Tomografia da face: para que serve e como é feito o exame
A tomografia da face ou TC dos seios paranasais é um exame de referência para detectar doenças infecciosas que acometem o trato respiratório.
Suas maiores indicações são para confirmar ou afastar a suspeita de sinusite e rinite.
No entanto, até mesmo tumores podem ser visualizados no teste.
Assim como outros tipos de tomografia computadorizada, a TC da face fornece imagens internas detalhadas de diferentes tecidos.
Para tanto, é empregada radiação ionizante durante alguns minutos.
Se você deseja aprofundar os conhecimentos sobre essa ferramenta de suporte ao diagnóstico, siga com a leitura deste artigo.
A partir de agora, detalho sua importância e as rotinas para obter as melhores imagens durante a tomografia da face.
Também apresento instrumentos tecnológicos que otimizam a entrega do laudo médico, como o software de telemedicina.
Quer tirar todas as dúvidas sobre a tomografia da face?
É só acompanhar o texto até o final!
Tomografia da face: o que é?
Tomografia da face é um exame que utiliza feixes de raio X para formar um tipo de fotografia interna do rosto do paciente.
Por ser simples, rápido e indolor, o teste é bastante solicitado diante de hipóteses diagnósticas como a sinusite.
Uma de suas vantagens é o bom custo-benefício quando comparado aos outros dois exames de imagem da face: raio X e ressonância magnética (RM).
A tomografia apresenta qualidade considerável para as imagens internas, possibilitando até visualizar pequenas fissuras e anomalias congênitas.
Tudo isso a um preço menor que o de uma ressonância magnética da face.
Claro que a RM oferece uma resolução espacial superior, sobretudo para a avaliação de tumores benignos ou malignos.
Porém, a TC é suficiente para a maior parte dos casos.
Através do aparelho de tomografia ou tomógrafo, são geradas imagens com grande nitidez, bastante superior à de um raio X comum.
Isso porque, na tomografia, o equipamento possui um tubo que gira em torno da área estudada.
Assim, em vez de uma única radiografia, o exame permite a captação de vários cortes, vistos de ângulos diferentes para formar uma imagem mais completa.
Outra vantagem é a possibilidade de avaliar, simultaneamente, a arquitetura óssea e partes moles, verificando músculos, cavidades ou fossas nasais e o septo nasal.
Para que serve uma tomografia da face?
Basicamente, a tomografia da face serve para analisar a anatomia interna da área e detectar anormalidades, inflamações, muco em excesso e outros problemas.
Por permitir esse estudo de forma não invasiva, a TC de seios paranasais é um dos procedimentos mais seguros para confirmar ou afastar um diagnóstico relacionado à face.
Na maioria das vezes, o teste não utiliza contraste, no entanto, essa substância é útil em casos específicos.
Por exemplo, para identificar a presença de um tumor ou infecção que não aumente a quantidade de muco produzido nos seios paranasais.
Sabemos que, quando há muco ou catarro em excesso, a hipótese mais provável é sinusite.
No entanto, outras estruturas hipervascularizadas, assim como os próprios vasos sanguíneos, ficam mais evidentes com o uso de contraste.
Nesse contexto, fazer uma TC da face também auxilia no planejamento de operações.
Dependendo do quadro do paciente, mais testes de imagem e laboratório são solicitados para calcular o risco cirúrgico.
Essa classificação serve para afastar complicações que possam acometer o doente durante ou após a realização da cirurgia.
Afinal, todo procedimento invasivo envolve riscos.
Indicações de tomografia de seios da face
As indicações para a TC da face englobam o apoio ao diagnóstico de diferentes males.
Sintomas como nariz entupido, coriza constante, coceira no nariz e nos olhos, dor de cabeça, sangramento e congestão nasal podem motivar o pedido médico pelo exame.
A seguir, veja detalhes sobre as indicações mais comuns:
- Obstrução nasal: se houver algo impedindo a respiração ou reduzindo a passagem do ar, a tomografia ajuda a investigar o motivo e recomendar o tratamento mais adequado
- Sinusite: doença infecciosa caracterizada pela inflamação dos seios paranasais, que são as áreas ao redor dos seios da face – cavidades que se enchem de ar, controlando sua umidade e temperatura antes que ele chegue aos pulmões. Pode ser provocada por vírus ou bactérias, desencadeando dores de cabeça, congestão nasal, febre, mau hálito, pressão no ouvido
- Rinite: inflamação da mucosa nasal que causa incômodos como espirros, obstrução nasal, coceira e olhos lacrimejantes
- Desvio de septo nasal: ocorre quando a estrutura que divide as duas fossas nasais se projeta para a direita ou esquerda, reduzindo o espaço para a entrada e saída de ar. Pode ou não se manifestar através de alterações na aparência do nariz
- Pólipos nasais: pequenas massas formadas pelo crescimento anormal de tecido na parte interna das fossas nasais. Os pólipos são benignos, contudo, seu tamanho pode provocar incômodos como ronco, coriza constante e dor de cabeça
- Tumor na face: massas benignas ou malignas (câncer) podem ser detectadas por meio da avaliação clínica, anamnese e exames de imagem. Normalmente, a tomografia da face evidencia o tumor com o auxílio de contraste e, mais tarde, é solicitada uma ressonância magnética para complementar os dados captados
- Lesões pós trauma: pancadas, quedas e acidentes podem causar ferimentos que não são visíveis externamente, o que pede um estudo interno não invasivo para conferir sua extensão e outros detalhes.
Como é feita a tomografia da face
Rápida, não invasiva e indolor, a TC da face com contraste começa com a inserção da agulha para administração do composto no braço do paciente.
Isso porque a substância é inserida por via intravenosa, percorrendo os vasos sanguíneos até alcançar a região dos seios paranasais.
Já a TC da face sem contraste dispensa essa etapa, tendo duração média de 15 minutos.
Em ambos os casos, o paciente é orientado a se deitar de barriga para cima sobre a maca do aparelho de tomografia.
Em seguida, o tomógrafo é ligado, fazendo a maca deslizar para dentro de seu grande tubo e o teste começa.
O técnico em radiologia que conduz a tomografia fica em uma sala ao lado do equipamento, onde está uma estação de comando.
Ali, ele tem imagens do paciente durante o procedimento, coordenando sua posição através de um sistema de áudio.
É na estação de comando que ficam ainda o computador e o software que converte os sinais captados em imagens internas do corpo.
Uma vez ligado, o tomógrafo inicia a emissão de feixes de raio X que atravessam a face do paciente.
Por terem diferentes densidades, as estruturas que recebem a radiação ionizante aparecem em tonalidades diferentes nas imagens.
É como um negativo de uma fotografia analógica.
Partes duras como os ossos captam mais raios, deixando pouca radiação para se chocar contra a placa fotossensível abaixo do paciente.
Portanto, aparecem em branco no resultado da TC da face.
Ao contrário das partes moles como os músculos, que absorvem menos radiação e deixam muitos raios chegarem até a placa.
Esses tecidos aparecem em tons escuros de cinza.
O mesmo raciocínio vale para vasos sanguíneos, pólipos e tumores, que acabam aparecendo escuros em uma tomografia comum.
Se a ideia for obter detalhes dessas partes, geralmente o médico solicita o uso de contraste para aumentar sua nitidez.
Desse modo, as imagens ganham a qualidade necessária para que o radiologista faça sua interpretação e emita o laudo médico.
Após a captação dos registros pelo tomógrafo, os sinais são enviados ao computador da sala de comando.
A máquina é equipada com um software específico, que converte os sinais em imagens visíveis na tela.
Como é o preparo na TC dos seios da face?
O principal preparo, válido para todos os pacientes, é a retirada de objetos metálicos para evitar artefatos nas imagens.
Brincos, enfeites de cabelo, colares, piercings e outras bijuterias devem ser deixados fora da sala onde fica o tomógrafo.
O técnico deve, ainda, orientar para que o paciente fique imóvel durante todo o procedimento, a fim de obter imagens de boa qualidade.
Qualquer movimento pode atrapalhar os registros, que são feitos em segundos.
Quem tiver recomendação médica para a possibilidade de administração de contraste deve estar em jejum de pelo menos 4 horas.
A suspensão temporária de medicamentos de uso contínuo também deve ser feita apenas sob indicação médica.
Quais os riscos de se fazer uma tomografia?
O exame tem poucas contraindicações, sendo seguro para a maioria das pessoas.
Mas o emprego de contraste representa risco para quem sofre com males como a insuficiência renal, que pode se agravar.
O contraste à base de iodo, utilizado na tomografia, também é capaz de provocar reações adversas mais ou menos graves, por exemplo:
- Calor
- Gosto metálico enquanto o contraste é administrado
- Náuseas
- Urticária (irritação na pele)
- Edema (inchaço) nas pálpebras e face
- Vômito
- Diarreia
- Convulsões
- Tontura
- Dor de cabeça
- Aumento na pressão arterial
- Falta de ar
- Tosse, pigarro, rouquidão
- Edema de glote
- Arritmias (alterações na frequência cardíaca)
- Insuficiência renal – perda súbita da capacidade dos rins de filtrar o sangue
- Parada cardíaca, quando o coração para, ou bate em um ritmo insuficiente para bombear o sangue.
Os eventos graves são raros, entretanto, o teste só deve ser feito em locais com estrutura para atender a emergências como a parada cardíaca.
Outro ponto de atenção ao solicitar qualquer tipo de tomografia é a exposição à radiação ionizante, relacionada ao surgimento de câncer e outras doenças.
Nesse cenário, vale avaliar caso a caso para garantir que o benefício supera o risco para o doente.
De qualquer forma, alguns grupos sensíveis de pacientes como crianças e mulheres grávidas não devem ser submetidos ao exame.
Para eles, existem procedimentos de menor risco, como a ressonância magnética, que não utiliza raios X e também capta imagens internas do organismo.
Telemedicina na realização de TC da face
Telemedicina é a especialidade que viabiliza o atendimento médico a distância usando tecnologias da informação e da comunicação.
Essa inovação permite a oferta de serviços de teleconsulta, telemonitoramento e telediagnóstico através de sistemas robustos: as plataformas de telemedicina.
A realização de tomografias com aparelhos digitais possibilita uma integração entre esses softwares e os tomógrafos, otimizando a entrega de laudos com agilidade.
Isso porque, dentro do sistema, o técnico de radiologia pode compartilhar as imagens da TC da face e outros exames radiológicos, solicitando sua interpretação por radiologistas habilitados.
Nesse contexto, dá para reforçar a equipe da clínica ou hospital sem precisar contratar funcionários, o que diminui os custos com mão de obra.
Também reduz a sobrecarga de trabalho dos radiologistas presentes, que ganham mais horas para se dedicar aos pacientes e coordenação de equipes, entre outras tarefas estratégicas.
Com a parceria da Telemedicina Morsch, você ainda tem vantagens como:
- Laudos médicos em minutos
- Prontuário eletrônico do paciente com armazenamento na nuvem, em local protegido por senhas e criptografia
- Segunda opinião qualificada
- Treinamento online para os técnicos de radiologia.
Laudo de tomografia da face
Apostar na tecnologia é uma saída inteligente para reduzir gastos e aumentar o portfólio de serviços disponíveis na sua unidade de saúde.
Com o suporte da telemedicina, é possível qualificar o diagnóstico, a interpretação da tomografia e a entrega de resultados com toda a comodidade.
Basta seguir o pequeno roteiro abaixo para receber laudos online:
- Treine o técnico em radiologia para conduzir a TC em tomógrafo digital
- Configure o aparelho para enviar os registros automaticamente ao sistema de telemedicina ou compartilhe as imagens pelo computador após o exame
- Não se esqueça de inserir exames passados e outros dados sobre o paciente
- Aguarde pela avaliação do radiologista online, que interpreta os registros sob a luz desses dados e do histórico de saúde do doente
- Receba o laudo digital via plataforma
- Imprima e/ou compartilhe o resultado com o paciente via e-mail.
Conclusão
A tomografia da face é um teste fundamental para identificar anomalias nos seios paranasais.
Ao longo deste texto, abordei as indicações, vantagens, riscos e pontos de atenção durante o exame.
Mencionei, ainda, como a telemedicina dá suporte para qualificar o diagnóstico através do laudo a distância.
Tanto a tomografia quanto a ressonância magnética, radiografia simples, mamografia e outros exames radiológicos se beneficiam da interpretação online.
Clique aqui para conhecer mais detalhes desse processo que enxuga as despesas, ajuda a oferecer mais serviços e fidelizar pacientes.
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