Telemedicina que funciona para equipes e pacientes nos hospitais

Por Dr. José Aldair Morsch, 17 de maio de 2024
Telemedicina nos hospitais

A telemedicina nos hospitais está se tornando uma parte cada vez mais importante dos cuidados de saúde modernos. 

Com o avanço das tecnologias e a necessidade de acessar serviços médicos de forma eficiente, especialmente em lugares distantes ou com escassez de especialistas, ela oferece uma solução prática e eficaz. 

Unidades de saúde ao redor do mundo estão descobrindo como essa estratégia pode melhorar o atendimento ao paciente e otimizar operações. 

Neste artigo, vamos mostrar como a telemedicina está transformando os hospitais e de que forma pode ser implementada para melhorar os cuidados de saúde em diversas situações.

Acompanhe até o final para conhecer soluções que qualificam resultados e aumentam a satisfação de pacientes e equipes médicas.

O que é telemedicina e como ela transforma hospitais

Telemedicina é o uso de tecnologia para fornecer cuidados de saúde a distância

Essa prática inclui desde consultas médicas por videochamada até o telediagnóstico, onde médicos analisam e interpretam exames médicos remotamente. 

Especificamente, o telediagnóstico permite que especialistas avaliem exames de imagem, como raios-X, ressonâncias e tomografias, sem a necessidade de estar no mesmo local que o paciente.

A integração da telemedicina nos hospitais está promovendo uma transformação significativa no atendimento ao paciente. 

Unidades que adotam essa tecnologia podem estender seus serviços a regiões que sofrem com a falta de especialistas médicos, melhorando o acesso à saúde de alta qualidade. 

Além disso, a telemedicina facilita uma resposta mais rápida aos pacientes, uma vez que os laudos podem ser gerados e entregues em tempo real, acelerando o processo de diagnóstico e tratamento.

Outro ponto de impacto é a eficiência operacional

A telemedicina reduz a necessidade de espaço físico destinado a consultórios e salas de espera, uma vez que muitos atendimentos podem ser realizados online. 

Isso economiza recursos e otimiza o tempo dos profissionais de saúde, que podem atender mais pacientes em menos tempo.

A importância da telemedicina em ambientes hospitalares

Pelo que acabamos de ver no tópico anterior, já fica clara a importância da telemedicina em hospitais.

Mas ela é ainda mais significativa em áreas rurais ou que não têm fácil acesso a serviços médicos especializados

Em lugares assim, muitas vezes, é um desafio para os pacientes conseguirem consultas com especialistas ou mesmo realizar exames específicos sem ter que viajar longas distâncias.

Sempre lembramos aqui da pesquisa Demografia Médica 2023, da Associação Médica Brasileira, que identificou a média de 6,13 médicos a cada mil habitantes nas capitais do país, contra apenas 1,84 no interior.

Com a telemedicina, os hospitais podem oferecer consultas e diagnósticos à distância. 

Isso significa que um especialista em uma grande cidade pode avaliar exames, discutir sintomas e orientar tratamentos sem que o paciente saia de sua localidade. 

Esse tipo de serviço não só é conveniente, mas também pode ser um divisor de águas no cuidado rápido e eficaz de condições que poderiam se agravar com a espera.

Além disso, para os hospitais, adotar a telemedicina pode significar uma expansão significativa de seus serviços, melhorando a reputação e a confiança na comunidade local. 

A habilidade de prover cuidados especializados à distância fortalece o sistema de saúde como um todo, garantindo que mais pacientes tenham acesso a cuidados necessários sem os encargos de viagens e longas esperas.

A integração da telemedicina nas rotinas hospitalares 

No ambiente hospitalar, a telemedicina é aplicada de várias maneiras, mas uma das mais impactantes é através do telediagnóstico

Esse processo envolve a realização de exames médicos que são disponibilizados online para serem interpretados por especialistas.

E esses podem estar em outra cidade ou até mesmo em outro país. 

Isso permite que os hospitais ofereçam diagnósticos rápidos e precisos, mesmo sem ter especialistas disponíveis localmente.

A emissão de laudos a distância é outro componente crítico. 

Após a realização de um exame, como uma radiografia ou tomografia, as imagens são digitalizadas e enviadas através de sistemas seguros para um radiologista para interpretação.

Esse profissional, então, analisa as imagens e envia de volta um laudo detalhado

Tudo acontece online, em uma plataforma de telemedicina hospedada na nuvem, que é bastante segura

Essa prática acelera o processo de diagnóstico e garante que o paciente receba a opinião de especialistas, independentemente de sua localização.

Entre os serviços de telediagnóstico mais comuns, estão:

  • Telerradiologia: imagens de raios-X e outras imagens radiológicas são frequentemente analisadas remotamente, especialmente em hospitais menores que podem não ter um radiologista disponível em tempo integral
  • Telecardiologia: eletrocardiogramas (ECGs) podem ser realizados localmente e enviados para cardiologistas especializados para análise rápida e interpretação
  • Teleneurologia: exames como eletroencefalogramas (EEGs) são vitais para diagnóstico de condições neurológicas e podem ser interpretados à distância por neurologistas
  • Telepneumologia: condições respiratórias são mais facilmente identificadas através de exames como a espirometria, ou prova de função pulmonar, que é interpretado a distância por um pneumologista.

Além da interpretação remota e laudo a distância, a telemedicina oferece a possibilidade de uma segunda opinião médica quase imediata.

Esse é um recurso inestimável em casos complexos ou urgentes, garantindo que decisões críticas possam ser tomadas com maior confiança e respaldo especializado.

Telemedicina em ambientes hospitalares

O telediagnóstico permite que especialistas avaliem exames de imagem, como raios-X, ressonâncias e tomografias

Benefícios da integração para as equipes hospitalares 

A integração da telemedicina traz importantes benefícios também para as equipes hospitalares, especialmente no que diz respeito à eficiência operacional e à redução do tempo de espera para diagnóstico.

Primeiro, vamos falar sobre eficiência operacional

Com a telemedicina, os hospitais conseguem otimizar o uso de seus recursos. 

Por exemplo, ao enviar exames digitais para especialistas em outros locais, os médicos da equipe local podem se concentrar no atendimento direto ao paciente, sem precisar esperar pela presença física de um especialista. 

Isso ajuda o hospital a utilizar melhor o tempo de seus médicos e técnicos, aumentando a capacidade de atendimento e reduzindo a pressão sobre a equipe.

Quanto à redução do tempo de espera para diagnósticos, isso é algo que beneficia diretamente os pacientes, mas também melhora a dinâmica de trabalho no hospital. 

Com diagnósticos sendo realizados e entregues mais rapidamente, os pacientes podem começar seus tratamentos mais cedo, o que contribui para melhores resultados de saúde. 

Para a equipe hospitalar, isso significa menos atrasos e interrupções, possibilitando um fluxo de trabalho mais suave e uma rotina menos estressante.

Implementação da telemedicina em hospitais: primeiros passos 

Implementar telemedicina em um hospital pode parecer um grande desafio, mas com planejamento e as estratégias certas, é um processo bastante gerenciável. 

Veja quais são os primeiros passos para começar essa jornada, focando nas considerações técnicas e de infraestrutura necessárias.

1. Avalie as necessidades do hospital

Antes de qualquer coisa, é importante entender quais serviços de telemedicina serão mais benéficos para o seu hospital. 

Isso envolve conversar com as equipes médicas para identificar as especialidades que mais precisam de suporte remoto e os tipos de exames que poderiam ser interpretados a distância

Essa avaliação inicial ajuda a definir o foco da implementação.

2. Planejamento de infraestrutura tecnológica

A telemedicina depende de uma boa infraestrutura tecnológica. 

Isso inclui uma conexão de internet estável e rápida, equipamentos adequados para realizar exames e uma plataforma segura para enviar, receber e armazenar dados médicos. 

Certifique-se de que o hospital está equipado com a tecnologia necessária ou planeje atualizações.

3. Escolha de plataformas e parceiros

A escolha de uma plataforma de telemedicina é fundamental.

Procure soluções que ofereçam boa usabilidade, suporte técnico confiável e, claro, que cumpram todas as regulamentações de segurança e privacidade de dados. 

Não deixe de ler este artigo, onde trago todas as dicas para selecionar o provedor de telemedicina ideal.

4. Treinamento e capacitação

Não basta apenas ter a tecnologia: a equipe do hospital precisa saber usar de forma eficiente. 

Organize treinamentos para médicos, enfermeiros e técnicos, ensinando-os a operar os equipamentos e a plataforma de telemedicina. 

Isso inclui desde a realização dos exames até o envio dos dados para análise.

5. Testes e ajustes

Antes de lançar os serviços de telemedicina em pleno funcionamento, preveja uma fase de testes. 

Isso pode envolver simulações ou começar com um número limitado de casos. 

Os testes ajudam a identificar quaisquer problemas na infraestrutura ou no processo que precisam ser ajustados antes de escalar o serviço.

6. Implementação e avaliação contínua

Uma vez que tudo esteja configurado e testado, você pode começar a implementar a telemedicina mais amplamente no hospital. 

Mas o trabalho não acaba aí. 

É importante continuar avaliando e melhorando os serviços. 

Observe como eles estão impactando o atendimento ao paciente e a carga de trabalho da equipe, e faça ajustes conforme necessário.

Treinamento de equipes para uso eficiente da telemedicina 

Como acabei de comentar, treinar a equipe é um passo essencial para garantir que a telemedicina seja usada de forma eficaz no hospital. 

Sem o treinamento adequado, até a tecnologia mais avançada pode acabar subutilizada. 

É por isso que muitos gestores de saúde se frustram em suas experiências com inovações como a telemedicina.

Entenda que não é na tecnologia que está o problema: às vezes, falta planejamento, pesquisa e capacitação contínua para todos os envolvidos.

Uma boa estratégia é começar com sessões de treinamento básico assim que a telemedicina for implementada. 

Isso deve incluir desde como usar a plataforma e os equipamentos até entender os processos de telediagnóstico, como enviar exames, receber laudos e fazer o acompanhamento necessário.

Também é necessário manter a equipe sempre atualizada. 

O mundo da tecnologia médica muda rápido, e novas ferramentas e práticas estão sempre surgindo. 

Organizar workshops regulares ou webinars pode ser uma ótima maneira de manter todos informados e proficientes.

Como gestor, é seu papel encorajar um ambiente onde a equipe se sinta confortável para fazer perguntas e discutir dificuldades que possam surgir com o uso da telemedicina. 

Isso ajuda a identificar áreas que podem precisar de mais atenção em treinamentos futuros e fortalece a competência da equipe como um todo.

Quando usar a telemedicina no hospital?

A telemedicina pode ser uma ferramenta valiosa em muitas situações dentro de um hospital, mas saber quando e como usá-la pode realmente fazer a diferença. 

Primeiramente, ela é ideal para situações onde a rapidez no diagnóstico é vital. 

Isso inclui urgências e emergências, onde cada segundo conta. 

Por exemplo, a interpretação remota de exames como ECGs em casos suspeitos de infarto pode acelerar a tomada de decisão e o início do tratamento, salvando vidas.

Outra situação é no monitoramento contínuo de pacientes com doenças crônicas. 

Pacientes com condições como diabetes ou hipertensão podem ter seus dados monitorados remotamente, permitindo ajustes no tratamento sem que eles precisem visitar o hospital frequentemente. 

Isso não só facilita a vida do paciente, como também desafoga o sistema de saúde.

Exemplo prático

Um exemplo claro do uso eficaz da telemedicina em hospitais é quando neurologistas avaliam  a distância pacientes com suspeita de AVC.

A partir do acesso a exames de imagem em tempo real, médicos podem analisar o caso e orientar a equipe local sobre o tratamento imediato, essencial para minimizar as sequelas do AVC.

Na gestão de cuidado contínuo, a telemedicina também tem sido usada para acompanhamento de pacientes pós-operatórios. 

Isso permite que os médicos vejam como o paciente está se recuperando, discutam sintomas e ajustem medicações sem que ele tenha que retornar ao hospital, oferecendo conforto e praticidade para todos.

Telemedicina em hospital

A telemedicina em ambientes hospitalares é ainda mais significativa em áreas rurais e de difícil acesso

Erros que prejudicam a eficácia da telemedicina em hospitais

Embora a telemedicina tenha o potencial de transformar o atendimento em hospitais, há alguns erros comuns que podem comprometer sua eficácia. 

Vamos dar uma olhada no que pode dar errado na implementação e como esses erros podem ser evitados.

Falta de treinamento

A telemedicina requer habilidades específicas, não apenas em termos de operação tecnológica, mas também em como se comunicar efetivamente a distância. 

Quando as equipes não estão bem treinadas, a tecnologia pode ser subutilizada ou mal utilizada, o que reduz sua eficácia.

A solução é investir em treinamento contínuo e garantir que todos estejam confortáveis com as ferramentas de telemedicina.

Infraestrutura inadequada

Se a conexão de internet é instável ou os equipamentos são obsoletos, a eficiência da telemedicina é diretamente impactada.

A solução é realizar um investimento inicial adequado em tecnologia e manutenção constante para garantir que tudo funcione como deveria.

O aluguel de equipamentos médicos em comodato costuma ser uma decisão inteligente.

Resistência à mudança

Muitas vezes, os gestores hospitalares e as equipes médicas podem ser resistentes à mudança. Esse ceticismo ou relutância em adotar novas práticas pode ser um grande obstáculo.

A solução é promover uma cultura de inovação dentro do hospital e demonstrar claramente os benefícios da telemedicina, incluindo estudos de caso e feedback positivo de outras instituições.

Comunicação ineficaz

A telemedicina depende de uma comunicação clara para ser eficaz, especialmente quando o paciente e o médico não estão no mesmo espaço físico.

A solução é treinar equipes em comunicação à distância e utilizar ferramentas que facilitam uma interação clara e efetiva.

Gestão de expectativas

Se as partes envolvidas esperam mais do que a tecnologia pode oferecer no momento, ou se não compreendem completamente como ela deve ser usada, a implementação pode falhar.

Como solução, procure comunicar claramente ao time o que a telemedicina pode e não pode fazer e estabelecer expectativas realistas desde o início.

Conclusão

Vimos neste texto que a adoção da telemedicina pelos hospitais oferece uma série de benefícios.

Eles vão desde melhorar a eficiência operacional até expandir o acesso a cuidados especializados, especialmente em áreas remotas ou subatendidas. 

Com o telediagnóstico, os hospitais podem fornecer serviços rápidos e precisos, melhorando a qualidade do atendimento ao paciente e a satisfação dos profissionais.

Olhando para o futuro, é claro que a telemedicina vai continuar a ser uma parte vital da saúde. 

Hospitais que adotam essa tecnologia se mantêm na vanguarda da inovação médica.

E também demonstram um compromisso com a melhoria contínua dos cuidados de saúde.

Se você está considerando introduzir ou expandir a telemedicina no seu hospital, vale a pena conhecer a Telemedicina Morsch e considerar a nossa moderna e segura plataforma como sua parceira.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin