Equipamento para polissonografia: entenda como funciona e quanto custa

Por Dr. José Aldair Morsch, 15 de junho de 2023
Equipamento para polissonografia

O equipamento para polissonografia reúne uma série de funcionalidades.

Ele pode ser portátil ou de uso hospitalar, atendendo à combinação entre dois ou mais parâmetros medidos durante a polissonografia.

Portanto, há grande variação entre modelos, recursos, tamanhos, acessórios e, por consequência, no preço do aparelho.

Daí a importância de entender a necessidade do seu serviço de saúde, a fim de investir no equipamento com melhor custo-benefício.

Ao longo deste texto, trago informações que vão te ajudar nessa decisão, incluindo a opção de laudos a distância via telemedicina.

Qual é o equipamento para polissonografia?

O equipamento para polissonografia é composto por canais conectados a acessórios que fazem a medição de diferentes parâmetros durante o sono.

Também chamado de polissonógrafo, o aparelho permite a realização simultânea de dois ou mais exames enquanto o paciente dorme.

Afinal, estamos falando da polissonografia, que como o nome sugere, combina mais de um registro durante o sono.

O equipamento mais completo é de uso hospitalar.

Nesse caso, o exame exige que o indivíduo durma no laboratório ou serviço de saúde para que tenha uma noite de sono monitorada.

Esse aparelho usa sensores para avaliar ao menos 7 parâmetros biológicos:

  • Atividade elétrica cerebral, por meio do eletroencefalograma digital
  • Eletromiograma submentoniano (EMG), para avaliar a movimentação da mandíbula
  • Eletro-oculograma (EOG), que monitora a abertura ocular e movimentos oculares nas fases do sono
  • Eletrocardiograma (ECG), que estuda a atividade elétrica cardíaca
  • Fluxo aéreo com sensor colocado na faringe, para medir o fluxo de ar que passa na traqueia durante o ciclo respiratório
  • Esforço respiratório com sensor tipo cinta colocado no tórax e abdome, capaz de medir o movimento do tórax e abdominal durante a inspiração e expiração
  • Oximetria de pulso, que monitora a saturação de oxigênio durante o período de sono
  • Sensores colocados nas pernas, para avaliar os movimentos do corpo.

A seguir, explico como o equipamento funciona.

Como funciona o equipamento para polissonografia?

O equipamento para polissonografia funciona a partir de acessórios que são fixados ao corpo do paciente.

A quantidade e tipos de itens dependem dos parâmetros biológicos monitorados pelo polissonógrafo.

Os registros referentes ao eletrocardiograma e eletroencefalograma, por exemplo, são coletados por eletrodos conectados ao tórax e couro cabeludo, respectivamente.

Já a oximetria é feita a partir de um clipe colocado no dedo do paciente, e o esforço respiratório requer a colocação de uma cinta no tórax e abdome.

Todos esses acessórios ficam conectados ao sistema de polissonografia, que pode comportar dois ou mais canais de monitoramento de forma simultânea.

Os diferentes aparelhos de polissonografia atendem às necessidades de pelo menos uma das quatro modalidades do exame que existem.

São elas:

  • Estudo do sono tipo 1: polissonografia hospitalar – como mencionei acima, esta é a modalidade mais completa. Mede no mínimo 7 parâmetros e é conduzida apenas em ambiente hospitalar, sob a supervisão de um técnico
  • Estudo do sono tipo 2: polissonografia portátil domiciliar – é realizado na casa do paciente, sem supervisão profissional, usando um dispositivo portátil
  • Estudo do sono tipo 3: polissonografia 4 parâmetros – também é feito na residência do paciente, a fim de monitorar fluxo aéreo, movimento respiratório, oximetria e frequência cardíaca
  • Estudo do sono tipo 4: polissonografia simples – registra apenas fluxo aéreo e oximetria, sendo indicado para acompanhamento periódico de pessoas diagnosticadas com apneia obstrutiva do sono.

Saiba a seguir como funciona a polissonografia domiciliar.

Como funciona a polissonografia domiciliar?

A polissonografia domiciliar funciona de maneira semelhante à hospitalar, porém, com mais comodidade ao paciente.

Isso porque ele pode dormir em seu quarto, realizando os rituais habituais até adormecer.

Dependendo do tipo de estudo do sono (2, 3 ou 4) e da complexidade para a instalação do equipamento, pode ser preciso dispor de um técnico que monte a estrutura na residência.

Outras vezes, o próprio paciente e familiares levam o polissonógrafo para casa e manuseiam o aparelho após rápidas instruções dadas por um profissional de saúde.

Uma vez que a estrutura esteja montada, o indivíduo vai se deitar no horário corriqueiro, inserindo os eletrodos, sensores e cintas necessários.

Em seguida, liga o equipamento para polissonografia e dorme normalmente, permitindo a coleta de registros durante todo o período de repouso.

O aparelho só é desligado quando o paciente desperta.

Ele deve ter cuidado para retirar os acessórios fixados ao seu corpo, evitando ferimentos na pele sensível.

Por fim, o técnico retira o equipamento na residência ou o dispositivo é devolvido diretamente no laboratório.

Ele contém os registros que serão interpretados por médicos de diferentes especialidades para construir o laudo da polissonografia.

Aparelho de polissonografia

Dados gráficos de exame de polissonografia em paciente com apneia do sono. Foto: Respiratory Care

Quanto custa o equipamento para polissonografia?

Conforme adiantei na introdução do artigo, o preço pode variar bastante de acordo com o modelo, marca, funcionalidades, quantidade de canais e acessórios.

Uma busca online mostra que equipamentos simples podem ser adquiridos por cerca de R$ 10 mil.

No entanto, aparelhos para polissonografia hospitalar podem custar mais de R$ 60 mil.

Como interpretar resultado de polissonografia?

O laudo de polissonografia exige o trabalho de uma equipe de médicos de especialidades distintas.

Cada qual fica responsável pela interpretação do parâmetro relacionado à sua área de atuação, o que torna essa tarefa complexa.

Normalmente, é necessário contar com o trabalho do cardiologista, neurologista, pneumologista, entre outros profissionais, que também possuem especialização em medicina do sono.

Os relatórios emitidos por todos são reunidos para formar o laudo médico referente ao exame.

Telemedicina acelera o laudo da polissonografia

A emissão do resultado da polissonografia é um desafio para os serviços de saúde.

Principalmente devido à necessidade de análise por parte de vários especialistas diferentes, como mencionei.

Porém, essa barreira está sendo superada com a ajuda da plataforma de telemedicina, que amplia o acesso a médicos geograficamente distantes.

Usando um sistema em nuvem, como a Telemedicina Morsch, a equipe local tem o suporte de colegas de outras especialidades em poucos cliques.

Basta compartilhar os registros da polissonografia em nosso software para que sejam interpretados sob a luz da suspeita clínica e histórico do paciente.

O médico online compõe e assina o laudo digitalmente, liberando-o em minutos na plataforma.

Assim, dá para agilizar a entrega do resultado, iniciando ou seguindo com o tratamento de modo rápido.

Comece a aproveitar todas as vantagens da telemedicina hoje mesmo!

Conclusão

Agora que deixei claro como funciona o equipamento para polissonografia, você está pronto para escolher o mais adequado à sua realidade.

Pode ainda qualificar a assistência com a Telemedicina Morsch.

Se achou o conteúdo útil, confira mais artigos sobre tecnologia e saúde no blog.

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin