ERP médico: o que é, para que serve e benefícios para clínicas e hospitais

Sua clínica ou hospital ainda não tem um ERP médico?

Em um cenário em que a demanda de novos pacientes é crescente, ele ajuda a garantir mais agilidade nas rotinas.

O software desempenha um papel essencial, já que proporciona um nível de organização capaz de melhorar os atendimentos, diminuir custos operacionais e dar suporte à gestão em saúde.

Acompanhe, neste artigo, informações sobre o conceito e uso do ERP em estabelecimentos de saúde, suas vantagens, frentes de atuação e como escolher a solução ideal.

Você também vai entender a diferença entre esse sistema e a plataforma de telemedicina.

O que é um ERP médico?

ERP médico é um software criado para otimizar as rotinas médicas e de estabelecimentos de saúde.

A sigla ERP se refere a “Enterprise Resource Planning”, um termo que pode ser traduzido como “Planejamento de Recursos Empresariais”.

Portanto, um ERP médico possui um grupo de ferramentas de gestão que aprimoram a eficiência dos processos.

Qualquer instituição de saúde pode se beneficiar deste tipo de sistema. Confira alguns exemplos:

• Consultórios e clínicas
• Maternidades
• Laboratórios 
• Hospitais
• Drogarias
• Policlínicas
• Postos e clínicas vinculados ao SUS
• Operadoras de planos de saúde
• Casas de reabilitação
• Distribuidores de OPMEs (órteses, próteses e materiais especiais), etc.

A seguir, explico como ele pode ser usado no estabelecimento de saúde.

Para que serve um ERP médico?

Sua principal finalidade é integrar os dados de diferentes áreas de uma instituição de saúde, tais como:

• Informações referentes aos pacientes
• Aquisição de materiais
• Escala médica
• Dados ligados às folhas de pagamento
• Gerenciamento de suprimentos, entre outras.

Assim, o ERP médico garante que as diferentes áreas de uma instituição troquem informações entre si.

Sem esse tipo de tecnologia, cada departamento possuiria um sistema próprio, ligado às suas atividades específicas, mas incapaz de considerar o todo em seus processos.

Ou seja, com o ERP, cada especialidade pode lidar com suas próprias ferramentas de gestão, mas os dados podem ser cruzados para garantir mais eficiência operacional e todas as áreas podem acessá-los por meio de uma interface comum.

O grau de organização e acessibilidade conferido pelo sistema é capaz de gerar benefícios significativos para os médicos, que vão desde o ganho de tempo até a economia de recursos e o aumento da produtividade.

Falo mais sobre essas vantagens nos próximos tópicos.

Como funciona um ERP médico?

O ERP médico funciona a partir do registro, arquivamento, processamento e compartilhamento de dados das instituições de saúde.

A partir de recursos de gerenciamento, análise e cruzamento de dados, os profissionais que utilizam o sistema podem realizar uma série de ações, incluindo:

• Centralizar as informações de departamentos
• Criar módulos para organizar os dados dos setores do hospital
• Fazer a gestão de estoque e reduzir o desperdício de insumos
• Melhorar os processos de atendimento em geral.

Atualmente, é comum que o ERP fique hospedado na nuvem, um espaço seguro da internet que fica acessível apenas para pessoas autorizadas.

Nesse caso, o sistema ainda disponibiliza atualizações em tempo real, mostrando a versão mais recente dos documentos e outros registros instantes após seu compartilhamento.

Esses dados podem ser acessados de qualquer lugar, bastando que o profissional use um dispositivo conectado à internet e faça login.

Quais os benefícios do ERP médico?

Quer entender por que um ERP médico é uma necessidade de consultórios, clínicas e hospitais?

Acompanhe agora as principais vantagens do sistema.

Aumento da carteira de pacientes

Ao eliminar processos demorados, repetitivos e burocráticos, o ERP médico permite que as instituições tenham mais tempo para lidar com os pacientes.

Dessa maneira, a capacidade de atendimento ao público é ampliada, mas sem comprometer a excelência no contato junto aos indivíduos.

Além disso, com o aumento da qualidade das intervenções, a procura se torna maior, favorecendo a estratégia de captação de pacientes.

Gerenciamento e controle eficiente dos processos

Ao integrar os diferentes setores de uma clínica ou hospital, o ERP médico permite que os processos sejam estabelecidos de maneira mais natural e conjunta.

Além de aprimorar a eficiência das tarefas e procedimentos cotidianos, isso também permite a identificação de falhas, gargalos e pontos passíveis de melhorias.

Assim, a tomada de decisões para a definição dos processos se torna mais adequada.

Clínica como referência no mercado

Graças aos dois pontos citados até aqui, a clínica ou hospital melhora significativamente seu contato junto aos pacientes e o padrão de qualidade de seus processos.

Este padrão de excelência é percebido pelo mercado, que passa a considerar a instituição como referência na área em que atua.

O que não só melhora os resultados financeiros, como também agrega prestígio e confiança junto ao público.

Execução alinhada das tarefas

A partir do controle de processos e integração entre diferentes áreas de atuação da clínica ou hospital, todas as tarefas podem ser feitas de maneira mais alinhada.

O resultado é o aperfeiçoamento da experiência do paciente, que passa a ter um contato simplificado e de excelência junto à instituição, desde o momento de entrada, até o ato de pagamento e posteriores atendimentos.

Foco no planejamento

Ao desburocratizar tarefas, o ERP médico otimiza as rotinas dos profissionais e libera tempo para que eles voltem seu foco a outras atividades importantes.

Nesse sentido, o planejamento estratégico é especialmente beneficiado.

Afinal, o administrador hospitalar e outras lideranças ganham mais tempo para avaliar processos, estabelecer objetivos e metas.

Manutenção da saúde financeira

Ao contemplar atividades de gestão financeira, o ERP médico também permite que elas lidem melhor com seus recursos e obtenham maiores rendimentos por meio dos serviços que prestam.

A própria melhoria do padrão organizacional é vantajosa neste sentido, já que elimina processos redundantes e gastos desnecessários, que têm impacto direto no equilíbrio das contas.

Redução de falhas humanas

Por fim, com informações integradas, processos bem definidos e controles minuciosos, o ERP médico evita que falhas comprometam a gestão da sua instituição de saúde.

Com ele, toda a organização se torna mais precisa, alinhada e certeira, de modo a diminuir erros que possam diminuir a satisfação do paciente ou prejudicar as finanças.

Quais frentes de atuação o ERP médico contempla?

Você agora já conhece os benefícios de um ERP para clínicas médicas e outros estabelecimentos de saúde.

Mas em quais frentes o software atua? 

Em geral, o ERP médico atende quatro verticais de gestão: clínica, medicamentos, prevenção e financeira. 

Confira as principais características de cada uma delas:

Gestão clínica

Na frente de gestão clínica, o ERP médico garante que os especialistas tenham suas informações e procedimentos ligados ao sistema da instituição em que trabalham, favorecendo o levantamento, análise e cruzamento de dados.

Essa integração proporciona um melhor andamento para os processos internos, aperfeiçoa o gerenciamento das receitas e os padrões de atendimento.

Por exemplo, com os registros do prontuário online integrados ao ERP médico, os profissionais podem utilizar informações armazenadas para o raciocínio clínico, diagnóstico rápido e tratamento mais adequado para cada perfil de paciente.

Gestão de medicamentos

Não é novidade que o gerenciamento de remédios, próteses, órteses e OPMEs em geral está entre as maiores fontes de gastos e receitas dos hospitais e clínicas.

Com o ERP médico, é possível controlar melhor a demanda desses insumos, garantindo uma logística mais precisa e integrada às prescrições feitas na instituição, de forma que otimize o aproveitamento financeiro.

Gestão de prevenção

Cada vez mais, os médicos têm investido em políticas de prevenção. 

Isso significa que, ao invés de manter uma visão passiva, prestando tratamentos quando já existem problemas de saúde, a ideia é priorizar a medicina preventiva e intervir apenas quando necessário.

Em parceria com operadoras de planos de saúde e outras instituições, esse tipo de ação pode reduzir em até 8 vezes os custos com tratamentos.

