Tabela TUSS: o que é, para que serve e relação com a telemedicina

Por Dr. José Aldair Morsch, 6 de abril de 2021
Tabela TUSS: o que é, para que serve e qual a relação com Telemedicina?

A tabela TUSS consiste em um recurso obrigatório para que as trocas de informações entre operadoras e prestadores de serviços de saúde sejam devidamente padronizadas.

Ela traz códigos e nomenclaturas universais para que não existam inconformidades e ruídos nos dados, que podem gerar erros de interpretação entre as diferentes instituições e até atrasar os seus repasses.

A Terminologia Unificada da Saúde Complementar é implementada pela ANS e conta com uma série de peculiaridades que precisam ser observadas por todos os profissionais envolvidos na cadeia de saúde.

A seguir, entenda melhor como a tabela TUSS se conceitua, descubra a sua importância, legislação, funcionamento, implementação, relação com a Telemedicina e muito mais.

O que é tabela TUSS?

Tabela TUSS (Terminologia Unificada da Saúde Complementar) é uma ferramenta que estabelece o conjunto de termos para identificar os eventos e itens assistenciais na saúde suplementar.

O documento foi criado pela ANS e é atualizado periodicamente pelo Comitê de Padronização das Informações em Saúde Suplementar – COPISS.

A tabela TUSS tomou por base a 5ª edição da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) e funciona como uma adição ao padrão TISS.

Por sua vez, o TISS (Troca de Informação de Saúde Suplementar) foi instituído pela Agência Nacional de Saúde Suplementar para uniformizar o fluxo de dados trocados entre prestadores de serviços, operadoras privadas de saúde e a própria ANS.

Em geral, a tabela TUSS é dividida em quatro categorias fundamentais.

Saiba mais sobre elas a seguir.

1. Procedimentos médicos

Como o nome sugere, a tabela dispõe de uma série de consultas, rotinas ambulatoriais, exames e diferentes terapias – incluindo reabilitação e cirurgias – realizadas em serviços de saúde.

2. Medicamentos e materiais

Fármacos e insumos necessários para a assistência aos pacientes também são descritos e recebem códigos dentro da tabela TUSS.

Equipamentos de proteção individual (EPI) para os profissionais, gaze, seringas e agulhas são exemplos dos materiais indispensáveis em diferentes unidades de saúde.

3. Taxas e diárias

Valores cobrados pelas operadoras de planos de saúde devem estar relacionados aos códigos da tabela TUSS para permitir controle e comparação.

4. Materiais especiais, próteses e órteses

Esse tipo de material também necessita de correspondência com a tabela.

Lembrando que as próteses substituem totalmente um órgão ou tecido, a exemplo de pernas mecânicas, prótese auricular e implante dentário.

Enquanto as órteses dão suporte anatômico ou funcional a um órgão ou tecido, tal como um stent, cardioversor desfibrilador implantável (CDI) ou muletas.

Qual é a importância e para que serve a tabela TUSS?

Quando a tabela TUSS não era utilizada, eram muito recorrentes as dificuldades ligadas à codificação e à comunicação dos dados trocados entre as clínicas e hospitais com os planos de saúde ou com o governo.

Entre as informações que não eram padronizadas, estavam os procedimentos realizados e outras despesas de atendimento, como aquelas com medicamentos, por exemplo.

Com isso, os planos tinham dificuldades para identificar as práticas adotadas nos pacientes, o que gerava problemas e atrasos nos repasses dos valores às unidades hospitalares.

Além desse melhor alinhamento entre os estabelecimentos de saúde, planos e órgãos interessados, a tabela TUSS também proporciona outras vantagens, como:

Diminuição de gastos

Com um padrão único de nomenclaturas e códigos, os erros nos preenchimentos dos campos de informações se tornam menos recorrentes.

Assim, retrabalhos são evitados, o índice de falhas diminui e eventuais correções se tornam desnecessárias.

A desburocratização na troca de informações poupa tempo, aumenta a eficiência dos processos nas clínicas e nos hospitais e, dessa maneira, reduz gastos.

Afinal, são milhares de dados que precisam ser processados e compartilhados simultaneamente.

Ou seja, quanto maior a padronização, mais produtivas se tornam as rotinas dos profissionais de saúde.

Eficiência na comunicação

Com procedimentos, termos e demais elementos dos atendimentos padronizados, toda a cadeia de saúde pode se comunicar de maneira mais harmoniosa e livre de ruídos.

Isso porque, quando a tabela TUSS é preenchida dentro dos parâmetros previstos, a operadora de saúde tem mais clareza para entender os dados passados pelos profissionais.

Dessa forma, possíveis inconformidades, dúvidas ou informações equivocadas deixam de existir, garantindo que o processo não sofra com atrasos.

Fluidez dos processos em saúde

Quando erros, problemas de adequação e até possíveis dúvidas sobre as informações deixam de tomar tempo dos profissionais, todas as etapas de liberação se tornam mais céleres e facilitadas.

Seja em relação aos planos de saúde ou à própria ANS, os dados prestados são recebidos de maneira mais segura e menos passível de questionamentos.

Essa desburocratização na cadeia de saúde traz vantagens para todos, o que inclui os:

  • Profissionais prestadores de serviços médicos;
  • Órgãos regulamentadores;
  • Planos envolvidos;
  • E os próprios pacientes beneficiados.

 

O que diz a ANS sobre a tabela TUSS?

A tabela TUSS passou a ser obrigatória para as unidades de saúde a partir da Resolução Normativa nº 190, que vigora desde 2010.

Contudo, com seus avanços e adaptações, ela foi revogada em 2022, dando lugar à Resolução Normativa n° 501, que hoje é a principal legislação sobre o tema.

No documento, estão previstas todas as orientações e obrigações direcionadas aos hospitais e clínicas que precisam utilizar a tabela TUSS.

Todas as normas previstas na Resolução são imprescindíveis para quem for implementar o modelo, mas algumas questões sobre Representação de Conceitos em Saúde merecem destaque especial.

São elas:

  • As terminologias de saúde devem ser unificadas, com operadoras e prestadoras de serviço utilizando os mesmos termos, dentro do que prevê as normas técnicas da TUSS
  • Novos termos incluídos devem passar pela aprovação da área de padronização e interoperabilidade da ANS e do Comitê de Padronização das Informações em Saúde Suplementar
  • A elaboração e atualização da tabela TUSS é de responsabilidade da ANS, que pode ter apoio de outras entidades de referência para essa tarefa
  • Nas situações em que um termo não constar na TUSS, a operadora tem a opção de criar um código para a terminologia em questão, sempre solicitando à ANS sua inclusão na tabela
  • As operadoras não podem manter tabela própria com termos ou códigos diferentes daqueles previstos na tabela TUSS.

Outras questões poderiam ser mencionadas, mas essas servem como base de compreensão a respeito dos meios com que a ANS lida com o tema.

Posto isso, é importante ressaltar que é indispensável acompanhar as normas e atualizações da entidade sobre as terminologias e códigos ligados à tabela TUSS.

Afinal, a não observação dos parâmetros descritos na RN nº 501 pode gerar multas à clínica ou ao hospital que não adotar a padronização.

O que a ANS fala sobre a tabela TUSS?

No documento, estão previstas todas as orientações e obrigações direcionadas aos hospitais e clínicas que precisam utilizar a tabela TUSS.

Qual é a diferença entre TISS e TUSS?

Como mencionei no primeiro item, a tabela TUSS funciona de maneira adicional à TISS.

A principal diferença entre ambas é que o padrão TISS consiste em um modelo obrigatório de registro de dados entre operadoras e prestadores de serviços médicos, enquanto a TUSS a complementa por meio da padronização de terminologias e procedimentos de saúde.

Ou seja, TISS corresponde ao modelo de organização, enquanto TUSS é um meio de padronização de terminologias, nomenclaturas e códigos.

Em geral, a TISS se organiza em 5 frentes, que incluem:

  1. Organizacional, que diz respeito ao conjunto de regras sobre a operação;
  2. Estrutural e de conteúdo, que se refere à arquitetura das informações, tanto na sua distribuição quanto aquisição;
  3. Representação de conceitos, ou seja, a padronização dos termos;
  4. Segurança e privacidade, ligada ao sigilo e proteção dos dados do paciente;
  5. Comunicação, sobre os meios de padronizar mensagens e trocas de informações.

Por sua vez, a TUSS se divide em 4 componentes, que são os supracitados:

  1. Procedimentos Médicos;
  2. Medicamentos e materiais;
  3. Taxas e diárias;
  4. Materiais especiais, prósteses e órteses.

 

Como funciona a tabela TUSS?

Com base no que foi citado logo acima, podemos concluir que a tabela TUSS visa orientar o preenchimento do TISS, para que o uso dos termos corretos adeque e padronize a comunicação.

Essa padronização adotada pela ANS é estruturada com base na 5ª edição da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos.

Nesse sentido, a organização da tabela TUSS se baseia em grupos, subgrupos, códigos e procedimentos, entre os quais se destacam:

Consultas na tabela Tuss

Trata-se de um grupo formado por todos os procedimentos ligados à avaliação inicial do paciente, seu acompanhamento e diagnóstico.

Assim, nele estão os atendimentos em consultório, em domicílio, eventuais processos de remoção, assistência pediátrica, geriátrica ou obstétrica, entre outros exemplos da mesma natureza.

Medicina laboratorial

Já nesse grupo, estão inclusos todos os exames feitos junto aos pacientes para a identificação de patologias.

Ele é subdividido em diversos grupos, como hematologia laboratorial, bioquímica, endocrinologia laboratorial, e assim por diante.

As subdivisões incluem desde os métodos de exame (como curva glicêmica, nível de proteínas e total de cortisol livre), até os próprios sistemas do organismo (como cardiovascular e reprodutor), que também formam grupos próprios.

Procedimentos ambulatoriais da tabela Tuss

No grupo de procedimentos ambulatoriais, são previstas as intervenções feitas para o atendimento e reabilitação dos pacientes.

Na divisão das avaliações, são incluídos desde procedimentos simples, como avaliação nutricional, até os mais complexos, como atuação pós-transplante.

No caso da reabilitação, ela é dividida por seções que incluem atividades posturais, confecção de próteses e atendimento fisioterápico. Inclusive, esse é um dos subgrupos com informações mais volumosas no TUSS.

Como implementar a tabela?

Saiba como implementar a tabela

Para implementar a tabela TUSS com total conformidade, é fundamental se ater ao que diz a legislação ligada ao tema.

Como também foi mencionado acima, é a Resolução Normativa n° 305, de 2012, que rege as principais questões sobre a padronização, bem como da TISS.  

Além disso, também é imprescindível se manter alinhado às atualizações que a ANS eventualmente faz sobre as terminologias.

Por mais que os estabelecimentos de saúde possam utilizar facultativamente certos termos que não são contemplados em alguns pontos da tabela, eles estão vetados de criar um termo próprio caso o mesmo já seja oficialmente definido.

A partir disso, os elementos da tabela TUSS devem ser usados para preencher as guias específicas do TISS, com a inclusão do código referente a cada informação específica.

O uso da tabela é obrigatório às unidades de saúde e, com alinhamento aos seus padrões, o envio das informações será sempre adequado e livre de erros ou conflitos.

Como consultar a tabela TUSS atualizada?

No site gov.br, há uma seção dedicada à ANS, na qual os documentos referentes ao padrão TISS podem ser consultados.

Basta entrar no Padrão TISS, rolar a página e selecionar o botão ao lado de “Componente de Representação de Conceitos em Saúde (Terminologia Unificada da Saúde Suplementar)”.

Depois de clicar no botão, você fará o download da tabela TUSS atualizada.

Afinal, esse é o instrumento que permite a representação oficial dos conceitos em saúde.

Tabela AMB x tabela TUSS

Como mencionei no início do texto, a tabela TUSS foi inspirada na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), também conhecida como tabela AMB.

Isso porque a Associação Médica Brasileira é a responsável pela coordenação e atualização da CBHPM, junto a outras sociedades médicas e instituições da área.

O que é tabela AMB?

Conforme define a própria AMB,

“A CBHPM é, portanto, uma publicação da AMB, que consolida e classifica de forma hierarquizada os procedimentos realizados na medicina brasileira, contempla todas as especialidades e prevê um padrão mínimo aceitável para a remuneração do exercício profissional”.

Para tanto, a tabela oferece referenciais de cálculo para precificar os serviços prestados por médicos, desde uma simples consulta até uma cirurgia de grande porte.

O que é feito considerando 14 portes definidos no documento, que classificam os procedimentos de acordo com:

  • Tempo de execução
  • Complexidade técnica
  • Treinamento necessário
  • Atenção exigida pelo especialista responsável.

 

Qual a diferença entre a tabela AMB e tabela TUSS?

A diferença primordial está na função de cada ferramenta.

Embora ambas se proponham a padronizar as nomenclaturas de procedimentos de saúde, a CBHPM foca na remuneração mínima para garantir a valorização profissional.

Já a tabela TUSS nasceu para viabilizar a adoção do padrão TISS, ou seja, tem na comunicação sua principal finalidade.

Além de ser obrigatória para as operadoras de plano de saúde, ao passo que a tabela AMB é um instrumento de referência.

Conversão tabela AMB x TUSS

Como a descrição dos procedimentos é semelhante ou, por vezes, igual na tabela TUSS e CBHPM, é possível estabelecer uma correspondência para calcular os honorários médicos mínimos.

No entanto, os códigos ou numerações são diferentes, uma vez que a tabela TUSS é mais extensa por incluir serviços de outros profissionais de saúde, não somente de médicos.

Para facilitar essa pesquisa, algumas administradoras e operadoras de planos de saúde oferecem tabelas de conversão AMB X TUSS.

Qual é a relação entre tabela TUSS e Telemedicina?

Sabendo que os faturamentos entre as clínicas ou hospitais junto aos planos de saúde são eletrônicos, é possível adotar ferramentas que simplifiquem a utilização da tabela TUSS.

Por meio de uma boa plataforma de Telemedicina, os profissionais de saúde podem automatizar grande parte das etapas de preenchimento e ainda ter mais segurança quanto às informações enviadas.

Isso porque, esse tipo de software não só viabiliza os recursos próprios da medicina à distância, como também agrega funcionalidades capazes de otimizar toda a gestão médica.

Dessa maneira, até mesmo os padrões obrigatórios podem ser empregados com mais agilidade e facilidade através dos sistemas de Telemedicina, por meio da execução de tarefas como:

Tabela eletrônica

As melhores plataformas de Telemedicina são aquelas que já disponibilizam uma tabela TUSS completa e atualizada conforme as mudanças propostas pela ANS.

Com isso, todos os procedimentos feitos à distância com os pacientes podem ser registrados com os códigos e terminologias adequadas, sem que nenhuma dúvida ou dificuldade atrapalhe os preenchimentos.

Exportação facilitada

A própria exportação dos dados registrados nas consultas, padronizados na tabela TUSS, pode ser facilitada com tecnologias de Telemedicina, que permitem enviar todas as informações de maneira prática e alinhada aos padrões exigidos pela ANS.

Registros práticos

Durante o preenchimento das guias do TISS dentro do padrão da tabela TUSS, é normal que um grande volume de dados sobre o paciente ou suas patologias tenha que ser enviado.

Muitas vezes, o processo se torna repetitivo, pois as mesmas pessoas atendidas costumam passar por uma série de consultas e depois por procedimentos específicos.

Sem um bom sistema de organização, as informações devem ser separadas e preenchidas novamente a cada novo procedimento, comprometendo a agilidade dos médicos e da própria instituição de saúde.

Com um bom software de Telemedicina, tudo fica organizado de maneira mais prática, pois basta pesquisar as entradas e incluí-las rapidamente conforme as demandas de cada caso.

Cadastros personalizados

Tenha em mente que a tabela TUSS é uma lista completa, que contém uma infinidade de códigos sobre exames, procedimentos e etapas.

Ou seja, nem todas as clínicas ou hospitais precisam necessariamente utilizar todos os padrões previstos nos milhares de registros da tabela.

Inclusive, quando todas as nomenclaturas ficam disponíveis, é mais trabalhoso localizar e utilizar aquelas que realmente são necessárias nas rotinas da unidade.

Por conta disso, as plataformas de Telemedicina também permitem personalizar os cadastros da tabela TUSS.

Ou seja, o profissional pode ter à sua disposição apenas os procedimentos e especialidades ligados à sua demanda, garantindo buscas e inclusões mais céleres.

De que forma a Telemedicina Morsch pode ajudar?

Se você quer desfrutar de todas as facilidades que mencionei acima, a Telemedicina Morsch é a solução ideal para as suas rotinas médicas!

Tabela TUSS: o que é, para que serve e qual a relação com Telemedicina?

Referência brasileira em medicina à distância, nossa plataforma é alinhada aos padrões da ANS e traz funcionalidades para que o uso da tabela TUSS seja mais prático e intuitivo.

Nossas ferramentas incluem recursos para:

  • Teleconsultas;
  • Telemonitoramentos;
  • Telediagnósticos com laudo à distância;
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Sempre com atenção às normas regulatórias e meios de padronização, são mais de 1000 clínicas atendidas em todo o território nacional, que podem desfrutar do que há de melhor na área de Telemedicina e ainda empregar recursos para que as demandas próprias da atuação médica sejam cumpridas com mais qualidade (como é o caso da própria tabela TUSS).

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Conclusão

A tabela TUSS é imprescindível para que clínicas e hospitais possam padronizar o envio de informações às operadoras privadas de saúde e até para o próprio governo.

Ela é baseada na 5º edição da CBHPM e serve para evitar dificuldades, inconformidades e até riscos ligados aos dados repassados entre prestadores e operadores de serviços médicos.

Ao observar o que a ANS versa sobre o tema, e otimizar sua utilização via plataformas de Telemedicina, médicos e profissionais da área podem ter mais tranquilidade em suas rotinas de atendimento, evitando atrasos nos repasses ou problemas inerentes aos registros clínico hospitalares.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin