Angiotomografia: o que é, tipos e indicações do exame

Por Dr. José Aldair Morsch, 18 de setembro de 2024
O que é angiotomografia

A angiotomografia é um dos mais importantes exames para diagnóstico por imagem.

Ela torna possível estudar vasos sanguíneos sem submeter o paciente a procedimentos invasivos.

Não por acaso, o seu desenvolvimento trouxe grandes mudanças e oportunidades para várias especialidades médicas, principalmente para a cardiologia, mas não apenas para ela.

Neste artigo, vou explicar o que é angiotomografia, como é feito o exame, quando é indicada e que vantagens oferece.

Você também vai conhecer opções de laudo à distância para um diagnóstico mais ágil.

O que é angiotomografia?

Angiotomografia é um exame que usa um tomógrafo para evidenciar características de veias e artérias.

Ou seja, é uma modalidade de tomografia computadorizada, que emprega radiação ionizante para captar imagens transversais de diversas partes do corpo, e as registra em pixels – os menores pontos em uma imagem digital.

A união entre as técnicas da tomografia e angiografia ou arteriografia – exame que serve para conferir o estado de veias e artérias – deu origem à angiotomografia.

Ela representa uma evolução considerável, porque se trata de um procedimento não invasivo.

Já a angiografia convencional é realizada através da incisão de um tubo fino (cateter) na parte do corpo a ser observada, com injeção de uma grande quantidade de contraste.

Outro progresso marcante está na técnica usada para coletar as imagens do exame.

Enquanto a angiografia tradicional usa um equipamento de raio-X, que produz apenas algumas radiografias, a angiotomografia gera centenas de cortes das estruturas anatômicas, a partir de ângulos diversos.

Isso é possível graças ao tubo presente nos tomógrafos modernos, que é capaz de girar 360 graus ao redor do paciente.

Angiotomografia

Angiotomografia é um exame que usa um tomógrafo para evidenciar características de veias e artérias

Qual é a diferença para a angiotomografia computadorizada?

Como mencionei anteriormente, a angiografia convencional é feita por meio da incisão de um cateter e da injeção de grandes quantidades de contraste.

Nela, o mapeamento de determinada região do sistema circulatório é apoiada apenas por algumas poucas imagens de raio-X.

Por sua vez, a angiotomografia computadorizada proporciona um estudo das rotas venosas e arteriais por meio de um diagnóstico por imagem com recursos 3D, voltado apenas a uma região específica do corpo.

Desde os anos 80, a tecnologia transformou a forma com que as angiografias são feitas, graças à subtração digital.

Nela, o cateterismo à distância permite a visualização precisa dos caminhos das artérias

Isso garante:

  • Mais flexibilidade para a análise
  • Acesso a diferentes ângulos de captação
  • Possibilidade de retirar a imagem dos ossos.

Com esse avanço, as cirurgias endovasculares sem cortes foram viabilizadas, ganhando aplicações de larga escala através de procedimentos como embolizações, angioplastias, endopróteses e implante de stent.

Seja na angiografia tradicional, ou na angiotomografia, radiação ionizante e contraste são fundamentais.

Porém, graças à tecnologia de angiotomografia computadorizada e com subtração digital, a emissão dos raios-X foi diminuída drasticamente, garantindo muito mais praticidade e segurança para médicos e pacientes.

Ao mesmo tempo em que amplia a precisão das regiões mapeadas, a nova técnica demanda um volume menor de contraste e anestésicos, garantindo menos desconforto durante sua realização.

Tipos de angiotomografia

Apesar de ser mais comum utilizar a angiotomografia para o estudo das veias e artérias coronárias, o exame pode ser indicado para investigações em diversas partes do corpo.

Tudo depende da suspeita clínica e histórico do paciente.

Vou falar sobre os principais tipos agora.

Angiotomografia do crânio

Avalia os vasos sanguíneos de algumas das áreas mais importantes do corpo.

O exame pode mostrar aneurismas cerebrais, permitindo que sejam tratados antes que causem complicações ou até a morte do paciente.

Sua indicação é para a avaliação de obstrução de artérias cerebrais, para a própria pesquisa de aneurisma e detecção de malformações vasculares.

A angiotomografia do crânio ganhou relevância para a identificação precoce do acidente vascular cerebral (AVC), revelando sangramentos e outras anomalias e possibilitando o tratamento de forma rápida.

Também chamado de derrame cerebral, o AVC hemorrágico resulta de problemas nas veias e artérias que levam o sangue à região cerebral, como rompimento ou entupimento desses vasos sanguíneos.

Angiotomografia coronariana

Mostra a anatomia dos vasos presentes na região cardíaca, ou seja, as coronárias em imagens de alta resolução, sendo importante para diagnosticar obstruções e doenças.

Sua indicação é para pacientes com doenças cardiovasculares ou suspeitas de calcificação coronariana.

O cardiologista pode solicitar o exame, ainda, para avaliação do stent após a dilatação realizada no cateterismo e angioplastia.

A angiotomografia coronariana é usada, também, durante emergências, pois permite uma avaliação detalhada em minutos, principalmente quando o aparelho de tomografia utilizado conta com muitos detectores.

Detectores de fótons são peças do tomógrafo que captam a radiação e a convertem em sinais elétricos.

A quantidade de detectores interfere na resolução das imagens registradas.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, tomógrafos que possuem a partir de 64 colunas de detectores preenchem todos os pré-requisitos para a realização desse exame com a qualidade diagnóstica adequada.

Angiotomografia de tórax

Quando realizada nessa área, a angiotomografia pode identificar problemas na aorta torácica, acúmulo de cálcio nas paredes dos vasos sanguíneos, aneurisma e estenoses.

Normalmente, o exame é solicitado para pacientes com doenças vasculares ou para avaliações antes e depois da colocação de próteses.

Angiotomografia da aorta

A aorta é a maior artéria do corpo humano, que tem como função transportar sangue rico em oxigênio pelo organismo.

Por isso, a angiotomografia costuma ser indicada separadamente, para estudo da aorta em cada uma dessas regiões.

A angiotomografia pode detectar aneurismas, dissecções, doenças inflamatórias, presença de trombos, dentre outros males que afetam a aorta.

Também serve para avaliação antes e depois da inserção de próteses.

Angiotomografia dos membros inferiores

Permite a identificação de insuficiência vascular periférica – quando a quantidade de sangue (e oxigênio) necessária para nutrir os membros inferiores não é suficiente.

A partir desse tipo de angiotomografia, também é possível estabelecer relações entre tumores, ossos, músculos e o sistema arterial.

Angiotomografia TEP

Esse procedimento estuda a evolução do tromboembolismo pulmonar, doença que provoca bloqueios nos vasos sanguíneos pulmonares.

Isso ocorre quando um trombo (coágulo formado por pedaços de gordura ou fragmentos de ossos, por exemplo) se solta das veias dos membros inferiores ou da pelve, e chega até os pulmões.

A angiotomografia TEP auxilia no diagnóstico precoce do tromboembolismo ou embolia pulmonar, evitando complicações como insuficiência respiratória, pneumonia (infecção do pulmão) e até a morte.

Angiotomografia do abdômen

Por sua vez, a angiotomografia de abdômen estuda alterações na anatomia das veias e artérias presentes abaixo do tórax, inclusive a artéria aorta.

Trata-se de um procedimento indicado para avaliar doenças vasculares e também as condições pré e pós colocação de próteses.

Imagem de um sistema cardiovascular no corpo humano

A angiotomografia computadorizada permite estudo por meio de um diagnóstico por imagem com recursos 3D

Principais indicações da angiotomografia

A angiotomografia é indicada quando existe a necessidade de examinar veias e artérias de determinadas regiões do corpo.

Isso pode ocorrer devido à suspeita de aneurismas, estenoses, oclusões ou para acompanhamento preventivo de complicações vasculares após cirurgias.

Estenoses são estreitamentos anormais de vasos sanguíneos, que causam a diminuição na circulação de sangue pelo organismo.

Já oclusões são bloqueios no fluxo sanguíneo.

Não por acaso, uma das áreas mais estudadas por meio da angiotomografia é a região do coração.

Nesses casos, o exame é indicado para quem apresenta risco intermediário para doença arterial coronariana, medido a partir da avaliação de fatores como sintomas de dor torácica, hipertensão arterial e tabagismo.

A doença arterial coronariana ocorre quando as artérias que irrigam o coração são obstruídas por colesterol.

Pacientes que tenham feito testes anteriores com resultados inconclusivos, ou que não confirmem a hipótese diagnóstica, também são candidatos à realização de angiotomografia.

Esses exames incluem teste ergométrico, ecocardiograma de estresse e cintilografia miocárdica.

Teste ergométrico ou teste de esforço é um exame que mede parâmetros cardíacos – como frequência cardíaca, ritmo cardíaco e pressão arterial – durante esforço físico, como uma corrida em esteira.

Ecocardiograma de estresse é uma ultrassonografia do coração realizada com o uso de medicamentos para visualizar a contração do músculo cardíaco durante esforço e em repouso.

Já a cintilografia miocárdica serve para analisar o fluxo sanguíneo nas artérias que irrigam o coração, a fim de diagnosticar problemas graves, como infarto.

Outras funções da angiotomografia coronariana incluem verificar o funcionamento de enxertos cirúrgicos (stents coronarianos), avaliar queixas de dor torácica no pronto socorro e investigar possíveis anomalias congênitas.

Para que serve a tomografia com contraste?

A angiotomografia serve para investigar e identificar alterações na estrutura e no funcionamento dos vasos sanguíneos, de forma não invasiva.

O uso do contraste viabiliza o estudo da área interna dos vasos sanguíneos que, por terem baixa densidade, costumam aparecer em tons de cinza nas imagens tomográficas.

Ao adicionar um agente radiopaco à base de iodo ou bário, é possível aumentar a quantidade de radiação absorvida por esses tecidos, a fim de que apareçam em imagens mais claras e nítidas.

Como citei acima, a angiotomografia representa um aprimoramento na aplicação de técnicas da angiografia convencional, podendo substituir esse procedimento.

Assim, o paciente não precisa ser submetido à incisão do cateter, eliminando complicações e a necessidade de internação para o exame.

Contraindicação da TC com contraste

De forma geral, a angiotomografia não é recomendada para pessoas que tenham alergia ao contraste iodado e também a gestantes.

No caso das mulheres grávidas, a angiotomografia deve ser evitada para não expor o feto aos efeitos da radiação ionizante.

Existem também contraindicações para pacientes que usam remédio para diabetes com cloridrato de metformina, substância que pode gerar insuficiência renal aguda quando associada ao iodo.

Os compostos iodados também são vetados para quem tem hipertireoidismo manifesto e insuficiência renal.

Especialistas também não costumam indicar a angiotomografia coronariana quando há alta probabilidade de o paciente ter doença coronariana, identificada após avaliação clínica e a realização de outros exames.

Nesses casos, é comum que sejam indicados procedimentos invasivos, como cateterismo cardíaco e angioplastia (procedimento invasivo com catéter que corrige deformações nos vasos sanguíneos).

Além da colocação de stent, um tipo de mola que mantém o vaso aberto depois da dilatação com balão.

Angiotomografia, ressonância magnética ou ultrassonografia?

Aqui, falamos sobre três métodos de diagnóstico por imagem utilizados para analisar veias e artérias.

Bloqueios por placas de ateroma, tromboses e varizes podem ser detectados por meio do ultrassom com Doppler, que tem como diferencial a visualização dos movimentos das estruturas anatômicas.

Essa técnica permite o estudo do fluxo sanguíneo a partir da emissão de ondas sonoras, que colidem com as hemácias e têm seu eco captado pelo transdutor.

Já a angioressonância é semelhante à angiotomografia, porém, substituindo a TC pela ressonância magnética para a aquisição de imagens.

Nesse caso, a vantagem está no fato de a RM não utilizar radiação ionizante, podendo ser indicada até mesmo para grupos sensíveis, como as gestantes.

A angioressonância também emprega um agente de contraste que raramente causa efeitos colaterais: o gadolínio.

A escolha entre as técnicas cabe ao médico que realiza a solicitação de exames, devendo levar em conta a relação risco-benefício, perfil e condição clínica do paciente, urgência, disponibilidade de profissionais e equipamentos usados nos procedimentos.

Como é feita a angiotomografia

A angiotomografia consiste, basicamente, em uma tomografia computadorizada dos vasos sanguíneos.

Para que as imagens sejam registradas com clareza, é injetado contraste por via intravenosa, diretamente no vaso sanguíneo que será examinado.

A partir daí, é possível observar, além de fatores anatômicos, como a espessura e parte interna de artérias e veias, a trajetória percorrida pelo sangue.

Após se posicionar na mesa de exame e receber o contraste, o paciente precisa ficar imóvel.

Nessa etapa, o aparelho de tomografia é ligado, e se inicia o movimento de rotação do tubo de raio X ao redor da parte do corpo examinada.

O tubo emite a radiação necessária para captar imagens dos vasos sanguíneos, em especial durante a passagem do contraste.

Em seguida, a radiação atinge os detectores do tomógrafo, produzindo sinais elétricos que são transmitidos a um computador e, em seguida, transformados em imagens.

Quanto tempo demora um exame de TC?

O tempo de realização do exame pode variar de acordo com a indicação médica e área do corpo examinada, assim como alterações identificadas durante o procedimento.

Mas, em geral, a angiotomografia dura cerca de 10 minutos.

Resultados da angiotomografia

Como vimos antes, após a coleta de informações, sinais elétricos analógicos são enviados para um computador com software específico, que as transforma em imagens digitais.

Em um primeiro momento, elas estão em 2D, mas podem ser unidas para gerar imagens com realismo impressionante, coloridas e em 3D.

É a partir deste material que um médico especialista faz a interpretação dos resultados, o que pode ocorrer no local ou à distância, via telemedicina.

Se forem detectados problemas como obstruções, trombos ou rompimento de artérias ou veias, o paciente é encaminhado para avaliação e tratamento, de maneira rápida.

Presença de placas calcificadas nas artérias coronárias

Quando a angiotomografia aponta a presença de placas calcificadas nas artérias coronárias, é possível determinar o grau de evolução da patologia aterosclerótica e ainda as chances de que um evento cardíaco ocorra dentro de um período de 5 a 10 anos.

Com isso, os médicos cardiologistas têm informações valiosas para intervir por meio de tratamentos intensivos junto aos pacientes com maiores chances de apresentar complicações cardíacas.

Presença de placas não calcificadas

As placas não calcificadas, também chamadas de placas de gordura ou placas moles, têm potencial de provocar obstruções nos vasos sanguíneos.

Com a angiotomografia, os cardiologistas podem quantificar o grau de obstrução e indicar o melhor procedimento a ser adotado pelo paciente.

Os graus de obstrução podem variar entre discreto, moderado ou importante.

Por meio deles, é possível ter precisão ao indicar os indivíduos ao cateterismo, angioplastia ou até cirurgia cardíaca.

Já quando a condição não é detectada, graus mais baixos podem servir simplesmente para indicar tratamentos com medicamentos.

Classificação CAD-RADS

Recentemente, uma classificação semelhante ao BI-RADS (Breast Imaging-Reporting and Data System) vem sendo testada por serviços que realizam angiotomografia coronariana.

Essa classificação, chamada CAD-RADS (Coronary Artery Disease Reporting and Data System), foi apresentada em 2016 por entidades médicas norte-americanas, a exemplo da Sociedade Americana de Tomografia Cardiovascular (SCCT) e do Colégio Americano de Cardiologia (ACC).

Assim como a BI-RADS faz na mamografia, a CAD-RADS foi criada para padronizar os achados durante a angiotomografia, classificando-os em 5 categorias.

Cada uma delas considera o grau de estenose, localização, tipo de placa, presença de stent ou enxertos coronários e qualidade do estudo.

Médico vendo resultado de exames em um portal de telemedicina em nuvem

A tecnologia transformou a forma com que as angiografias são feitas, graças à subtração digital

Quem interpreta os resultados da angio-CT?

Anteriormente, comentei que um médico especialista é responsável por interpretar os resultados da angiotomografia.

Mas que especialista é esse? Na verdade, depende do tipo do exame, que varia conforme a área do corpo retratada.

Se for a região coronária, por exemplo, um cardiologista com especialização em radiologia será responsável pela interpretação.

De maneira geral, contudo, sempre um médico radiologista atuará na análise dos resultados em uma angiotomografia.

Importante destacar que outros profissionais, como técnicos, podem acompanhar a realização do exame, mas não emitir laudos.

Como a telemedicina auxilia na entrega do laudo de angiotomografia

O aparelho utilizado para a angiotomografia é moderno e capaz de gerar imagens digitais.

Portanto, esses exames podem se beneficiar de laudos online, produzidos graças ao avanço da telemedicina.

As imagens do exame e outras informações do paciente são armazenadas e compartilhadas através de um software de telemedicina em nuvem.

Esse portal permite que especialistas acessem os dados de qualquer dispositivo conectado à internet

Para isso, basta que ingressem no sistema com seu login e senha.

Ali, visualizam os dados da angiotomografia minutos após a realização do procedimento, analisam as informações e registram suas conclusões em um laudo eletrônico.

Esse documento é assinado digitalmente, com toda a segurança e comodidade, e fica disponível para a unidade de saúde responsável pelo exame e, se for o caso, para os pacientes.

Dessa maneira, clínicas e hospitais têm acesso aos resultados em apenas 30 minutos.

Ofertado pela Telemedicina Morsch, esse serviço de telediagnóstico tem democratizado o acesso a laudos de qualidade, mesmo em locais remotos ou durante a ausência de especialistas, como em folgas, feriados e durante plantões.

Clique aqui e leve essa inovação para sua clínica!

Conclusão

Neste artigo, falei sobre as aplicações e avanços promovidos pela angiotomografia, um exame de imagem de grande importância.

Embora a realização do procedimento seja relativamente simples, a análise dos resultados depende de um médico especialista.

Nesse cenário, a telemedicina se apresenta como solução para obter laudos à distância e também uma segunda opinião médica.

Sua clínica, consultório ou hospital também pode oferecer a angiotomografia.

Conte com a Telemedicina Morsch para obter laudos online com agilidade e qualidade.

Os técnicos responsáveis pela condução da angiotomografia também vão contar com materiais de treinamento, disponíveis 24 horas por dia na plataforma.

Entre em contato para conhecer essas e outras vantagens.

Se gostou do conteúdo, compartilhe!

Veja mais artigos sobre radiologia em nosso blog.

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin