Derrame cerebral: o que é, sintomas, o que fazer e dicas de prevenção
Derrame cerebral é o nome popular do tipo mais grave de acidente vascular cerebral ou AVC.
Dor de cabeça forte e repentina e perda súbita da força em um dos lados do corpo estão entre os sintomas desse evento cardiovascular, que pode ser fatal.
Como o derrame é uma emergência médica tempo-dependente, em que cada minuto sem atendimento aumenta o risco de morte e sequelas, é fundamental conhecer seus sinais para agir rapidamente.
Falo sobre eles ao longo do artigo, além de apresentar os fatores de risco, como prevenir e quando buscar ajuda médica.
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O que é derrame cerebral?
Derrame cerebral é o rompimento espontâneo de um vaso sanguíneo do cérebro, ou seja, aquele que não é causado por um trauma (pancada, queda ou batida).
O evento potencialmente fatal resulta na interrupção do fluxo sanguíneo e hemorragia ou sangramento na área afetada – daí o fato de ser chamado AVC hemorrágico.
Dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil revelam que, de forma geral, o AVC causou 64.471 mortes no Brasil apenas entre janeiro e outubro de 2025.
Isso corresponde a um óbito a cada 6 minutos.
A boa notícia é que, em muitos casos, o derrame pode ser prevenido ou tratado, como explicarei mais à frente.

Assim como outras doenças cardiovasculares, existem fatores que aumentam o risco de derrame cerebral
Qual a diferença entre AVC e derrame cerebral?
Na verdade, o derrame cerebral é um tipo de AVC.
Mais especificamente, um acidente vascular hemorrágico, modalidade mais grave dessa doença cardiovascular, que responde por 15% dos casos de AVC.
Os demais 85% são casos de AVC isquêmico ou isquemia cerebral, que ocorre quando há obstrução de um vaso sanguíneo do cérebro, sem que ele se rompa.
O entupimento pode ser provocado por um coágulo que impede o fluxo sanguíneo ou pelo acúmulo de placas de ateroma dentro da artéria ou veia.
Quais são os sintomas do derrame cerebral?
Os sintomas normalmente são agudos ou rapidamente progressivos, caracterizados por:
- Perda súbita da força muscular ou formigamento de um lado do corpo
- Dificuldade súbita para falar ou compreender
- Dor de cabeça muito forte, de início abrupto, sem causa aparente
- Perda visual repentina, particularmente de um olho apenas
- Perda do equilíbrio ou tontura súbita.
Alguns desses sinais e sintomas podem estar relacionados a outras condições que levam a uma alteração do nível de consciência ou a um déficit neurológico focal.
Nesse cenário, os diagnósticos podem ser esclarecidos com um exame da glicemia, com exames de imagem como tomografia do crânio ou ressonância magnética do crânio.
O que fazer na presença desses sintomas?
Diante de sintomas de AVC, deve-se procurar imediatamente um atendimento médico de emergência, como um pronto-socorro, que tenha estrutura para atender um acidente vascular cerebral.
Quanto mais precoce o tratamento, melhores serão as perspectivas para o paciente.
Novos tratamentos podem limitar as incapacidades produzidas por um derrame, mas você precisa conhecer os sinais e sintomas a tempo de procurar auxílio médico o mais rápido possível.
Se você mora em um local distante de centros urbanos, busque clínicas e hospitais que utilizam serviço de telemedicina 24 horas para diagnóstico precoce.
Quais são os fatores de risco para o derrame cerebral?
Assim como outras doenças cardiovasculares, existem fatores que aumentam o risco de derrame cerebral, sendo a maioria deles evitável.
Confira a lista abaixo:
- Idade
- Fator genético, quando o AVC é desencadeado por um aneurisma (dilatação anormal de uma artéria), por exemplo
- Hipertensão arterial
- Diabetes mellitus
- Tabagismo
- Dislipidemia (distúrbio metabólico caracterizado por colesterol alto e alterações na quantidade de outras gorduras no sangue)
- Fibrilação atrial
- Infarto do miocárdio (coração) recente
- Sedentarismo
- Consumo elevado de bebidas alcoólicas.
Além dos sintomas e fatores de risco, é importante também conhecer possíveis complicações.
Quais são as complicações que o derrame cerebral pode causar?
O evento pode resultar em complicações neurológicas ou clínicas.
São elas:
Complicações neurológicas
- Edema cerebral (inchaço)
- Hidrocefalia
- Hipertensão intracraniana
- Transformação hemorrágica
- Convulsões.
Fique atento ainda às complicações clínicas.
Complicações clínicas
- Aspiração de secreções
- Hipoventilação
- Pneumonia
- Isquemia miocárdica
- Arritmias cardíacas
- Trombose venosa profunda
- Tromboembolismo pulmonar
- Retenção ou infecções urinárias
- Úlceras de decúbito
- Desnutrição
- Contraturas e rigidez das articulações
As sequelas mais comuns são hemiparesia, alterações visuais, da fala e da memória.
A recorrência do derrame é frequente.
Cerca de 25% das pessoas que se recuperaram de um primeiro derrame, terão um outro acidente vascular cerebral em 5 anos.

A avaliação e o acompanhamento neurológico regular são fundamentais para a prevenção
O que fazer para se prevenir de um derrame cerebral?
A avaliação e o acompanhamento neurológico regular são fundamentais para a prevenção.
Assim como o controle da pressão alta, diabetes e obesidade, a suspensão do tabagismo e a ingestão de bebidas alcoólicas com moderação.
O uso de medicamentos como os anticoagulantes, que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais, pode ser recomendado pelo médico para ajudar na prevenção.
A prática regular de atividades físicas, como caminhadas de 30 a 60 minutos, 3 a 5 vezes por semana, reduz a chance de sofrer um derrame cerebral.
Elas devem sempre ser recomendadas e avaliadas por um profissional de saúde.
Como funciona o atendimento de urgência na telemedicina?
Na suspeita de AVC, vá ao pronto-socorro mais próximo.
Já casos de menor gravidade podem ser avaliados inicialmente via plantão médico 24 horas, que coloca o paciente em contato com um clínico geral em instantes.
Basta ter um dispositivo com conexão à internet para solicitar o teleatendimento, preencher alguns dados e esclarecer dúvidas com agilidade.
Se for necessário, o médico instrui sobre a necessidade de visitar um pronto-socorro ou dá encaminhamento a um especialista para seguir com a investigação de sintomas.
Durante a consulta de telemedicina, ele ainda pode emitir a receita digital, pedido de exames complementares ou atestado online, liberando os documentos assim que a assistência se encerra.
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Conclusão
Ao final deste texto, você está informado sobre os sintomas, fatores de risco e possíveis complicações do derrame cerebral.
Manter os cuidados de saúde em dia é fundamental para prevenir esse evento, e você pode contar com a praticidade da teleconsulta e do plantão médico para receber assistência sem sair de casa.
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