Fenitoína: para que serve, receita e como tomar
Fenitoína é um medicamento aliado no combate a diferentes crises convulsivas.
No entanto, apresenta grande quantidade de efeitos colaterais e interações medicamentosas, exigindo cautela para evitar agravos à saúde.
O remédio está disponível nas farmácias e drogarias sob a forma comprimidos de 100 mg e solução injetável de 50mg/mL.
Ao longo deste artigo, explico como age, para que serve e de que forma conseguir a receita médica online de fenitoína.
Acompanhe até o final e tenha todas as informações que procura.
O que é fenitoína?
Fenitoína é um fármaco anticonvulsivante que também promove o relaxamento muscular.
Tem também impacto antiarrítmico, ou seja, contrário às alterações na frequência cardíaca (conhecidas como arritmias).
A combinação dessas características pede atenção especial para fazer uso seguro desse remédio, que deve seguir a prescrição médica rigorosamente.
Para que serve fenitoína
O medicamento serve para tratar diferentes tipos de convulsões.
Seu modo de ação não está totalmente elucidado pela ciência.
Porém, a substância parece ter efeito sobre a região do cérebro que inibe a propagação das crises epilépticas: o hipocampo.
Principais indicações
Conforme detalha a bula, o fármaco é indicado para o tratamento de:
- Crises convulsivas (contrações súbitas e sem controle dos músculos devido a alterações no cérebro) durante ou após neurocirurgia
- Crises convulsivas, crises tônico-clônicas (convulsões motoras que podem se repetir) generalizadas e crise parcial complexa (estado parado seguido de movimentos mastigatórios e fora de controle) (lobo psicomotor e temporal)
- Estado de mal epiléptico (ataques epilépticos prolongados e repetidos).
A seguir, esclareço como tomar o medicamento.
Como tomar fenitoína
A fenitoína é usada na forma de comprimidos de 100 mg ou solução injetável de 50mg/mL.
Contudo, a forma injetável é destinada ao uso em ambiente hospitalar, devido à necessidade de administração por via endovenosa.
A seguir, trago recomendações relativas à fenitoína.
Para mais informações, consulte seu médico e a bula.
Os comprimidos devem ser tomados com um pouco de água, de preferência durante ou após as refeições.
Confira detalhes de uso de acordo com a condição clínica:
- Crises convulsivas durante ou após neurocirurgia (tratamento e profilaxia, que é a prevenção de crises): 100 mg três vezes ao dia para adultos. A dose usual de manutenção fica entre 300 e 400 mg/dia, com dose máxima de 600 mg/dia. Adolescentes e crianças acima de 6 anos devem receber 5mg/kg/dia divididos igualmente em duas ou três administrações, até o limite máximo de 300mg/dia – a dose de manutenção usual é de 4 a 8mg/kg/dia
- Crises convulsivas, crises tônico-clônicas generalizadas e crise parcial complexa (lobo psicomotor e temporal): 100mg três vezes ao dia, com dose de manutenção usual de 300 a 400 mg/dia (sem ultrapassar a dose máxima de 600 mg/dia). Adolescentes e crianças maiores de 6 anos podem começar com 5mg/kg/dia, divididos igualmente em duas ou três tomadas, até um máximo de 300 mg/dia; a dose de manutenção usual é de 4 a 8mg/kg/dia
- Estado de mal epiléptico: dose de ataque de 10 a 15 mg/kg I.V. (não exceder 50 mg/min), seguido por dose de manutenção de 100 mg por via oral ou intravenosa a cada 6 a 8 horas.
Se tiver dúvidas, fale com seu médico ou consulte a bula.
Receita de fenitoína
A aquisição da fenitoína exige a apresentação da receita C1.
Conhecida como receita de controle especial, ela é emitida em duas vias pelo médico.
Desse modo, a primeira via fica retida na farmácia.
Já a segunda é devolvida ao paciente ou cuidador para orientações sobre o tratamento.
A receita C1 é branca e tem a finalidade de liberar substâncias anticonvulsivantes, antiparkinsonianas, antipsicóticas e antidepressivas.
Todos os itens deste grupo são remédios controlados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Isso ocorre devido ao risco de dependência psíquica e outros problemas de saúde.
Afinal, a fenitoína altera o funcionamento do sistema nervoso central (SNC), além de poder desencadear efeitos adversos.
Nesse cenário, cabe à autoridade de vigilância sanitária rastrear sua prescrição, compra e venda para coibir o uso indiscriminado.
Dúvidas frequentes sobre fenitoína
Apresento a seguir respostas para questões comuns sobre o uso deste medicamento.
Quem não pode tomar fenitoína?
O remédio é contraindicado para:
- Pacientes que tenham percebido reações intensas ao medicamento ou a outras hidantoínas
- Portadores de anomalias no ritmo cardíaco como bloqueio atrioventricular de 2º e 3º graus, bloqueio sinoatrial, bradicardia sinusal e síndrome de Stokes-Adams (perda súbita da consciência causada por arritmias).
Converse com seu médico caso se encaixe nessas condições.
Qual o efeito colateral da fenitoína?
As reações adversas mais comuns são:
- Nistagmo (movimento involuntários dos olhos)
- Vertigem (tontura)
- Prurido (coceira)
- Parestesia (sensações como ardor, formigamento e coceira, percebidos na pele)
- Dor de cabeça
- Sonolência
- Ataxia (falta de coordenação dos movimentos).
Na presença de erupção cutânea, lesões nas mucosas ou qualquer outro sinal de hipersensibilidade, avise ao médico e interrompa o tratamento.
Outros sinais de alerta indicam efeitos tóxicos ao fígado, como febre, erupções na pele e linfadenopatia (aparecimento de íngua).
O que acontece se tomar muita fenitoína?
A superdosagem ou overdose ocorre quando o paciente ingere quantidades altas de fenitoína.
Nesse caso, surgem manifestações como nistagmo, ataxia, disartria (dificuldade em falar) e letargia (lentidão), que devem ser comunicadas ao médico rapidamente.
Uma dose de 2g a 5g de fenitoína pode ser até letal para adultos.
Além dos sintomas que mencionei acima, esse quadro crítico pode provocar:
- Tremor
- Hiperreflexia (síndrome associada com danos à medula espinal)
- Fala arrastada
- Náuseas
- Vômitos
- Coma
- Hipotensão (pressão baixa)
- Depressão respiratória e circulatória.
Caso perceba efeitos adversos, comunique ao seu médico.
Conclusão
Gostou de saber mais sobre a fenitoína?
Caso precise fazer uso desse remédio, informe o seu médico sobre qualquer outro fármaco que esteja utilizando.
Jamais se automedique ou interrompa o tratamento por conta própria, pois isso coloca sua saúde em perigo.
Se precisar, converse com um médico online para receber a avaliação, diagnóstico e tratamento corretos.
Basta acessar a página de agendamentos da plataforma Morsch para marcar uma teleconsulta com agilidade e comodidade.
Use o filtro de especialidades para localizar o neurologista ou, se não tiver certeza da origem dos sintomas, prefira uma consulta com clínico geral.
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