Cortes da tomografia: saiba quais são e entenda suas indicações

Diferentes cortes da tomografia contribuem para a formação de imagens realistas e completas nesse exame.

Formados a partir de pontos de vista distintos, eles são fundamentais para o estudo aprofundado de órgãos e outros tecidos.

É dessa forma que favorecem a precisão dos diagnósticos.

Neste artigo, falo sobre a importância dos cortes tomográficos, como são obtidos e suas aplicações no campo do diagnóstico por imagem.

Leia até o fim para descobrir, ainda, as vantagens dos laudos online viabilizados pela telemedicina radiológica.

O que são cortes na tomografia?

Cortes na tomografia são imagens tomográficas adquiridas a partir de diferentes planos anatômicos.

Ou seja, os cortes surgem a partir das várias formas de divisão do organismo para estudos detalhados em anatomia.

Tratando especificamente dos registros da tomografia computadorizada, são gerados diversos cortes em minutos, em um mesmo exame.

Isso é possível devido aos avanços da tecnologia na saúde, que possibilitaram a combinação entre radiação ionizante e um tubo giratório para captar centenas de radiografias num só procedimento.

O que é feito por meio do uso de um aparelho de tomografia ou tomógrafo, que representa uma evolução do equipamento de raio-X ao permitir uma observação muito mais completa e nítida de áreas internas do organismo.

Como recorda o artigo “Tomografia multi-slice no sistema musculoesquelético”, o primeiro tomógrafo computadorizado comercial foi introduzido em 1972, sendo que:

“A introdução da tomografia computadorizada (TC) na prática clínica revolucionou o diagnóstico por imagem em razão da possibilidade de se avaliar as imagens em cortes, sem sobreposição de estruturas, e com alta resolução. Naquela época houve a necessidade de se aprender anatomia seccional transversal para se interpretar corretamente a TC.”

Para que servem os cortes tomográficos?

Os cortes servem principalmente para maior detalhamento das imagens da TC, viabilizando a identificação de pequenas alterações que podem ter relevância diagnóstica, a exemplo da fissura óssea.

A observação de tecidos a partir de diferentes ângulos confere maior acurácia diagnóstica, uma vez que evidencia anormalidades em qualquer parte deles.

Eles também possibilitam uma avaliação completa de estruturas anatômicas, através de técnicas como a reconstrução em 3D.

Empregada para analisar artérias e órgãos como o coração, essa ferramenta é especialmente útil no planejamento de procedimentos invasivos, permitindo sua personalização.

Quais são os cortes da tomografia?

Neste tópico, reuni informações sobre os principais cortes tomográficos.

Acompanhe:

Axial

Também chamado corte transversal, é obtido a partir do plano axial, que separa o corpo em duas partes de maneira horizontal.

Assim, criam-se a porção cranial ou superior, e a porção caudal ou inferior, propiciando uma vista de cima para baixo.

Cortes axiais podem ser empregados em diversos tipos de tomografia, por exemplo:

• Tomografia abdominal, que pode retratar todo o abdome (incluindo a pelve) ou apenas a parte superior (TC abdome superior)
• Tomografia do crânio e pescoço
• Tomografia dos rins.

A seguir, falo sobre o corte coronal.

Coronal

Conhecidos como cortes frontais, são derivados do plano coronal, ou seja, de uma divisão entre as porções ventral ou anterior; e dorsal, ou posterior.

Oferecem uma vista de frente para trás das estruturas, que pode ser utilizada na:

• Tomografia pélvica e abdominal
• Tomografia do tórax
• TC craniana.

Para concluir, temos ainda o corte sagital.

Sagital

Cortes sagitais são obtidos a partir do plano sagital, que divide o corpo de forma horizontal, originando a lateral esquerda e a lateral direita.

Portanto, gera uma vista “de lado” das estruturas retratadas, sendo usado em exames como:

• TC da cabeça e pescoço
• TC de abdome
• TC da pelve masculina ou feminina.

Agora que conhece os cortes na tomografia, veja na sequência qual o seu papel na interpretação do exame.

Como utilizar os cortes tomográficos?

Uma mesma tomografia obtém cortes distintos, utilizando diferentes técnicas de aquisição de imagens tomográficas.

Na varredura axial, cada corte é obtido separadamente, seguido por uma nova posição da mesa para a aquisição do próximo corte da tomografia.

Já a técnica de varredura helicoidal ou espiral consiste na aquisição contínua durante o movimento da mesa do tomógrafo, agregando vantagens como a possibilidade de montar seções sobrepostas para uma melhor reconstrução da imagem.

Para que os registros sejam fidedignos, é essencial que o médico ou técnico em radiologia estejam familiarizados em relação a essas técnicas e a temas como:

• Anatomia da região examinada
• Propriedades das imagens da TC, formadas em preto, branco e tons de cinza conforme a densidade dos tecidos representados. Quanto mais densos, mais claros os registros serão
• Escala de Hounsfield (UH), empregada para quantificar a densidade de radiação usada na TC
• Metodologias de reconstrução de imagens
• Possíveis artefatos e como podem ser evitados.

Todos esses pontos interferem na qualidade dos registros gerados e, por conseguinte, na interpretação da tomografia – que é reservada a radiologistas especializados na área do exame, segundo determina o Conselho Federal de Medicina (CFM).

Entenda os benefícios do telediagnóstico em exames de imagem

Braço da telemedicina que viabiliza a interpretação de exames remotamente, o telediagnóstico requer alguns passos simples.

Primeiro, o médico ou técnico em radiologia conduz normalmente a tomografia ou outro exame de imagem que não necessite da presença de um especialista local.

Após a geração das imagens, ele deverá acessar a plataforma de telemedicina para compartilhar os registros.

Empresas modernas como a Telemedicina Morsch permitem configurar o tomógrafo e outros aparelhos para o envio automático das imagens ao sistema PACS, tornando-as visíveis para um radiologista online.

O especialista as interpreta considerando dados do histórico do paciente e a hipótese diagnóstica, e produz o telelaudo.

O documento é finalizado com sua assinatura digital e liberado em minutos no sistema, conferindo agilidade à entrega dos resultados de exames.

Contando com o time Morsch, você ainda poderá reforçar a equipe médica dedicada à emissão de laudos, ou até mesmo ampliar seu portfólio, delegando os laudos aos nossos radiologistas.

Sempre que desejar, será possível discutir casos complexos via teleinterconsulta, ou solicitar uma segunda opinião médica em poucos cliques.

Nosso software em nuvem é acessível a partir de qualquer dispositivo conectado à internet, mediante login e senha, facilitando o contato com especialistas e a realização de teleconsultas.

Todos os dados gerados podem ser arquivados em nosso prontuário eletrônico completo, que fornece ferramentas de prescrição eletrônica, módulos de especialidades, cruzamento de dados e muito mais!

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Conclusão

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