Hérnia de disco na ressonância magnética: veja como diagnosticar

Por Dr. José Aldair Morsch, 4 de setembro de 2023
Hérnia de disco na ressonância magnética

Quer saber como diagnosticar a hérnia de disco na ressonância magnética?

Então, você chegou ao lugar certo.

Ao longo deste artigo, trago informações que auxiliam no diagnóstico dessa condição a partir dos registros da RM da coluna.

O exame produz imagens nítidas, permitindo a diferenciação entre ossos e partes moles que formam a estrutura da coluna vertebral.

Contudo, é necessário aplicar a técnica adequada e contar com um especialista para emitir o laudo – o que pode ser feito através da telemedicina.

Tem como ver hérnia de disco na ressonância magnética?

Sim, é possível identificar a hérnia de disco nas imagens da RM.

Para tanto, é preciso verificar detalhes do disco intervertebral que saiu de sua posição normal, passando a comprimir as raízes nervosas que integram a coluna.

Os sinais evidenciados pela ressonância devem ser complementados pelo exame clínico.

Isso inclui manifestações como dor nas costas, que pode irradiar para os membros inferiores e superiores.

Além de dor ou formigamento sentido apenas na perna ou braço.

O histórico do paciente também dá pistas sobre a presença da hérnia de disco, influenciada pelos fatores de risco:

  • Fatores genéticos
  • Envelhecimento
  • Sedentarismo
  • Tabagismo
  • História de atividades que exigem o levantamento constante de peso.

Segundo descreve o Ministério da Saúde:

“O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando em conta as características dos sintomas e o resultado do exame neurológico. Exames como RX, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e a região da coluna onde está localizada a hérnia”.

Como identificar hérnia de disco na ressonância magnética?

Tomografia e ressonância são considerados métodos diagnósticos efetivos na detecção da hérnia de disco.

Entretanto, a RM leva vantagem devido à maior diferenciação entre os tecidos da coluna vertebral, a exemplo dos discos intervertebrais, nervos espinhais, saco dural, medula, cone medular e cauda equina.

Para dar uma ideia, estudos revelam que a RM possui sensibilidade de 92%, especificidade de 91% e acurácia de 92% para mostrar alterações da hérnia discal.

Além de permitir a identificação de outras patologias que acometem essa estrutura do organismo, como tumores e infecções, apoiando o diagnóstico correto.

Sinais distintos da hérnia de disco podem ser percebidos a partir da avaliação de diferentes sequências obtidas pelo aparelho de ressonância, o que pede capacitação por parte do operador.

Alguns deles são detalhados no artigo “Avaliação das hérnias discais lombares pela ressonância magnética”, que afirma:

“Assim como nos cortes sagitais são as sequências ponderadas em T2 as mais fidedignas para avaliação das alterações discais, os cortes axiais devem, na coluna lombossacra, ser ponderados em T1. Nessa sequência, o disco intervertebral em cortes axiais apresenta sinais bastante distintos da gordura epidural, que se mostra hiperintensa na sequência ponderada em T1, das raízes nervosas e do saco tecal, propiciando bom contraste entre as estruturas e boa avaliação da localização e tamanho das hérnias discais e o efeito massa das mesmas sobre as estruturas vasculonervosas”.

Como é feita a ressonância magnética para hérnia de disco?

O tipo de RM empregado para visualizar a hérnia discal é a ressonância magnética da coluna.

Esse exame pode evidenciar cortes de toda a sua extensão ou ser direcionado a um ou mais trechos.

Cabe ao médico dar essa informação no pedido da RM, solicitando:

  • Ressonância magnética da coluna total
  • Ressonância magnética da coluna cervical
  • Ressonância magnética da coluna torácica
  • Ressonância magnética da coluna lombar
  • Ressonância magnética da coluna lombo-sacra.

Dependendo da área estudada e de fatores como o uso de contraste, o procedimento dura de 20 minutos a mais de uma hora.

Depois de remover objetos metálicos, o paciente é posicionado em decúbito dorsal na maca do equipamento de RM, e deve permanecer imóvel durante o procedimento.

O técnico em radiologia ou médico responsável vai para a sala de comando e liga o aparelho, que forma um campo magnético intenso associado a ondas de radiofrequência.

Átomos de hidrogênio se movem rapidamente e retornam ao seu lugar, liberando energia que é captada pelo equipamento.

É assim que são formadas as imagens de RM.

Hérnia de disco na RM

O tipo de RM empregado para visualizar a hérnia discal é a ressonância magnética da coluna

Laudo da ressonância magnética com hérnia de disco

A elaboração do laudo de ressonância magnética é complexa, sendo reservada a radiologistas especializados na área do exame.

Eles devem compreender detalhes da anatomia da coluna vertebral, que engloba uma série de pequenas áreas distintas.

Também precisam ter conhecimento profundo sobre a técnica de aquisição de imagens via RM, que são formadas ponto a ponto numa matriz.

Elas podem ser captadas em momentos específicos, recebendo nomenclaturas como T1, T2 e STIR.

A presença de hipossinal significa que o registro é escuro ou menos intenso, enquanto os mais claros são vistos em hipersinal.

Vantagens do laudo eletrônico na ressonância magnética

O Conselho Federal de Medicina exige que apenas radiologistas qualificados emitam o laudo da ressonância magnética.

Porém, nem sempre eles estão presentes durante todo o horário de funcionamento do serviço de saúde.

Mesmo quando estão, precisam se dedicar a outras tarefas de coordenação de equipes médicas, avaliação de casos especiais etc.

A boa notícia é que dá para acelerar o diagnóstico da hérnia de disco e outras doenças com o suporte do laudo a distância, disponível 24 horas por dia.

Basta utilizar uma plataforma de telemedicina, na qual as imagens coletadas são compartilhadas com toda a segurança.

O sistema Morsch conta com mecanismos de autenticação e criptografia para preservar os dados sensíveis.

Mas pode ser acessado a partir de qualquer dispositivo com internet, pois fica hospedado na nuvem.

Inclusive, é possível integrar nosso software com seu aparelho de RM, viabilizando o envio automático das imagens ao nosso PACS.

Em seguida, um radiologista online as interpreta e finaliza o relatório com sua assinatura digital.

Ele libera o laudo online em minutos dentro da própria plataforma.

Leve essa inovação para sua clínica ou hospital.

Conclusão

Encerrando este artigo, espero ter mostrado os principais sinais de hérnia de disco na ressonância magnética.

Esses sinais podem ser avaliados em minutos por um radiologista do time Morsch, otimizando a entrega dos resultados da RM.

Confira mais conteúdos sobre radiologia que publico aqui no blog.

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin