Crise epiléptica: como evitar com o apoio da telemedicina

Por Dr. José Aldair Morsch, 8 de setembro de 2021
Crise epiléptica

Uma crise epiléptica pode provocar reações que afetam movimentos, sentidos e consciência.

Dependendo da gravidade dos episódios, o paciente fica sujeito a riscos maiores ou menores.

Porém, mesmo breves crises podem impactar no funcionamento do cérebro, o que pede avaliação médica.

Se você quer saber mais sobre o tema, acompanhe as próximas linhas deste texto.

A partir de agora, explico o que é, causas e tipos de crises epilépticas, além de dar dicas sobre quando é preciso procurar um neurologista.

Para esses e outros cuidados, você pode contar com a plataforma de telemedicina.

O conteúdo deste artigo sobre crise epilética está disponível no formato de podcast no youtube.

O que é crise epiléptica?

Crise epiléptica é um episódio em que há perturbação no processo de comunicação entre os neurônios.

Para trocar informações, essas células cerebrais transmitem impulsos elétricos.

A crise epiléptica ocorre quando existe um descontrole nesse processo, levando a reações anormais.

O tipo de reação vai depender da parte ou partes do cérebro afetadas, atingindo músculos, nível de consciência, visão, audição e outros sentidos.

Riscos das crises epilépticas

Embora possam causar preocupação e até pânico, muitas crises epilépticas não oferecem grande risco ao paciente.

Há, por exemplo, episódios em que a pessoa se desconecta do ambiente ao redor, sem qualquer movimentação diferente.

Outros casos, porém, envolvem espasmos, movimentos bruscos e perda de consciência, aumentando o perigo para a vítima.

Se ela estiver sozinha em uma rua movimentada, por exemplo, corre o risco de ser atropelada.

Assim como de se machucar, se estiver perto de objetos cortantes ou mesmo de um móvel.

No entanto, os perigos costumam se restringir às ameaças em redor.

E são raros os casos de morte súbita.

Contudo, é muito importante que o paciente receba acompanhamento médico para evitar complicações como sequelas nos neurônios.

Um neurologista poderá verificar se o indivíduo sofre de epilepsia, doença caracterizada por crises frequentes e que pode desencadear alterações cognitivas.

O que causa crise epiléptica

De acordo com o Ministério da Saúde, os principais fatores de risco para sofrer com crises de epilepsia são:

  • Acidente Vascular Cerebral (AVC)
  • Tumores cerebrais
  • Paralisia cerebral
  • Abuso de álcool ou drogas
  • Anomalias congênitas (presentes desde antes do nascimento)
  • Problemas no parto, como falta de oxigênio por compressão do cordão umbilical
  • Infecções como meningite
  • Trauma cerebral.

 

Crise epiléptica

A epilepsia é uma alteração do funcionamento do cérebro e pode se manifestar em crises epilépticas

Tipos de crises epiléticas

A classificação das crises pode obedecer a diferentes critérios, considerando fatores como seu início, sintomas provocados e qual área eles afetam.

Escolhi usar como referência a diretriz atual da Liga Internacional Contra a Epilepsia (ILAE), que reconhece 27 tipos de crises epilépticas.

Para simplificar a classificação, vale mencionar a primeira divisão feita pela ILAE, que separa as crises em:

  • Focais: são aquelas que têm início numa parte específica do cérebro
  • Generalizadas: começam impactando mais de uma região do cérebro
  • Crises de origem desconhecida.

Cada grupo desse contém subdivisões que se referem aos sintomas manifestados.

Veja, abaixo, as mais comuns.

Crise Generalizada Tônico-clônica

Facilmente reconhecida, combina quedas, rigidez nos membros, movimentos bruscos, salivação e emissão de gemidos. 

Pode durar alguns minutos e sempre inclui perda da consciência.

Crise Generalizada de Ausência

Costuma durar poucos segundos, durante os quais a pessoa fica “fora do ar”, olhando para o nada, sem se mover ou responder a estímulos externos.

Crise Focal Atônica

Pode ser descrita como uma fraqueza súbita nos músculos, capaz de causar queda e perda dos sentidos.

Crise Focal Mioclônica

Costuma atingir a parte superior do corpo, provocando a sensação de choque e movimentos não intencionais.

Crise epiléptica e seus sintomas

Como existem diferentes tipos de crise epiléptica, os sintomas também são diversos, por exemplo:

  • Espasmos e contrações involuntárias dos músculos
  • Perda de equilíbrio
  • Confusão mental
  • Rigidez muscular
  • Dificuldades na fala
  • Salivação exacerbada
  • Problemas para respirar
  • Olhar virado para cima
  • Sensação de formigamento e choque nos membros
  • Olhar vazio
  • Piscar várias vezes por segundo.

 

Quando procurar um médico?

Durante as crises mais graves, o paciente perde a consciência e precisa de ajuda para não se ferir.

Nas crises de ausência, também é normal perder os sentidos e voltar a fazer a mesma atividade em seguida, como se nada tivesse acontecido.

Seja qual for o caso, espere até a crise terminar e leve a pessoa ao médico rapidamente.

Em especial se for a primeira vez que ela tem uma convulsão.

Há, ainda, situações alarmantes como crises que se estendem por mais de 5 minutos ou crises seguidas sem recuperação da consciência.

Nesses casos, vá ao pronto-socorro mais próximo ou chame uma ambulância.

Durante o atendimento médico, relate detalhes como os sintomas da crise epiléptica, tempo de duração e se o paciente se lembra do episódio.

Essas informações ajudam no diagnóstico.

Como evitar a crise epiléptica

Apesar de o nome remeter à epilepsia, nem sempre essa doença é a causa das convulsões.

Outras patologias e até condições passageiras como a hipoglicemia favorecem desordens na condução dos impulsos elétricos cerebrais, provocando crises.

Nesse cenário, faz sentido evitar estímulos que têm o potencial de desencadear uma convulsão, como:

  • Estresse
  • Consumo de álcool em grandes quantidades
  • Uso de drogas ilícitas como cocaína, anfetamina e ecstasy
  • Febre
  • Luzes piscantes.

Quem sofre de epilepsia necessita de acompanhamento contínuo e terapias que auxiliam na redução da quantidade e intensidade das crises.

Para tanto, devem ser monitoradas por um neurologista.

Ataque de epilepsia

O neurologista é o médico responsável por monitorar a epilepsia e os possíveis episódios de crise

Consulte online com a telemedicina

As consultas com especialistas se tornaram mais acessíveis com a liberação do atendimento médico online no país.

Sistemas modernos como a telemedicina Morsch permitem a marcação do encontro de modo rápido e prático, veja:

  1. Comece acessando a página de agendamentos
  2. Use o campo de buscas para selecionar a especialidade Neurologia e escolha o profissional de sua preferência
  3. Defina um entre os horários de agendamento, ao lado da identificação do médico
  4. Você será redirecionado para uma página de login. Se não tiver cadastro, selecione “Criar conta”
  5. Preencha o formulário com informações de identificação e prossiga
  6. Crie uma senha e acesse o sistema
  7. Confirme o horário da teleconsulta e faça o pagamento
  8. Meia hora antes do atendimento, você vai receber o link de acesso à sala virtual via WhatsApp ou SMS.

 

Conclusão

A crise epiléptica se manifesta através de diferentes sintomas e requer acompanhamento médico.

A boa notícia é que você pode se consultar com o neurologista online por meio da plataforma de teleconsulta.

Clique para marcar sua consulta a distância no sistema Morsch.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin