Telepsiquiatria: o que é, como funciona, benefícios e passos para implementar

A telepsiquiatria vem se popularizando a partir da oportunidade de assistência médica sem sair de casa.

Por meio de recursos que viabilizam a consulta online, prescrição eletrônica e telemonitoramento, os pacientes ganham mais comodidade para os cuidados de saúde mental.

Essa dinâmica também confere praticidade à rotina do psiquiatra, que pode destinar o tempo que seria gasto com deslocamentos a novos atendimentos online.

Conheça melhor a telepsiquiatria ao longo deste artigo, em que abordo como funciona, quais as suas vantagens e de que forma aproveitar essa subespecialidade da telemedicina.

Boa leitura!

O que é telepsiquiatria?

Telepsiquiatria é o braço da telemedicina que oferece suporte à saúde mental.

Para tanto, utiliza diferentes Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs), com destaque para a internet, a fim de conectar médico e paciente ou profissionais de saúde geograficamente distantes.

Nesse cenário, é possível aplicar terapias psiquiátricas ou psicológicas a distância, através de videoconferência, teleconferência e/ou mensagem de texto e voz.

O formato mais usado é a videoconferência, que permite que a consulta seja realizada com os pacientes em suas próprias casas, sem precisar se deslocar até o consultório ou clínica.

Eles podem manter o devido tratamento de doenças mentais como estresse pós-traumático, depressão ou abuso de substâncias com o apoio da tecnologia na saúde.

Como funciona a telepsiquiatria?

Mencionei, acima, que a telepsiquiatria costuma empregar a internet para conectar médico e paciente, ou mesmo profissionais de saúde que estejam em locais diferentes.

Contudo, essa comunicação médico-paciente ocorre dentro de um local protegido da web – geralmente, um software de telemedicina em nuvem.

A nuvem é esse ambiente virtual seguro que garante a confidencialidade das informações trocadas, além de possibilitar a guarda de documentos médicos em poucos cliques, junto ao prontuário eletrônico do paciente (PEP).

Nesse contexto, o atendimento online fornecido pelo psiquiatra começa com a marcação de consulta online, feita pelo paciente ou responsável em instantes.

Basta que ele acesse a página de agendamentos e use os filtros disponíveis para selecionar o profissional, data e hora de sua preferência. No dia marcado, o paciente recebe um link de acesso à sala virtual exclusiva onde será realizada a teleconsulta.

O médico fará login na plataforma para acessar esse mesmo espaço virtual, empregando recursos de áudio e vídeo para realizar a anamnese por videoconferência.

Ele também consegue avaliar detalhes do comportamento, tom de voz e disposição do paciente através da câmera, semelhantemente ao que faria numa consulta presencial.

Assim, o psiquiatra formula a hipótese diagnóstica, podendo fazer a solicitação de exames complementares para que seja confirmada.

Ou, em caso de diagnóstico clínico, ele pode usar a ferramenta de prescrição médica eletrônica, emitindo a receita digital durante o teleatendimento.

Esse e outros documentos recebem a assinatura digital do médico e são enviados ao paciente por WhatsApp, e-mail ou pelo próprio sistema de telemedicina online.

A telepsiquiatria é permitida por lei?

Sim, é permitida.

Desde 2022, essa e outras especialidades médicas podem ser ofertadas por meio das TDICs, graças à regulamentação da telemedicina no Brasil.

De acordo com o Art. 1º da Resolução CFM 2.314/2022, a telemedicina é:

“O exercício da medicina mediado por Tecnologias Digitais, de Informação e de Comunicação (TDICs), para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção de doenças e lesões, gestão e promoção de saúde.”

A legislação reconheceu 7 modalidades de serviços de telemedicina: 

• Teleconsulta
• Teleconsultoria
• Teleinterconsulta
• Telediagnóstico
• Telecirurgia
• Televigilância ou telemonitoramento
• Teletriagem.

Também estabeleceu regras de proteção e guarda das informações de saúde, junto à necessidade de que o paciente assine um termo de consentimento, afirmando ter sido esclarecido sobre as limitações do atendimento médico online.

O documento deve ser anexado ao prontuário eletrônico.

Quais os benefícios da telepsiquiatria?

Falei sobre alguns dos benefícios nos tópicos anteriores.

Agora, trago uma lista com as principais vantagens para médicos, pacientes e instituições de saúde:

• Economia de tempo e dinheiro que seriam gastos com deslocamentos
• Atendimento ágil, acabando com as filas de espera
• Acesso a especialistas, ainda que o paciente esteja fora dos centros urbanos
• Mais espaço na agenda médica, aumentando os ganhos do psiquiatra, bem como do consultório médico ou clínica
• Apoio à manutenção do tratamento psiquiátrico, mesmo em períodos de crise ou entre pacientes que têm dificuldade para sair de casa, como pessoas com síndrome do pânico ou agorafobia
• Maior conforto para o paciente tímido ou para o qual o tratamento psiquiátrico seja tabu, uma vez que ele receberá assistência fora do consultório
• Comodidade e praticidade
• Oportunidade de adotar o atendimento híbrido, combinando consultas presenciais e online para aproveitar os pontos positivos de ambas as modalidades
• Possibilidade de ampliar as especialidades ofertadas na clínica médica por meio do atendimento psiquiátrico online
• Fonte de renda extra para profissionais, através do marketplace médico.

Veja na sequência o que é preciso para implementar soluções de telepsiquiatria.

Como implementar a telepsiquiatria em clínicas e hospitais?

Implementar a telepsiquiatria é um processo relativamente simples, desde que você siga algumas boas práticas.

Saiba mais sobre elas abaixo:

1. Estabeleça suas prioridades

Comece com um diagnóstico da situação atual para entender o que sua equipe e pacientes precisam.

Além, é claro, de verificar se existe demanda pelo teleatendimento psiquiátrico.

2. Invista em infraestrutura

Não é preciso adquirir muitos itens para a telepsiquiatria.

Basicamente, você vai precisar de um computador ou notebook com acesso à web e internet de qualidade, a fim de evitar interrupções durante a teleconsulta.

3. Busque uma empresa de telemedicina

Quem fornece o ambiente virtual para o teleatendimento é a empresa de telemedicina.

Faça uma pesquisa de mercado para conhecer as plataformas de telemedicina disponíveis, e consulte sua reputação em sites como o Reclame Aqui.

4. Avalie os recursos da plataforma

O sistema ideal é aquele que oferece bom custo-benefício, suprindo suas necessidades sem sacrificar as finanças.

Confirme, por exemplo, se a plataforma fica hospedada na nuvem, se fornece suporte para instalação e integração, além de serviços agregados que possam interessar ao seu time.

5. Capacite os funcionários

Por mais que o software contratado seja intuitivo, será necessário dar treinamento aos colaboradores para que façam o manuseio correto.

Empresas completas como a Telemedicina Morsch auxiliam nessa capacitação, suporte e ainda disponibilizam:

• Prontuário eletrônico integrado à teleconsulta
• Prescrição eletrônica
• Diferentes especialidades
• Telediagnóstico para emissão de laudos a distância
• E muito mais!

Consulte já soluções pensadas para o seu negócio aqui!

Conclusão

A partir do avanço da telemedicina, a telepsiquiatria deverá continuar se expandindo no Brasil e no mundo.

Daí a importância de se modernizar, oferecendo serviços médicos online para fidelizar pacientes.

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