Primidona: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 17 de maio de 2024
Primidona

Buscando informações sobre a primidona?

Indicado para prevenir convulsões, esse fármaco pode ser adquirido sob a forma de comprimidos de 100 mg e 250 mg.

Mas como ter acesso a ele? E qual a forma certa de ser ingerido?

Neste texto, apresento detalhes e cuidados de uso, explico como tomar e qual o caminho para obter a receita médica online com segurança.

Acompanhe até o final.

O que é primidona?

Primidona é um remédio anticonvulsivante.

Pode ser utilizado tanto em monoterapia (como única medicação) ou associado a outros medicamentos para potencializar o efeito.

Tanto o início quanto o final do tratamento com primidona devem ser realizados sob prescrição médica, pois a substância tem efeito sobre o sistema nervoso central (SNC).

Para que serve primidona

O remédio serve para o controle de crises epilépticas de diferentes tipos, além de tremores.

Seu mecanismo de ação funciona a partir da redução da excitabilidade dos neurônios, aumentando o limiar convulsivo para prevenir as crises.

Principais indicações

Segundo informa a bula do Primid® (marca de referência para a primidona), o fármaco é indicado para tratar:

  • Epilepsia: a primidona, utilizada isoladamente ou com outros anticonvulsivantes, é indicada no controle das crises convulsivas generalizadas e nas crises epilépticas psicomotoras e focais. Ela pode controlar as crises convulsivas generalizadas refratárias (resistentes) à terapia com outros anticonvulsivantes
  • Tremor essencial (particularmente em idosos).

Outras indicações dependem de uma avaliação médica.

Como tomar primidona

Tome os comprimidos de 100 mg ou 250 mg por via oral, com a ajuda de um copo d’água, conforme a recomendação médica.

Respeite os horários definidos e não mastigue os comprimidos.

A prescrição médica é feita de maneira individualizada, considerando sua condição clínica e resultados desejados.

Reproduzo os principais esquemas terapêuticos a seguir.

  • Como anticonvulsivante: administrar 100 mg a 125 mg uma vez ao dia (a cada 24 horas), ao deitar, durante os três primeiros dias. Aumentar para 100 a 125 mg, duas vezes ao dia, no 4º, 5º e 6º dias. Aumentar para 100 a 125 mg, três vezes ao dia, no 7º, 8º e 9º dia. No 10º dia, passar para 250 mg, três vezes ao dia. Ajustar de acordo com as necessidades e tolerância do paciente
  • Manutenção: administrar 250 mg, por via oral, 3 ou 4 vezes/dia. Se necessário, a dose pode ser aumentada até 1.500 mg ao dia, em doses divididas
  • Tremor essencial: em geral, recomenda-se por via oral, 50 a 62,5 mg/dia. Limite máximo diário: ajustar até 750 mg/dia
  • Tratamento junto a outros anticonvulsivantes: deve-se iniciar com 100 a 125 mg de primidona uma vez ao dia (ao deitar), aumentando gradualmente a posologia até a dose de manutenção, ao mesmo tempo em que se diminui a outra droga. Este esquema posológico deve ser seguido até que se obtenha um nível satisfatório de dose para a combinação, ou até que a outra droga seja retirada. Quando o objetivo for o tratamento somente com primidona, a transição não deve ser feita em menos de duas semanas.

Para mais informações, consulte a bula do remédio, o médico e o farmacêutico.

Receita de primidona

A prescrição requerida para a dispensação da primidona é a receita C1.

Que também é chamada receita de controle especial, com emissão em duas vias iguais para que uma permita o rastreio por parte da Anvisa.

Assim, a primeira via fica retida pela farmácia no momento da compra, enquanto a segunda via é devolvida ao paciente ou cuidador.

Ela contém a orientação médica necessária para o sucesso do tratamento, especificando doses, horários, vias de administração, etc.

As regras mais rígidas para a prescrição se aplicam à primidona devido ao seu impacto sobre o SNC, que pode ser prejudicial quando há uso indevido.

Daí o fato de esse medicamento constar na lista C1 da Portaria 344/1998, junto a outros remédios controlados com efeito antidepressivo, ansiolítico, antiparkinsoniano e antipsicótico.

A receita branca tipo C1 é válida por 30 dias e pode dar acesso a medicamento suficiente para até 60 dias de tratamento.

Dúvidas frequentes sobre primidona

Nesta seção, esclareço as principais questões referentes ao fármaco.

Siga acompanhando.

Quais são os efeitos colaterais da primidona?

As reações adversas mais comuns incluem falta de coordenação motora e vertigem, que costumam desaparecer com a continuidade do tratamento ou ajuste da dose.

Pacientes mais sensíveis também podem apresentar:

  • Perda do apetite
  • Sonolência
  • Reação paradoxal (excitação)
  • Náuseas ou vômitos
  • Fadiga
  • Impotência
  • Tonturas
  • Alterações do humor
  • Visão dupla
  • Movimentos oculares
  • Erupções cutâneas.

Caso observe reações psicóticas agudas, pensamentos suicidas ou qualquer outro efeito intenso ou grave, procure ajuda médica.

Qual o melhor horário para tomar primidona?

Quando o tratamento é feito por meio de dose única diária, é comum que seja administrada à noite, antes de dormir.

Porém, você deve seguir as instruções do médico.

Quem não pode tomar primidona?

O remédio é contraindicado para:

  • Pacientes menores de 8 anos
  • Portadores de porfiria aguda intermitente (doença rara causada pela deficiência de uma enzima relacionada aos glóbulos vermelhos do sangue)
  • Pessoas alérgicas à droga ou seus metabólitos (fenobarbital e feniletilmalonamida).

A primidona deve ser usada com cautela em pacientes idosos ou debilitados, pois eles podem ficar agitados.

Conclusão

Gostou de saber mais sobre a primidona?

Então, lembre-se de fazer uso seguro deste medicamento, sem recorrer a práticas perigosas como a automedicação.

Se estiver sofrendo com convulsões ou tremores, procure um neurologista ou outro médico para receber o diagnóstico correto.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin