Padrões respiratórios: entenda quais são e qual a importância de monitorar
O reconhecimento de padrões respiratórios anormais apoia um diagnóstico ágil, contribuindo para um melhor prognóstico.
Ao identificar esses padrões, o clínico geral ou pneumologista pode tomar decisões certeiras a partir da relação entre certos ritmos e doenças cardiovasculares, neurológicas e distúrbios metabólicos.
Comento essa correlação e os principais padrões respiratórios nos tópicos a seguir.
Ao final, você ainda conhece soluções de telemedicina pneumológica que aceleram a interpretação de exames e a emissão de laudos online.
Se o tema interessa, não perca uma só linha!
O que são padrões respiratórios?
Padrões respiratórios são formas de apresentação do ritmo respiratório do paciente.
Eles compreendem a regularidade entre os movimentos de inspiração, expiração e apneia, considerando também a frequência respiratória – ou seja, a quantidade de incursões por minuto.
Geralmente, o padrão respiratório é identificado durante o exame clínico do paciente, na etapa de inspeção física dinâmica.
Segundo descreve este estudo sobre padrões respiratórios patológicos:
“Durante a avaliação da respiração, deve-se avaliar a frequência, profundidade, ritmo e característica. Dentre as complicações mais encontradas no ciclo respiratório estão alteração do ritmo e profundidade. Normalmente, a inspiração dura quase o mesmo tempo da expiração, sucedendo-se os dois movimentos com a mesma amplitude, intercalados por leves pausas. Quando uma dessas características se modifica surgem os ritmos respiratórios anormais (padrões patológicos).”
Elementos dos padrões respiratórios
Antes de avançar para os padrões mais conhecidos, vale recordar os componentes que formam esses padrões.
São eles:
- Apneia: pausa na respiração
- Suspiro profundo: inspiração profunda
- Taquipneia: elevação da frequência respiratória normal
- Bradipneia: redução da frequência respiratória normal
- Dispneia: desconforto respiratório, geralmente referido como falta de ar
- Hiperpneia: respiração profunda
- Hipopneia: respiração superficial.
Agora, sim, vamos conhecer detalhes sobre os tipos de padrões respiratórios.
Quais são os tipos de padrões respiratórios?
Existem cinco padrões respiratórios principais, detectáveis durante o exame físico dinâmico.
Falo mais sobre eles a seguir:
Respiração normal
Eupneia é o termo utilizado para fazer referência à respiração com ritmo, frequência, amplitude e profundidade dentro dos padrões de normalidade.
Esse padrão usa diafragma e músculos intercostais externos para a movimentação inspiratória, dispensando os músculos acessórios (esternocleidomastoideo, escalenos anterior, médio e posterior, peitoral menor e serrátil anterior).
Respiração de Cheyne-Stokes
É um padrão composto por ciclos que evoluem progressivamente da apneia à hiperpneia.
Depois, a frequência respiratória e profundidade diminuem até voltar a um período de apneia, que costuma se estender por 10 a 30 segundos.
Também chamada de respiração periódica, foi descrita pela primeira vez ainda no século XIX, por John Cheyne e William Stokes.
Respiração de Biot
Conhecida também como respiração atáxica, pode ser considerada uma variação de Cheyne-Stokes.
Ela tem início em períodos de apneia alternados com respirações profundas e semelhantes. Porém, essa alternância não tem periodicidade e é caracterizada por começo e fim repentinos.
Respiração de Kussmaul
Tem padrão regular, começando pela inspiração profunda e avançando para outras três fases, conforme explica o já citado estudo sobre o tema:
- Fase 1: inspirações ruidosas, gradativamente mais amplas, alternadas com inspirações rápidas e de pequena amplitude
- Fase 2: apneia em inspiração
- Fase 3: expirações ruidosas gradativamente mais profundas alternadas com inspirações rápidas e de pequena amplitude
- Fase 4: apneia em expiração.
Por fim, temos como padrão a respiração Suspirosa.
Respiração Suspirosa
Pode ser chamada de síndrome de hiperventilação, sendo caracterizada por suspiros espontâneos e frequentes, que surgem aproximadamente 12 vezes a cada hora.
O que os padrões respiratórios podem indicar?
Mencionei, na abertura do texto, que existem correlações entre padrões respiratórios anormais e certas condições patológicas.
Daí a importância de seu reconhecimento ainda durante o exame clínico, o que permite um diagnóstico mais ágil para que sejam realizadas as intervenções médicas necessárias.
Algumas vezes, essa celeridade pode salvar vidas, a exemplo da presença de respiração de Cheyne-Stokes, que aumenta o risco de morte súbita em pacientes com insuficiência cardíaca.
Ou diante da respiração de Biot, que resulta de dano ao sistema nervoso central.
Abaixo, apresento uma lista com os padrões e principais afecções identificadas a partir deles:
- Respiração de Cheyne-Stokes: insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral, demência avançada
- Respiração de Biot: meningite, acidente vascular cerebral, trauma, hérnia uncal, intoxicação por opiáceos
- Respiração de Kussmaul: cetoacidose diabética
- Respiração Suspirosa: associada a quadros de estresse, exaustão, tristeza ou alívio.
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Conclusão
Ao final deste artigo, espero ter contribuído para ampliar seus conhecimentos sobre os padrões respiratórios e qualificar o diagnóstico em seu serviço de saúde.
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