Atelectasia pulmonar: tudo sobre esse tipo de complicação respiratória
A atelectasia pulmonar decorre de obstruções aos alvéolos, que são pequenas bolsas responsáveis pelas trocas gasosas.
Por causas diversas, essas estruturas acabam se fechando.
E isso impede a captação de oxigênio e pode levar ao colapso pulmonar.
Por vezes, a condição é passageira, mas há casos em que persiste e representa ameaça à vida do paciente.
Afinal, a atelectasia atrapalha o fluxo respiratório e pode provocar complicações graves.
Nas próximas linhas, vou explicar mais sobre essa condição, incluindo informações sobre causas, diagnóstico e tratamento para evitar agravos à saúde.
Acompanhe!
O que é atelectasia pulmonar e como se manifesta?
Atelectasia pulmonar é uma condição caracterizada pelo colapso dos alvéolos pulmonares, que pode afetar todo o pulmão ou apenas uma parte do órgão.
Geralmente, a complicação é consequência de um bloqueio nos brônquios, que são ramificações da traqueia.
Lembrando que o ar percorre o seguinte caminho ao entrar no corpo: fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares.
Quando há colapso pulmonar, o ar aspirado não chega até os alvéolos e a respiração é dificultada, o que pode causar, ou não, sintomas.
Quando existem, os sinais incluem:
- Falta de ar
- Respiração rápida e superficial
- Dor no peito
- Cianose – coloração azulada na boca ou pontas dos dedos, resultante da baixa oxigenação no sangue
- Ritmo cardíaco acelerado ou arritmia de padrão rápido (taquicardia).
Ao observar sintomas iniciais, você pode contatar o clínico geral ou o pneumologista via teleconsulta, sem precisar sair de casa.
Atelectasia pulmonar é grave?
Depende do nível de comprometimento dos pulmões.
Obstruções passageiras e que afetem poucos alvéolos podem se curar de forma espontânea, especialmente se ocorrerem num adulto saudável.
Nesse caso, muitas vezes o paciente nem repara em qualquer sintoma.
Contudo, a presença de sintomas deve motivar a busca por ajuda médica assim que possível.
O mesmo raciocínio se aplica a pessoas imunossuprimidas, que tenham doenças respiratórias, crianças e idosos.
Se não for tratada, a atelectasia pode se estender por semanas e levar a complicações como a pneumonia ou a insuficiência respiratória aguda, que pode ser fatal.
Tem cura?
Sim, a atelectasia pulmonar tem tratamento e pode ser curada.
Mais uma vez, o prognóstico depende da condição de saúde do paciente e da área prejudicada pela obstrução pulmonar.
Quanto menor for essa região, maiores as chances de cura rápida e dispensa de terapias realizadas em ambiente hospitalar.
Falo mais sobre as opções de tratamento nos tópicos seguintes.
Causas da atelectasia pulmonar
Uma série de fatores podem desencadear atelectasia, sendo os principais:
- Acúmulo de muco dentro de um brônquio, geralmente devido a dificuldades para tossir e expelir o catarro
- Inalação de objetos como brinquedos, pedaços de alimentos ou até comprimidos
- Infecções como pneumonia, bronquite ou tuberculose
- Efeito colateral da anestesia geral, principalmente após cirurgias no tórax e no abdômen
- Dor torácica aguda que cause grande desconforto para respirar fundo – pois a respiração profunda ajuda na reabertura dos alvéolos e no consequente retorno da entrada de ar
- Longos períodos na mesma posição, como acontece com pacientes acamados
- Sangramento nos pulmões
- Acúmulo de líquido entre as membranas que revestem os pulmões (derrame pleural) ou entrada de ar entre elas (pneumotórax), o que exerce pressão externa sobre os órgãos
- Tumores torácicos.
Como é o diagnóstico da atelectasia no pulmão?
O diagnóstico é feito considerando a condição clínica, sintomas e resultados de exames de imagem.
O mais popular é o raio X de tórax, um teste simples, rápido e indolor que usa radiação ionizante para captar um tipo de fotografia interna do peito.
Quando há atelectasia, a área afetada aparece em destaque nas imagens, mais clara do que o restante dos pulmões.
Isso porque a parte saudável dos órgãos está cheia de ar, e o ar é mostrado em preto nos registros radiográficos.
Se o problema for desencadeado por um objeto, a radiografia revela esse corpo estranho.
Outros procedimentos podem ser solicitados a critério médico, como a tomografia torácica, para complementar os dados sobre a atelectasia.
Um dos mais detalhados é a broncoscopia (ou endoscopia respiratória), realizada por meio de um fino tubo equipado com uma câmera minúscula, que é inserido nas vias aéreas para evidenciar o local da obstrução.
E como tratar atelectasia pulmonar?
O tratamento adequado tem base na raiz da complicação por atelectasia.
Pequenas obstruções por objetos, por exemplo, podem ser removidas durante a broncoscopia.
Já o excesso de muco pode se beneficiar da aspiração pulmonar, que elimina as substâncias espessas para normalizar a respiração.
Simultaneamente, são receitados medicamentos que diminuem a quantidade de catarro, a fim de prevenir agravos à saúde.
Casos mais graves pedem a suplementação de oxigênio, intubação ou remoção de corpos estranhos através de cirurgia.
Quando a atelectasia for secundária a outras condições, é essencial tratar esses problemas para que os alvéolos voltem a funcionar de modo satisfatório.
Infecções por bactérias e outros agentes costumam se dissipar com o uso de antibióticos.
A fisioterapia pulmonar auxilia na recuperação pós-cirúrgica e no fortalecimento do organismo de pessoas acamadas.
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Conclusão
Ao final deste artigo, espero ter esclarecido suas dúvidas sobre a atelectasia pulmonar.
Ressalto que este é um conteúdo com finalidade informativa, pois apenas médicos podem diagnosticar doenças.
Se perceber um ou mais sintomas que mencionei antes, procure um clínico geral ou pneumologista o mais breve possível.
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