos principais aparelhos de eletroencefalograma do mercado.

Tudo para que você conheça as funcionalidades e especificações de cada um, de modo a fazer a escolha certa. 

Confira!

Aparelho de Eletroencefalograma Meditron – modelo Vertex

Quando nos deparamos com um aparelho de EEG, que monitora os impulsos elétricos do cérebro, muitas perguntas podem surgir, como:

• Será que é complexo?
• Minha equipe precisa entender de TI para manusear o equipamento?
• Seremos capazes de iniciar esse serviço em nossa clínica?

Mas saiba que, com dedicação, estudo e treinamento, qualquer técnico de enfermagem é capaz de realizar o exame com qualidade para posterior envio por meio do sistema de telemedicina online.

Um dos aparelhos disponíveis para essa tarefa é o eletroencefalógrafo Meditron modelo Vertex, que é inteiramente portátil, ou seja, pode ser transportado com facilidade.

Uma das vantagens desse equipamento é que ele não precisa ser conectado à rede elétrica para funcionar. 

Também tem entrada USB, utilizando apenas a bateria do notebook. 

O dispositivo também pode ser empregado em locais sem internet, pois é capaz de armazenar registros de exames, dispensando o aterramento.

Graças a seu software intuitivo, é possível optar por montagens com menos eletrodos para exames ocupacionais, o que reduz o tempo de preparo para o EEG e confere maior agilidade aos exames.

Aparelho de Eletroencefalograma Neurovirtual BW

A Neurovirtual também é tradicional entre os fabricantes de eletroencefalógrafos. 

Oferece desde aparelhos mais básicos até os mais completos, que realizam todos os tipos de EEG, inclusive com mapeamento cerebral.

O Neurovirtual BW é portátil e não demanda muita manutenção. 

Seu design e funcionalidades facilitam o manuseio, com leitura automática simplificada. 

O equipamento é robusto e apresenta qualidade nos registros gráficos que são enviados para análise por meio da telemedicina. 

Seu software centraliza as bases de dados, apresentando-os de forma organizada.

Aparelho de Eletroencefalograma Neurosoft

Alguns aparelhos da marca conseguem incorporar em seu software outro exame popular: o eletrocardiograma.

Essa característica agrega mais funcionalidades no momento de programar a compra e a instalação, tanto do aparelho de EEG quanto do ECG, sem precisar comprar dois equipamentos separados.

O equipamento tem 28 canais de entrada, pesa menos de um quilo e pode ser transportado facilmente. 

Um diferencial das versões mais modernas da Neurosoft é um editor de modelos de laudo acoplado ao software. 

Essa ferramenta gera documentos com layout personalizado, que seleciona épocas para análise e páginas para impressão.

Aparelho de Eletroencefalograma Neurotec – modelo Neuromap

Outra empresa de tradição que viabiliza eletroencefalogramas de qualidade é a Neurotec.

Seus equipamentos permitem a realização de vários tipos de EEG, além da monitorização durante o sono (polissonografia). 

O cliente escolhe entre dispositivos com 26 ou 54 canais, dependendo da necessidade.

Ambos os modelos neuromap empregam técnicas modernas de Processamento Digital de Sinais (DSP) e recursos que simplificam a transmissão de dados para a geração de laudos a distância.

Aparelho de Eletroencefalograma Emsa modelo TIEEG

Localizada no Rio de Janeiro, a Emsa é outra marca reconhecida no mercado. 

Seus aparelhos garantem portabilidade e agilidade na realização de exames de eletroencefalograma ocupacional e clínico.

Portátil, o equipamento é capaz de compactar os arquivos, compartilhando os registros de EEG em poucos minutos. 

Durante o EEG em vídeo, ele permite ajustes para tornar as imagens mais nítidas, sendo possível alterar o brilho, o contraste e as cores.

Quais as vantagens do laudo a distância do eletroencefalograma?

O pacote de telelaudos disponibilizado separadamente ou junto ao comodato funciona via telediagnóstico.

Tudo começa com a realização do EEG normalmente, por um profissional de saúde in loco, que compartilha os resultados no software de telemedicina em nuvem.

Em seguida, um neurologista especializado na área do exame faz a interpretação do eletroencefalograma.

Ele produz e insere sua assinatura digital no laudo online, liberado na própria plataforma.

O processo agrega benefícios como:

• Laudos entregues em minutos

• Teleinterconsulta em tempo real no caso de urgências
• Economia de tempo e dinheiro que seriam gastos com deslocamentos
• Serviço disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive aos domingos e feriados
• Cobertura de férias, folgas e outras ausências do neurologista local
• Opção de segunda opinião médica.

Acesse esta página e comece a aproveitar as vantagens dos laudos a distância!

 

 

 

 

Sobre a Telemedicina Morsch

Inovadora e experiente, a Morsch atua há duas décadas junto a clínicas e hospitais brasileiros, otimizando os resultados de exames diagnósticos por meio dos laudos a distância para as seguintes especialidades:

• Neurologia

• Cardiologia

• Pneumologia

• Radiologia.

Clientes da Morsch têm suporte em todas as etapas: desde o treinamento dos técnicos, disponível 24 horas por dia na plataforma, até o esclarecimento de dúvidas sobre os laudos.

Assim, fica mais fácil ampliar o portfólio, conquistar e fidelizar pacientes para aumentar as receitas.

Conclusão

Vimos, neste artigo, como funciona e como escolher o melhor aparelho de eletroencefalograma.

Ficou evidente que adquirir tecnologias digitais contribui para elevar a qualidade do EEG, além de permitir a integração junto a sistemas como a telemedicina.

Permita que a Morsch seja sua parceira no processo de modernização da sua clínica, fornecendo laudos remotos com eficiência e segurança.

O que achou do post? Compartilhe nas redes sociais!

Navegue pelo blog para conferir outros conteúdos sobre neurologia.