Os acompanhamentos médicos também podem ser incluídos nesse aspecto, uma vez que pessoas que já possuem doenças crônicas devem ser monitoradas e orientadas para evitar agravos.

Gestão financeira

Também o ERP médico viabiliza uma boa gestão financeira nas instituições de saúde.

Por meio dele, é possível simplificar o faturamento de planos de saúde, integrar cobranças e garantir que as contas estejam fechadas assim que os pacientes são liberados, sem inconformidades ou perdas de informações.

Mais que aprimorar a organização dos recursos, o objetivo é que as clínicas e hospitais aumentem as receitas, tenham uma relação transparente com seu público e desempenhem suas atividades mantendo a saúde financeira.

Como escolher o ERP médico ideal?

Se os recursos e sistemas utilizados na organização de rotinas de atendimento e gestão não são mais capazes de atender às demandas cotidianas, é sinal de que você precisa mudar para um bom ERP médico.

A seguir, veja algumas etapas básicas para escolher a solução ideal:

Estabeleça suas prioridades

Nem sempre faz sentido escolher a solução que oferece o maior número de funcionalidades, mas, sim, aquela que melhor se adeque às suas necessidades.

Portanto, é preciso conhecer as demandas e serviços prioritários, a fim de selecionar um ERP adequado à realidade do seu negócio.

Verifique as ferramentas de segurança e conformidade

O uso de mecanismos de autenticação e criptografia é fundamental para garantir o sigilo médico dos dados sensíveis de pacientes.

Além, é claro, de proteger informações estratégicas para a instituição de saúde.

A dica, então, é conferir se o ERP em questão obedece a legislações como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) e se conta com registro no CRM local, bem como com um responsável técnico com CRM ativo.

Prefira sistemas hospedados na nuvem

Mencionei, mais acima, que softwares em nuvem propiciam ampla acessibilidade para pessoas autorizadas.

Selecionando uma solução com esse perfil, a equipe médica e demais funcionários poderão consultar dados a partir de qualquer localidade, utilizando um notebook, tablet ou até mesmo um smartphone.

Atenção ao suporte e instalação

Outra dica de ouro é dar preferência a um fornecedor que ofereça auxílio desde a instalação e integração com outros softwares médicos, até o suporte periódico.

Caso haja disponibilidade de treinamento para os empregados, melhor ainda, pois será mais simples a adaptação deles ao uso da nova tecnologia.

Escolha com base no custo-benefício

Após analisar os itens acima, planos e preços, vale a pena firmar parceria com o fornecedor que oferecer o melhor custo-benefício.

Falo daquele que conseguir suprir suas necessidades sem prejudicar a saúde financeira.

Qual a diferença entre ERP médico e plataforma de telemedicina?

Enquanto o ERP tem atuação ampla, voltada à gestão e integração entre os departamentos das instituições de saúde, a plataforma de telemedicina provê serviços médicos a distância.

Ou seja, ela foca em soluções de assistência à saúde, a exemplo de consultas online e emissão de laudos digitais.

Assim como o ERP, o sistema de telemedicina online pode ficar hospedado na nuvem, permitindo maior acessibilidade para a entrega de serviços como:

• Telediagnóstico

• Prontuário eletrônico

• Agendamento e salas virtuais para teleconsultas
• Teleinterconsulta entre profissionais de saúde
• Teleconsultoria.

Plataformas robustas como a Telemedicina Morsch oferecem soluções para diferentes especialidades médicas.

Clique aqui e conheça as oportunidades disponíveis para o seu negócio!

Conclusão

O ERP médico é uma tecnologia fundamental para que as instituições de saúde integrem seus dados e frentes de atuação, garantindo um melhor padrão de organização e rendimento.

Seu uso faz a diferença, sobretudo para estabelecimentos complexos, como hospitais e policlínicas, que podem integrar o ERP a outros sistemas – a exemplo da plataforma de telemedicina.

Gostou do artigo? Compartilhe com sua rede!

Leia mais conteúdos sobre gestão na saúde que publico aqui no blog.