Venlafaxina: para que serve, receita e como tomar
Venlafaxina é um fármaco prescrito para tratar transtornos depressivos e ansiosos.
Pode ser administrado em pacientes internados ou para terapias ambulatoriais, feitas em casa.
O remédio é encontrado nas farmácias e drogarias, em comprimidos de 37,5 mg e 75 mg.
Ao longo do artigo, explico como tomar, quais as possíveis reações adversas e qual o tipo de receita médica para venlafaxina.
Você ainda vai descobrir um jeito fácil de renovar a prescrição e seguir seu tratamento.
O que é venlafaxina?
Venlafaxina é um medicamento antidepressivo da classe dos inibidores seletivos da recaptação neuronal da serotonina, norepinefrina e dopamina (ISRS).
Isso significa que seu mecanismo de ação aumenta a disponibilidade dessas substâncias no sistema nervoso central (SNC).
Dessa forma, contribui para a regulação do humor, elevação da disposição e bem-estar.
Para que serve a venlafaxina
A venlafaxina serve para tratar quadros de depressão e ansiedade.
Devido à sua ação no sistema nervoso central, é recomendada cautela no uso desse fármaco, que deve ser administrado conforme prescrição médica.
Também é importante evitar a descontinuidade do tratamento por conta própria.
Isso pode causar efeitos colaterais como fraqueza, tontura, cefaleia (dores de cabeça), insônia, náuseas e nervosismo.
Tanto o início quanto o seguimento e descontinuidade do tratamento com venlafaxina devem ter acompanhamento médico.
Principais indicações
O cloridrato de venlafaxina pode ser receitado para tratar doenças como:
- Transtorno depressivo maior
- Outros tipos de depressão
- Transtorno misto ansioso e depressivo
- Transtorno de ansiedade generalizada (TAG).
Outras indicações dependem de investigação médica.
Como tomar cloridrato de venlafaxina
Encontrado sob as apresentações em comprimidos de 37,5 mg e 75 mg, o fármaco deve ser tomado junto com alimentos, a fim de reduzir a ocorrência de sintomas de intolerância digestiva.
A dose inicial recomendada é de 75 mg/dia, dividida em duas ou três tomadas com alimentos.
Pode ser que o médico aumente essa dosagem para 150 mg/dia ou até 225 mg/dia, conforme a tolerabilidade ao cloridrato de venlafaxina e a dosagem necessária para aliviar os sintomas depressivos e/ou ansiosos.
Caso seja preciso ajustar a dose, isso é feito com aumento progressivo de até 75 mg por dia em intervalos de no mínimo quatro dias.
Pacientes internados com quadros graves de depressão respondem à dose média de 350 mg/dia, que pode atingir até 375 mg/dia, normalmente dividida em três administrações.
De acordo com a bula, dosagens especiais também podem ser necessárias para:
- Insuficiência hepática: é recomendada a redução pela metade da dose total diária ministrada a pacientes com insuficiência hepática leve a moderada, pois eles eliminam venlafaxina e seu metabólito ativo (ODV) mais lentamente que outros pacientes
- Insuficiência renal: recomenda-se que a dose total diária seja reduzida em 25% a 50% em pacientes com insuficiência renal (TFG = 10 a 70 mL/min), que também eliminam a venlafaxina de forma lenta.
Converse com seu médico e nunca altere a dosagem sem essa orientação.
Receita de venlafaxina
A venlafaxina só é dispensada mediante a entrega de receita branca C1.
Essa é uma prescrição de controle especial, requerida para medicamentos que pertencem à lista C1 de substâncias monitoradas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A exigência de receita C1 é feita para a comercialização de fármacos anticonvulsivantes, antiparkinsonianos, antidepressivos e antipsicóticos.
A prescrição é emitida em duas vias pelo médico, pois uma delas fica retida na farmácia ou drogaria para que a Anvisa possa rastrear seu uso.
Já a segunda via serve para orientar o paciente ou cuidador em relação ao tratamento, recordando sobre dosagens, horários e consultas de retorno.
O documento tem validade de 30 dias, contados a partir do dia seguinte à prescrição médica, permitindo a aquisição de comprimidos suficientes para até dois meses de tratamento.
Dúvidas frequentes sobre venlafaxina
Agora que você entende o mecanismo de ação da venlafaxina, veja respostas para algumas perguntas comuns sobre o medicamento.
Quais são os efeitos colaterais da venlafaxina?
As principais reações adversas ao uso do fármaco são:
- Astenia (fraqueza)
- Vasodilatação (principalmente calores)
- Hipertensão
- Náusea
- Constipação
- Anorexia
- Vômito
- Flatulência (gases)
- Perda de peso
- Tontura
- Sonolência
- Insônia
- Boca seca
- Nervosismo
- Sonhos anormais (sonhos lúcidos, pesadelos e aumento de sonhos)
- Tremor
- Depressão
- Parestesia (formigamento e dormência)
- Diminuição da libido
- Agitação
- Faringite
- Bocejos
- Sudorese
- Visão anormal (visão embaçada e dificuldade de focar os olhos)
- Ejaculação anormal e impotência em homens
- Anorgasmia (mulheres).
Converse com seu médico ao notar qualquer uma dessas manifestações.
Por que a venlafaxina emagrece?
Mencionei acima que um dos efeitos colaterais observados com o uso desse remédio é a perda de peso.
Isso pode ser explicado pela redução do apetite e diminuição de estados ansiosos que podem aumentar a ingestão de alimentos.
Nesse cenário, alguns pacientes podem emagrecer, em especial no começo do tratamento com venlafaxina.
Contudo, o efeito tende a diminuir depois de duas semanas utilizando o medicamento.
Por que a venlafaxina tira o sono?
Insônia é outra reação adversa comum durante a utilização da venlafaxina, principalmente nos primeiros 15 dias de tratamento.
Isso porque a substância impacta no funcionamento cerebral, o que pode inibir ou prejudicar a qualidade do sono.
Para diminuir esse efeito, psiquiatras costumam recomendar a ingestão do fármaco de manhã e à tarde, no entanto, nem sempre essa medida é suficiente para prevenir a insônia noturna.
Caso o sintoma esteja prejudicando as atividades diárias, é importante consultar o médico para fazer ajustes na dose.
Também é possível usar outro remédio para ajudar a dormir ou mesmo substituir a venlafaxina.
Quem não pode tomar venlafaxina?
O cloridrato de venlafaxina é contraindicado para:
- Pacientes pediátricos, menores de 18 anos
- Mulheres grávidas ou em fase de amamentação, salvo caso prescrito pelo obstetra
- Indivíduos alérgicos a qualquer componente da formulação
- Pacientes que estejam recebendo antidepressivos da classe dos inibidores da monoaminoxidase (IMAOs), como fenelzina, isoniazida, moclobemida, iproniazida, isocarboxazida, nialamida, pargilina, selegilina, toloxatona, tranilcipromina, brofaromina e moclobemida.
Para o uso seguro, relate qualquer informação importante para seu médico.
Conclusão
Ao final do artigo, você está por dentro das indicações e cuidados durante o tratamento com venlafaxina.
Esse medicamento oferece riscos, portanto, evite a automedicação ou a suspensão de uso por conta própria.
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