Doenças cardiovasculares: quais são as principais, como prevenir e tratamentos

Por Dr. José Aldair Morsch, 22 de dezembro de 2021
O que são doenças cardiovasculares

Você sabe o que são doenças cardiovasculares?

A alta incidência dessas patologias preocupa autoridades, médicos e pacientes em todo o mundo.

Afinal, a cada ano, dezenas de milhões de pessoas morrem em decorrência delas no planeta.

Fatores genéticos colaboram para esse cenário, mas são os hábitos poucos saudáveis que respondem pela maior parte dos agravos.

Tanto que especialistas calculam que 80% das mortes prematuras por essas patologias poderiam ser evitadas com mudanças simples na rotina.

Portanto, fica o alerta para alterações no comportamento, incluindo uma alimentação balanceada, atividade física e redução do estresse no dia a dia.

E é justamente sobre isso que vou falar a partir de agora.

Siga com a leitura para conferir mais dados sobre as principais doenças cardiovasculares, fatores de risco e como prevenir essas condições.

Você pode, por exemplo, contar com o suporte do cardiologista online para manter os cuidados com o coração em dia.

Acompanhe o texto até o final!

O que são doenças cardiovasculares?

Doenças cardiovasculares são aquelas que afetam a anatomia ou o funcionamento do coração, veias e artérias.

Lembrando que o músculo cardíaco funciona como uma bomba natural movida a impulsos elétricos, que envia o sangue rico em oxigênio a todo o corpo a partir de suas contrações.

Esse processo é fundamental para a nutrição das células e sistemas do organismo.

Para que ele ocorra com sucesso, cada parte do aparelho cardiovascular deve estar completa e preservada.

As câmaras cardíacas (átrios e ventrículos) precisam ter tamanho normal e capacidade de se contrair e relaxar dentro do padrão de normalidade.

E as válvulas localizadas entre essas câmaras também devem conseguir se abrir e se fechar na hora certa para que o sangue siga a trajetória normal.

Assim, os batimentos vão seguir o chamado ritmo sinusal, que indica uma boa saúde cardíaca.

As veias, artérias e capilares (pequenos vasos sanguíneos) devem ter passagem aberta para o sangue circular, sem obstruções como as placas de ateroma.

Qualquer anomalia no sistema pode comprometer sua função, aumentando o risco de eventos graves como o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC).

Daí a importância de trabalhar pela prevenção e controle das doenças cardiovasculares.

Incidência de doenças do aparelho cardiovascular

Segundo a OMS, em 2019, as doenças cardiovasculares causaram 17,9 milhões de mortes, representando 32% do total de óbitos no mundo.

Nesse contexto, o risco de morte prematura ameaça mais de 500 milhões de indivíduos que sofrem com problemas cardiovasculares em todo o planeta.

O cenário brasileiro também preocupa, com 14 milhões de pessoas convivendo com essas patologias – responsáveis por 30% do total de óbitos no país.

Problemas cardiovasculares são responsáveis por cerca de 380 mil mortes de brasileiros todos os anos, conforme estimativas da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

De acordo com o relatório GBD (Global Burden of Diseases, Injuries, and Risk Factors Study), publicado no periódico The Lancet, o país registrou 171 mil mortes apenas por doenças cardíacas isquêmicas em 2019.

Estou falando da patologia conhecida como doença arterial coronariana (DAC), que leva ao acúmulo de placas nas paredes das artérias, formadas por gordura, cálcio e outras substâncias.

Essas placas restringem o fluxo sanguíneo.

Para se ter uma noção do impacto desses problemas, vale a comparação divulgada pela SBC, que afirma:

“As doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes que aquelas devidas a todos os tipos de câncer juntos, 2,3 vezes mais que as todas as causas externas (acidentes e violência), 3 vezes mais que as doenças respiratórias e 6,5 vezes mais que todas as infecções, incluindo a AIDS.”

Quais são as doenças cardiovasculares mais comuns?

A lista de doenças cardiovasculares com maior prevalência pode mudar conforme a região estudada.

Por isso, autoridades de saúde como a OMS citam seis grupos de patologias que afetam o sistema cardiovascular, concentrando suas avaliações em:

Doença coronariana

Doença arterial coronariana (DAC) ou, simplesmente, doença coronariana é aquela causada pelo depósito de placas de ateroma no interior das artérias que irrigam o coração.

Quando o quadro se agrava, pode ocorrer a diminuição ou obstrução do fluxo sanguíneo na área afetada, desencadeando problemas como arritmias, angina ou até infarto.

Geralmente, a DAC é silenciosa, provocando sintomas apenas quando há complicações.

Doença cerebrovascular

Esse grupo engloba as patologias que atrapalham a irrigação sanguínea do cérebro.

A mais conhecida é o acidente vascular cerebral, que se divide em AVC hemorrágico ou derrame cerebral; e AVC isquêmico ou isquemia cerebral.

O tipo isquêmico é mais comum e menos grave, pois resulta em obstrução parcial e redução do fluxo sanguíneo e, por consequência, da oferta de oxigênio para algumas células do cérebro.

Já o AVC hemorrágico decorre do rompimento do vaso sanguíneo, apresentando maior risco de morte. 

Ambos são emergências médicas que se agravam a cada minuto, exigindo intervenção imediata em pronto-socorro.

Doença arterial periférica

Também chamada Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP), é caracterizada pela redução do fluxo sanguíneo nos membros superiores e inferiores.

Geralmente, essa condição surge devido à aterosclerose, que é o acúmulo progressivo de placas de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos.

Conforme explica este material da SBACV-SP (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular de São Paulo):

“A aterosclerose é um processo inflamatório que se instala lentamente, ao longo de muitos anos. Dessa forma, o organismo muitas vezes consegue se adaptar com o desenvolvimento de outras artérias menores (circulação colateral) e com a adaptação das células a uma oferta menor de oxigênio. Esse processo é conhecido como obstrução arterial crônica, ou doença arterial obstrutiva periférica (DAOP).”

Doença cardíaca reumática

Essa patologia tem origem em lesões nas válvulas e músculos cardíacos após cicatrizes decorrentes da febre reumática – uma doença infecciosa causada pelo Streptococcus pyogenes (estreptococo do grupo A), mais frequente durante a infância e adolescência.

Em alguns casos, o sistema imunológico pode reagir atacando tecidos do próprio organismo, levando à formação de cicatrizes nas válvulas do coração.

Cardiopatia congênita

Esse grupo compreende as malformações na estrutura cardíaca, presentes desde o nascimento, a exemplo da comunicação interventricular (CIV) e da Tetralogia de Fallot.

Trombose venosa profunda e embolia pulmonar

A trombose venosa profunda (TVP) leva à formação de coágulos (trombos) em áreas como pernas e pelve. 

Essas massas podem se mover até órgãos vitais, como os pulmões, obstruindo sua irrigação e desencadeando a embolia pulmonar.

Doença cardiovascular

O coração, as veias e as artérias devem estar preservados para o bom funcionamento do aparelho cardiovascular

Quais são as doenças cardiovasculares que mais matam?

Conforme revela o estudo Global Burden of Disease, o ranking de doenças cardiovasculares fatais no Brasil fica assim:

  • Doença isquêmica do coração
  • Doença cerebrovascular (AVC)
  • Cardiopatia hipertensiva
  • Cardiomiopatia
  • Outras patologias cardiovasculares
  • Fibrilação atrial
  • Aneurisma aórtico
  • Doença valvar não reumática
  • Doença vascular periférica
  • Endocardite
  • Cardiopatia reumática.

Vale lembrar que 85% das mortes decorrem de infarto e AVC, ou seja, se concentram nas duas primeiras patologias do ranking.

E que mais de três quartos desses óbitos ocorrem em países de baixa e média renda, onde existe dificuldade para o diagnóstico precoce dos problemas cardiovasculares.

A falta de acesso a alimentos nutritivos e o sedentarismo são outros vilões que agravam o cenário preocupante nesses territórios.

Eles estão entre os fatores de risco para patologias do coração e vasos sanguíneos, como detalho nos próximos tópicos.

Impacto das doenças cardiovasculares na qualidade de vida

Ainda que não levem a óbito, problemas cardíacos e nos vasos sanguíneos podem impactar na rotina, prejudicando o desempenho físico, psicológico e social.

Um exemplo são pessoas que convivem com sequelas de infarto ou AVC, podendo ter sua mobilidade reduzida, danos cognitivos e de comunicação, limitação a esforços físicos e a necessidade de eliminar alimentos gordurosos da dieta.

Mesmo em quadros mais leves, em que não ocorram eventos graves, o paciente pode sofrer com falta de ar, dor no peito, cãibras, cansaço e dor nas pernas, dificuldade de cicatrização, entre outros sintomas incômodos.

Quais os fatores de risco para doenças cardiovasculares?

A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) elenca um total de 11 fatores de risco para patologias cardiovasculares.

Esses itens correspondem a condições que elevam as chances de alguém sofrer com esses problemas, sendo divididos em mutáveis e imutáveis.

Vale ressaltar que mesmo os fatores de risco imutáveis podem ser amenizados por meio de estratégias como o monitoramento contínuo de um cardiologista.

São eles:

  • Idade: à medida que os anos passam, os vasos sanguíneos sofrem um processo de enrijecimento e acúmulo de placas em suas paredes internas, chamado aterosclerose. Esse processo aumenta as chances de infarto, AVC e morte súbita
  • História familiar: registros de problemas no coração ou vasos sanguíneos de parentes próximos, como irmãos e pais, ampliam o risco de o paciente sofrer com essas condições
  • Etnia: alguns grupos estão mais propensos a desenvolver patologias cardiovasculares.

Apesar de sua relevância, os fatores de risco imutáveis são minoria.

Significa que há esperança para a prevenção da maior parte dos agravos ao coração e artérias, trabalhando os fatores mutáveis.

Listo cada um deles abaixo:

  • Consumo de álcool em excesso: hábito relacionado à hipertensão, alteração no ritmo do coração e aumento de peso
  • Nível de colesterol alto: cada ser humano necessita de uma pequena quantidade de colesterol, sendo a maior parte suprida pela produção no fígado. Ao ingerir muitos alimentos gordurosos, o colesterol acaba se depositando nas paredes das artérias
  • Diabetes: a insuficiência de insulina para metabolizar a glicose eleva a taxa de açúcar no sangue, o que aumenta a probabilidade de patologias cardiovasculares
  • Pressão alta: a manutenção de níveis altos de tensão dentro das artérias sobrecarrega todo o aparelho cardiovascular
  • Estresse excessivo: situações estressantes fazem com que o organismo libere hormônios como a adrenalina, elevando a frequência cardíaca e a pressão arterial
  • Tabagismo: o cigarro é outro vilão que eleva o ritmo cardíaco
  • Obesidade e sobrepeso: favorecem o acúmulo de gorduras nas paredes arteriais e exigem maior esforço para o bombeamento de sangue pelo corpo
  • Sedentarismo: altos níveis de colesterol, hipertensão, diabetes e obesidade são alguns problemas ligados à falta de atividade física regular.

Na sequência do texto, esclareço sobre o diagnóstico de condições cardíacas.

Doenças do coração

Entre as condições de saúde que mais matam, a doença isquêmica do coração aparece em primeiro lugar

Como é feito o diagnóstico das doenças cardiovasculares?

O diagnóstico começa na consulta com cardiologista, clínico geral (para adultos), pediatra (para crianças e adolescentes) ou geriatra (para idosos).

Durante o atendimento médico online ou presencial, o profissional realiza a anamnese, uma entrevista para conhecer o histórico do paciente, alergias, tratamentos em curso, comorbidades e história familiar de doenças cardiovasculares.

Bem como fatores referentes ao estilo de vida e, claro, a queixa de saúde atual, incluindo detalhes sobre os sintomas e sua intensidade.

Os relatos são complementados pela avaliação física, que envolve técnicas de inspeção, palpação, ausculta e percussão.

Se for um teleatendimento, essa etapa foca na observação e comparação com exames anteriores.

Caso ache necessário, o médico pode pedir exames complementares para confirmar a hipótese diagnóstica, a exemplo de:

Você também pode adotar medidas preventivas, como explico a seguir.

Como prevenir doenças cardiovasculares

A prevenção desses problemas pede conscientização e a promoção de mudanças no estilo de vida nas cidades.

Não por acaso, a ascensão das patologias cardiovasculares nas últimas décadas se deu junto à urbanização em diversos territórios.

Nos ambientes urbanos, a população encontrou uma rotina mais confortável, porém, ao custo de hábitos saudáveis naturais da vida no campo.

A vida conturbada da cidade exige deslocamentos rápidos, feitos de carro ou transporte público, o que diminuiu a necessidade de caminhar.

Por vezes, sobra pouco tempo e disposição para exercícios físicos, colaborando para o sedentarismo em massa.

E o acesso à alimentação de qualidade se torna restrito devido ao alto custo desse tipo de refeição e nutrientes.

Está aí a receita para o desenvolvimento de problemas cardíacos e vasculares.

A solução requer esforço e adaptações na rotina, em especial:

  • Parar de fumar
  • Diminuir o consumo de bebida alcoólica
  • Praticar pelo menos meia hora de atividade física, 3 vezes por semana. Pode ser natação, corrida, caminhada, andar de bicicleta, dançar, etc.
  • Reduzir a ingestão de alimentos gordurosos, de sal e açúcar
  • Aumentar a presença de legumes e verduras na dieta
  • Investir em rotinas que diminuam o estresse, como meditação, pausas no trabalho e passeios
  • Controlar doenças crônicas como diabetes e hipertensão
  • Visitar o cardiologista regularmente.

No próximo tópico, falo sobre as opções de tratamento.

Como tratar doenças cardiovasculares

O tratamento depende do tipo, intensidade e risco que a doença cardiovascular oferece à vida e integridade do paciente.

Portanto, o sucesso da terapia está diretamente relacionado a um diagnóstico correto. 

De preferência, precoce.

Coágulos sanguíneos, por exemplo, podem ser dissolvidos com a administração de medicamentos anticoagulantes como a aspirina.

Já a maior parte dos casos de insuficiência cardíaca pode se beneficiar do uso de betabloqueadores, que reduzem a frequência cardíaca e a pressão arterial.

Inibidores da enzima conversora da angiotensina e estatinas também podem ser úteis para combater causas e sintomas de problemas cardiovasculares.

Outras condutas são adotadas diante de emergências, a exemplo da estabilização da frequência cardíaca com a cardioversão elétrica (choque).

No tratamento da fibrilação atrial (FA), também é útil a ablação por radiofrequência.

Nesse procedimento, um cateter é usado para acessar o local de origem da FA por via intravenosa.

Seja qual for a terapia prescrita, ela será mais eficiente se houver mudanças nos hábitos do paciente.

Nesse contexto, as dicas preventivas que citei acima servem também para evitar novos episódios e/ou agravos.

Isso vale especialmente para quem já sofre com patologias cardíacas e vasculares.

Problemas cardíacos

Tratamento das doenças cardiovasculares depende do tipo, intensidade e risco, o que varia conforme o paciente

Riscos das doenças cardiovasculares não tratadas

É fundamental procurar ajuda médica ao primeiro sinal de problemas cardíacos e vasculares, a fim de evitar complicações de saúde.

Quando não tratadas, essas doenças podem desencadear agravos sérios como a insuficiência cardíaca, quando o coração não consegue desempenhar sua função de forma adequada.

Infarto, AVC, arritmias potencialmente fatais, como a fibrilação ventricular, e até morte súbita são complicações decorrentes da falta de tratamento para patologias cardiovasculares.

Nesse cenário, práticas de medicina preventiva, como o check up cardiológico e a avaliação pelo cardiologista, ajudam a detectar até as condições silenciosas, viabilizando um diagnóstico precoce e elevando as chances de sucesso no tratamento.

Médico para doenças do sistema cardiovascular

O cardiologista é o médico que diagnostica e trata patologias cardiovasculares.

Com conhecimento aprofundado sobre a anatomia e funcionamento das estruturas desse sistema, o especialista também dá orientações preventivas.

Por isso, é inteligente incluir uma avaliação cardiológica na época do seu check up, junto à bateria de exames.

Assim, você vai saber se está tudo ok com a saúde do coração, artérias e veias.

Ainda que não esteja, poderá receber o diagnóstico precoce para evitar complicações que trazem risco ao bem-estar ou até à vida.

Caso tenha um ou mais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, a atenção deve ser redobrada, com visitas frequentes ao cardiologista.

Mesmo em tempos conturbados, você pode manter os cuidados em dia com a ajuda da teleconsulta.

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Conclusão

Ao final deste artigo, espero ter esclarecido suas dúvidas sobre o que são doenças cardiovasculares, como podem ser prevenidas e tratadas.

Não se esqueça que este texto se limita à função informativa e que somente médicos podem diagnosticar patologias.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin