Raio X e sinusite: como identificar a inflamação com este exame de imagem

Por Dr. José Aldair Morsch, 7 de agosto de 2023
Raio X e sinusite

O raio X para sinusite permite a avaliação dos seios paranasais.

Obstruções, desvio de septo e pólipos são outras condições possivelmente diagnosticadas por esse exame.

Ele é muito utilizado devido à baixa disponibilidade de técnicas mais precisas na detecção da sinusite, como a tomografia da face.

Ao longo do artigo, explico mais sobre o uso do raio X nesses casos e comento sobre outros métodos diagnósticos relevantes.

Acompanhe até o fim para conferir também os benefícios do laudo de raio X online.

Raio X para sinusite: é possível diagnosticar?

Sim, é possível diagnosticar a sinusite com o suporte do raio X de seios paranasais.

No entanto, escolher essa técnica é controverso, pois a radiografia tem sensibilidade e especificidade moderadas na investigação da doença.

Segundo dados divulgados pelo Núcleo de Telessaúde Rio Grande do Sul, o método de diagnóstico por imagem demonstrou sensibilidade de 76% e especificidade de 79%.

Outro estudo elaborado pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia afirma que:

“Em população brasileira, a sensibilidade com o uso de radiografia no diagnóstico de rinossinusite aguda foi de 60%. A baixa sensibilidade da radiografia no diagnóstico das rinossinusites também foi demonstrada em estudo comparativo com a tomografia computadorizada de seios paranasais. Observou-se que 30% dos pacientes com alterações sugestivas de rinossinusite à tomografia computadorizada tinham radiografia sem alterações”.

Como identificar sinusite no raio X?

Como mencionei, o tipo de raio X adequado para dar suporte ao diagnóstico da sinusite é aquele que mostra imagens internas dos seios paranasais.

Seios frontais, maxilares, etmoidais e esfenoidal são avaliados a partir das imagens deste exame, que pode ser solicitado com diferentes incidências.

Geralmente, o posicionamento radiológico permite que o paciente apoie a cabeça, pois deve se manter imóvel durante a aquisição dos registros.

Em seguida, o técnico em radiologia vai até a sala de comando, localizada ao lado da sala de raio X.

Então, ele liga o equipamento de raio X para dar início à produção de um feixe de radiação ionizante.

Esses raios são emitidos sobre os seios paranasais, que estão posicionados em frente à abertura do aparelho.

Parte da radiação será absorvida pelos tecidos, enquanto o restante se choca contra uma chapa inserida na mesa do equipamento.

Se a tecnologia for analógica, a radiação queima o filme radiológico, que deverá ser revelado para mostrar as imagens.

Já no raio X digital, o sinal é captado e enviado a um computador com um programa específico, que converte o sinal em imagem digital (formada por pixels).

Em ambos os casos, tecidos densos como os ossos aparecem em branco, enquanto o ar é retratado em preto. Partes moles são registradas em tons de cinza.

Laudo de raio X com sinusite

O laudo da radiografia de seios paranasais deve ser emitido por um radiologista qualificado.

Esse especialista deve ter conhecimento sobre a anatomia e funcionamento da região examinada, além do processo de formação das imagens radiográficas.

Para que o laudo médico seja completo, deverá conter:

  • Nome completo do paciente
  • Nome e endereço do local onde o exame foi feito
  • Nome do médico solicitante
  • Data de realização do exame
  • Justificativa para a solicitação do procedimento
  • Conduta e descrição detalhada do exame
  • Hipótese diagnóstica
  • Informações adicionais sobre o paciente, como idade, peso, altura, etc.
  • Conclusão, apontando resultado normal ou alterado
  • Assinatura do médico responsável pelo laudo.

De acordo com o já citado estudo da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, os critérios radiológicos que indicam rinossinusites agudas são:

  • Espessamento mucoperiostal de 3 mm ou mais
  • Nível hidroaéreo ou opacificação completa do seio avaliado.

A seguir, falo sobre outros métodos utilizados no diagnóstico de sinusite.

Outros exames para detectar sinusite

Cabe frisar que o diagnóstico clínico é útil em diversos casos de sinusite.

Diante da combinação de sintomas como febre, dor de cabeça, congestão nasal, tosse com catarro, mau hálito e pressão interna na face, deve-se considerar essa patologia.

E complementar os relatos de queixas com uma avaliação física completa.

Se houver dúvidas, o médico pode recorrer, além da radiografia, aos seguintes exames de imagem:

  • Endoscopia nasal: exame feito por otorrinolaringologistas, que utilizam um tubo fino e rígido que possibilita visualizar o interior das cavidades nasais e os seios paranasais
  • Tomografia de seios paranasais: emprega radiação ionizante e um tubo giratório para revelar imagens internas da face, com detalhes dos ossos. Devido à qualidade superior ao raio X e menor custo que a ressonância magnética, é o exame mais popular para a confirmação da sinusite
  • Ressonância magnética: como não usa radiação ionizante, é uma alternativa para examinar pacientes pediátricos e gestantes. Também permite avaliação detalhada da anatomia intraorbitária e intracraniana.

Lembrando que cabe ao médico identificar a necessidade e encaminhar a solicitação de exames.

Sinusite e Raio X

O tratamento para sinusite engloba medicamentos e medidas não farmacológicas, a exemplo de inalações com vapor

Qual é o tratamento para sinusite?

Normalmente, o tratamento para sinusite engloba medicamentos e medidas não farmacológicas, a exemplo de inalações com vapor.

A prescrição de fármacos depende do agente causador da sinusite e dos sintomas.

Analgésicos e descongestionantes combatem dores e colaboram para desobstruir os seios paranasais, enquanto antibióticos são indicados para sinusite bacteriana e corticoides para casos complicados.

Se houver obstrução severa dos seios paranasais, como em quadros de sinusite fúngica alérgica, pode ser necessário recorrer ao tratamento cirúrgico.

Vantagens do laudo eletrônico de raio X

Graças aos avanços da tecnologia na saúde, dá para contar com radiologistas online para otimizar a entrega de resultados do raio X.

Basta dispor de um computador conectado à internet para acessar a plataforma de Telemedicina Morsch e aproveitar as vantagens do telediagnóstico, incluindo:

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Conclusão

Expliquei neste texto que o raio X para sinusite nem sempre é indicado, mas auxilia no diagnóstico em alguns casos.

Pois saiba que ele pode ser laudado a distância pelo time Morsch, com toda a comodidade!

Se gostou do conteúdo, confira mais artigos sobre radiologia que já publiquei no blog.

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin