EEG com sedação: entenda quando é indicado e como é feito o exame
Deseja saber mais sobre o EEG com sedação?
Esse exame é particularmente útil para grupos de pacientes sensíveis, como as crianças, ou que têm dificuldade para adormecer em ambiente hospitalar.
Combinado a um sedativo leve, o eletroencefalograma viabiliza um estudo aprofundado das ondas mentais e seus padrões.
Assim, dá suporte ao diagnóstico de transtornos neurológicos e outras afecções.
Conheça as principais condições, finalidade e etapas do EEG com sedação ao longo do artigo, incluindo também dicas sobre o laudo médico na teleneurologia.
O que é EEG com sedação?
EEG com sedação é um exame que mede a atividade elétrica cerebral com o suporte de um sedativo.
Ou seja, trata-se de uma versão do eletroencefalograma realizada sob a administração de medicamento sedativo para ajudar o paciente a adormecer.
Basicamente, o exame utiliza eletrodos EEG que são fixados no couro cabeludo, a fim de captar e amplificar os impulsos elétricos emitidos pelos neurônios – as células do cérebro.
Esses impulsos são transformados em sinais transmitidos ao monitor do aparelho de eletroencefalograma, que os traduz em gráficos de linha passíveis de interpretação.
Epilepsia, tumores e encefalite são algumas doenças diagnosticadas a partir dos registros do EEG.
Quando é indicado o EEG com sedação?
O procedimento é indicado quando existe a necessidade de indução do sono para avaliar a atividade neuronal.
Geralmente, o sedativo consta na prescrição médica de EEG em sono e vigília, ou EEG em sono de grupos de pacientes especiais, como lactentes e crianças pequenas.
Nesses casos, é natural haver dificuldade para adormecer em ambiente hospitalar, já que o local é estranho à criança, assim como o uso de eletrodos na cabeça.
Daí a indicação de medicamento sedativo para diminuir o desconforto e permitir o monitoramento das fases de sonolência, sono leve e sono REM ou profundo.
Pessoas que sofrem com ansiedade crônica e outras doenças mentais que prejudicam o sono também podem se beneficiar da sedação leve para garantir os registros necessários ao eletroencefalograma.
Como é feito o EEG com sedação?
O procedimento engloba as fases de preparo e etapas do EEG, que dependem do que consta na solicitação do exame.
Começando pelo preparo, o paciente deve comparecer à clínica ou hospital na data e horário marcados, sob privação de sono e tendo lavado o cabelo no mesmo dia com xampu neutro.
Não se deve aplicar condicionador, creme de pentear, gel ou qualquer outro cosmético no couro cabeludo, a fim de garantir a aderência dos eletrodos.
O paciente também precisa retirar todos os objetos metálicos que esteja usando antes de entrar na sala de exames, onde será posicionado confortavelmente na maca ou cadeira.
Em seguida, o médico ou técnico de enfermagem responsável marca os pontos na cabeça do paciente conforme o Sistema Internacional 10-20% – que insere os eletrodos a uma distância igual uns dos outros – ou outra montagem adequada.
O profissional de saúde prepara ainda a administração do sedativo, normalmente, por via intravenosa e utilizando medicações como propofol, benzodiazepínicos, anestésicos inalatórios, hidrato de cloral e dexmedetomidina.
Então, liga o aparelho de EEG, podendo iniciar o registro com o paciente acordado ou durante a sonolência, de acordo com a recomendação médica.
O monitoramento segue durante as demais fases do sono e após o despertar, caso haja pedido pelo EEG em vigília, podendo durar cerca de 12 horas.
Por fim, o equipamento de EEG é desligado, e o paciente, orientado a repousar pelo resto do dia.
Recuperação do paciente após o EEG com sedação
Após a finalização do exame, o paciente permanece por alguns minutos na sala de recuperação.
O procedimento tem por objetivo afastar reações adversas decorrentes do uso de sedativo.
Ainda, é recomendado que repouse e adote uma alimentação leve no restante do dia.
Riscos e benefícios da sedação durante o EEG
A relação risco-benefício deve ser analisada cuidadosamente pelo médico solicitante ou responsável pela realização do EEG com sedação.
Cabe a ele considerar comorbidades, alergias e outros aspectos relativos ao histórico do paciente para diminuir o risco de complicações e efeitos adversos decorrentes do sedativo.
Estudos descrevem efeitos como queda da pressão arterial, queda da frequência cardíaca e obstrução de vias aéreas como riscos em potencial.
Daí a necessidade de que o exame seja conduzido em local preparado para o atendimento de urgências e emergências.
Benefícios do laudo eletrônico do EEG
Mencionei, mais acima, que um médico ou técnico de enfermagem devidamente treinado pode conduzir o EEG com ou sem sedação.
Contudo, o Conselho Federal de Medicina exige que a interpretação do eletroencefalograma seja feita apenas por médicos neurofisiologistas clínicos (ou eletroencefalografistas), que possuem conhecimento especializado sobre o exame.
O que pode impactar no tempo de entrega dos resultados, pois há escassez de especialistas em diversas regiões brasileiras – especialmente em locais afastados dos centros urbanos.
A boa notícia é que os serviços de saúde podem contar com a telemedicina para reforçar a equipe médica, acionando especialistas a distância com toda a segurança e comodidade via telediagnóstico.
O processo começa com a realização do EEG normalmente, e o compartilhamento dos gráficos gerados através de uma plataforma de telemedicina.
Softwares robustos como a Telemedicina Morsch ficam hospedados na nuvem, acessíveis a pessoas autorizadas a partir de qualquer dispositivo com conexão à internet.
Uma vez logado, o profissional de saúde envia os registros do eletroencefalograma, que são visualizados imediatamente por um especialista de plantão. Ele analisa os achados sob a luz da hipótese diagnóstica e história clínica, produzindo o laudo online, finalizado com a assinatura digital.
Dessa forma, o laudo a distância é entregue em minutos pelo sistema. As urgências são avaliadas em tempo real via videoconferência.
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Conclusão
O EEG com sedação fornece suporte para a avaliação de certos grupos de pacientes.
Ele deve ser prescrito com cautela, considerando sempre os casos em que o benefício supera o risco para garantir maior segurança ao paciente.
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