Eletrodos EEG: principais tipos, como colocar e limpar
Os eletrodos EEG são acessórios indispensáveis para a realização do exame, pois captam os impulsos elétricos emitidos pelo cérebro.
Conectados ao monitor do aparelho de eletroencefalograma, essas pequenas peças transmitem os sinais, permitindo sua conversão em gráficos de linha.
No entanto, é preciso ter atenção à limpeza e aplicação da pasta condutora de eletricidade, evitando artefatos que impeçam a interpretação do exame.
Discorro sobre esses cuidados ao longo deste texto, incluindo orientações para colocar os eletrodos do EEG corretamente.
Leia até o fim e conheça as vantagens da telemedicina para a emissão de laudos online para o eletroencefalograma.
O que são eletrodos EEG?
Eletrodos EEG são pequenos dispositivos que se conectam ao monitor do equipamento de eletroencefalograma.
As peças são responsáveis por coletar correntes elétricas espontâneas emitidas pelos neurônios durante o exame, enviando-as ao monitor.
Isso faz dos eletrodos essenciais para a condução do EEG.
Eles ficam colados ao couro cabeludo do paciente, captando a eletricidade que será filtrada e amplificada para seu registro em forma de ondas cerebrais.
Geralmente, o exame é feito em vigília, sonolência e sono, a fim de permitir a comparação das diferentes ondas aos padrões de normalidade.
Também é comum a realização de manobras que provocam reações de determinados grupos de neurônios.
Uma delas é a hiperventilação, desencadeada a partir da respiração acelerada durante o EEG.
Já a fotoestimulação é gerada por meio de um equipamento chamado estroboscópio, que produz luzes fortes e piscantes em frente ao paciente.
O eletroencefalograma pode ser realizado por médicos generalistas ou especialistas, ou mesmo técnicos de enfermagem que tenham treinamento específico.
Tipos de eletrodos EEG
Diferentes modalidades de eletrodos para EEG são encontradas no mercado, sendo que a maioria precisa de pasta ou gel condutor para garantir a aderência ao couro cabeludo.
Há opções com formatos distintos e até mesmo as descartáveis.
Alguns tipos de eletrodos EEG são:
- Eletrodo passivo: são bastante populares, consistindo numa peça revestida de prata e conectada a um fio individual que leva ao monitor do EEG. Necessita de gel condutor para possibilitar a captação dos sinais elétricos
- Eletrodo ativo: com tecnologia avançada, esse tipo de eletrodo dispensa a pasta condutora. Seus circuitos ativos facilitam o registro de impulsos elétricos, reduzindo o ruído ambiente
- Eletrodo seco: diminui o tempo necessário para o preparo do paciente antes do EEG. Os eletrodos secos ficam conectados por meio de um tipo de capacete que pode ser ajustado ao tamanho e formato da cabeça do paciente. Como o nome sugere, não utilizam gel condutor de eletricidade
- Eletrodo esponja: também não precisa de gel, pois seu formato permite alta aderência ao couro cabeludo. Costuma ser empregado quando o eletroencefalograma usa grande quantidade de canais (de 32 a 128, dependendo do aparelho).
A seguir, explico como colocar eletrodos no eletroencefalograma.
Como ocorre a colocação de eletrodos para EEG?
A colocação dos eletrodos para EEG começa com a confirmação do posicionamento correto no couro cabeludo do paciente.
É importante que a cabeça tenha sido lavada apenas com xampu, evitando que fique com restos de cremes e cosméticos capazes de interferir na fixação dos dispositivos.
Como expliquei acima, os eletrodos mais populares necessitam da aplicação da pasta condutora, que deve ser colocada em quantidade suficiente para preencher todo o seu interior.
Em seguida, cada dispositivo é colocado numa das posições referidas no próprio aparelho de EEG, ou conforme prescrição médica.
Pode-se utilizar um pente ou caneta para expor o couro cabeludo ao máximo, favorecendo a fixação do eletrodo.
Cabe frisar que, uma vez colocado, o eletrodo não deve sair facilmente.
Cada fio de dispositivo é conectado a uma entrada do monitor do EEG, a fim de gerar registros fidedignos.
Posicionamento dos eletrodos no EEG
O posicionamento vai depender do padrão requisitado.
Um dos mais conhecidos é o Sistema Internacional 10-20%, que divide a cabeça em dois hemisférios e coloca os eletrodos na mesma distância entre si.
Ou seja, o segundo eletrodo é 20% mais espaçado que o primeiro, e assim por diante.
De acordo com a recomendação da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica (SBNC):
- O posicionamento dos eletrodos deve ser baseado em medidas específicas feitas a partir de pontos de referências do crânio, sendo proporcionais ao tamanho e forma
- Toda a superfície encefálica deve estar adequadamente coberta
- As designações dos eletrodos deverão ser expressas conforme as áreas cerebrais subjacentes (frontal, parietal, temporal, etc.), com o objetivo de facilitar a compreensão por não especialistas e a comunicação entre os diferentes laboratórios.
Confira mais detalhes neste treinamento completo para eletroencefalograma.
Como limpar eletrodos de EEG?
Os eletrodos são peças delicadas, portanto, é preciso cuidado para fazer a limpeza.
Nunca os deixe de molho na água, pois isso pode danificar sua estrutura.
O ideal é lavar com água corrente e, se for preciso, completar a limpeza com uma escova de cerdas macias.
Não aplique muita força para retirar o gel condutor que estiver no dispositivo e procure apoiá-lo sobre uma superfície plana e rígida, como uma mesa.
Segure o fio com firmeza e passe a escova de leve, com movimentos para cima.
Fique atento para não retirar a camada de prata que reveste a superfície do eletrodo.
Neste vídeo, mostro como aplicar a técnica.
Vantagens da telemedicina no laudo do EEG
Mencionei antes que técnicos de enfermagem podem conduzir o eletroencefalograma.
No entanto, a interpretação é restrita a neurologistas especializados em EEG.
Esses especialistas nem sempre estão presentes em pequenos hospitais e clínicas afastados dos centros urbanos.
Pensando nisso, a telemedicina disponibiliza um caminho para acessar neurologistas de qualquer parte do mundo, usando um sistema seguro.
Dentro da plataforma Morsch, sua equipe pode solicitar a interpretação a distância do eletroencefalograma, compartilhando os gráficos em nosso software.
Em seguida, um de nossos especialistas inicia a avaliação, considerando a suspeita clínica e histórico do paciente.
Ele produz o laudo eletrônico, assinado digitalmente.
Desse modo, o resultado é entregue em minutos no sistema.
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Conclusão
Abordei neste texto a importância, posicionamento e tipos de eletrodos EEG.
Trouxe ainda soluções de telemedicina para dar agilidade aos laudos de exames neurológicos.
Se ficou alguma dúvida ou sugestão, deixe um comentário.
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