Gestão de planos de saúde: desafios e soluções com a telemedicina

Por Dr. José Aldair Morsch, 17 de janeiro de 2022
Gestão de planos de saúde

A gestão de planos de saúde é indispensável para que pacientes, médicos e pessoal de apoio tenham o retorno esperado.

Toda empresa demanda medidas de controle nos aspectos financeiro, fiscal e trabalhista para manter a saúde financeira, inclusive as da área médica.

Dessa forma, o único caminho para que as atividades continuem gerando satisfação e bons resultados é o aprimoramento das estratégias de negócio e meios de gestão.

Neste texto, vou explicar como isso funciona em um empreendimento da área de saúde suplementar.

Acompanhe até o final e boa leitura!

A importância da gestão de planos de saúde

Todo negócio precisa de uma boa gestão para sobreviver, crescer e prosperar.

Não é diferente quando falamos da gestão de planos de saúde.

De acordo com o Sebrae, as microempresas abertas no Brasil apresentam taxa de mortalidade de 21,6%, enquanto nas de pequeno porte ela cai para 17%.

Considerando que boa parte das healthtechs e operadoras de planos de saúde começam como empresas desse tipo.

De certa forma, poderíamos dizer também que uma a cada cinco empresas de saúde no Brasil fecha as portas depois de cinco anos.

A principal razão para resultados tão ruins é que faltam ações básicas de gestão, capazes de colocar um negócio no rumo certo.

Como vamos ver ainda neste conteúdo, descuidar do caixa, falhar na gestão de custos, não planejar adequadamente e desconsiderar riscos são erros que não podem se repetir.

4 indicadores na gestão do plano de saúde

No Brasil, a responsabilidade por monitorar e regular o segmento de empresas ligadas ao setor de saúde é da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Para isso, ela criou o Índice de Desempenho de Saúde Suplementar (IDSS), para avaliar o desempenho das operadoras de saúde brasileiras. 

Nele, é estabelecida uma escala de pontuação de 0 a 1 em cada item para representar o desempenho das operadoras. 

Por sua vez, o cálculo das notas se baseia em quatro indicadores de gestão fundamentais.

Conheça cada um deles a seguir.

1. Atenção à saúde (IDQS)

Nesse item, são avaliadas as ações que contribuem para o atendimento das necessidades de saúde dos beneficiários.

No caso, o foco da avaliação está nas ações de promoção, prevenção e assistência à saúde prestada.

Portanto, para que um plano de saúde seja bem avaliado, é fundamental que ele desenvolva programas e produtos no sentido de promover a medicina preventiva, entre outras medidas.

2. Sustentabilidade no Mercado (IDSM)

Uma empresa só pode prestar serviços de qualidade quando sua situação financeira é estável.

Nesse sentido, o monitoramento da saúde financeira da operadora busca avaliar periodicamente seu equilíbrio econômico-financeiro.

Esse processo contínuo de avaliação também leva em consideração os compromissos assumidos com prestadores e, não menos importante, a satisfação dos beneficiários

Isso sem contar que previne eventuais (e sempre difíceis) processos de falência, nos quais as perdas se estendem a todos os parceiros da operadora. 

3. Garantia de acesso (IDGA)

De pouca utilidade seria uma rede de hospitais e clínicas credenciadas se os beneficiários dos planos não tivessem amplo acesso aos serviços médicos.

Assim sendo, esse é um indicador que mostra o quanto o plano está realmente voltado para atender às necessidades das pessoas.

A ANS busca avaliar, ainda, se a rede de unidades médico-hospitalares é suficiente para atender ao número de beneficiários cadastrados.

Por sua vez, o rigor e a qualidade desse atendimento, bem como o nível de excelência das operações, é avaliado por um item à parte, como veremos a seguir.

Administração em saúde suplementar

Estar apto a atender às necessidades de beneficiários é um dos indicadores de gestão dos planos

4. Gestão de Processos e Regulação (IDGR)

Operar um plano de saúde exige o cumprimento de uma extensa gama de obrigações, normas técnicas e padrões de qualidade.

Por isso, um dos indicadores usados pelos órgãos de controle para confirmar a obediência das operadoras nesse aspecto é a avaliação da conformidade dos seus processos.

Isso inclui não apenas a observância à legislação em saúde, como os procedimentos internos adotados nos serviços prestados, tais como carência, glosas e cancelamentos, entre outros.

5 desafios da gestão de planos de saúde

Os planos de saúde enfrentam hoje desafios recorrentes e outros que vêm se impondo em face da modernização dos serviços.

Destaco cinco deles abaixo. 

1. Fraudes

Problemas como a realização de exames sem que haja necessidade (super diagnóstico), cobranças indevidas por medicamentos e superfaturamento.

Essas são algumas das fraudes recorrentes em planos de saúde.

Uma maneira de evitá-las é automatizar os processos contábeis e financeiros, de modo a impossibilitar a manipulação de guias de controle e outros documentos.

2. Disseminação de maus hábitos

Embora a comunidade médica tenha sua parcela de responsabilidade sobre o problema, a falta de informação e os maus hábitos contribuem para sobrecarregar a rede de saúde.

Portanto, cabe às operadoras trabalhar para conscientizar a população de que prevenir é e sempre será a melhor alternativa para ter mais qualidade de vida.

3. Desperdício de recursos

As fraudes e má gestão de planos de saúde levam a outro problema.

Estou falando sobre o desperdício de medicamentos, insumos, equipamentos e maquinário nas unidades médicas. 

Então, quanto mais a gestão estiver atenta a esse aspecto, mais recursos ela terá à disposição.

4. Pouca atenção à prevenção 

Não é por acaso que a ANS dedica um olhar especial à avaliação sobre a atenção à saúde, com foco em medicina preventiva.

Afinal, sai sempre mais em conta evitar uma doença do que ter que tratá-la depois que se estabelece. 

Esse é, portanto, um desafio constante e que demanda máxima atenção dos gestores das operadoras.

5. Falta de gestão de riscos 

Empresas ligadas à saúde, inclusive as operadoras, lidam o tempo todo com riscos, sejam eles ligados às operações ou de ordem financeira, material ou fiscal.

Dessa forma, a construção de um plano de gestão nesse sentido é um desafio que precisa ser superado, de maneira a garantir a sustentabilidade do negócio.

Desafios de operadoras de saúde

Tecnologia permite aos planos de saúde ampliarem a sua capacidade de atendimento pelo país

Telemedicina como solução na gestão de planos de saúde

Quem responde pela gestão de planos de saúde não pode ignorar as oportunidades e soluções da tecnologia.

E no caso da telemedicina, elas são muitas. Quer ver só?

Planos de saúde podem usar a plataforma de telemedicina da Morsch para oferecer consultas médicas a seus beneficiários, utilizando nossa base de mais de 300 especialistas. 

Assim, pode suprir eventuais carências, como áreas médicas que hoje não são oferecidas pelo plano.

Ou mesmo para permitir a consulta online, ou teleconsulta, que faz sucesso junto aos pacientes por toda comodidade e economia que gera.

A plataforma da Morsch tem interface customizável para que seja utilizada pelo plano junto aos clientes.

E não para por aí.

Gestores de planos também podem contratar o prontuário eletrônico com os médicos, facilitando ainda mais a gestão dos serviços prestados.

Solicite um orçamento e aproveite a oportunidade para oferecer mais vantagens aos beneficiários do seu plano.

Conclusão

A gestão de planos de saúde é a base para a continuidade dos serviços e, acima de tudo, para que os beneficiários recebam mais cuidados e tenham mais qualidade de vida.

A plataforma Morsch leva atendimento de qualidade para dentro da casa dos beneficiários do seu plano e é a sua parceira para expandir sua rede de atendimento.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin