Tumor cerebral na tomografia: veja como identificar e laudar
Será possível visualizar um tumor cerebral na tomografia?
Conhecer detalhes que indicam esse tipo de lesão e quais os exames de imagem adequados para confirmar o diagnóstico é fundamental.
Isso porque as chances de cura aumentam quando o tumor é detectado em estágio inicial, permitindo acelerar o tratamento.
Neste artigo, trago algumas características que sugerem um tumor nos registros tomográficos, insights para realizar a TC e emitir o laudo com agilidade.
Apresento ainda as vantagens de contar com o serviço de laudos a distância via telemedicina.
Tumor cerebral aparece na tomografia?
Depende das características do tumor.
A tomografia computadorizada tem alta sensibilidade, por exemplo, para visualizar tumores com hemorragia associada, mesmo quando realizada sem contraste.
Trata-se de um exame muito utilizado nesses casos, apesar das limitações.
É o que explica o estudo “Metástase cerebral como apresentação inicial de adenocarcinoma papilífero de pulmão: relato de caso”, divulgado pela publicação científica do Colégio Brasileiro de Radiologistas (CBR):
“A TC é o primeiro método a ser utilizado na suspeita de neoplasia intracerebral (primária ou secundária), sobretudo pelo fácil acesso e rapidez na realização do exame. Todavia, em razão da menor resolução anatômica e/ou na presença de lesões pequenas sem componente hemorrágico, a TC pode ser duvidosa ou até negativa, sendo a RM, com uso do contraste e métodos avançados quando necessário, o exame de imagem mais indicado para diagnóstico de metástase cerebral”.
Tomografia com tumor cerebral: como identificar?
Ainda que não permita a identificação de todo tumor cerebral, existem alguns pontos de atenção que indicam esse diagnóstico nas imagens tomográficas.
Um deles é a imagem hipodensa, ou focos hipodensos (mais escuros que o entorno).
Eles sinalizam a presença de gordura, ar ou edema – lesão que pode circundar uma hemorragia ou tumor cerebral.
Enquanto uma hemorragia recente aparece hiperdensa, permitindo a diferenciação em relação ao edema.
Outra lesão hiperdensa é a calcificação, uma vez que os trechos de maior densidade ganham mais clareza no resultado da TC.
Cabe observar, ainda, se há deslocamento do tecido (efeito de massa), que sugere a presença de lesões, incluindo um tumor.
A seguir, veja achados apontados pelo artigo “Tumor de globo ocular: diagnósticos e revisão da literatura”, também publicado pelo CBR:
- Lesão expansiva sólida, lobulada, ecogênica/hiperdensa
- Massa circunscrita com ávido realce (sugere hemangioma de coroide circunscrito)
- Massa hiperdensa com calcificações (sugere retinoblastoma)
- Achado hiperatenuante, com impregnação tênue a moderada (sugere melanoma).
Na sequência, esclareço como o exame é realizado.
Como é feita a tomografia cerebral?
A tomografia cerebral ou TC de crânio emprega radiação ionizante e um tubo giratório para produzir cortes transversais da área.
Em alguns minutos, o exame capta uma série de radiografias, cada qual de um ponto de vista do crânio, o que permite seu estudo detalhado.
Quando existe suspeita de tumores malignos, geralmente é solicitada uma tomografia com contraste.
Isso porque o composto à base de iodo evidencia estruturas hipervascularizadas, possibilitando a observação desse tipo de lesão cerebral.
O contraste é administrado por via intravenosa um pouco antes do início do exame.
Em seguida, o paciente retira quaisquer objetos metálicos que esteja usando.
Só então é encaminhado para a sala onde fica o aparelho de tomografia.
No local, ele é posicionado em decúbito dorsal, com a cabeça apoiada num suporte para evitar movimentos que possam gerar artefatos nas imagens.
A partir daí, o médico ou técnico em radiologia responsável pelo procedimento vai até a sala de comando e liga o tomógrafo.
O equipamento produz e libera um feixe de raios X que atravessam a cabeça do paciente, tendo a maior parte absorvida por tecidos duros.
Já as partes moles deixam passar mais radiação, que chega a um detector inserido na mesa do tomógrafo.
O sinal é captado e enviado a um computador com software específico, que o converte em imagem digital.
Por fim, o profissional responsável desliga o equipamento e finaliza a TC craniana, liberando o paciente.
Laudo de tomografia com tumor cerebral
A emissão do laudo de tomografia é reservada a radiologistas especializados na área do exame.
No caso da TC de crânio, a interpretação dos registros cabe a um neurorradiologista, que combina conhecimentos neurologia e radiologia.
A exemplo das propriedades das imagens tomográficas, que se assemelham às radiográficas ao mostrar partes em branco, preto e tons de cinza.
Isso porque a clareza dos registros depende da densidade do tecido representado.
Ossos e outras partes densas aparecem em branco, pois captam a maior parte dos raios X.
Já tecidos menos densos são retratados em tons de cinza, e o ar, em preto.
O padrão muda com a utilização do contraste, já que alguns tecidos ganham destaque.
Todos esses detalhes devem ser considerados na composição do laudo médico, que deve conter, no mínimo:
- Nome completo do paciente
- Nome e endereço do local onde o exame foi feito
- Nome do médico solicitante
- Data de realização do teste
- Justificativa para a solicitação do procedimento
- Conduta e descrição detalhada do exame
- Hipótese diagnóstica
- Informações adicionais sobre o paciente, como idade, peso, altura, etc.
No final, o documento aponta se o resultado é normal ou alterado, descrevendo um possível tumor cerebral.
Vantagens do laudo eletrônico na tomografia computadorizada
Uma forma inteligente de otimizar os resultados da TC é delegar os laudos a uma empresa de telemedicina.
Após realizar o exame normalmente, basta compartilhar os registros via plataforma Morsch para aproveitar vantagens como:
- Laudos emitidos em minutos, ou em tempo real no caso de urgências
- Serviço disponível 24 horas por dia, inclusive aos domingos e feriados
- Possibilidade de integrar seu tomógrafo ao sistema para envio automático das imagens ao nosso PACS
- Ampla acessibilidade com nosso software em nuvem, que permite login a partir de qualquer dispositivo conectado à internet
- Garantia de sigilo médico a partir de mecanismos de autenticação e criptografia
- Treinamento online com boas práticas na condução do exame
- Opção de segunda opinião médica.
Veja mais detalhes e comece a aproveitar os benefícios da telerradiologia hoje mesmo.
Conclusão
Como expliquei ao longo do artigo, identificar um tumor cerebral na tomografia é uma tarefa complexa, que exige concentração e conhecimento aprofundado sobre o exame.
É possível reforçar a equipe médica com o suporte da telemedicina radiológica, agregando agilidade e praticidade à emissão de laudos.
Se este artigo foi útil para você, leia mais conteúdos sobre radiologia que publico aqui no blog.