Aprenda como interpretar um eletroencefalograma facilmente
![como interpretar um eletroencefalograma como interpretar um eletroencefalograma](https://telemedicinamorsch.com.br/wp-content/uploads/2018/10/como-interpretar-um-eletroencefalograma.jpg)
Unidades de saúde que ofereçam o exame EEG precisam contar com profissionais que saibam como interpretar um eletroencefalograma.
Mas a tarefa não é tão simples, pois vários são os detalhes a observar na análise dos resultados.
Há, por exemplo, diferentes versões do exame, como o eletroencefalograma em vigília e com mapeamento cerebral.
A sua complexidade só não é maior do que a importância para os cuidados com a saúde.
É por isso que saber como interpretar um eletroencefalograma é fundamental para alcançar um laudo assertivo, oferecendo suporte ao diagnóstico de problemas neurológicos, distúrbios do sono e demências.
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Neste artigo, vou apresentar informações completas sobre o chamado exame de cabeça.
Você vai aprender o que é eletroencefalograma e para que serve, como ele é realizado e que resultados podem ser observados.
Também vou explicar as diferenças entre um laudo de eletroencefalograma normal e um eletroencefalograma alterado, além de destacar as contribuições da telemedicina para a interpretação do exame.
O que é eletroencefalograma?
![Como interpretar EEG](https://telemedicinamorsch.com.br/wp-content/uploads/2018/10/como-interpretar-um-eletroencefalograma-tipos.jpg)
Paciente realizando um EEG
Eletroencefalograma é um exame que avalia a atividade elétrica do cérebro.
O procedimento é rápido, seguro, indolor e não invasivo.
Conhecido também como eletroencefalografia ou EEG, ele amplifica os impulsos elétricos cerebrais e os registra de forma gráfica.
Esses impulsos são os responsáveis pelas atividades realizadas pelo corpo humano, transmitidos como comandos cerebrais através de células chamadas neurônios.
Por meio de eletrodos, então, o eletroencefalograma capta e registra as atividades dos neurônios.
Para que serve o eletroencefalograma?
O eletroencefalograma serve para investigar anormalidades na atividade elétrica cerebral, por meio da análise de sua frequência.
No EEG, a frequência corresponde ao número de vezes que um mesmo sinal se repete a cada segundo.
Mesmo em pessoas saudáveis, ela costuma sofrer variações de acordo com o estado do organismo.
Isso acontece porque o cérebro funciona de modo diferente quando estamos acordados, concentrados, sonolentos ou em sono profundo.
A idade, nível de atividade física e outros fatores também interferem no padrão e nas variações da frequência cerebral.
Desde o final da década de 1920, o eletroencefalograma tem auxiliado neurologistas, clínicos e outros profissionais de saúde na compreensão da fisiologia elétrica do cérebro e neurônios, e de sua relação com patologias.
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O EEG é essencial para o diagnóstico e acompanhamento de distúrbios da consciência e doenças como a epilepsia, patologia que provoca perturbação nos neurônios, com a presença, ou não, de convulsões.
Ele costuma ser utilizado para a investigação de sintomas como convulsões, cefaleias (dores de cabeça), problemas de memória e distúrbios do sono, como a narcolepsia, uma doença que causa sonolência de forma abrupta e incontrolável, várias vezes ao dia.
Como funciona um aparelho de eletroencefalograma?
O aparelho utilizado no eletroencefalograma é formado por um conjunto de eletrodos conectados a um computador.
Durante o exame, os eletrodos são fixados em diferentes áreas da cabeça do paciente, a fim de captar a atividade das células nervosas do cérebro.
Como expliquei acima, a frequência cerebral sofre variações.
Os neurônios que vibram na mesma frequência tendem a se juntar e formar grupos.
Durante o EEG, são provocados estímulos luminosos em determinadas frequências, para receber respostas dos neurônios que vibram nelas.
Então, os eletrodos coletam essas respostas e levam os dados até um computador, onde um software é capaz de transformá-los em traçados distintos, formando um gráfico visível na tela (no caso do EEG digital) ou registrado em papel.
Tipos de eletroencefalograma
Como já destacado, o funcionamento do cérebro pode mudar de acordo com o estado do indivíduo.
Isso deu margem para a realização do EEG em diferentes condições.
A ideia é comparar e avaliar melhor os padrões, a fim de identificar alterações nos impulsos elétricos.
Os principais tipos de eletroencefalograma atualmente são: EEG em vigília, em sono e com mapeamento cerebral.
Vamos ver detalhes sobre eles agora.
Eletroencefalograma em vigília
Serve para mostrar a atividade espontânea do cérebro enquanto o paciente está acordado.
Dependendo da recomendação médica ou da suspeita clínica, ele pode ser solicitado a realizar atividades simples, como abrir e fechar os olhos, ou respirar rapidamente durante alguns instantes.
Eletroencefalograma em sono
Esta modalidade de EEG compreende o estudo cerebral enquanto a pessoa dorme, a fim de detectar distúrbios do sono.
Em geral, o paciente passa a noite no hospital para colher os dados necessários.
Pode ser que o indivíduo precise se privar do sono ou até receber sedação leve, de modo a garantir que durma tempo suficiente para gerar registros dos impulsos elétricos cerebrais.
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Eletroencefalograma com mapeamento cerebral
Este tipo de EEG se tornou possível graças ao uso de novas tecnologias, como aparelhos digitais.
O mapeamento cerebral é feito depois do registro do eletroencefalograma digital, a partir da escolha de momentos do exame para estudo mais detalhado de áreas ou reações do cérebro.
O material coletado é convertido é convertido em um mapa no computador com sinais e cores, sendo capaz de apontar as regiões afetadas por alterações durante o exame.
Preparo para o eletroencefalograma
![EEG infantil](https://telemedicinamorsch.com.br/wp-content/uploads/2018/10/como-interpretar-eletroencefalograma-como-e-feito.jpg)
Criança com eletrodos de EEG no couro cabeludo
A atividade do cérebro pode sofrer alterações pelo consumo de algumas substâncias, como a cafeína.
Por isso, é recomendado não ingerir alimentos que tenham essa substância nas 12 horas anteriores ao EEG.
O mesmo vale para componentes de algumas classes de medicamentos, como antidepressivos, anticonvulsivantes ou estimulantes.
Caso o paciente tome algum deles, deve procurar orientação médica para saber se precisará realizar uma pausa.
Para que os eletrodos sejam fixados sem problemas, é indicado que o paciente esteja com o couro cabeludo limpo e seco.
Se tiver prótese capilar, usar tinturas, estiver com algum curativo ou alergia na cabeça, pode haver dificuldade para a fixação dos eletrodos e registro dos impulsos elétricos.
Também é importante seguir outras recomendações do médico solicitante.
Durante a privação de sono para realização do EEG em sono, por exemplo, o paciente não deve dirigir.
Como é feito o exame eletroencefalograma
Após seguir o preparo necessário, o paciente deita numa maca ou senta em uma cadeira de forma que fique confortável.
Antes de iniciar, o médico ou técnico responsável pelo exame segue as recomendações do solicitante e posiciona os eletrodos com determinadas distâncias.
Eles recebem uma pasta que facilita a coleta de sinais elétricos e a aderência ao couro cabeludo.
Após fixados na cabeça do paciente, o aparelho de EEG é ligado.
Como expliquei antes, pode ser solicitado que o paciente realize algumas ações, como respirar rapidamente, abrir e fechar os olhos ou observar uma luz brilhante que pisca – método conhecido como estimulação intermitente com luz estroboscópica.
Essas ações integram as provas de ativação do exame, que o tornam mais sensível ao registrar a reação dos neurônios diante de estímulos diferentes.
O que pode ser detectado no eletroencefalograma?
O EEG pode indicar uma série de desordens neurológicas, doenças degenerativas do sistema nervoso, tumores e demências.
Esse exame é solicitado para investigar causas de coma, complicações após concussão na cabeça e diagnóstico de males graves, como o acidente vascular cerebral (AVC).
Inflamações no cérebro (encefalites), lesões, hemorragias e inchaços (edemas) também podem ser observados a partir do EEG.
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Sua indicação mais comum, entretanto, é para o diagnóstico e acompanhamento da epilepsia, ou de outras causas de convulsão.
Como interpretar um eletroencefalograma
Como interpretar um eletroencefalograma? Dada a importância do exame, fica clara a necessidade de aprender como interpretar um eletroencefalograma com qualidade, o que exige conhecimentos sobre os padrões cerebrais, tipos de onda e alterações na frequência.
Por isso, a responsabilidade de avaliar os resultados é dos médicos neurofisiologistas clínicos (eletroencefalografistas).
Relacionadas a padrões específicos do ritmo cerebral, as ondas mentais estão presentes nos laudos de todos os tipos de eletroencefalograma.
Elas possuem amplitude e frequência, que pode ser medida em Hertz (HZ).
A amplitude pode ser definida como a distância entre o eixo e a crista (ponto mais alto) de uma onda.
Os quatro tipos principais de onda cerebral são: alfa, beta, teta e delta.
As ondas alfa (7-13 HZ) estão relacionadas a um estado de relaxamento e redução da ansiedade durante a vigília.
Também observadas enquanto o indivíduo está acordado, as ondas beta (13 -30 HZ) indicam concentração e estado de alerta.
A sonolência costuma apresentar ondas teta (4-7 HZ), que mostram uma atividade cerebral reduzida.
Já as ondas delta (4-0 HZ) têm relação com o sono profundo.
Como interpretar um eletroencefalograma normal
Quando o exame é normal, significa que a atividade elétrica cerebral está dentro dos padrões que se espera, considerando fatores como a idade e estímulos realizados durante o EEG.
Ou seja, em um adulto saudável, ondas alfa e beta são registradas durante a vigília, ondas teta enquanto ele está sonolento, e ondas delta nos estágios avançados do sono.
Como interpretar um eletroencefalograma alterado
Por sua vez, entender como interpretar um eletroencefalograma alterado exige mais do especialista.
A presença de ritmos alterados pode sinalizar distúrbios, uso de drogas ou presença de substâncias estimulantes, como a cafeína.
Ao avaliar os registros de um exame, o médico compara os resultados a padrões de frequência e amplitude das ondas.
Amplitude
Amplitudes podem ser consideradas baixas, médias ou altas após a avaliação do traçado do EEG.
O ponto de atenção é com amplitudes baixas, que podem sinalizar ansiedade, dor e até lesões cerebrais.
Frequência
Resultados fora dos padrões de frequência também podem indicar patologias.
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O ritmo alfa, por exemplo, normalmente é interrompido durante ações como abertura dos olhos, influxo de luz e atividade mental (concentração).
No estado de sonolência, é comum aparecerem apenas pequenos surtos de ondas alfa, em intervalos cada vez maiores.
É importante ressaltar que essas ondas podem sofrer variações peculiares, não necessariamente causadas por doenças.
Por exemplo, o ciclo menstrual pode provocar esse efeito em algumas mulheres.
Já determinados medicamentos e distúrbios psiquiátricos tendem a aumentar a quantidade de ondas beta, registradas em alta frequência.
Quando assimétrico e constante, o ritmo teta pode sugerir disfunções em alguma parte do cérebro.
Doenças inflamatórias, infecciosas e intoxicações por drogas podem ser evidenciadas por registros de atividade delta em surtos, desorganizando o traçado de base do EEG.
Duração do exame de eletroencefalograma
A maioria dos eletroencefalogramas (EEG de rotina) dura entre 20 e 40 minutos.
Já o EEG que une estados de sono e vigília costuma durar entre 8 e 12 horas.
Dependendo da suspeita clínica, recomendação do médico solicitante e resultados observados durante o exame, o exame pode se estender por mais horas e até dias.
Riscos do eletroencefalograma
Por não ser invasivo e nem aplicar qualquer corrente elétrica no corpo do paciente, o EEG pode ser realizado por qualquer pessoa, inclusive por crianças e gestantes.
Mas há pontos a observar com maior atenção.
Se o paciente tiver epilepsia ou convulsões de causas diversas, essas crises podem ocorrer durante algum estímulo.
Nesses casos, técnicos e outros profissionais de saúde treinados estarão disponíveis para oferecer auxílio.
A retirada dos eletrodos, realizada logo depois do exame, é um procedimento que não causa dor, mas pode provocar incômodo devido à pasta usada para fixação.
Basta lavar os cabelos para retirar restos do produto.
Médicos também recomendam que, após o EEG, o paciente vá para casa repousar.
Pessoas que precisaram de sedação leve para dormir durante o teste devem ser acompanhadas até a residência, evitando dirigir.
Por fim, quem teve necessidade de interromper o uso de medicamentos deve aguardar orientação médica para retomar o tratamento.
A Telemedicina na emissão de laudos a distância e na interpretação do eletroencefalograma
Não é novidade que, no Brasil, exista desigualdade na distribuição de médicos, incluindo a carência de especialistas qualificados para interpretar o EEG.
Esses profissionais, conhecidos como neurofisiologistas clínicos ou eletroencefalografistas, unem conhecimentos em neurologia, psiquiatria, padrões e variações registradas durante o eletroencefalograma.
São, portanto, médicos altamente especializados, nem sempre disponíveis, especialmente em locais remotos ou pequenas cidades no interior.
Foi para suprir lacunas como essas que a telemedicina surgiu, oferecendo laudos à distância.
A partir da tecnologia, não é mais necessário contar com eletroencefalografistas em todas as unidades de saúde que realizam o EEG.
Nesses casos, como de costume, um técnico pode ser capacitado para fazer o procedimento com um aparelho digital.
É a partir daí que o procedimento muda.
Os dados colhidos vão para um computador, são transformados em gráficos e compartilhados via plataforma de telemedicina.
Em seguida, um especialista pode acessar os dados do exame e as informações clínicas do paciente armazenadas em nuvem, de qualquer lugar do Brasil.
Para isso, basta que use um dispositivo conectado à internet, tenha login e senha.
Após interpretar o exame, o especialista anota suas impressões e conclusões em um laudo online, e o assina digitalmente.
Esse documento pode ficar disponível em apenas 30 minutos na plataforma.
A partir daí, pode ser impresso, acessado por pacientes e funcionários da unidade de saúde.
Por tudo isso, se não há como interpretar um eletroencefalograma na sua clínica, a análise do EEG através da telemedicina é uma excelente solução.
Conclusão
Neste artigo, você conferiu como interpretar um eletroencefalograma e todos os detalhes envolvidos na análise dos resultados do exame.
Fica claro que essa é uma tarefa complexa, que cabe apenas a especialistas.
Mas, com o suporte da telemedicina, é possível realizar EEGs e contar com laudos confiáveis, mesmo em lugares remotos ou em momentos nos quais a unidade de saúde enfrenta carência de profissionais, como em férias, feriados e plantões.
Deixe que a Telemedicina Morsch auxilie você e sua equipe, disponibilizando um serviço de qualidade por um preço que cabe no seu orçamento.
Entre em contato para saber mais.
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